Ex-procurador lembrou que petistas criticavam método quando ele era usado na Lava Jato
Ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) apontou incoerência envolvendo o uso de delação premiada para investigar o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Em postagem no Twitter, Dallagnol lembrou que as denúncias da Lava Jato vêm sendo descredibilizadas por terem delações como provas e que o instrumento de apuração foi duramente criticado por petistas durante toda a operação.
O ex-deputado federal ironizou ao apontar que a investigação do caso Marielle utiliza a delação do ex-policial Élcio Queiroz, réu pelo crime, em suas apurações.
– Delação agora é prova? Até ontem, a PGR (Procuradoria-Geral da República) estava desdenunciando e o STF (Supremo Tribunal Federal) estava desrecebendo denúncias adoidado contra corruptos sob o fundamento de que apenas a delação não é suficiente. Alguma lei deve ter mudado… Ou o que mudou foi a capa dos autos? – satirizou o ex-deputado.
DELAÇÃO DE ÉLCIO QUEIROZ
Em delação premiada à Polícia Federal (PF), o ex-policial militar Élcio de Queiroz admitiu a participação dele, do ex-policial reformado Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou informações durante uma coletiva, nesta segunda-feira (24).
Na ocasião, Dino informou que o ex-policial Élcio Queiroz receberá benefícios por ter feito uma delação premiada no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, embora vá permanecer preso.
– O instituto da delação premiada pressupõe esse acordo, mas as cláusulas ainda permanecem sob sigilo judicial. Mas posso afirmar que o senhor Élcio continuará preso em regime fechado. Inclusive, onde se encontra – declarou Dino.
Informações Pleno News