Com vendas de mais de 1 milhão de unidades por dia, a Paçoquita é o maior sucesso de público do Grupo Santa Helena. Hoje existem diferentes versões da paçoca: com chocolate, com aveia e até uma versão “esporte”, com 24% de whey protein. Saiba como a empresa surgiu e os números da gigante do amendoim.
A Santa Helena foi fundada em março de 1942, em Ribeirão Preto (SP), por José Marques Telles. Com a ajuda de três de seus filhos e poucos equipamentos, a empresa fazia doces para serem vendidos por ambulantes.
A venda de doces para pequenos comerciantes foi a principal atividade da empresa por décadas. A Santa Helena cresceu e ganhou estrutura ao longo do tempo. Em 1982, é inaugurada uma nova fábrica, com foco em produtos à base de amendoim.
Em 1982 acontece o “pulo do gato” da Santa Helena, quando é lançada a Paçoquita. Nos últimos 40 anos o doce se tornou referência no mercado e hoje é encontrado em diferentes versões: com chocolate, diet, com aveia, a versão cremosa. Há até uma versão “esporte”, com 24% de whey protein e o cappuccino Paçoquita.
A Paçoquita é muito querida e amada pelos brasileiros, com mais de 1 milhão de unidades comercializadas diariamente.
Thiago Leal, gerente corporativo de inovação e novos negócios
A Paçoquita original é feita com apenas três ingredientes: amendoim, sal e açúcar. A empresa diz controlar todas as etapas de produção e distribuição, desde o plantio do amendoim até a chegada do doce aos pontos de venda.
É durante as festas juninas que a Paçoquita tem seu pico de vendas. Segundo a Santa Helena, as vendas no período costumam ser 20% maiores que no restante do ano.
Ao todo, a empresa conta com mais de 150 produtos. A produção inclui as marcas Paçoquita, Mendorato, Amindus, Crokíssimo, Troféu e a linha Cuida Bem, de itens saudáveis.
Com a Paçoquia, a Santa Helena alcançou a liderança do segmento de doces e confeitos à base de amendoim. A empresa responde por quase 25% dos alimentos à base de amendoim consumidos no Brasil.
O Grupo Santa Helena é formado pelas empresas Santa Helena Alimentos e Terranuts, unidade beneficiadora de amendoim. O grupo fechou 2022 com receita líquida de R$ 870 milhões, crescimento superior a 30% sobre 2021. A receita líquida de exportação do grupo atingiu R$ 200 milhões, com crescimento superior a 35% sobre 2021.
As exportações também são importantes. A receita líquida com exportações em 2022 foi de R$ 200 milhões, crescimento de 35% sobre o resultado de 2021. Atualmente, a companhia exporta para mais de 15 países, entre eles Argentina, EUA e Japão.
Ainda há espaço para o crescimento do mercado de amendoim brasileiro. Segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), entre julho de 2020 e junho de 2021, houve um aumento de 8,6% no consumo de produtos industrializados feitos com amendoim. O brasileiro consome, em média, 1,1 kg da leguminosa por ano —isso mesmo, o amendoim é um legume com origem no continente americano.
As exportações são outra possibilidade de expansão para o amendoim brasileiro.Segundo a Abicab, o Brasil é reconhecido pela qualidade e segurança de sua produção de amendoim.
Aproximadamente 70% do amendoim in natura colhido no país é destinado ao mercado externo. Ele é vendido para mais de 90 países, sendo que Rússia e Argélia são os principais destinos, respondendo por aproximadamente 34% e 14% das exportações brasileiras, respectivamente.
Por causa da demanda, a produção brasileira de amendoim passou de 346,8 mil toneladas na safra 2014-15 para cerca de de 895 mil toneladas na safra 2022-23, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O crescimento de 157,5% em oito anos mostra o potencial do mercado, afirma o economista Ronaldo Pagliotto.
Informações UOL