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Um projeto de lei em andamento na legislatura do Arizona levanta debates sobre a permissão para fazendeiros, ao longo da fronteira com o México, atirarem em migrantes que cruzarem suas propriedades sem enfrentar acusações criminais.
O projeto de lei (HB-2842), de iniciativa republicana, propõe expandir uma lei estadual conhecida como Doutrina do Castelo, que autoriza o uso de força letal contra intrusos em casas para prevenir danos.
O legislador republicano estadual, Justin Heap, argumentou que sua proposta busca eliminar o que ele considera burocracias na aplicação da lei. Ele afirmou que as mudanças são necessárias devido ao aumento do número de migrantes indocumentados atravessando fazendas na fronteira, colocando os fazendeiros em situação vulnerável.
Atualmente, a lei protege indivíduos apenas dentro de suas residências, mas a alteração proposta substituiria “casa” por “propriedade”, ampliando a proteção para terras agrícolas, mesmo que distantes das residências.
A proposta surge em meio ao julgamento pendente do fazendeiro George Allan Kelly, de 73 anos, acusado de assassinato em segundo grau pela morte a tiros, em 2023, do migrante mexicano Gabriel Cuén Buitimea, que cruzava suas terras perto de Nogales, uma cidade fronteiriça.
Legisladores democratas criticaram o projeto, alegando que ele poderia promover o uso de perfis raciais e colocar em risco vidas humanas.
Os fazendeiros do Arizona argumentam que suas terras são frequentemente utilizadas como rotas para o tráfico humano e de drogas para os Estados Unidos.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara e agora aguarda votação no Senado estadual.
Com informações do Pleno News.