Nesta quarta-feira (16), o general Eduardo Pazuello assumiu de forma efetiva o cargo do ministro da Saúde após decisão do presidente Jair Bolsonaro. Em discurso, Pazuello falou do seu desafio no Ministério da Saúde durante a pandemia de coronavírus.
O evento contou com a participação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do vice-presidente Hamilton Mourão, da primeira-dama Michelle Bolsonaro, de governadores e outras autoridades.
Em discurso, Pazuelloagradeceu ao presidente e disse que entrou no Ministério da Saúde no “momento mais crítico da pandemia”.
– Agradeço ao senhor presidente da República a confiança plena à época, quando fui chamado para ombrear, com a equipe do governo federal no Ministério da Saúde, no momento mais crítico da pandemia de coronavírus. Literalmente tivemos que trocar a roda do carro andando – ressaltou.
O ministro da Saúde então falou sobre a política inicial de combate ao coronavírus que foi adotada pelo mundo.
– O mais forte a salientar foi a união e solidariedade de todo o povo brasileiro, mostrando o valor de nossa nação (…) O receio de que o SUS entraria em colapso não pode mais existir. Isso não aconteceu e não vai acontecer. Precisamos compreender que o Ministério da Saúde e o mundo todo, em um primeiro momento, acreditavam que a melhor conduta era ficar em casa aguardando a melhora dos sintomas e somente procurar atendimento médico em caso de falta de ar. Nós vimos que não era o melhor remédio, o “fique em casa esperando falta de ar” – destacou.
Ele também lembrou que o tratamento precoce contra a Covid-19 salva vidas.
– O aprendizado ao longo da pandemia nos mostrou que, quanto mais cedo atendemos o paciente, maiores suas chances de recuperação. O tratamento precoce salva vidas, por isso temos falado dia após dia “não fique em casa esperando falta de ar”. Não espere, procure um médico já nos primeiros sintomas, receba o diagnóstico clínico do médico. Inicie o tratamento. Com o fortalecimento desta conduta, presidente Bolsonaro, já alcançamos mais de 3 milhões e 600 mil pessoas recuperadas – apontou.
Já o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, em seu discurso, o uso da hidroxicloroquina na combate à doença e falou sobre ações tomadas pelo governo no combate à pandemia.
– Estudos já demonstram que por volta de 30% das mortes poderiam ser evitadas caso, de forma precoce, fosse ministrada a hidroxicloroquina (…) Entendo que alguns governadores foram tomados pelo pânico [ao decretar o fechamento do comércio], proporcionado por essa mídia catastrófica que temos no Brasil. Não é uma crítica à imprensa, é uma constatação – afirmou.
O ministro da Saúde considerou a pandemia “estabilizada” no Brasil.