Defesa do ex-presidente disse que a decisão foi tomada para afastar a necessidade de “movimentar a máquina pública” para apurar dados bancários
Em petição protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (24), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou espontaneamente os extratos bancários dos quatro anos em que ele esteve na Presidência. O envio ocorre uma semana após o ministro Alexandre de Moraes determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-chefe do Executivo e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
No documento levado pelos advogados ao Supremo, os defensores de Bolsonaro apontam que ele se apresenta “de forma espontânea” para afastar a necessidade de “movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”. Os representantes do ex-presidente também pedem que seja decretado sigilo nos autos.
– Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária – detalham.
Entre os dados que constam dos extratos, de acordo com o portal G1, estão vendas de automóvel e jet-ski, além de ressarcimento de despesas com saúde.
Por fim, os advogados sustentam na petição que Bolsonaro “sempre se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, pilares constitucionais que pavimentam a administração pública”.
Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e Michelle no último dia 17 de agosto. A decisão foi tomada no âmbito de um inquérito que apura o recebimento de presentes da Arábia Saudita que supostamente deveriam ser incorporados ao patrimônio da União.
Informações TBN