A agência de classificação de risco Moody’s decidiu nesta terça-feira, 1, elevar a nota de classificação de risco do Brasil de “Ba2” para “Ba1”.
Além disso, a agência manteve a perspectivapositiva, o que deixa em aberto a possibilidade de nova elevação da nota soberana a médio prazo.
Com isso, o Brasil está a apenas um degrau do almejado grau de investimento, o chamado “selo de bom pagador“, alcançado em 2008 e perdido em 2015.
Segundo a Moody’s a decisão se justifica pela melhora no cenário de crédito do país, graças ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, a agência destacou que as reformas econômicas aprovadas recentemente, como a reforma tributária, deverão melhorar o ambiente de negócios brasileiro e permitir um crescimento sustentado no longo prazo.
A decisão da Moody’s chegou poucos dias após uma reunião realizada em Nova York entre as principais agências de classificação de risco, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após esses encontros, o ministro da Fazenda antecipou que o Brasil estaria perto de retomar o grau de investimento, e que uma das três grandes agências de classificação de risco deveria elevar a nota do país ao longo do próximo ano.
Lula, por sua vez, declarou que as agências “tem sido decentes”, mas que não devem “ouvir só a Faria Lima” e sim também o presidente da República.
Em sua avaliação, a Moody’s destacou o compromisso do governo Lula com a estabilidade das contas públicas e com a meta fiscal, principalmente na expectativa da estabilização da proporção dívida/PIB.
Entretanto, em agosto a dívida pública brasileira cresceu, chegando a 78,5% do PIB.
A opinião da Moody’s não é compartilhada com outras agências de classificação de risco, que ainda apontam sérios riscos fiscais para o Brasil.
Na última quinta-feira, 25, por exemplo, a Fitch apontou que o desempenho econômico do Brasil não era suficiente para amenizar as preocupações sobre as contas públicas.
Informações Revista Oeste