O Ministério da Economia da Argentina anunciou cortes de verbas para educação, saúde e obras. Em paralelo, a pasta anunciou investimentos em estatais, informou reportagem do jornal La Nacion nesta segunda-feira, 29.
Estima-se que as 34 empresas públicas no país concentrem cerca de 90 mil funcionários, o dobro do quadro do Judiciário e do Legislativo. A maior parte do orçamento vai para os salários, conforme estudo sobre o segundo trimestre.
De acordo com a análise de Laura Serra, economista do La Nacion, apesar de tanto investimento, a maioria das estatais é subexecutada. As empresas públicas estão no olho do furacão, porque os prejuízos que geram contribuem para aprofundar o déficit fiscal, mas seguem ilesas aos cortes do Estado.
Um terço do que foi cortado das principais pastas do governo da Argentina, como educação e saúde, equivale ao investimento nas estatais de 37 milhões de pesos argentinos (mais de R$ 1,3 trilhão).
“Recentemente, o Executivo anunciou o congelamento de receitas para o setor público nacional”, informou o La Nacion. “Mas, desde o fim de 2020, 135 mil pessoas entraram no Estado. Temos cada vez mais Estado, mas cada vez mais pobreza. É, claro, que só gastando mais não vamos resolver essa situação.”
Informações Revista Oeste