O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, processou dois jornalistas israelenses e um ativista por alegarem que sofre de câncer no pâncreas. O chefe do governo israelense pede uma compensação financeira de até 500 mil shekels (cerca de R$ 718,4 mil) por “divulgar informações falsas e maliciosas”, segundo o texto da denúncia, publicado nos meios de comunicação israelenses.
O processo, contra os jornalistas Uri Misgav e Ben Caspit, e contra o ativista da oposição Gonen Ben Itzhak, acusa os três de alegarem que Netanyahu sofre de câncer no pâncreas e que não está qualificado para ocupar o seu cargo, algo que os advogados do primeiro-ministro classificam como “ mentiras e falsidades”.
– O primeiro-ministro é uma pessoa perfeitamente saudável para a sua idade – diz o texto do processo.
A saúde de Netanyahu, 74 anos, é fonte frequente de debate na mídia israelense.
Em abril, o premiê foi submetido a uma cirurgia de hérnia, que teve sucesso, e em julho do ano passado teve que passar por uma operação para implantar um marca-passo, depois de constatar um problema cardíaco em um check-up médico.
TENSÕES COM HEZBOLLAH E IRÃ
Nesta quarta-feira (5), Netanyahu disse que seu país está “preparado para uma ação muito forte no norte”, durante uma visita às tropas destacadas na fronteira com o Líbano, após vários dias de intensa troca de hostilidades com o Hezbollah.
As hostilidades na fronteira começaram em 8 de outubro, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, em uma demonstração de solidariedade do Hezbollah às milícias terroristas no enclave; embora a troca de fogo tenha se intensificado muito nas últimas semanas, o que levanta temores de uma guerra aberta entre as partes.
Além disso, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, prometeu nesta quarta-feira vingança contra Israel pela morte de um militar iraniano na Síria, a primeira desde que os dois países trocaram bombardeios em abril.
Irã e Israel são inimigos ferrenhos e competem pela hegemonia regional, em uma batalha na qual Teerã apoia o grupo terrorista palestino Hamas, o libanês Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen.
*EFE
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