As contas do governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um superávit primário de R$ 303 milhões em setembro, primeiro dado no azulpara o mês desde 2012, ajudado pelo aumento na arrecadação, divulgou o Tesouro hoje.
Em setembro do ano passado, o governo central havia registrado déficit de R$ 76,14 bilhões, resultado fortemente impactado pelos gastos extraordinários associados ao enfrentamento da pandemia de covid-19.
“Créditos extraordinários, apoio financeiro a Estados e Municípios e subsídios destinados ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito apresentaram redução de R$ 40,9 bilhões, R$ 21,3 bilhões e R$ 5,5 bilhões, respectivamente”, disse o Tesouro.
No fim de setembro, o Ministério da Economia melhorou a projeção de déficit primário para o governo central em 2021 a R$ 139,4 bilhões, diante da perspectiva de maior arrecadação neste ano.
Ontem, a Receita já havia divulgado uma arrecadação recorde para setembro, influenciada pelo maior recolhimento de tributos de empresas.
“Os dados de setembro corroboram a tendência de melhora consistente nas contas públicas ao longo de 2021, resultado da forte arrecadação e da maior focalização das despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia”, disse o Tesouro.
No acumulado de janeiro a setembro, o rombo nas contas públicas foi de R$ 82,48 bilhões, contra R$ 67,44 bilhões em igual período de 2020. Em 12 meses, o déficit primário é de R$ 154,2 bilhões, equivalente a 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto).
* Com informações de Marcela Ayres, da Reuters, em Brasília