No último fim de semana, Salvador sediou o 12º Congresso Luso-Brasileiro de Terapia Intensiva, evento internacional que contou com a participação de quatro países: Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Presidido pelo Dr. Lucio Couto, coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira da Bahia (AMIB-BA), o congresso foi realizado no Centro de Convenções Deville Prime, em Itapuã, e superou todas as expectativas de público e qualidade científica.
Segundo o Dr. Lucio Couto, o evento, que teve o apoio financeiro do Governo do Estado, inicialmente previa a inscrição de 700 participantes, mas atingiu a marca de 1.001 inscritos. “O Congresso foi um sucesso de público e de qualidade científica, superavaliado por todos que participaram, foram mais de 300 trabalhos científicos enviados para o congresso, mostrando a relevância de um evento internacional em nosso estado, no intuito de promover conhecimento científico atualizado e de qualidade” destacou Lucio. Ele também expressou um agradecimento especial ao Dr. Karlos Figueiredo pelo apoio incondicional da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que foi essencial para a realização do evento.
A participação do HGCA foi expressiva, com 200 inscritos de Feira de Santana, muitos deles profissionais do próprio Clériston Andrade, que também contribuíram como palestrantes. “Tivemos uma participação significativa de profissionais das UTIs do Clériston Andrade. Dos nossos seis residentes de terapia intensiva, todos estavam presentes, o que demonstra nosso compromisso com a atualização científica e a qualificação dos nossos profissionais,” enfatizou o médico.
Ele informa ainda que uma das principais novidades apresentadas durante o congresso foi o pré-lançamento das novas diretrizes brasileiras de ventilação mecânica. “A última diretriz foi publicada em 2013, e agora, nove anos depois, a Bahia foi escolhida para lançar essas novas orientações, que são baseadas em evidências científicas e vão nortear as condutas corretas no manuseio dos pacientes em ventilação mecânica,” explicou. Lucio Couto ressaltou que muitas dessas práticas já eram aplicadas no HGCA, evidenciando a atualização constante das equipes do hospital.
A enfermeira intensivista Daniela Cunha, membro da comissão científica e responsável pela coordenação da equipe multidisciplinar, falou sobre a importância do congresso para a comunidade da saúde de Feira de Santana e, especialmente, para o HGCA. “Tivemos uma participação significativa de fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e fonoaudiólogos do Clériston Andrade. Esse evento de grande relevância científica contou com mais de 300 trabalhos apresentados e a participação de mais de 80 palestrantes nacionais e internacionais, onde foram partilhadas experiências riquíssimas” afirmou Daniela. Ela também salientou o alcance do evento na promoção da humanização e do cuidado mais próximo aos profissionais da terapia intensiva.
Entre os destaques do congresso, está a apresentação de trabalhos científicos produzidos em Feira de Santana. A residente de terapia intensiva, Livia Aras, apresentou um estudo sobre um caso de miocardiopatia periparto ocorrido no Hospital Estadual da Criança. “Quando apresentamos trabalhos científicos em congressos, estamos difundindo conhecimento e experiências de serviço, o que pode abrir leques para discussões de patologias e condutas, além de levar informações novas a outros profissionais,” comentou Livia. Seu relato destacou a importância do diagnóstico precoce e a intervenção adequada na fisiopatologia da doença, resultando em uma melhora significativa na qualidade de vida da paciente.
De acordo com a organização do evento, pela primeira vez, o congresso contou com a participação de representantes de países africanos, reforçando a internacionalização e a troca de conhecimentos entre diferentes nações. “Este evento, que alterna entre Brasil e Portugal, foi realizado em Salvador este ano, fortalecendo ainda mais os laços entre os países lusófonos. “O 12º Congresso Luso-Brasileiro de Terapia Intensiva foi um marco significativo para a comunidade médica, especialmente para os profissionais do HGCA, que tiveram uma participação destacada e contribuíram para o avanço da ciência e da prática da terapia intensiva. O evento não só proporcionou uma atualização científica de alta qualidade, mas também fortaleceu a cooperação internacional e a humanização no cuidado intensivo”, concluiu Lucio.
Assessoria de Comunicação do HGCA