A polícia dos EUA acredita que Herbert Baumeister enterrou pelo menos 25 vítimas no quintal de sua propriedade em Indiana na década de 1990.
Herbert Baumeister, 49, era empresário, casado e pai de três filhos. Ele é suspeito de atrair homens gays para sua casa antes de matá-los.
O caso começou em junho de 1996, quando o filho de 15 anos de Baumeister tropeçou em ossos enquanto caminhava na propriedade de sete hectares da família. A propriedade fica localizada em uma área remota e arborizada do condado de Hamilton. A descoberta ocorreu a cerca de 60 metros da casa.
O jovem mostrou a caveira encontrada na propriedade para sua mãe, Julie Baumeister. Segundo reportagem de 1996 da People, Baumeister justificou a situação dizendo que aqueles eram os ossos de um esqueleto da faculdade de medicina, que foi dado a ele por seu falecido pai, um anestesista.
Apesar da justificativa, a descoberta deu início a uma investigação. Então, a apuração acabaria colocando Baumeister como suspeito de ser um serial killer que tinha como alvo homens gays.
Autoridades determinaram proteção à família. No dia seguinte ao filho encontrar os ossos, a esposa de Baumeister recebeu uma ordem de proteção emergencial e custódia para manter o homem longe dela e dos três filhos, segundo a Fox 59.
Já três dias depois de o menino descobrir os ossos, eles foram identificados como humanos. Os bombeiros do condado de Hamilton encontraram ainda mais restos mortais na área. Na época, a descoberta deixou os investigadores chocados.
A investigação aconteceu em meio a um processo de divórcio entre Baumeister e a então esposa. Os registros do divórcio indicam que os Baumeister acusavam um ao outro de administrar mal os negócios da família. Eles operavam dois brechós, que tinham sentenças e ações judiciais movidas contra eles.
Menos de duas semanas após a descoberta dos restos mortais, Baumeister morreu por suicídio, informou o The New York Times também em 1996. Ele morreu antes que os investigadores tivessem a oportunidade de interrogá-lo e, como resultado de sua morte, o caso do serial killer nunca foi julgado em tribunal.
Após o suicídio de Herbert Baumeister, uma fonte disse à Fox 59 que ele levava uma vida dupla. Dos restos mortais das pessoas inicialmente identificadas pela polícia na época, três delas já tinham sido detidas por prostituição. Todos teriam desaparecido quando a esposa e os filhos de Baumeister estavam fora da cidade.
Na época das investigações, o jornal local The Indianapolis Star relatou que Baumeister usava dois pseudônimos. Em muitos dos bares gays do centro de Indianápolis que ele frequentava, usava o nome de um homem desaparecido.
“Nossa maior questão agora é como ele poderia ter nos amado e feito isso”, disse Julie à People em 1996 sobre os crimes de seu marido. “A felicidade como a conhecíamos nunca mais voltará.”
Informações UOL
Em outubro do ano passado, os restos mortais de Allen Livingston foram identificados após 30 anos. De acordo com o The Guardian, ele desapareceu três anos antes do início das investigações. Já em janeiro deste ano, foram descobertos os restos mortais de Manuel Resendez, que tinha 34 anos quando desapareceu.
Ao todo, foram encontrados quase 10 mil ossos e fragmentos de ossos. Acredita-se que esse número corresponda ao total de 25 vítimas de Baumeister.
Com as descobertas recentes, Jeff Jellison, legista do condado de Hamilton, pediu a parentes de jovens desaparecidos entre meados da década de 1980 e 1990 que enviassem amostras de DNA, segundo a CBS. Pelo menos 30 famílias forneceram amostras.
Ao canal, Jellison disse: “A identificação de Allen Livingston foi o resultado da dedicação de muitos especialistas forenses que trabalharam em colaboração num esforço para identificar quase 10 mil restos mortais humanos recuperados na Fox Hollow Farm.”
Ainda de acordo com a People, os restos mortais continuam sendo identificados. O escritório do legista do condado de Hamilton segue trabalhando para dar nomes aos restos mortais das vítimas encontradas na extensa propriedade.Continua após a publicidade
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.