O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou neste domingo, 7, que não vai negociar nenhuma modificação tanto no pacote de reforma do Estado quanto no Decreto de Necessidade de Urgência (DNU). Ele tomou posse em 10 de dezembro e enviou o pacote ao Congresso Nacional ao final do mesmo mês.
“Não negociamos nada, só aceitamos sugestões para melhorar”, disse Milei à rádio Mitre. “Aqueles que estão preocupados com os privilégios obviamente não querem [as reformas].”
Em 27 de dezembro, o governo federal argentino enviou ao Congresso a Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos. Mais conhecida como Lei Ônibus, em referência aos vários pontos por que percorre, o documento tem 664 artigos que se distribuem por 183 páginas.
Em resposta a outra pergunta, Milei disse que a Argentina corre, sim, risco de entrar em um cenário de hiperinflação, ou seja, quando a taxa excede 50% ao mês. E culpou o Legislativo.
“Por mais que estejamos fazendo um trabalho fenomenal, quando o Congresso começa a fazer coisas estúpidas, isso prejudica”, disse Milei. “Que fique claro que eles são os responsáveis.”
O presidente também declarou, aliás, que não tem “medo nenhum” de que a oposição tente derrubar seu governo. Além disso, voltou a associar seus opositores à corrupção.
“Existe um forte consenso por parte da população de que o problema está na política, na casta”, argumentou. “Naqueles que perdem os benefícios.”
Por fim, Milei listou a quem o seu pacote desagrada. “Vão reclamar os empresários desonestos, vão reclamar os políticos ladrões, vão reclamar os jornalistas que viviam da pauta, vão reclamar os profissionais cúmplices de toda essa fraude.”
Informações Revista Oeste