Ex-presidente recebeu comenda em Anápolis (GO) e disse que campanhas de desarmamento precedem ditaduras
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na 6ª feira (21.jul.2023) a comenda Gomes de Souza Ramos em Anápolis (GO). Sob gritos de “mito”, Bolsonaro subiu ao palco para ser agraciado com uma das mais altas honrarias concedidas pela cidade. Outras 34 pessoas também receberam.
A comenda homenageia desde 1980 personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Na campanha presidencial de 2022, Bolsonaro foi o candidato mais votado em Anápolis. Ele recebeu 153.507 votos, o equivalente a 70,59% do total da cidade. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)teve a preferência de 29,41% dos eleitores e totalizou 63.960 votos.
Assista ao momento em que Bolsonaro recebe a comenda Gomes de Souza Ramos (2min24s):
Ao subir ao palco para receber a homenagem, Bolsonaro fez críticas ao decreto assinado por Lula na 6ª (21.jul) que reverteu regras do último governo sobre compra e posse de armas.
“Todas as ditaduras foram precedidas de campanhas de desarmamento”, disse o ex-presidente. “Armei o máximo possível o meu povo e a prova de que estava no caminho certo é que o número de mortes por arma de fogo caiu ano a ano no meu governo”, completou.
Bolsonaro também afirmou que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o tornou inelegível em 30 de junho “de forma bastante nebulosa”. Segundo o ex-presidente, o “sistema não quer uma pessoa honesta na Presidência da República”.
“Se eu nada representasse para a nossa pátria depois daqueles números do TSE, não me estariam perseguindo até hoje, não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual crime? Corrupção não foi, abuso de poder econômico não foi”, disse.
Sem citar diretamente Lula, Bolsonaro ainda afirmou que deixou o “outro cara assumir” o Brasil “porque jamais passaria a faixa para uma pessoa que tinha e tem o passado como esse cara”.
Assista ao discurso de Bolsonaro depois de receber a comenda (16min4s):
Informações Poder 360