Indicador em forma de relógio seria uma previsão de quão perto a humanidade estaria de seu fim
Acadêmicos americanos do Boletim dos Cientistas Atômicos divulgaram na última quinta-feira (20) a mais recente previsão do chamado Relógio do Juízo Final, do original Doomsday Clock em inglês. De acordo com os cientistas, faltam apenas 100 segundos para o fim do mundo. O indicador em forma de relógio seria uma previsão de quão perto a humanidade estaria de seu fim.
A marca de 100 segundos é a pior de toda a história do Relógio do Juízo Final, publicado pela primeira vez há 75 anos, mas é a mesma dos últimos dois anos (2020 e 2021). Uma análise comparativa da série histórica dos últimos anos mostra que o “fim dos tempos” estaria muito próximo. Em 1991, por exemplo, faltavam 17 minutos; em 2002, sete; e em 2015, três.
– Estamos presos em um momento perigoso, que não traz estabilidade nem segurança – diz a professora Sharon Squassoni, copresidente do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos.
O QUE É “O RELÓGIO DO JUÍZO FINAL”
Atualizado todo ano pelos cientistas do Boletim, o “relógio” foi criado em 1947 pelo cientista Albert Einstein e por pesquisadores da Universidade de Chicago que participaram do Projeto Manhattan e, desde então, tem como objetivo apontar o quão perto a humanidade está de se destruir. Naquele ano, faltavam sete minutos para o fim do mundo.
Na prática, é como se tudo o que aconteceu em nosso planeta fosse compactado em um único ano, com os humanos surgindo pouco antes de 23h30 das vésperas de Ano Novo. Diante disso, a meia-noite seria uma metáfora para o fim do mundo, com o relógio se aproximando desse horário, com ameaças contínuas e perigosas para a humanidade.
No ano passado, por exemplo, de acordo com os cientistas atômicos, os fatores que contribuíram para a manutenção da marca de 100 segundos para a “meia-noite” foram exacerbados por “uma ecosfera de informações corrompidas que prejudica a tomada de decisões racionais”.
– O relógio não é ajustado por sinais de boas intenções, mas por evidências de ação ou, neste caso, inação. Os sinais de novas corridas armamentistas são claros – completa Scott D. Sagan, da Universidade de Stanford.
Informações Pleno News