O BC promete avançar em novas modalidades do Pix para os brasileiros, como o Pix offline, parcelado e internacional. Por enquanto, apenas o Pix Automático tem um cronograma de lançamento já definido. Veja o que vem aí:
Pix automático já tem um cronograma de lançamento. A previsão do BC é de que ferramenta será lançada em abril de 2024. A funcionalidade vai permitir pagamentos recorrentes de forma automática, sem a necessidade de autenticação do usuário todos os meses. O BC diz que apenas a primeira autorização prévia será necessária.
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Ele vai funcionar como o débito automático. A diferença é que o débito automático depende de convênios com outras instituições para funcionar. O pagador terá à sua disposição uma série de funcionalidades para gerir os pagamentos recorrentes como, por exemplo, estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada, podendo cancelar a qualquer momento a autorização.
Expectativa é de que ele seja usado por empresas de água, luz e gás. Outros usos esperados pelo BC são empresas que demandem pagamentos recorrentes, como instituições de ensino, academias, clubes de assinatura, serviços de streaming, planos de saúde, seguros, administradores de condomínios, clubes, portais de notícia, operações de crédito, entre outros.
Ainda não foi lançado oficialmente pelo BC, mas alguns bancos já oferecem. O BC diz que existe a possibilidade de estabelecer regras padronizadas para o parcelamento com o Pix, “mitigando o risco de crédito do recebedor em eventuais situações de inadimplência do pagador”.
Não existe um único modelo sendo oferecido pelos bancos. O BC afirma que há soluções que vinculam o Pix parcelado com a concessão de crédito pessoal e soluções que permitem que o pagamento do Pix seja feito na fatura do cartão de crédito. O Pix parcelado abre a possibilidade de concessão de crédito por meio do Pix.
Caso haja mudanças no rotativo do cartão, o Pix crédito pode ganhar espaço. “Temos a discussão do rotativo do cartão, de mudar as regras. [Se isso acontecer] vamos ter menos crédito no cartão e vai ter que desaguar o crédito em outro lugar. Já têm alguns bancos fazendo Pix crédito, vamos ver aumentar demais”, afirma Bruno Samora, diretor de produtos da Matera.Continua após a publicidade
O BC monitora a evolução desse mercado e o uso dessas soluções, podendo, futuramente, caso julgue necessário, decidir pela criação de um produto único ou pela definição de regras mínimas a serem observadas pelas instituições.
Banco Central, em relatório
Pix para pagamentos internacionais é uma das prioridades do BC. O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, afirmou que a expansão do Pix para pagamentos internacionais é uma importante prioridade do BC, que ainda trabalha em como fazê-lo de forma eficiente.
Ideia é permitir a integração com sistemas de pagamentos instantâneos internacionais. O Pix internacional poderá viabilizar remessas transfronteiriças, pagamentos entre empresas e de compras feitas no exterior, segundo o BC.
Fazer um Pix sem internet é outra possibilidade estudada. O objetivo é aumentar o acesso e dar mais comodidade aos usuários. Hoje apenas os usuários que estão com acesso a internet conseguem acessar seus aplicativos bancários para concluir o Pix.Continua após a publicidade
Novidades do Pix devem facilitar experiência do usuário. “A experiência de uso ainda é um pouco limitada no mundo físico. [A pessoa] Tem que abrir o aplicativo, ainda tem uma fricção. As novas modalidades vão impulsionar bastante o uso [do Pix]”, afirma Samora.
BC estudar formas de fazer Pix por aproximação, assim como cartões de crédito. Algumas tecnologias possíveis são NFC (usada em celulares e smartwatches), bluetooth e biometria.
Alguns usos possíveis seriam pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público, por exemplo.
Lançado em 2020, o Pix apresentou ampla adesão e já é utilizado por 133 milhões de brasileiros. O valor médio das operações de pessoas físicas é de R$ 200. Segundo relatório do BC, a maior transação já realizada pelo Pix teve o valor de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.
O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público. Muitos negócios que hoje não realizados pela falta de “conectividade” poderão ser viabilizados instantaneamente, de forma simples, segura e com menor custo.
Banco Central, em relatório sobre Pix
Informações UOL