Os alimentos da Ceia de Natal subiram 16,48% nos 12 meses entre dezembro do ano passado e novembro último. No mesmo período, a variação inflacionária média ficou em 4,53%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI). O levantamento é do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). Considerando os presentes, a ‘inflação de Natal’ estie ano ficou em 11,03%.
O pesquisador Matheus Peçanha, do FGV Ibre, ressaltou que os alimentos têm sido o vilão da inflação há três anos. “Os pequenos produtores, que são os principais responsáveis por fornecer produtos à mesa do brasileiro, têm sofrido, perdido renda, sem conseguirem renovar a produção. Com isso, a gente teve uma redução de área plantada de diversos produtos de hortifrúti”, disse.
Nos produtos alimentícios, as frutas desempenham a maior pressão inflacionária em termos absolutos (alta de 38% em 12 meses), seguida da farinha de trigo (30%) e da maionese (29,93%). O frango e o bacalhau subiram, neste mesmo intervalo, 11,88% e 11,63%. Já o lombo e o pernil suínos oscilaram 0,13% e 0,64%, respectivamente.
Entre os presentes, que tiveram inflação média de 6,95%, o setor de vestuário está com produtos 10,62% mais caros. Depois da alta da demanda no começo da pandemia de Covid-19, eletrônicos variaram apenas 0,64%.
*CNN Brasil