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Foto: Divulgação

Lançar mão de construções narrativas exógenas ao que já se conhece sobre o enredo de uma série a fim de manter aceso o interesse do espectador fiel e tentar conquistar novos públicos é uma estratégia arriscada, que pode justamente desagradar quem já se acostumou à trama e não fica muito confortável ao se deparar com mudanças inesperadas e não atingir a segunda parte do plano, resultando em perda de energia, de tempo, de audiência e, pior, de receita desnecessárias. “Ashin of the North” superou o desafio com folga. Espécie de capítulo-surpresa da série sul-coreana “Kingdom”, desenvolvida pela diretora e roteirista Kim Eun-hee, o segmento, levado à tela em 2021, é visto pelos fãs sob duas óticas, mais ou menos complementares: como uma prequel, um prelúdio estendido com o propósito de elaborar melhor determinadas passagens, consideradas pouco eficazes por Eun-hee e sua equipe e, por conseguinte, as que logo caem no esquecimento, como uma sidequel, um texto adicional, explicativo, para o que já está sedimentado e não se pretende remover. A Ashin do título continua a ser a figura envolta em mistério surgida no encerramento da segunda temporada de “Kingdom”. O que muda é a maneira como os conflitos em torno da personagem de Jun Ji-hyun são trabalhados.

Kim Seong-hun opta por conduzir o roteiro de Eun-hee de modo a contextualizar os acontecimentos mais intrincados, o que ajuda a conservar o calor da história e situar quem começa nunca assistiu a nenhum episódio.  “Ashin” remonta aos últimos anos do século 14, quando a dinastia Joseon teve início, em 1392, permanecendo à frente do governo da Coréia pelos cinco séculos que se seguiram, até 1897. Francamente desenvolvimentista, o reino de Joseon era composto por entusiastas da filosofia de Confúcio (551 a.C – 479 a.C), adaptava para a realidade de seu país a cultura chinesa, que considerava mais evoluída, e apoiava as artes e a ciência com o aporte financeiro necessário. Foi nessa esteira que a rivalidade com o Japão tomou corpo, materializada nos conflitos entre as comunidades tribais, representada pelos pajeowi, ou jurchen, e a gestão da monarquia Joseon. Esse início, propositalmente intrincado, serve para deixar a audiência a par dos muitos desdobramentos da trama axial, quase todos fundamentados na caudalosa história do Oriente, muito mais cheia de reviravoltas dramáticas e eventos bélicos do que supõe o público leigo.

Por muitas vezes, Seong-hun deixa esse pano de fundo político de lado e prefere concentrar-se mesmo no que “Ashin” pode ter de mais original. A protagonista, vivida por Kim Si-ah na primeira fase, é filha de Ta Hab, de Kim Roi-ha, um espião do Império coreano que monitora os pajeowi no território limítrofe ao japonês. A mãe da garota padece de uma enfermidade incurável e, como por encanto, Ashin descobre o ginseng, planta a que os asiáticos atribuem propriedades mágicas até hoje, numa região a que nem todos podem ter acesso. Inscrições antigas sobre a planta, encravadas em pedra, alertam que o ginseng pode, sim, ressuscitar os mortos, mas seu uso deve ser pontual, e o doente e seus familiares precisam estar dispostos a pagar o preço. A menção ao tal preço não é à toa. Pioneiros em muitos tratamentos de saúde, como o combate ao câncer e às hemopatias, os coreanos se valem do ginseng como um elixir para a vida longa e saudável, reforçando o aviso para que se evitem abusos, sob pena de efeitos colaterais como hipertensão, náusea e taquicardia grave, que pode degringolar em infarto. Como se constata, evitar a morte nem sempre é uma boa ideia.

A transição da personagem, que deixa de ser a menina ingênua e superprotegida e se torna uma das maiores guerreiras da Coreia, é acompanhada da inclusão de outro elemento caro aos asiáticos do século 21: os zumbis. Única sobrevivente da chacina à aldeia em que nasceu, motivada pela acusação ao pai, visto como um traidor por não concordar com a política imperialista da dinastia Joseon, Ashin, interpretada doravante por Jun Ji-hyun, tem boa parcela de sua força no desejo de vingança. À medida que a narrativa cresce, Ji-hyun imprime a Ashin a natureza predatória que as situações que encara exigem dela. Verdadeira máquina de matar, envolta numa conjuntura nebulosa que demanda toda a atenção do espectador, a anti-heroína deixa um gostinho de quero mais — e “Kingdom”, de uma próxima temporada. Cada vez mais centrada em sua enérgica protagonista, de preferência.


Kingdom: Ashin of the North
Direção:
 Kim Seong-hun
Ano: 2021
Gêneros: Fantasia/Suspense/Ação
Nota: 9/10

Informações Revista Bula

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