Um estudo recente publicado na revista científica BMJ aponta que mesmo os exercícios físicos de baixa intensidade são benéficos para o tratamento e alívio dos sintomas da depressão. A pesquisa foi conduzida por especialistas da Universidade de Queensland, na Austrália, e revela que atividades como dança, caminhada, corrida, yoga e treino de força são especialmente eficazes para diminuir os sintomas depressivos.
Conforme destacado pelos pesquisadores, a intensidade dos exercícios desempenha um papel crucial: quanto mais vigorosa a atividade, maiores são os benefícios para a saúde mental. Este achado coloca em evidência a importância de manter uma rotina ativa como parte de um plano de tratamento para a depressão.
A pesquisa envolveu a análise de 218 estudos anteriores, que juntos utilizaram dados de saúde de 14.170 voluntários com depressão. Os resultados demonstram que dança, caminhada, corrida, yoga, treinamento de força e tai chi são os exercícios mais indicados para auxiliar no combate à depressão. A análise revelou que a combinação de exercícios físicos com tratamentos convencionais, como antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental, proporciona efeitos moderados e clinicamente significativos.
Atividades físicas não somente promovem melhorias na saúde física, mas também desempenham um papel vital na saúde mental. A prática regular de exercícios libera endorfina, um hormônio que gera sensações de bem-estar e alívio do estresse. Este efeito biológico contribui significativamente para a redução dos sintomas de depressão.
Os cientistas também investigaram como fatores como sexo, idade e condições pré-existentes afetam os resultados dos exercícios. Os achados indicam que:
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores ressaltam a necessidade de mais estudos de alta qualidade para confirmar os achados, já que poucos ensaios monitoraram os participantes por um ano ou mais. Contudo, os especialistas recomendam que equipes de saúde considerem a inclusão de atividades físicas nas diretrizes clínicas para o tratamento da depressão.
“Nossas descobertas apoiam a inclusão de exercícios como parte das diretrizes de prática clínica para depressão, particularmente exercícios de intensidade vigorosa”, afirmam os pesquisadores australianos. A prática regular de exercício pode proporcionar ganhos significativos na saúde mental e no bem-estar geral dos pacientes.
A pesquisa de Queensland acrescenta uma camada vital ao entendimento do tratamento da depressão, destacando o papel fundamental do exercício físico. Reconhecer as dificuldades vivenciadas e buscar ajuda especializada são passos necessários, tanto quanto integrar a prática de atividades físicas em uma rotina de tratamento. Os ganhos obtidos com o exercício vão além da saúde mental, promovendo um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
Informações TBN