Alimentos, habitação e transportes, que apresentavam níveis bastante elevados já começaram a dar sinais de desaceleração
Após a alta de preços alcançar 10,42% em 2021, a maior variação dos últimos seis anos, segundo a divulgação mais recente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que é uma prévia da inflação, a expectativa de economistas do mercado é por alguma descompressão nos níveis de preços para o próximo ano.
Grupos com peso relevante na composição do índice que vêm em níveis bastante elevados já começaram a dar alguns sinais importantes de desaceleração, como alimentos, habitação e transportes.
A valorização do real frente ao dólar também poderá contribuir para manter a inflação em patamares mais comportados em comparação ao observado em boa parte de 2021.
O processo de aperto monetário em curso pelo Banco Central (BC), que deve elevar a taxa Selic até perto de 11,5% pelos cálculos de economistas, irá aumentar a atratividade dos rendimentos dos ativos locais sob a ótica do estrangeiro. É previsto que o dólar oscile próximo a R$ 5,40 durante o ano que vem.
No relatório Focus da semana passada, a média das projeções dos economistas consultados pela autoridade monetária aponta para um dólar em R$ 5,57 no final de 2022, com uma inflação de 5,03% no período.
Na quinta-feira (23), em sessão marcada pela menor liquidez de final de ano, a moeda americana operou próxima da estabilidade frente ao real, cotada a R$ R$ 5,6610 para venda. Quando chegou a ensaiar alguma pressão altista, o BC entrou no mercado com o anúncio de dois leilões de venda de dólar à vista, com a colocação de um montante de US$ 965 milhões (R$ 5,5 bilhões).
É previsto o fortalecimento da moeda brasileira nos próximos 12 meses, com a cotação em R$ 5,50 em dezembro, pela influência dos juros mais altos.
Nesse sentido, a valorização do real deve contribuir para a provável descompressão a ser observada no nível dos preços, em especial no caso da gasolina, exposta às variações do petróleo no mercado internacional.
Informações Bahia.ba