Foto: Tomaz Silva
A Organização Mundial da Saúde (OMS) selecionou hoje (21) o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como centro para desenvolvimento e produção de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro na América Latina.
As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante em estudo para proteger pessoas de doenças infecciosas. Segundo informou a Fiocruz, a escolha de Bio-Manguinhos ocorreu em função dos “promissores avanços no desenvolvimento tecnológico de uma vacina de mRNA contra a covid-19, atualmente em estágio pré-clínico”. A iniciativa contou com recursos do Ministério da Saúde e de emendas parlamentares.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, avaliou que essa tecnologia vem se somar à plataforma de adenovírus, utilizada na vacina Fiocruz/AstraZeneca para a covid-19. Para ela, o desenvolvimento de uma vacina da Fiocruz de mRNA é um passo fundamental para que o Brasil detenha o domínio tecnológico de duas plataformas essenciais para o avanço no desenvolvimento de imunobiológicos.
Informações: Agência Brasil
Moradores do distrito de Humildes receberam a equipe do projeto “Voz da Gente” nesta segunda-feira, 20. A população teve acesso direto aos representantes de departamentos da Secretaria Municipal de Saúde, tirando dúvidas e levando sugestões de melhorias aos serviços municipais de saúde, em Feira de Santana.
Quem chegou cedo para participar da 2ª edição do projeto foi o aposentado José Raimundo Carvalho, 68 anos, que recebeu orientações sobre o fornecimento de medicamentos, junto à Assistência Farmacêutica.
Já a aposentada Geraldina Lacerda, 67 anos, participou do encontro para entender como funcionam os serviços de saúde e assim colaborar com a comunidade.
“Estou aqui para ver maneiras de ajudar a comunidade como um todo, não para resolver problemas meus, mas para entender como funciona, pois só assim podemos cobrar”, afirma.
O projeto tem como objetivo ouvir demandas e necessidades relacionadas à área da saúde nos bairros, levando representantes dos departamentos que coordenam setores nas unidades de saúde, como: Assistência Farmacêutica, Central de Regulação, Odontologia e Atenção Básica.
“Todas as semanas estaremos visitando unidades, levando esses serviços para a população, dando retornos e verificando de que forma poderemos melhorar a qualidade da saúde ofertada pela Secretaria”, destaca o secretário de Saúde, Marcelo Britto.
Também participaram da ação, o vereador Fabiano da Van e o secretário de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural, Pablo Roberto.
Secom
Especialistas explicam relação entre overtraining e diminuição da produção do hormônio, abordando as consequências para a performance esportiva, além dos tratamentos e cuidados
Determinados tipos de exercício físico, sobretudo os de alta intensidade e curta duração, podem promover aumento da secreção de testosterona. No entanto, o excesso de exercício pode ter um impacto negativo sobre a produção desse hormônio. Nos últimos anos, alguns estudos têm relatado que, parecido com o que ocorre na chamada Síndrome da Mulher Atleta, homens também são afetados pelo excesso de treino (overtraining). Tanto que atualmente já é reconhecido que o excesso de treinamento físico é uma das causas que prejudicam a produção de testosterona em homens, podendo levar inclusive a um quadro de deficiência do hormônio, chamado de hipogonadismo ligado ao exercício. Mas, afinal, como esse tipo de distúrbio pode levar à piora de performance esportiva e a uma série de alterações orgânicas prejudiciais?
Abaixo, os médicos endocrinologistas Ricardo Oliveira e Roberto Zagury explicam essa relação e o tratamento do problema e dão dicas de cuidados a serem tomados pelos atletas.
Diferentes tipos de treinamento podem exercer diferentes impactos sobre a produção de testosterona. Ricardo Oliveira explica que se por um lado exercícios de alta intensidade e curta duração promovem aumento da síntese de testosterona, por outro lado treinamentos longos e exaustivos podem promover o contrário: uma deficiência do hormônio. Alguns tipos de exercícios que geram uma produção maior de testosterona são os de alta intensidade, explosão e musculação, principalmente aqueles que envolvem grandes grupamentos musculares e uma intensidade considerável.
Para que não ocorra uma superprodução ou baixa produção do hormônio, o ideal é manter o equilíbrio entre treino e descanso, sendo necessária uma dosagem correta de ambos. Em relação ao overtrainging, quando abordamos esse tópico, há uma tendência natural de associar mais o excesso de treinamento ao universo feminino por conta da famosa Tríade da Mulher Atleta, atualmente chamada de Síndrome da Mulher Atleta, que pode gerar desordem alimentar, hormonal (amenorreia) e óssea (osteopenia/ osteoporose). No entanto, treinos em excesso também trazem malefícios ao universo masculino.
– Da mesma forma que as mulheres podem apresentar a chamada Síndrome da Mulher Atleta pelo excesso de treino e uma dieta inadequada (em geral mais restritiva), o mesmo pode ocorrer com os homens. Hoje, conhecemos a chamada REDS (Síndrome de Deficiência Energética Relativa), na qual o gasto energético pelo exercício acaba sendo bem superior ao consumo calórico da dieta. A deficiência de testosterona em homens é apenas uma das consequências da REDS. Prejuízo na imunidade, problemas de sono, fadiga crônica e irritabilidade são alguns outros exemplos da sinais da doença em homens – aponta Oliveira.
A baixa produção de testosterona está entre os malefícios do overtraining — Foto: Reprodução/Internet
De acordo com Roberto Zagury, muito mais do que produzir uma diminuição nos níveis de testosterona, o excesso de treinamento no homem traz malefícios também na esfera afetiva. No âmbito psicoafetivo, a pessoa pode ter mais irritabilidade e um sono prejudicado, por exemplo. No âmbito imunológico, há um desequilíbrio, desregulando-se com o exagero de treinamento e, dessa forma, a pessoa fica mais propensa a infecções principalmente de vias aéreas superiores.
– Além disso, pode haver um prejuízo na massa óssea, tanto na qualidade quanto na quantidade de tecido ósseo; e assim, acabam surgindo as famosíssimas fraturas por estresse. Portanto, entendemos hoje que o impacto do overtraining não é apenas hormonal, mas sim multimodal e multifatorial, envolvendo uma ampla gama de setores do organismo da saúde masculina – explica o médico.
De acordo com Ricardo Oliveira, o hipogonadismo masculino caracteriza-se por uma deficiência da produção de testosterona e/ou espermatozoide em homens. O excesso de exercício, sobretudo em um contexto de ingestão calórica limitada, é uma das causas desta entidade recém-descrita como “hipogonadismo ligado ao exercício”.
Entre os sintomas estão:
A maioria desses sintomas pode apresentar um impacto direto ou indireto sobre a performance do atleta, prejudicando o desempenho esportivo.
– Atualmente, cunhamos um termo, entendendo que era apropriado ter uma terminologia específica para apontar para essa condição: o hipogonadismo ligado ao exercício, que é uma forma funcional de hipogonadismo. Ou seja, não existe uma doença orgânica, um processo anatômico que seja identificável com exames de imagem, por exemplo, mas existe um processo funcional, uma desregulação do funcionamento do nosso organismo que começa lá em cima, no hipotálamo, que é uma região do nosso cérebro especializada capaz de controlar uma glândula muito importante que é a hipófise, que também fica no cérebro. Por sua vez, a hipófise controla várias glândulas do nosso organismo e, entre elas, os testículos, no caso do homem. Que são o sítio de produção da testosterona. No hipogonadismo ligado ao exercício, há uma diminuição na produção de testosterona por uma alteração funcional do hipotálamo e da hipófise – explica Roberto Zagury.
Piora da performance esportiva
Overtraining piora a performance esportiva em um curto prazo — Foto: Istock Getty Images
O quadro de hipogonadismo ligado ao exercício pode prejudicar a performance esportiva, pois provoca alterações como menores força e resistência muscular e uma piora da recuperação muscular nos indivíduos acometidos, além de uma série de mudanças orgânicas prejudiciais. Isso ocorre porque o praticante de atividade física, com o objetivo de melhorar o seu desempenho, acaba treinando cada vez mais, entrando em um ciclo vicioso de busca pela perfeição. Assim, aumenta mais o volume semanal e a intensidade dos treinos e diminui os períodos de repouso, que são fundamentais para que o organismo se recupere.
– Senão der tempo para o organismo, não adianta treinar em alta intensidade, a pessoa não vai se tornar mais capaz, pelo contrário. Quando o atleta só vai treinando cada vez mais e passa do ponto, esse hipogonadismo (diminuição de testosterona) dialoga com o excesso de treinamento clássico, passando também por um estágio antes do overtraining, que é o chamado overreaching, que consiste em um aumento do volume e\ou da intensidade do treino. Após essa fase, o indivíduo entra no overtraining e, em vez de melhorar sua performance esportiva, a piora em um curto prazo – aponta Zagury.
Readequação de dieta e treinos é a principal forma de tratamento da baixa de testosterona — Foto: Istock Getty Images
Nos casos de deficiência de testosterona causada pelo excesso de exercício físico, Ricardo Oliveira aponta que a principal medida a ser adotada é uma adequação de dieta e treinos. Segundo o médico endocrinologista e do esporte, o indivíduo deve:
Roberto Zagury também reforça que a base do tratamento nesses casos é o destreinamento, ou seja, fazer o movimento no sentido contrário. Afinal, se o que produziu aquela deficiência funcional na produção de testosterona foi o excesso de treinamento, o tratamento é entregar para a pessoa uma agenda de repouso para que que ela possa desfazer o que que foi construído pelo overtraining.
– Outro ingrediente importante do tratamento é a paciência, embora seja muito difícil pedir para pessoa que está nessa situação dar tempo ao tempo. Às vezes a situação reverte rápido, mas nem sempre, pode ser preciso de três meses, seis meses ou até um ano para reverter o quadro. Então, a pessoa que se vê nessa situação acaba ficando insegura e ansiosa, mas na medicina às vezes o tempo faz parte do grande tratamento, como nesse caso – destaca o médico.
Além de tratar o quadro, é importante o atleta tomar alguns cuidados, sendo importante lembrar que os produtos derivados de testosterona são considerados doping, ou seja, pertencentes à lista de substância proibidas pela agência mundial anti-doping (WADA). Portanto, é fundamental que equipe médica esteja ciente e, caso esse tipo terapia seja de fato necessário, deve ser solicitada uma autorização para uso terapêutico (AUT) antes do início da competição. A agência regulatória de cada país avaliará o caso e decidirá pela autorização ou não. No Brasil, esta função é feita pela Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
Outros cuidados incluem:
– Por fim, é importante destacar que atletas de endurance, sobretudo de provas longas (maratonas, ultramaratonas, ciclismo), esportes aquáticos (nos quais se treina horas por dia), dentre outros, estejam atentos à possibilidade da deficiência de testosterona. Diante da suspeita, a recomendação é procurar a equipe médica. Em muitos casos, um médico endocrinologista deverá ser consultado para avaliação criteriosa do caso – conclui Ricardo Oliveira.
Fontes:
Ricardo de Andrade Oliveira é médico endocrinologista e do esporte, ex-professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do Departamento de Doenças Associadas da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
Roberto Zagury é médico endocrinologista e coordenador do Departamento de Diabetes, Exercício e Esporte da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Informações GE
Nesta terça-feira, 21, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dará continuidade à vacinação contra a Covid-19. A imunização acontece na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos distritos e em 21 Unidades de Saúde da Família (USF) – confira a relação no final da matéria.
ADOLESCENTES
A aplicação da primeira dose para adolescentes a partir de 15 anos (nascidos no ano de 2006) com ou sem comorbidade, acontece na UEFS, das 13h às 17h. É obrigatório que o jovem esteja acompanhado de um adulto responsável, cartão de vacinação (caso possua), além de RG, cartão do SUS e comprovante de residência.
SEGUNDA DOSE PFIZER
Também na UEFS será aplicada a segunda dose da vacina Pfizer, das 8h às 12h, para pessoas com aprazamento até o dia 23 de setembro. Vale salientar que não será possível o adiantamento da vacinação para além dessa data. Somente aqueles que estão no período recomendado, de acordo com a data na caderneta de vacinação, poderão receber a segunda dose.
18 ANOS OU MAIS, GESTANTES E PUÉRPERAS
A primeira dose também será direcionada para jovens de 18 anos (nascidos até 21 de setembro de 2003) ou mais; gestantes e puérperas (até 45 dias pós parto) maiores de 18 anos, nas UBS, nos distritos e em 21 (USF), das 8h às 16h.
É obrigatório apresentar RG, CPF e comprovante de residência no nome da pessoa a ser vacinada, de pai, mãe ou com alguma comprovação de vínculo. Se for aluguel, um documento que comprove a locação.
Nos casos em que a residência está no nome do cônjuge ou ex-cônjuge, é necessário apresentar a certidão de casamento ou divórcio. É exigido para as puérperas e gestantes uma prescrição médica após avaliação individualizada de risco e benefícios.
SEGUNDA DOSE CORONAVAC E OXFORD/ASTRAZENECA
A aplicação da segunda dose das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, para pessoas que estão no período recomendado, também será nas UBS, nos distritos e em 21 USF, das 8h às 16h.
Para receber a segunda dose é obrigatório levar o cartão de vacina com a comprovação da primeira dose, RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência.
Confira a lista das Unidades Básicas de Saúde (UBSs):
UBS Cassa / Endereço: rua Frei Aureliano Grotamares, S/N, Capuchinhos.
UBS Subaé / Endereço: rua 2ª Travessa Politeama, S/N, Subaé.
UBS Caseb 1 / Endereço: rua Japão, S/N, Caseb.
UBS Caseb 2 / Endereço: rua São Valentin, S/N, Caseb.
UBS Baraúnas / Endereço: rua Petronílio Pinto, 186, Baraúnas.
UBS Irmã Dulce / Endereço: rua Cupertino Lacerda, 1.759, Brasília.
UBS Mangabeira / Endereço: avenida Tupinambá, S/N, Mangabeira.
UBS Serraria Brasil / Endereço: rua Cupertino Lacerda, 297, Brasília.
UBS Jardim Cruzeiro / Endereço: rua Miguel Calmon, S/N, Jardim Cruzeiro.
UBS Dispensário Santana / Endereço: rua Mercúrio, 320, Jardim Acácia.
UBS Centro Social Urbano (CSU) / Endereço: rua Tostão, S/N, Cidade Nova.
Secom
Feira de Santana começa a semana com 401.003 pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a 64% da população. No total, o município aplicou 608.287 doses – deste quantitativo, 198.831 estão com o esquema vacinal completo, ou seja, receberam as duas doses, e 8.453 receberam a vacina de dose única.
“Alcançar a marca dos 400 mil vacinados com a primeira dose é a prova que a vacinação acontece de forma acelerada. Agradeço aos feirenses que compareceram, uma atitude que ajudou na redução de casos, óbitos e pacientes hospitalizados”, destaca o secretário de Saúde, Marcelo Britto.
Nesta segunda-feira (20), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) continua a vacinação para pessoas maiores de 18 anos, gestantes e puérperas, adolescentes de 16 anos e a aplicação da segunda dose para aqueles que estão no período recomendado.
Secom
Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), apresenta neste sábado (18), no Rio de Janeiro, um novo aplicativo que vai agilizar a atualização de dados de doadores e facilitar o pré-cadastro de interessados na doação de órgãos.
O aplicativo está disponível para celulares com sistema iOS e Android. A apresentação do aplicativo faz parte da comemoração do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea 2021 (WMDD, do nome em inglês) que, este ano, será festejado hoje.
Desde janeiro deste ano, o aplicativo está sendo usado em caráter experimental para pré-cadastro de novos inscritos no Redome nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará.
Os primeiros resultados mostram que foram feitos, até agosto, 13.021 downloads do aplicativo. Dos 486 pré-cadastros efetuados, 129 pessoas se dirigiram a um hemocentro para finalizar a inscrição.
A coordenadora técnica do Redome, médica Danielli Oliveira, destacou em entrevista à Agência Brasil que, para funcionar como pré-cadastro em nível nacional, o hemocentro estadual tem que fazer o cadastro também usando os dados do aplicativo. “A gente está convocando os nossos hemocentros para que entrem no aplicativo. Ele não é obrigatório”, afirmou.
Danielli observou que o aplicativo já permite a atualização de dados pessoais daqueles que estão há mais tempo no registro, como mudança de telefone e endereço, o que é fundamental para a rápida localização do doador compatível.
Reforçou que o aplicativo tem duas funções. “Para o pré-cadastro, depende do hemocentro do estado que está usando. O que qualquer doador já pode fazer no aplicativo é atualizar o seu cadastro. Isso é muito importante porque a gente tem sempre aquele desafio de atualização do cadastro para a localização do doador. E a gente sempre aproveita essa data do Dia Mundial do Doador para chamar a atenção para a necessidade de atualização do cadastro”, disse. A data mundial é comemorada sempre no terceiro sábado de setembro.
Redome
Atualmente, estão cadastrados no Redome 5,4 milhões de doadores, dos quais 120 mil entraram este ano. Em 2021, até agosto passado, foram feitos no Brasil 200 transplantes de medula óssea, sendo 140 com doadores brasileiros. Danielli salientou também que o banco de doadores do Brasil beneficiou este ano em torno de 20 pacientes de outros países.
A coordenadora técnica do Redome informou, também, que a atividade de transplante este ano está maior do que em 2020, quando sofreu impactos da pandemia de covid-19. Salientou, entretanto, que “o impacto não foi sobre os doadores, mas sobre os serviços. Os pacientes ficaram com medo de transplantar, os hospitais ficaram muito afetados. Isso aconteceu este ano também. Os doadores, apesar de todas as restrições, continuaram doando”, explicou.
Em 2020, foram efetuados 279 transplantes de medula óssea no país, contra 411 em 2019. “Na verdade, vínhamos numa crescente e fomos afetados pela pandemia. Mas não fomos atingidos porque houve menos doadores cadastrados. A redução do número de transplantes não afetou a chance de encontrar um doador, nem os doadores deixaram de doar. Foi uma conjuntura de fatores”, reforçou. “Os serviços foram muito atingidos”. De 2018 para 2019, o total de transplantes no Brasil subiu de 380 para 411.
Danielli admitiu que, este ano, o programa de transplantes de medula óssea no Brasil não será capaz de recuperar o ritmo de 2019. A meta é superar o total registrado em 2020. “Eu gostaria que passasse de 300 este ano”, frisou a médica do Inca/Redome. A expectativa é que os números melhorem ainda mais com a ampliação do uso do aplicativo por doadores de todo o Brasil.
Empatia
Moradora da cidade de Fernandópolis, interior de São Paulo, Lilian Alves de Lima, 34 anos, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda em dezembro de 2019. Ela precisava de um transplante de medula óssea, porém, ninguém da família era compatível. Com alguns meses de espera, uma doadora foi localizada por meio do Redome e aceitou fazer o procedimento.
“Eu tive a vida salva por uma pessoa que não me conhece. É um peso muito grande, você sente muita empatia quando percebe que alguém que nunca te viu escolheu te salvar. Um ato tão simples, como se cadastrar em um aplicativo ou só atualizar seus dados, pode mudar a esperança e a vida de alguém”, acentuou.
Campanha 2021
A Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea (WMDA, do nome em inglês World Marrow Donor Association) vai celebrar o Dia Mundial do Doador, neste sábado, com transmissão, durante 24 horas, de vídeos e fotos de homenagens e histórias inspiradoras de doadores, pacientes e familiares de todo o mundo. Por conta da pandemia, o Redome não fará nenhum evento presencial, mas enviou um vídeo à WMDA e está convocando toda a sua rede de hemocentros, centros de transplante e organizações não governamentais (ONGs), além de pacientes e doadores, para participar da campanha. A WMDA é uma organização global de registros, que representa mais de 38 milhões de doadores voluntários de 55 países.
Informações: Agência Brasil
O prefeito Colbert Martins Filho anunciou as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h), no distrito de Humildes, na manhã deste sábado, 18. A construção da UPA é bastante esperada pelos moradores da localidade e foi comunicada no dia que Feira de Santana completa 188 anos de emancipação política.
“Fico feliz em realizar um sonho antigo da população. A expectativa é que em um ano teremos mais uma unidade de saúde pronta para o atendimento de casos de urgência e emergência. Esta será a terceira UPA do município e a primeira da zona rural”, afirmou Colbert.
A nova unidade terá sala de pronto atendimento, consultórios, leitos de observação e a realização de exames especializados. Os investimentos estimados são de R$ 2 milhões provenientes de emenda parlamentar.
O secretário de Saúde, Marcelo Britto, acompanhou o ato e destacou que a “Unidade de Pronto Atendimento vai funcionar em um local estratégico, justamente para facilitar o atendimento de milhares de pessoas que moram em Humildes e regiões próximas”.
Secom
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nega que tenha seguido uma ordem do presidente Jair Bolsonaro para suspender a vacinação em adolescentes de 12 a 17 anos. A medida foi anunciada na quinta (16).
“Bolsonaro não mandou nada. O presidente não interfere nisso daí”, afirmou Queiroga à Folha de S.Paulo.
Segundo o ministro, o presidente apenas recebe informações que repassa a ele. “Bolsonaro é o presidente da República. Conversamos várias vezes por dia. E ele sabe de alguma coisa e me diz ‘Queiroga, veja isso aí”, diz o ministro.
Em declaração à imprensa na quinta-feira (16), Queiroga reconheceu que Bolsonaro fez questionamentos sobre a vacinação dos jovens.
“O presidente me cobra todo dia essas questões de vacinação, sobretudo com essa questão dos adolescentes”, disse o ministro.
“O presidente é muito preocupado com o futuro do país. Hoje mesmo ele me ligou: ‘Queiroga, olha aí’. Sim senhor, presidente, pode ficar tranquilo que vamos olhar isso aqui com cuidado”, afirmou ainda. O ministro não deu detalhes sobre o que pediu o presidente.
Em transmissão nas redes socais ao lado do ministro, Bolsonaro também admitiu que deu a ele suas “opiniões”.
Aliados de Queiroga e integrantes do governo que acompanharam o recuo afirmam que Bolsonaro fez cobranças a partir de declarações que circulavam nas redes sociais de supostas reações adversas das vacinas.
O ministro afirma que a suspensão da vacinação em adolescentes começou a ser discutida por ele na quarta (15). “Eu fui a São Paulo e tomei conhecimento de um evento adverso que pode estar relacionado à vacina. A minha obrigação é averiguar”, afirma ele.
O Centro de Vigilância Epidemiológica de SP investiga a morte de uma adolescente de 16 anos que estaria relacionada à aplicação da vacina da Pfizer. Moradora de São Bernardo do Campo (SP), ela recebeu o imunizante oito dias antes. O protocolo, nestes casos, é o de que haja uma apuração. Até o momento, não há comprovação de que o óbito esteja relacionado à vacina.
Queiroga diz que a suspensão decidida agora é parecida com o da aplicação da vacina da AstraZeneca em grávidas, em maio, que ocorreu depois da morte de uma gestante que tinha recebido o imunizante.
“O gestor sou eu, e não o pessoal que dá entrevistas em TVs. Eu sou o responsável. Houve um evento adverso grave, eu tenho o compromisso de investigar”, diz ele. “Eu tenho que arbitrar essas questões. Sou o ministro e não vou me furtar”, segue.
Queiroga afirma que depois de tomar conhecimento da morte da adolescente, pediu à sua equipe que levantasse na base do SUS o número de pessoas de 12 a 17 anos que já tinham sido imunizadas. E diz que se espantou com o número de mais de 3,5 milhões de imunizados.
“A vacinação desta população começaria no dia 15 de setembro. Como tantos já tinham recebido doses?”, questiona. Surgiram também suspeitas de que municípios estavam aplicando vacinas não autorizadas para essa faixa etária. O único imunizante autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para esse público é o da Pfizer.
Ele afirma ainda que técnicos do Programa Nacional de Imunização (PNI) não foram ouvidos porque o órgão não é deliberativo. “É um órgão assessor”, afirma.
A decisão do ministro supreendeu e irritou gestores da rede pública. Os conselhos de secretários de saúde de estados (Conass) e municípios (Conasems) não recomendaram suspender a vacinação.
As entidades também cobraram posição da Anvisa, que aprovou o uso do imunizante da Pfizer para jovens de 12 a 17 anos mesmo sem comorbidade. No fim da tarde, a agência disse que investiga relatos de reações adversas, mas que não há razão para mudar a bula da vacina.?
Informações: Bahia Notícias
prefeito Colbert Filho autorizou na manhã desta sexta-feira, 17, abertura do processo licitatório para construção do berçário II do Hospital Inácia Pinto dos Santos (HIPS), o Hospital da Mulher, com capacidade para 12 leitos. Com isso, o número total de leitos sai de sete para 19.
Antecedendo as comemorações pelo aniversário da cidade, que transcorre neste sábado, 18, quando Feira completa 188 anos de emancipação, o prefeito também autorizou a licitação para reforma do espaço destinado à Casa da Puérpera [localizado nas dependências do hospital], que também beneficiará o método Mãe Canguru.
Outra novidade anunciada pelo gestor municipal foi a construção de mais 10 leitos para cirurgias ginecológicas. O valor estimado dos investimentos é de R$523.464, 58, cujo recurso é da Prefeitura Municipal através da Fundação Hospitalar de Feira de Santana.
“Estamos trabalhando para proporcionar um atendimento de qualidade, como ocorre em qualquer outra unidade da rede pública ou privada. O Hospital da Mulher não trabalha somente para Feira de Santana, são mais de 80 municípios que encaminham pessoas para esse hospital”, afirmou Colbert Filho.
Além disso, o chefe do Executivo Municipal autorizou a compra de equipamentos, por meio de emenda parlamentar, no valor de R$ 914 mil. Entre eles, cama hospitalar mecânica (35), aparelho de Raio X móvel (1), aparelho de anestesia com monitor (2), incubadora neonatal (4), ultrassom gineco/obstétrico (1), carro de emergência (4), eletrocardiógrafo portátil digital (2), cama de parto (8) e bisturi elétrico.
Assistência à saúde do homem
Na oportunidade, o prefeito também anunciou que, na próxima terça-feira, 14, vai autorizar o início dos serviços de especialidades para saúde do homem, no CMPC (Centro Municipal de Prevenção ao Câncer Romilda Maltez).
Os agendamentos poderão ser feitos nas unidades de saúde, via Central Municipal de Regulação. “O nosso objetivo é promover a melhoria da assistência ofertada à população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos”, afirmou a presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas.
As especialidades médicas ofertadas são urologia, gastroenterologia, cardiologia, proctologia, endocrinologia, clínica médica, oncologia, psicologia, dermatologia e nutrição. Também serão ofertados exames de imagem, biópsia de próstata e tireoide, ultrassom e exames de laboratório.
Secom
Segundo o órgão, agora são 21 casos notificados, três descartados e outros dois sob investigação. Não foram detalhados os municípios onde os novos casos surgiram. Ao todo, 16 casos foram registrados este ano no estado.
Três novos casos da doença de Haff, também conhecida como “doença da urina preta”, foram confirmados no estado, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgadas nesta quinta-feira (16).
Segundo o órgão, agora são 21 casos notificados, três descartados e outros dois sob investigação. Não foram detalhados os municípios onde os novos casos surgiram.
No dia 10 de setembro, a Sesab já havia confirmado 13 casos da doença. Ao todo, 16 casos foram registrados este ano no estado.
A doença de Haff se caracteriza por ocorrência de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, além de falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, podendo causar falência renal. Pessoas com a doença apresentam urina na cor de café, causada pela elevação da enzima CPK, associada à ingestão de pescados.
Entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017 foram notificados 71 casos de doença de Haff nos municípios de Salvador, Vera Cruz, Dias D’Ávila, Camaçari, Feira de Santana e Alcobaça. Foram registrados dois óbitos, sendo um de residente de Salvador e outro residente de Vera Cruz, ambos com comorbidades.
Em 2018 e 2019, conforme o órgão de saúde, não houve notificações da doença relatadas pelas instituições de saúde.
Já no ano de 2020, a partir do mês de agosto surgiram casos da doença de Haff nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Entre Rios, Dias D’Ávila e Candiba, totalizando 45 casos notificados. Destes, 40 foram confirmados e cinco foram descartados, sem registro de óbitos.
A Sesab recomenda que ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde.
A doença não possui tratamento específico. No entanto, na ocorrência de casos suspeitos, é recomendado buscar atendimento imediato, exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) ou TGO para observação do aumento das enzimas musculares.
Além disso, é necessário observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas. Não é indicado o uso de antiinflamatórios.
Evite comer pescados crus; Não consumir pescados ou crustáceos cuja origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja a procedência ofereça segurança;
Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames;
Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois, nestes casos, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas;
Não é indicado uso de antiinflamatórios;
Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas;
Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença;
Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos.
Informações G1