Foto: Jim Watson/AFP
Hunter Biden foi acusado de comprar e manter uma arma enquanto era usuário de drogas, violando a lei federal. Apesar de o presidente dos EUA ter o poder de perdoá-lo, ele declarou que não o fará.
A sentença será determinada pela juíza Maryellen Noreika, que deve divulgá-la em até 120 dias, ou seja, em meados de outubro. Isso significa que Hunter pode ser preso pouco antes da eleição presidencial. A pena máxima pode chegar a 25 anos de prisão e US$ 750 mil em multas. No entanto, como réu primário e devido à natureza do crime, é improvável que a sentença seja tão severa. Seus advogados ainda podem recorrer ao veredicto desta terça-feira.
Como se trata de um crime federal, o presidente Biden poderia perdoá-lo ou comutar sua sentença, poupando-o da pena. No entanto, na semana passada, Biden afirmou que não concederia perdão ao filho.
Hunter Biden, de 54 anos, enfrentava três acusações federais relacionadas à compra e posse ilegal de uma arma enquanto era viciado em drogas. Duas dessas acusações envolvem o preenchimento de um formulário durante a compra, onde Hunter supostamente mentiu ao responder “não” à pergunta sobre ser um usuário ilegal ou viciado em drogas. A terceira acusação se refere à posse da arma, que ficou com ele por 11 dias em outubro de 2018, antes de ser descartada por sua então namorada, preocupada com seu estado psicológico.
Apesar de ter falado abertamente sobre sua luta contra o crack e o álcool, incluindo em um livro de memórias de 2021 usado como prova pelos promotores, Hunter alegou inocência no tribunal, afirmando que não estava consumindo drogas na época em que possuía a arma. Ele disse estar sóbrio desde maio de 2019.
Os promotores argumentaram que Hunter “sabia que usava crack e era viciado” quando respondeu ao formulário, mostrando trocas de mensagens com traficantes e depoimentos de ex-parceiras para sustentar a acusação. A defesa destacou que não havia provas de que ele estava ciente de violar a lei, uma vez que a pergunta no formulário era feita no tempo presente. O advogado Abbe Lowell apontou que o vendedor de armas testemunhou que Hunter não parecia alterado no momento da compra e que não havia evidências de uso real de drogas no mês em que esteve com a arma.
Hunter Biden enfrentará outro julgamento em setembro, dois meses antes da eleição, em Los Angeles, onde é acusado de sonegação de impostos, evasão fiscal e fraude na declaração do imposto de renda. Este caso pode ser ainda mais embaraçoso para a família, pois envolve relações obscuras de Hunter com negócios no exterior, possivelmente expondo detalhes de um estilo de vida luxuoso que pode ter se beneficiado de seus laços com o presidente.
Desde que as denúncias foram feitas no ano passado, o presidente Biden evitou comentar os casos, afirmando que seu filho “não fez nada de errado” em uma entrevista à MSNBC.
Informações TBN