Às vésperas da semifinal da Copa do Mundo do Qatar, diante de Marrocos, a França teve dois desfalques inesperados: Rabiot e Upamecano estavam gripados. A classificação à final foi seguida de uma extensão do surto de um vírus entre os franceses: Varane, Konaté e Coman estão baqueados e são dúvida para a decisão deste domingo (18), às 12h (de Brasília), no estádio Lusail.
Esse é só o último obstáculo (pelo menos é o que se espera) de uma série de contratempos que afetou a campanha francesa na Copa 2022. O que não impediu o time de estar às portas do bicampeonato.
Antes da Copa, a França perdeu dois de seus principais jogadores, Kanté e Pogba, por contusões musculares na coxa. Os dois eram a base do meio-campo campeão do mundo, em 2018, na Rússia. Mas não foram os únicos desfalques.
Além deles, ficaram na fase de preparação o zagueiro Kimpembe, que era candidato a titular, e outros atletas menos votados, como o goleiro Maignan, o meia Kamara e o atacante Nkunku.
Às vésperas da Copa, a seleção francesa perdeu sua maior estrela ao lado de Mbappé: Benzema sofreu uma lesão muscular. Deixou o time, mas continuou a ser uma sobra para a França. São constantes as perguntas de jornalistas sobre o jogador, visto que ele voltou a treinar no Real Madrid e poderia ficar à disposição do técnico Didier Deschamps. “Não sou o treinador. Creio que Benzema está machucado e não tenho explicação”, disse Dembélé.
Com a Copa em curso, no primeiro jogo diante da Austrália, o lateral esquerdo Lucas Hernández sofreu grave lesão no ligamento cruzado do joelho direito e foi cortado da equipe. Seu irmão, Theo, tornou-se titular. Autor do gol contra Marrocos, Theo também tem problema no joelho e não treinou ontem (16) – a ver sua recuperação. Para piorar, Tchouameni, figura vital para a França, também foi poupado de treinos por dores no quadril.
Depois de todos esses azares, a França enfrenta agora um surto de gripe na semana decisiva da Copa. Teve de isolar já cinco jogadores para evitar um contágio do grupo, dois deles, Rabiot e Upamecano, já voltaram aos treinos.
São tantos infortúnios que, se o time azul ganhar, será uma demonstração de resiliência. Não dá nem para times como o Brasil, que também perdeu jogadores por contusão, reclamar de azar.
Com a bola rolando, sim, os deuses do futebol parecem ter recompensado os franceses pelo que lhes tiraram. O próprio Deschamps atribuiu a um pouco de sorte o triunfo sobre a Inglaterra — o atacante Harry Kane perdeu um pênalti. Não dá para saber o que seria da França se não tivesse tantos problemas.
Informações UOL Esporte