Nesta quarta-feira (17), o presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou a apreensão do passaporte de Carlos Wizard após o empresário não comparecer ao Senado para prestar depoimento.
– Para que foi ao Supremo se não vinha? O ministro Barroso com certeza tem muitos afazeres. Carlos Wizard tem que entender que a justiça brasileira tem outras coisas para fazer. Não dá pra levar na brincadeira o Supremo. Está achando que conseguir habeas corpus no Supremo é igual ir na quitanda comprar bombom? É uma falta de respeito com o STF – disse o presidente da CPI.
A pedido de Wizard, o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe concedeu nesta quarta-feira (16) o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento na CPI, mas não o autorizou a participar por videoconferência. No mesmo dia, a ministra Rosa Weber negou o pedido de Wizard para impedir a quebra de sigilo de seus registros telefônico, telemático e bancário, determinada pela CPI.
A sessão com o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), Alexandre Silva Marques, que também ocorreria nesta quinta-feira (17), será remarcada pelos senadores. Aziz decidiu encerrar a sessão para que os parlamentares votem a Medida Provisória (MP) acerca da privatização da Eletrobras.
Wizard é suspeito de integrar um suposto “gabinete parelelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro sobre questões referentes à pandemia da Covid-19. Já Alexandre Marques é suspeito de produzir um relatório extra oficial com uma “supernotificação” das mortes por Covid-19.