Agência Brasil – A tradicional festa de réveillon com direito a queima de fogos pode não acontecer este ano na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, bem como em outras capitais brasileiras, por causa da pandemia do coronavírus. Apesar de a decisão definitica parecer cedo para tomar com seis meses antes da virada do ano, outras alternativas já estão sendo estudadas, como a transmissão dos shows pela internet.
Associações hoteleiras por todo o Brasil acreditam que o cancelamento da festa será mais catastrófico ainda para o setor. Por causa da quarentena, a maioria absoluta dos estabelecimentos foram fechados e milhares de empregos foram suspensos.
O carnaval do ano que vem também é incerto. os rumos da folia dependem diretamente do controle da pandemia e da criação de uma vacina contra o vírus.
Enquanto este cenário preocupa o setor de turismo, entretenimento e de toda uma rede hoteleira, bares e restaurantes que dependem diretamente da folia, a realização de bailes funk no Rio com grandes aglomerações causaram revolta nas redes sociais neste fim de semana e início de segunda-feira (22). Os bailes cariocas ficaram entre os assuntos mais comentados no Twitter brasileiro junto de mensagens de indignação quanto à realização destes eventos.
Os tradicionais bailes do Rio de Janeiro já haviam sido realizados em comunidades com grande lotação também nos dois primeiros fins de semana de junho.
Nas redes sociais, os internautas criticaram a realização dos bailes durante o período de pandemia, em que as pessoas têm evitado eventos com aglomerações. Na maioria das mensagens, os usuários demonstraram preocupação com a possibilidade de que os participantes possam infectar pessoas mais velhas ou que fazem parte de grupos de risco da doença. Vale lembrar que as festas de rua seguem proibidas pelas autoridades em todo o país.
A frequência dos eventos nas favelas aumentou especialmente após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 5 de junho, de suspender operações policiais em favelas do Rio de Janeiro até o fim da pandemia. Na sentença, Fachin disse que as ações só poderiam acontecer em “hipóteses absolutamente excepcionais”, sem especificar quais seriam.
Na Bahia, um grupo de pessoas criou aglomeração para soltar espadas em Cruz das Almas, no Recôncavo. O fato ocorreu ontem (21), segundo informações Polícia Militar. O caso desobedece as recomendações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Além disso, a guerra de espadas está proibida na cidade desde 2011. De acordo com o G1, imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que havia muitas pessoas sem máscaras e sem manter a distância mínima entre elas.
Há relato de crianças também no local. A situação teria durado pouco tempo. Policiais militares chegaram ao espaço e interromperam a atividade. Não teve registro de feridos. Segundo boletim deste domingo da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Cruz das Almas já tem 73 casos confirmados da Covid-19, com um óbito ocasionado.