A partir de 1º de julho, os clientes com dívidas no cartão de crédito rotativo, conhecido por ser a linha de crédito mais cara do mercado, terão novas opções. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou mudanças que visam facilitar a vida dos consumidores endividados.
A principal alteração é a possibilidade de portabilidade gratuita do saldo devedor de uma instituição financeira para outra que ofereça melhores condições de pagamento. Para isso, a nova instituição deve apresentar uma proposta de operação de crédito consolidada, incluindo a reestruturação da dívida antiga. Além disso, a instituição original que fizer uma contraproposta deve oferecer uma operação de crédito de mesmo prazo para fins de comparação dos custos.
Outra mudança importante é a transparência nas faturas de cartão de crédito. A partir de julho, as faturas deverão conter informações essenciais para o titular da conta, como o valor total, a data de vencimento e o limite de crédito. Além disso, haverá uma área específica para alternativas de pagamento, incluindo o valor mínimo obrigatório, encargos futuros e opções de financiamento do saldo devedor. As tarifas cobradas também serão identificadas, e os limites individuais para cada tipo de operação estarão disponíveis.
As emissoras de cartão de crédito deverão enviar gratuitamente informações aos titulares da conta, incluindo esclarecimentos sobre o não pagamento do valor total da fatura, consequências do atraso e orientações para liquidação antecipada. Além disso, o início do parcelamento do saldo do crédito rotativo e a cobrança da tarifa de anuidade serão comunicados com antecedência.
Lembre-se de que o cartão de crédito rotativo é a linha mais cara do mercado e deve ser evitado. Caso não pague o valor total da fatura na data de vencimento, essa opção de crédito é acionada.
Em abril, os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo atingiram 423,5% ao ano, conforme dados do Banco Central. Essa taxa representa um aumento em relação ao mês anterior e é a mais alta desde dezembro de 2023. Vale destacar que, apesar das medidas que limitam a dívida no rotativo, essa linha de crédito continua sendo a mais cara do mercado financeiro.
A recomendação para os clientes bancários é pagar o valor total da fatura do cartão de crédito mensalmente, evitando assim o acionamento do crédito rotativo. Além disso, os números indicam relativa estabilidade nas concessões de novos empréstimos nessa modalidade em abril, com R$ 30,5 bilhões contratados. Esse valor está ligeiramente acima da média de 2022 e 2023.
Portanto, é fundamental que os consumidores estejam cientes dos altos custos associados ao uso do crédito rotativo e busquem alternativas mais vantajosas para gerenciar suas dívidas no cartão de crédito.
Informações TBN