Ministro da Educação de abril a outubro em 2015, Renato Janine Ribeiro fez uma acusação ao participar, nesta quarta-feira, 12, de evento organizado pelo governo federal em homenagem ao Dia da Ciência e do Pesquisador. De acordo com o ex-ministro de Dilma Rousseff, a eleição de 2018 foi fraudada.
Segundo Janine Ribeiro, a “fraude eleitoral” de cinco anos atrás foi responsável por levar “ao poder quem jamais ganharia eleições livres e limpas”. Apesar da afirmação, o ex-ministro, que atualmente é presidente da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência, não apresentou nenhuma prova — ou indício — de fraude da eleição de 2018.
No pleito mencionado pelo ex-ministro de Dilma, Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República. Ele venceu o petista Fernando Haddad no segundo turno, quando recebeu 55,13% dos votos válidos.
Além de falar que a eleição de 2018 foi fraudada, Ribeiro também teceu críticas à Operação Lava Jato. Sem citar nomes, ele disse que a “República de Curitiba” era golpista. Na disputa presidencial que Bolsonaro venceu, a Justiça Eleitoral vetou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, então nome do PT para a corrida pelo Palácio do Planalto.
“Também lembro que agora que acabou a assim chamada ‘República de Curitiba’, golpista”, disse o ex-ministro da Educação. “Sua vitória marcará a volta de Curitiba à República, aos valores republicanos”, prosseguiu Ribeiro, ao se dirigir ao presidente Lula. “Com o senhor sendo acolhido por aqueles que defenderam, no âmbito do direito, naquele estado a democracia contra a fraude eleitoral que levou ao poder quem jamais ganharia eleições livres e limpas.”
Com a afirmação de que a eleição de 2018 foi fraudada, o ex-ministro de Dilma corre o risco de sofrer punições por parte da Justiça Eleitoral. Em outubro de 2021, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado estadual Fernando Francischini, do Paraná. Para o TSE, o político propagou desinformação ao afirmar que as urnas eletrônicas teriam sido adulteradas para tentar impedir a eleição de Bolsonaro.
Informações Revista Oeste
A caixa de Pandora do processo eleitoral, sobre retorna no desabafo de alguém.