Quando você deve mais do que possui de patrimônio a luz vermelha acende nas finanças. E no mercado isso é catastrófico. Foi o que, simplificando, ocorreu no caso das Lojas Americanas, a maior fraude financeira da história recente que ainda está em andamento, agora com pedido de ‘recuperação judicial’, em outras palavras, ganhar tempo para pagar os credores que vão entrar em uma longa lista de espera.
Os bancos já estão se movimentando para receberem primeiro. O BTG conseguiu liminar e o Itaú, um dos maiores caloteiros do país, também só quer liberar os recursos que tem em caixa com ordem judicial.
O Itaú está sendo afetado pelo golpe das Americanas.
No caso do Itaú a situação também é suspeita, e se o Brasil fosse um país sério, a CVM já teria feito uma auditoria profunda nas contas do banco.
O Itaú deve milhares de ações a um investidor, que ganhou em todas as instâncias do judiciário o direito de reaver pouco mais de R$ 6 bilhões em papéis preferenciais do banco, as ações ITUB4.
Ocorre que o banco não tem ações em estoque, tampouco dinheiro em suas contas para pagar o que deve. Abaixo o balanço atual do banco, que também pode ser visto CLICANDO AQUI
O Itaú foi condenado por vender, sem autorização, lotes de ações que eram do investidor e embolsou o dinheiro.
Em setembro de 2020, a juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos, determinou o bloqueio de R$ 2,09 bilhões nas contas do banco, e não encontrou nada. Zero. O Itaú numa manobra típica de caloteiro, alegou ‘falha no sistema’ e não cumpriu a ordem judicial. E para ganhar tempo, acusou a juíza ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de ter sido ‘parcial’ por não ter comunicado o banco sobre o bloqueio.
E a defesa do Itaú, contratada após a ordem de bloqueio, está sendo feita pela BFBM Advogados, que pertence a família do ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso, que magicamente conseguiu com que o CNJ acatasse uma reclamação tão absurda. Na época, o colegiado era comandado por Luiz Fux. No fim do ano passado, sob novo comando, o CNJ arquivou a absurda denúncia.
Veja abaixo a decisão da corregedoria do TJPA sobre a mesma reclamação:
O processo, que já transitou em julgado, cujos valores foram confirmados pelo Superior Tribunal de Justiça, segue parado aguardando o julgamento de um agravo, que não tem efeito suspensivo, tampouco vai modificar a sentença, trata-se apenas de enrolação. E é esse agravo que o banco alega a seus acionistas que está ‘aguardando o desfecho’, mesmo sabendo que trata-se de decisão definitiva.
O Itaú deve na praça mais de R$ 40 bilhões, e seu patrimônio líquido é de pouco mais de R$ 20 bilhões. Se apenas a União resolvesse cobrar uma multa de mais de R$ 30 bilhões que foi aplicada ainda em 2008,‘perdoada’ pelo CARF de Michel Temer em 2017 e judicializada pela Receita Federal, o banco teria sérios problemas para se manter.
O banco deve ainda mais de R$ 6 bilhões (corrigidos) à prefeitura de São Paulo por multa aplicada em um caso de fraude fiscal.
O Itaú é um banco de papel.
Informações Painel Político