Companhia se manifestou contra medida que impede professores de abordarem identidade de gênero nas turmas até o segundo ano
Após o governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionar na segunda-feira (28) o projeto de lei Don’t Say Gay (Não Diga Gay), a Disney emitiu um comunicado repudiando a legislação.
– O projeto de lei HB 1557 da Flórida, também conhecido como Não Diga Gay, nunca deveria ter sido aprovado e nunca deveria ter sido assinado em lei – disse.
A empresa reforçou que tem como objetivo fazer com que a lei seja revogada pelo Legislativo. Para isso, a companhia se comprometeu em apoiar as organizações nacionais e estaduais que trabalham para barrar o avanço do texto.
– Estamos dedicados a defender os direitos e a segurança dos membros LGBTQ+ da família Disney, bem como da comunidade LGBTQ+ na Flórida e em todo o país.
Com a legislação, escolas e professores ficam impedidos de reconhecer a existência de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.
A Disney acabou envolvida no caso após a descoberta de apoio financeiro feito a políticos favoráveis ao projeto. Inclusive, em resposta, os funcionários fizeram uma carta acusando a empresa de censura em cenas de afeto entre pessoas do mesmo sexo. Dias depois, alguns trabalhadores fizeram um protesto em frente aos Estúdios Disney em Burbank, na Califórnia.
Segundo a revista Variety, antes mesmo de o texto ser aprovado, funcionários LGBTQ+ pediram que a companhia emitisse uma opinião contrária ao projeto. No entanto, o CEO da Disney, Bob Chapek, causou ainda mais revolta ao adotar uma postura branda. Ele disse que o maior impacto que a empresa pode causar na criação de um mundo mais inclusivo é por meio de um “conteúdo inspirador”.
Após a repercussão negativa, Chapek anunciou que a empresa doaria 5 milhões de dólares para campanhas de Direitos Humanos e organizações em prol da comunidade LGBTQ+, além de se comprometer em discutir com o governador sobre a legislação.
*AE