Depois de uma noite de bebedeira, que tal um sorvete de Paracetamol para ajudar? O doce diferentão aparece em uma imagem que viralizou nas redes sociais. Alguns perfis dizem que o sorvete especial é vendido na Holanda.
A imagem famosa foi feita em 2016. Naquele ano, a sorveteria holandesa Maddy’s produziu o sorvete com infusão de paracetamol para o carnaval de uma vila. O doce foi produzido pelo dono da loja, Jan Nagelkerke.
“Uma novidade mundial! Sorvete de Paracetamol. É delicioso e refrescante e ajuda com ressacas durante o carnaval. Está em exposição, mas, é claro, não vendemos esse sorvete. Só queremos deixar vocês animados para os próximos cinco dias de carnaval! Divirtam-se, pessoal”, dizia um post da sorveteria na rede social.
Segundo publicações da loja, o sorvete foi feito como uma brincadeira e exibido na vitrine da loja. No entanto, ele nunca foi comercializado. Isso não impediu que a ideia inusitada chamasse atenção e se tornasse um fenômeno nas redes sociais.
Ao BN DeStem, canal de notícias local, Nagelkerke explicou que o sorvete de seis litros continha 20 pílulas do remédio, além de suco de limão para dar sabor. Ele, claro, experimentou, mas achou melhor deixar aquele sorvete só na brincadeira. “Joguei fora o resto do sorvete; definitivamente não era um dos meus melhores”, disse.
Ele também disse que nunca pensou em vender esse sorvete e que só achou que seria uma piada divertida para o carnaval. Mas, depois, ficou preocupado com a mistura de remédios com o doce e entrou em contato com autoridades de saúde.
Ele descobriu que a prática é ilegal e removeu o produto de exposição. O mesmo canal publicou uma outra reportagem com a Autoridade Holandesa de Segurança de Alimentos e Produtos de Consumo, explicando que o sorvete de Paracetamol não poderia ser vendido, e, se contivesse uma grande quantidade de paracetamol, seria necessária autorização especial para seu uso.
Por outro lado, se contivesse apenas uma pequena quantidade, ainda seria considerado um novo alimento, exigindo aprovação da Comissão Europeia. Além disso, utilizar medicações em alimentos, sem controle rigoroso, pode trazer riscos à saúde, o que motivou Nagelkerke a descartar a ideia.
Informações TBN