A juíza Andrea Palma, da 2ª Vara de Competência Empresarial de São Paulo, acaba de determinar a busca e apreensão de “todas as caixas de e-mail institucionais” dos diretores, dos integrantes do conselho de administração e dos funcionários da área de contabilidade e de finanças da Americanas, “dos atuais e dos que ocuparam tais cargos pelos últimos dez anos”.
A juíza atendeu a um pedido do Bradesco, a quem a empresa deve R$ 4,7 bilhões.
O banco impetrou uma ação para a produção antecipada de provas contra a Americanas. O objetivo é o de promover “a realização de provas periciais na companhia com o objetivo de esclarecer a origem dos vícios observados na contabilidade e, sobretudo, verificar a participação de administradores e acionistas da ré (por ação ou omissão) na alegada fraude contábil”.
Na sentença, a juíza escreve que “diante da magnitude do fato e potencial responsabilização individual dos agentes envolvidos nas fraudes suspeitas, é razoável supor que provas relevantes e necessárias para verificar a ocorrência de fatos ilícitos correm risco de perecimento” .
A decisão de hoje é o avanço em relação aos problemas que a Americanas vem enfrentando na Justiça.
O Globo