O PIB (Produto Interno Bruto)brasileiro teve expansão de 3,7% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2021. Frente a julho deste ano, o índice apresentou retração de 0,8%, informou nesta quarta-feira (19) o Monitor do PIB, apurado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia, a partir das mesmas fontes de dados e metodologia usadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo cálculo oficial das contas nacionais.
“A queda da atividade econômica em agosto está associada às retrações na indústria e nos serviços. Destaca-se que houve recuos na maior parte das atividades que compõem estes dois setores”, explica Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.
Ela afirma que, pela ótica da demanda, o destaque de agosto foi a queda do consumo das famílias, na comparação com julho. “Dada a importância que o consumo tem apresentado em 2022, sendo considerado o principal responsável pelo bom desempenho da economia no primeiro semestre, sua retração em agosto sinaliza provável dificuldade de manutenção do crescimento na economia na segunda metade do ano”, avalia.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias caiu 0,5% em agosto ante julho. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma elevação de 0,7% no período. A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 0,6% em agosto ante julho, enquanto a importação recuou 0,3%.
Em meses anteriores, já havia sido divulgado pelo Monitor do PIB-FGV que os juros em patamares elevados poderiam enfraquecer a economia no segundo semestre. “A retração registrada na atividade econômica em agosto pode ser uma sinalização de que a desaceleração da economia chegou”, completa Juliana.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 6,310 trilhões de janeiro a agosto de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 20% em agosto de 2022.
Informações TBN