A transmissão da varíola dos macacos por meio de pequenas partículas de vírus que permanecem no ar “não foi relatada”, disseram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, em orientações publicadas na quinta-feira (9).
O vírus pode se espalhar através de “saliva ou secreções respiratórias” durante o contato próximo, mas essas secreções “caem do ar rapidamente”, e estudos indicaram que esse método de transmissão parece incomum.
Ao contrário de outras doenças virais como a Covid-19 e o sarampo, o vírus da varíola dos macacos não está sujeito à “transmissão aérea”, que envolve pequenas partículas que permanecem no ar ou se espalham nas correntes de ar, observa o CDC.
“Nos casos em que as pessoas que têm varíola dos macacos viajaram de avião, nenhum caso conhecido de varíola ocorreu em pessoas sentadas ao seu redor, mesmo em longos voos internacionais”.
Mas, devido ao potencial da varíola dos macacos se espalhar pelas secreções respiratórias, a agência “recomenda que as pessoas infectadas com varíola dos macacos usem máscara se precisarem estar perto de outras pessoas em suas casas, se houver probabilidade de contato próximo e cara a cara”.
As máscaras também são recomendadas para profissionais de saúde e outras pessoas que possam estar em contato próximo com uma pessoa infectada.
A orientação anterior do CDC havia dito que usar uma máscara poderia ajudar a proteger os viajantes da varíola, mas essa recomendação foi removida na segunda-feira (6) porque “causou confusão”, disse a agência.
O vírus se espalha principalmente através do contato direto com fluidos corporais ou lesões de uma pessoa infectada, ou com materiais contaminados, como roupas de cama, observam as notas de orientação.
Os pesquisadores ainda estão aprendendo sobre outros métodos de transmissão em potencial, como contato com o sêmen de uma pessoa infectada ou contato com uma pessoa infectada que não apresenta sintomas.
Na tarde de quinta-feira, o CDC relatou 45 casos prováveis ou confirmados de varíola em 15 estados e no Distrito de Columbia. O CDC tem relatos de 1.356 casos confirmados em 31 países onde o vírus não é endêmico.
*CNN