O secretário de Saúde, Marcelo Britto, falou sobre o recebimento das doses, a vacinação na zona rural e reforçou os cuidados contra COVID-19. Confira o vídeo na TV Feira.
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Com a chegada de mais vacinas em Feira de Santana, a aplicação da primeira dose contra a Covid-19, nesta terça-feira, 6, continuará para as pessoas a partir de 40 anos ou nascidas até 1981.
A vacinação acontece na UniFTC, das 10h às 17h; na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), das 9h às 17h; nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em 21 Unidades de Saúde da Família (USFs) – confira a relação no final da matéria – na zona rural e nos distritos.
Com essa mega operação de vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde informa que, de acordo com a demanda, no decorrer do dia pode chegar ao fim a vacina disponível para aplicação da primeira dose no município.
Pessoas nascidas antes de 1981, que ainda não foram vacinadas, também podem receber a dose. Para receber o imunizante é obrigatório apresentar RG, CPF e comprovante de residência no nome da pessoa a ser vacinada, de pai ou mãe ou com alguma comprovação de vínculo. Se for aluguel, um documento que comprove a locação.
Segunda dose – Continua a aplicação da segunda dose do imunizante para aqueles que estão no período recomendado. A vacinação acontece nas UBSs, USFs, zona rural e distritos. É preciso apresentar a caderneta de vacinação, com registro de aplicação da primeira dose, RG, CPF e comprovante de residência.
Confira a lista das Unidades Básicas de Saúde (UBS):
UBS Cassa / Endereço: rua Frei Aureliano Grotamares, S/N, Capuchinhos.
UBS Subaé / Endereço: rua 2ª Travessa Politeama, S/N, Subaé.
UBS Caseb 1 / Endereço: rua Japão, S/N, Caseb.
UBS Caseb 2 / Endereço: rua São Valentin, S/N, Caseb.
UBS Baraúnas / Endereço: rua Petronílio Pinto, 186, Baraúnas.
UBS Irmã Dulce / Endereço: rua Cupertino Lacerda, 1.759, Brasília.
UBS Mangabeira / Endereço: avenida Tupinambá, S/N, Mangabeira.
UBS Serraria Brasil / Endereço: rua Cupertino Lacerda, 297, Brasília.
UBS Jardim Cruzeiro / Endereço: rua Miguel Calmon, S/N, Jardim Cruzeiro.
UBS Dispensário Santana / Endereço: rua Mercúrio, 320, Jardim Acácia.
UBS Centro Social Urbano (CSU) / Endereço: rua Tostão, S/N, Cidade Nova.
Veja a relação das Unidades de Saúde da Família (USFs):
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Meta é reduzir casos mais graves da doença
O Ministério da Saúde autorizou estados e municípios a ampliarem a vacinação contra a gripe (Influenza) para outras pessoas além das já incluídas nos grupos prioritários iniciais. Em nota, a pasta afirma já ter comunicado a recomendação aos representantes municipais, aos quais caberá definir a melhor forma de imunizar suas populações a partir dos seis meses de idade.
“Campanhas de imunização são prioridade do Ministério da Saúde e resolvemos ampliar a vacinação contra a Influenza para todos os grupos. O nosso objetivo é reduzir os casos graves de gripe que também pressionam o nosso sistema de saúde”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na nota.
Segundo o ministério, cerca de 34,2 milhões dos 79 milhões de brasileiros que integram os grupos prioritários já foram vacinados contra a gripe este ano, o que representa cerca de 42% do público-alvo inicial. A campanha para os segmentos prioritários da população está prevista para continuar até o próximo dia 9.
Fazem parte dos grupos prioritários: pessoas acima dos 60 anos, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade.
O ministério recomenda que todos os interessados fiquem atentos aos cronogramas divulgados pelas prefeituras e/ou secretarias municipais de saúde. Para se vacinar, basta consultar um local de votação próximo e comparecer portando a caderneta de vacinação e um documento com foto, para que os profissionais de saúde localizem o cadastro no sistema de informação. Caso a pessoa não possua ou não encontre sua caderneta de vacinação, os profissionais de saúde preencherão uma nova.
O ministério recomenda que quem está prestes a ser vacinado contra a covid-19 tome primeiramente o imunizante contra o novo coronavírus. Feito isso, é necessário esperar por no mínimo 14 dias para se vacinar contra a gripe.
A pasta também reforça a importância da vacinação contra a gripe neste início de inverno, quando as temperaturas caem em boa parte do país, aumentando a incidência de doenças respiratórias.
Informações Agência Brasil
Suz Temko descobriu que era intersexual no dia da sua festa de formatura na escola e passou os 10 anos seguintes lutando com sua própria autoestima e identidade.
Intersexual é o termo usado para descrever pessoas que nascem com características sexuais biológicas que não se encaixam nas categorias típicas do sexo feminino ou masculino.
*Suz Temko decidiu contar sua história para dar visibilidade a pessoas como ela – que ela diz não serem raras, mas simplesmente invisíveis.
Portanto, o câncer que eu tive não era realmente um câncer de ovário, porque eu simplesmente não tinha ovários. Os médicos sabiam disso, mas estavam esperando o momento certo para me contar.
Eu sou intersexual, isto é, uma pessoa que nasceu com uma variação nas características sexuais que identificam cada sexo. As diferenças podem ser encontradas nos genitais, cromossomos, gônadas ou hormônios, que não coincidem com o entendimento binário padrão dos corpos – nem masculino, tampouco feminino.
É muito raro que essas alterações genéticas causem o desenvolvimento de câncer. Acontece com apenas 1% das pessoas intersexuais, segundo as estatísticas.
Eu tinha acabado de colocar os pés para fora do hospital quando tudo começou a fazer sentido. Por fim, descobri por que nunca havia menstruado.
Comecei a entrar em pânico. Senti um vazio enorme no peito.
Era o dia do meu baile de formatura, mas decidi não ir porque não estava no clima.
Na minha busca por respostas, encontrei várias cartilhas e artigos sobre câncer, mas nada sobre o que fazer se você for intersexual. Sentia que eu estava em um buraco negro.
A recomendação geral dos médicos e da minha família era “manter em segredo, não contar às pessoas”.
Nos dois anos seguintes eu fui muito feliz. Estava emocionada por estar viva. Me tornei porta-voz do Teenage Cancer Trust (associação britânica dedicada a adolescentes com câncer) e isso me ajudou muito a saber como lidar positivamente com a doença.
Mas havia algo que eu estava deixando de lado: minha intersexualidade.
Tudo mudou quando eu tinha 18 anos e peguei malária em uma viagem à Tanzânia. Por causa da cobertura do meu seguro, tive que falar com um médico no Reino Unido.
Antes desse episódio, achava que todos os médicos eram maravilhosos, infalíveis. Pensava que eram pessoas que diziam a verdade e faziam as pessoas se sentirem bem.
Esse conceito idealizado fez com que eu me sentisse muito mal depois do que viria a acontecer.
O médico me pediu um histórico médico completo e quando expliquei que meus cromossomos eram do tipo XY, ele me disse: “Você me passou o histórico médico errado, se você tem cromossomos XY, você é homem”.
Eu tentei explicar, mas ele não quis ouvir:
“Não sei o que te disseram, mas você é um menino”, afirmou.
Eu estava muito doente, em uma posição vulnerável e apesar de estar chorando, ele continuou:
“Como você se parece? Como são seus peitos?”
Foi um pesadelo. Parecia que ele não ia me deixar terminar a ligação até admitir que era homem.
Foi a partir dessa conversa que comecei a esmorecer.
A voz dele era como um alto-falante para alguns dos meus pensamentos mais sombrios: que eu era uma pessoa estranha, um fenômeno desagradável.
Como ele era um médico, suas palavras ganharam muito mais relevância.
E cada vez mais médicos me fizeram sentir que eu não era uma pessoa normal.
“Toma esses hormônios, eles vão fazer você parecer uma menina… Você tem três dos cinco critérios para ser considerada mulher. Ainda bem que você é bonita.”
Se ia ao médico por causa de um resfriado, eles inventavam qualquer desculpa para poder examinar “lá embaixo”.
Entrei em depressão severa. Cheguei a ter pensamentos suicidas.
Comecei a sentir que não estava bem do jeito que eu era. Achei que precisava ficar super magra e tentei até fazer uma voz mais fina.
Fiz questão de ter cabelo loiro e comprido e segui uma dieta rígida para emagrecer.
Achava que deveria ser uma modelo da Victoria’s Secret com doutorado.
Naquela época, eu tinha um namorado encantador, mas não me atrevi a contar a verdade a ele com medo que terminasse comigo.
A situação começou a mudar no meu terceiro ano na faculdade, quando meu namorado foi para o exterior e passei a dividir apartamento com amigas queridas.
Elas eram pessoas incríveis. Contei a elas que eu era intersexual e elas deixaram bem claro que eu não tinha nada do que me envergonhar. Pelo contrário, foi motivo de comemoração.
Meu namoro acabou no fim daquele ano por causa da distância. Mas não foi o fim do mundo. Comecei a fazer mestrado e a trabalhar com política. Também estreei um blog sobre câncer, mortalidade e aceitação do próprio corpo.
E um dia pensei: “Isso está errado. Sou hipócrita. Não estou sendo honesta. Estou dizendo às pessoas para aceitar o corpo delas quando não aceito o meu próprio”.
Então, escrevi um post no Facebook em que, basicamente, contei a todo mundo sobre minha intersexualidade.
O que veio a seguir foi incrível. As pessoas responderam imediatamente dizendo coisas como: “Nós amamos você”.
Contei ao meu ex-namorado e só recebi amor e compreensão da parte dele. Agora ele virou um amigo muito próximo.
As redes sociais me ajudaram a encontrar uma comunidade de pessoas que passaram pelas mesmas dificuldades. E poder encontrar com elas pessoalmente foi um alívio enorme.
E embora seja bom ouvir histórias positivas, você também aprende muito com as batalhas que cada um teve que travar – foi importante saber que não estava sozinha.
Cheguei a me sentir muito culpada por ter cogitado suicídio algum dia. Como poderia ousar pensar em algo assim se tinha sobrevivido a um câncer?
Mas ouvir que outras pessoas passaram pela mesma situação me ajudou. E não foi só isso. Também fortaleceu minha determinação em lutar por direitos e para dar mais visibilidade a pessoas intersexuais.
Ser intersexual não é difícil. O difícil é ver como a sociedade te trata.
Todas as batalhas psicológicas que travei foram realmente por causa de como a sociedade reage a pessoas como eu.
A identidade de uma pessoa não é algo simples. Não sou apenas intersexual. Tampouco só uma sobrevivente de câncer.
Nenhum de nós é uma coisa só.
Houve um tempo em que eu implorava para “ser normal”. Agora eu não mudaria nada no meu corpo, ele me deu muito mais do que tirou.
Hoje em dia não escondo dos meus amigos, no trabalho e em meus relacionamentos íntimos.
E compartilho minha história porque quero acabar com o estigma (em relação a pessoas intersexuais) e trabalhar por um futuro em que conheçamos, celebremos e protejamos pessoas intersexuais como eu.
Ser intersexual não é raro. Entre 1,7% e 2% das pessoas no mundo são intersexuais. É uma questão estatística.
Não somos unicórnios, somos simplesmente invisíveis.
Informações BBC Brasil
Acusado de ter cobrado propina de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, para firmar um acordo para fornecimento da vacina da AstraZeneca, o agora ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, havia ingressado no governo em janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Apesar de a reportagem do jornal Folha de São Paulo ter afirmado que o atual líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), teria sido o responsável por indicar Ferreira Dias ao governo, Barros negou, em rede social, a alegação e afirmou que sequer era alinhado ao governo quando o ex-gestor foi escolhido.
– Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando [eu] não estava alinhado ao governo. Assim, repito: [ele] não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati – afirmou Barros.
Em outubro de 2020, o nome de Ferreira Dias já tinha sido envolvido em outra questão controversa, quando o presidente Jair Bolsonaro pediu ao Senado que fosse retirada a tramitação da indicação dele para um cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na época, o ex-gestor ocuparia uma vaga que seria aberta em dezembro, com o término do mandato de Alessandra Bastos Soares. Porém, após a divulgação de informações de que ele havia assinado um contrato de R$ 133,2 milhões do Ministério da Saúde que estava sob suspeita de irregularidade, o presidente desistiu do nome de Ferreira Dias.
Informações: Pleno News
Cerca de 47,5 mil ampolas do medicamento chegarão na terça
Na próxima terça-feira (29), o Brasil receberá do governo da Irlanda 47.520 ampolas do medicamento anestésico Atracúrio, usado na intubação de pacientes. A doação foi coordenada pela Embaixada do Brasil em Dublin e pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.
A carga chegará ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) em operação de transporte viabilizada pela agência de defesa civil europeia Echo – sigla em inglês para Proteção Civil Europeia e Operações de Ajudas Humanitárias.
Em nota, o Itamaraty informou que o governo brasileiro agradece a doação. Segundo a pasta, a iniciativa insere-se na política de diplomacia da saúde do governo brasileiro. O medicamento será incorporado aos estoques do Ministério da Saúde destinados ao tratamento de pacientes com covid-19.
“A doação irlandesa reflete as frutíferas relações entre o Brasil e a Irlanda, aprofundadas nas últimas décadas e em que se destacam o investimento de empresas irlandesas no Brasil e o acolhimento, na Irlanda, de numerosa comunidade de cidadãos brasileiros”, destacou o comunicado.
Informações Agência Brasil
Marca representa 44% da população com mais de 18 anos
O Brasil superou nesse sábado (26) a marca de 70 milhões de pessoas imunizadas com a primeira dose das vacinas contra a covid-19, divulgou o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, 71,152 milhões de brasileiros receberam a primeira dose. O total equivale a 45% das 158,095 milhões de pessoas com mais de 18 anos no país.
Um total de 25,583 milhões de brasileiros receberam a primeira e a segunda dose da vacina ou a dose única da Janssen, completando o ciclo de imunização. Isso equivale a 16,2% da população vacinável no país e a 36,2% do total de pessoas que receberam a primeira dose.
As informações estão no painel de vacinação do LocalizaSUS , plataforma do Ministério da Saúde que registra o andamento da campanha de imunização contra a covid-19. Os dados estão atualizados até ontem.
Ao todo, 96,736 milhões de doses, distribuídas entre primeira dose, segunda e dose única, foram aplicadas desde o início da vacinação, em janeiro. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 1,158 milhão de doses.
O Ministério da Saúde distribuiu 129,720 milhões de doses às unidades da Federação, desde o início da campanha de imunização. Até a semana passada, o Brasil contava apenas com vacinas de duas doses para conclusão do ciclo vacinal. Eram os imunizantes AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer. Desde a última terça-feira (22), no entanto, o Brasil também passou a receber a vacina da Janssen, de dose única.
Mais de 1,8 milhão de doses da Janssen foram antecipadas no contrato de 38 milhões de unidades da pasta com a farmacêutica. As unidades estavam previstas para chegar somente a partir de outubro. Na última sexta-feira (25), mais 3 milhões de doses da Janssen foram doadas pelo governo dos Estados Unidos para a imunização da população brasileira.
Informações Agência Brasil
Segundo decisão unânime, remédio não atendeu às expectativa da agência
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou hoje (22) o pedido de autorização temporária para uso emergencial do medicamento Avifavir (Favipiravir) no tratamento antiviral de pacientes hospitalizados com covid-19. A decisão unânime foi tomada durante a 12ª reunião pública da Diretoria Colegiada (Dicol), nesta terça-feira.
Segundo a relatora, a diretora da agência Meiruze Freitas, o remédio não atende às expectativas da agência quanto aos requisitos mínimos de segurança e eficácia no contexto do uso emergencial.
“A Anvisa deve usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes o mais rápido possível. Entretanto, não se pode autorizar o uso de um medicamento que não demonstrou benefício clínico no tratamento da covid-19 e ainda pode resultar em riscos à saúde dos pacientes”, afirmou Freitas.
A solicitação de autorização de uso emergencial do Avifavir foi feita pelo Instituto Vital Brazil, representante no Brasil do medicamento, fabricado pelas empresas russas API – Technologies LLC e Joint Stock Company Chemical Diversity Research Institute.
Em nota, a Anvisa justificou a decisão afirmando que o medicamento é produzido com matéria-prima ainda não registrada pela agência e que nenhuma outra autoridade regulatória de outros países aprovou o Avifavir para o tratamento da covid-19. Além disso, as áreas técnicas concluíram que as limitações, incertezas e riscos da aprovação do uso emergencial do medicamento superariam os benefícios no eventual tratamento de pacientes.
*Com informações da Ascom/Anvisa
Pesquisa avaliou relação entre as taxas de suicídio, desemprego e relações familiares na população masculina de 20 países, incluindo Estados Unidos, Espanha, Japão, Reino Unido e Áustria
Homens que se dedicam mais aos cuidados familiares têm menor risco de cometer suicídio quando se veem diante de um cenário de desemprego ou instabilidade econômica. É o que conclui um estudo publicado em maio na revista médica Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology.
A pesquisa avaliou a relação entre as taxas de suicídio, desemprego e relações familiares na população masculina de 20 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), incluindo Estados Unidos, Espanha, Japão, Reino Unido e Áustria.
O levantamento multinacional aponta que, ao contrário do que predizem a maior parte das teorias que tentam explicar por que as taxas globais de suícidio são maiores entre a população masculina, as adversidades econômicas e a consequente ameaça ao papel de “provedor” – historicamente atribuído aos homens – não são capazes de explicar totalmente a vulnerabilidade desse grupo ao ato de tirar a própria vida.
Os resultados foram obtidos a partir de uma investigação multidisciplinar dos dados de assistência familiar reunidos pelo Banco de Dados de Famílias da OCDE, que contém informações sobre 70 indicadores divididos em quatro categorias principais, incluindo estrutura das famílias dos países-membros e sua posição no mercado de trabalho.
Participaram do mapeamento cinco pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento: Ying-Yeh Chen, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Nacional Yangming Jiaotong, em Taiwan; Silvia Sara Canetto, do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos; Qingsong Chang, da Escola de Sociologia e Antropologia da Universidade Xiamen, na China; ZiYi Cai e Paul S. F. Yip, ambos da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Hong Kong.
De acordo com a análise, nos países onde os homens relataram ter maior envolvimento com os cuidados à família, taxas de desemprego mais altas não foram associadas a índices mais elevados de suicídio. O oposto, no entanto, foi observado onde esse grupo alegou participar menos dos cuidados familiares: índices de desemprego mais altos foram relacionados a taxas superiores de suicídio, independentemente do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da nação.
Para os pesquisadores, esses dados sugerem que o maior envolvimento dos homens nas atividades familiares pode atuar como um fator protetor contra o suicídio, particularmente em circunstâncias financeiras menos favoráveis. “O trabalho de cuidar da família seria uma forma de o homem diversificar suas fontes de sentido e propósito, bem como seu capital social e redes [de socialização]”, avalia, em comunicado, Silvia Sara Canetto, psicóloga conhecida por suas pesquisas sobre padrões e significados do suicídio em diferentes culturas.
Igualdade de gênero e saúde
Ao mapear se haveria alguma relação entre os índices de seguro-desemprego da OCDE e as taxas de suicídio entre homens, o estudo constatou, ainda, que a disponibilidade do benefício não esteve associada a uma redução desse índice. Por isso, os especialistas sugerem que incorporar programas de apoio mais diversificados às políticas públicas de prevenção ao suicídio focadas nesse público pode ser mais eficaz do que limitá-las a projetos associados a busca por emprego, por exemplo.
Os achados reforçam a relação entre igualdade de gênero e saúde. “Esses resultados são consistentes com a evidência de que onde a igualdade de gênero é maior, o bem-estar, a saúde e a longevidade de homens e mulheres são maiores”, escreveram os cientistas no estudo.
Informações Revista Galileu
A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, cancelou neste sábado (19) todos os locais de exibição pública da Olimpíada e alguns deles irão se tornar centros de vacinação contra a covid-19.
Torcedores estrangeiros não poderão comparecer aos Jogos, adiados por um ano devido à pandemia, mas o governo e os organizadores de Tóquio 2020 estão há meses adiando a decisão de permitir ou não a presença de espectadores japoneses nos estádios e arenas.
A proibição desses eventos com público ocorre após o governo metropolitano descartar planos de exibição pública da Olimpíada no Yoyogi Park, no centro de Tóquio, que será convertido em um centro de vacinação.
“Acredito que são medidas necessárias, olhando sob várias perspectivas, para uma Olimpíada e uma Paraolimpíada de sucesso”, afirmou Koike a repórteres, após reunião com o primeiro-ministro Yoshihide Suga.
Eles devem conversar na segunda-feira (21) com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paraolímpico Internacional (CPB).
Informações Agência Brasil