O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se pronunciou depois dos ataques que sofreu por atacar a ideologia de gênero e defender as mulheres biológicas. Segundo o parlamentar, diferentemente do que estão acusando-o, ele não cometeu o crime de transfobia.
“O discurso foi proferido tão somente com o intuito de alertar sobre a perda de espaço das mulheres nos esportes para pessoas trans”, explicou Ferreira nesta quinta-feira, 9. “Homens e mulheres são biologicamente diferentes e possuem corpos diferentes. Negar isso, portanto, é adotar um tipo de negacionismo sem precedentes. Nesse sentido, não houve, em momento algum da fala, o crime de transfobia ou discurso de ódio, mas sim o direito constitucional de um parlamentar em expressar sua opinião sobre um determinado tema.”
Na quarta-feira 8, na tribuna da Casa, o deputado mineiro vestiu uma peruca loira, defendeu as mulheres e criticou o feminismo. Segundo Ferreira, as verdadeiras mulheres estão perdendo espaço para os homens que se sentem mulheres. “Para vocês terem ideia do perigo que é isso, estão querendo colocar a imposição de uma realidade que não é a realidade”, observou ele justamente no Dia Internacional da Mulher.
Minutos depois, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) entrou com um pedido de cassação contra o parlamentar por suposta transfobia. Deputados do Psol na Casa manifestaram apoio à ação de Tábata. Já outros congressistas saíram em defesa de Ferreira ao exaltarem o direito à liberdade de expressão.
“No que tange às notícias de que o PSB e partidos de esquerda tenham pedido a cassação do meu mandato, ainda não recebemos nenhum tipo de notificação, mas é aguardado com tranquilidade, haja vista a certeza de que nenhum crime foi cometido”, concluiu o deputado.
Hoje, o Partido da Causa Operária (PCO), de extrema-esquerda, saiu em defesa de Ferreira. “É uma política medieval”, informou a legenda. “Qualquer cidadão tem o direito à liberdade de expressão. Além disso, um parlamentar é eleito pelo povo justamente para falar. A esquerda não deve apoiar a censura.”
Informações Revista Oeste