Os idiomas exigidos para eventos internacionais com ministros são inglês, espanhol, francês, árabe, italiano, alemão, russo e mandarim
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai gastar quase R$ 300 mil com 110 tradutores, 60 auxiliares e mais de 3 mil equipamentos para uso dos intérpretes. A assessoria disse que o chamamento ocorrerá “por demanda”. A Corte exige profissionais que falem oito idiomas: inglês, espanhol, francês, árabe, italiano, alemão, russo e mandarim.
A encomenda prevê ainda “cabines para tradução simultânea com isolamento acústico, central para intérpretes e distribuidor de áudio com saídas balanceadas e controle de volume individual por canal”. O STF também pediu receptores sem fio com headphones. “A depender da necessidade, a montagem dos objetos poderá ocorrer fora do horário comercial, bem como em fins de semana e feriados”, avisa a Corte.publicidade
De acordo com o STF, as falas dos tradutores deverão ser “audíveis e claras, os equipamentos terão de proporcionar conforto ao ouvinte, não apresentar ruídos nem interferências, além de passar por esterilização”. Sobre as vestimentas, os profissionais precisarão trajar “uniformes ou vestimenta formal, limpos”. Tanto eles quanto os auxiliares terão de prestar serviços em qualquer dia, horário e local definidos pelo STF.
“Um evento, para ser realizado com qualidade, deve ter todos os itens inerentes ao serviço coordenados para que não haja falha na entrega do produto final”, observa o STF. “Caso o objeto em questão seja separado em grupos distintos, a tradução de um evento pode ficar comprometida, sem que fique clara a responsabilidade pela falha no serviço. A contratação em grupo único é a melhor maneira de garantir que toda a execução seja realizada e entregue com qualidade.”
Ainda nesta semana, além dos tradutores, o STF disponibilizou aproximadamente R$ 60 mil para reformar 21 sofás usados em sua sede.
Duas peças modelo Sérgio Rodrigues, de três lugares, precisarão de “recuperação da estrutura em madeira maciça jacarandá, inclusive lixamento e aplicação de verniz na cor atual”. A Corte exige ainda a substituição do revestimento, por “couro cor preta, antichamas, hidrorrepelente, espessura com variação de 9 a 11 milímetros, marca de referência La Novitá ou equivalente”. Também as almofadas têm especificidades, como “acabamento em capitonê e bordas com vivo”. O custo para restaurar as unidades está estimado em quase R$ 13 mil.
No início deste mês, o STF gastou cerca de R$ 30 mil para comprar roupas específicas que serão usadas em sessões no plenário, pelos ministros do STF e seus assessores.
De acordo com o pedido, as quatro “becas de gala” (cuja unidade custa R$ 1,6 mil) precisam ser “confeccionadas em cetim de cor preta, até a altura do tornozelo, barra simples, com abertura frontal transpassada, presa na gola por dois botões forrados do mesmo material”.
As dez togas têm de ser “confeccionadas em microfibra ou cetim, de cor preta, com abertura frontal e corte godê até a altura do tornozelo; golas arredondadas em corte godê, amplas (medindo 15 centímetros de largura), forradas, entreteladas, e todas pespontadas”.
Já as quatro camisas (cuja unidade sai por R$ 450) precisam ter sua composição “100% de algodão com fio egípcio”, de cor branca, com frente pregueada e colarinho tipo smoking. “Deverá ainda possuir bordado com o nome do ministro do STF, por extenso, fonte Arial, caixa-alta, fixado na parte interna do colarinho, com linha de cor preta”, exige o STF.
Informações Revista Oeste