Por meio de uma nota oficial, o Vaticano divulgou, nesta terça-feira, 18, que o papa Francisco foi diagnosticado com pneumonia bilateral, ou seja, quando afeta ambos os pulmões.
A doença faz com que os alvéolos dos pulmões se encham de líquido ou pus. A pneumonia pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos.
Os sintomas podem variar de leves a graves e podem incluir tosse com ou sem muco, febre, calafrios e dificuldade para respirar. Para diagnosticar a pneumonia, o profissional de saúde realizou uma tomografia de tórax no papa.
O tratamento para a doença pode incluir medicamentos antibióticos, antivirais ou antifúngicos e pode levar várias semanas para se recuperar completamente.
Quando o caso é grave, é necessário ir ao hospital para receber antibióticos por via intravenosa e terapia com oxigênio. Segundo o comunicado do Vaticano, o papa recebeu “antibioticoterapia com cortisona”, o que tornou “o tratamento terapêutico mais complexo”.
A decisão de utilizar cortisona no tratamento geralmente significa que a doença está em um estágio grave. No entanto, o uso do medicamento costuma reduzir a taxa de mortalidade e diminuir a necessidade de ventilação mecânica e terapia com vasopressores, o que sugere a chance de recuperação do papa.
A nota também explica que o problema de saúde do papa teve origem em uma “infecção polimicrobiana, que surgiu em um contexto de bronquiectasia e bronquite asmática”.
As infecções polimicrobianas são causadas pela combinação de vírus, bactérias, fungos e parasitas. Nesses casos, a presença de um microrganismo pode criar um ambiente propício para que outros microrganismos patogênicos se estabeleçam.
A bronquiectasia, por sua vez, é uma condição que ocorre quando os tubos que transportam o ar para dentro e para fora dos pulmões são danificados. Nesse caso, as vias aéreas são alargadas, ficam flácidas e apresentam cicatrizes.
As vias aéreas lesionadas perdem lentamente a capacidade de expelir o muco, o que cria um ambiente propício para o crescimento de bactérias nocivas e leva a surtos repetidos de infecções pulmonares graves.
Já a bronquite asmática é uma condição respiratória caracterizada pela inflamação dos brônquios e pela constrição das vias aéreas, frequentemente desencadeada por crises alérgicas, de acordo com a Universidade Yale.
Informações Revista Oeste