O Brasil vive uma fase de aumento nas denúncias e flagras de trabalho análogo à escravidão, mas não está sozinho. Os Estados Unidos aparecem à frente na estimativa do Índice de Escravidão Global 2023, divulgada nesta quarta-feira (24), em Londres, pela Walk Free, organização internacional de direitos humanos especialista neste assunto.
O ranking aponta os Estados Unidos como um dos 10 países com o maior número de pessoas em situação de escravidão contemporânea no mundo. Em números totais, os americanos aparecem no 10º lugar, com 1,1 milhão de pessoas nessa situação. O país está uma posição à frente do Brasil, que tem 1,05 milhão de pessoas escravizadas.
Quando considerada a prevalência de escravizados em relação ao tamanho da população, a Coreia do Norte surge na frente, com 104,6 de pessoas vivendo em escravidão para cada mil habitantes. No Brasil, são 5 pessoas para cada mil.
Estima-se que 50 milhões de pessoas viviam em situação de escravidão contemporânea em 2021, em levantamento divulgado no ano passado pela Organização Internacional do Trabalho em parceria com a Organização Internacional para Migração e a Walk Free.
Os EUA são vistos como um dos países que têm dado respostas mais contundentes como forma de enfrentar a situação, aparecendo ao lado de Holanda, Reino Unido, Austrália, Portugal, Irlanda, Noruega, Espanha e Suécia.
Coreia do Norte, Eritreia, Irã, Líbia, Somália, Guiné Equatorial, Rússia, Gabão e Chade são vistos como os menos ativos.
Países como Sudão do Sul, Afeganistão, Palestina, Síria e Iêmen foram excluídos do levantamento por viverem situação de conflito, com governos em dificuldade para colocar ações em prática.
Informações UOL