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Dados são de Atlas da Federação Internacional do Diabetes

Brasília - Cidadãos fazem exames para verificar pressão arterial e de glicemia durante mutirão de atendimento e de orientação jurídica para esclarecer dúvidas sobre saúde pública e planos de saúde (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo

Dados da décima edição do Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, a sigla em inglês), mostram que 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade têm diabetes no mundo, alta de 16% em dois anos. Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico.

O levantamento, feito a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global. Segundo afirmou à Agência Brasil a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ), endocrinologista Rosane Kupfer, o diabetes está em evolução crescente “e não foi contido, até agora, por nenhuma tomada de ação, de decisão, em relação à doença”.

Para a médica, isso significa que continua havendo falta de divulgação, de informação, de acesso ao conhecimento, ao diagnóstico e a um tratamento de qualidade. Rosane ressaltou que além da covid-19, outras doenças têm matado muito em todo o mundo. Uma delas é o diabetes. O Atlas do IDF diz que, só neste ano, 6,7 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença.

A presidente da SBD-RJ informou que a proporção de pessoas com diabetes, que era de uma a cada 11, caiu agora para uma a cada dez pessoas. “E grande parte delas está em países de baixa renda”. O Atlas do Diabetes indica que 81% dos adultos com a doença vivem em países em desenvolvimento. Na América Latina e América Central, estima-se que o número de diabéticos alcance 32 milhões.

Causas

No próximo domingo(14), quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes, Rosane Kupfer alertou que as causas da doença são diversas. “A falta de acesso, as péssimas escolhas alimentares que o mundo está fazendo, principalmente esse estilo de vida ocidental, onde se vê que está crescendo muito a obesidade, muita gente com sobrepeso, muita gente com pré-diabetes, que é uma categoria de altíssimo risco para ficar diabética”.

Pessoas que não têm nenhum fator de risco devem fazer uma glicemia anual após os 45 anos. “Tem que fazer exame de sangue porque diabetes é uma doença que não apresenta sintomas, pelo menos no início. Isso não quer dizer que ela não esteja fazendo mal por dentro (do organismo)”. As pessoas que fazem exames de rotina todo ano percebem quando ocorre aumento da glicose e se preocupam, salientou. O problema, disse Rosane, são as pessoas que não se cuidam, não fazem exame para verificar se são diabéticas. Alertou que indivíduos com alto risco para diabetes, que têm casos da doença na família, que são hipertensos, que têm sobrepeso ou obesidade, e mulheres que tiveram diabetes na gestação, devem fazer exame anual acima dos 35 anos de idade.

Por essas razões, Rosane Kupfer analisou que não se pode mais restringir a mobilização de combate à doença ao mês de novembro e ao Dia Mundial do Diabetes. Ela acredita que é preciso ampliar as ações, mobilizar a sociedade e fazer campanhas fora de época, além de cobrar por mais políticas públicas que garantam o acesso à saúde e a um tratamento de qualidade. O tema da campanha de conscientização deste ano sobre a doença é “Acesso ao cuidado para o Diabetes”.

Segundo a  presidente da SBD-RJ, o diabetes não tem cura. “Por isso é tão importante fazer o diagnóstico precoce. Quanto mais precoce o diagnóstico e o controle, menos problemas a pessoa vai ter”. As consequências de um diabetes mal controlado incluem problemas cardiovasculares, principal causa de mortalidade na doença; problemas na retina, podendo levar até mesmo à cegueira; problemas renais, cuja maior causa de diálise entre adultos é o diabetes; problemas arteriais nos membros inferiores; amputações; neuropatias. “Então, tratando cedo, precocemente, dificilmente a pessoa vai ter essas complicações”, afirmou.

Rio de Janeiro

No Brasil, o número de pessoas com diabetes atingia 16,8 milhões, até 2019. “Essa não é uma estimativa de gente que está se tratando, mas de gente que tem diabetes”, destacou a endocrinologista. “É muita gente, quase 20 milhões”. No ranking mundial, o Brasil ocupa a quinta colocação em termos de pessoas com diabetes, depois da China, Índia, dos Estados Unidos e do Paquistão.

O Rio de Janeiro é a capital brasileira com maior índice de diagnósticos de diabetes no país, de acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2020, do Ministério da Saúde. A capital fluminense teve o maior percentual de indivíduos com a doença (11,2%), seguida por Maceió (11%) e Porto Alegre (10%). A doença é mais prevalente nas mulheres do que nos homens. O Rio de Janeiro também lidera nessa questão, com 12,4% de diagnósticos no sexo feminino, seguido do Recife (12,2%) e de Maceió (11,4%). Entre os homens, o Rio de Janeiro apresenta taxa de 9,8%, a quarta maior do país.

“O Rio de Janeiro vai mal”, definiu a endocrinologista. “Mas, espero que o Rio se reerga”, completou. Ela sugeriu que os pacientes que se descobrem diabéticos se cadastrem em uma unidade de saúde da família. Quando necessário, essas unidades encaminham para a atenção especializada. “É muito importante que haja investimento também na atenção especializada”.

Rosane é também chefe do Serviço de Diabetes do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luis Capriglione (Iede), que é referência para o estado do Rio de Janeiro na área de diabetes e endocrinologia. “A gente só recebe paciente que vem encaminhado com indicação pelo médico da Unidade Básica de Saúde (UBS). Esse é o caminho”. Cerca de 40% dos pacientes do Iede são de fora do Rio.

Custos

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença provocou um gasto mundial com saúde de US$ 966 bilhões, alta de 316% nos últimos 15 anos. O último Atlas da entidade mostra que o Brasil gasta em torno de US$ 52,3 bilhões por ano no tratamento de adultos de 20 a 79 anos, o que resulta em cerca de US$ 3 mil dólares por pessoa.

Informações Agência Brasil


Foto: Roberta Costa

Mais de 50 atendimentos médicos foram ofertados aos moradores do distrito de Humildes neste sábado, 6. A iniciativa faz parte de mais uma edição do projeto Ação Global Saúde e Comunidade, uma realização da Prefeitura de Feira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

A Ação Global possibilitou ao morador Gilson Silva Oliveira, 55 anos, a realização do exame laboratorial PSA (Antígeno Prostático Específico), capaz de detectar precocemente o câncer e próstata. “Aproveitei hoje para fazer, todo ano faço esse exame e toda vez está tudo bem graças a Deus”, comemora.

Além da realização de exames, os moradores também tiveram acesso a serviços diversos como: solicitação de mamografia, atualização e cadastro do cartão do SUS, orientação sobre saúde bucal, serviços laboratoriais e orientações sobre prevenção da dengue e outras arboviroses.

“Dessa forma, os serviços de saúde ficam mais acessíveis para a população. Nosso objetivo principal é fazer com que as pessoas coloquem na sua rotina o cuidado com a saúde”, explica a diretora de Gestão da Rede Própria da Secretaria Municipal de Saúde, Joana Queiroz.

A população também teve acesso a aplicação da primeira, segunda e terceira doses da vacina contra a Covid-19. No dia 20 deste mês, a Ação Global chega ao distrito São José (Maria Quitéria). Ao todo, sete distritos serão contemplados com os serviços.

*Secom


A Fundação Hospitalar de Feira de Santana está intensificando a realização de consultas e exames, voltados para a saúde do homem, no Centro Municipal de Prevenção ao Câncer Romilda Maltez (CMPC). A iniciativa faz alusão à campanha Novembro Azul – de prevenção ao câncer de próstata.

Serão disponibilizados durante o mês, das 8h às 13h, consultas com urologista, exames laboratoriais ultrassonografia da próstata, eletrocardiograma, biópsia e acompanhamento psicológico para homens a partir de 40 anos. As marcações podem ser feitas pelo telefone (75) 3602-7340 ou e-mail: novembroazul@fhfs.ba.gov.br.

Somente no ano passado, foram realizados 31.637 atendimentos, sendo que no período da campanha Novembro Azul foram feitos 5.487 consultas e exames.

“Estamos aumentando a oferta de vagas e a expectativa é superar o índice de atendimentos do ano passado, contemplando a demanda reprimida de idosos que nos últimos dois anos, devido a pandemia, foram os mais afetados”, afirma a diretora-presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o tipo mais comum entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. A previsão é de 65.840 novos casos a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso ou obesidade estão mais propensos.

Vale destacar que a Secretaria Municipal de Saúde também aderiu à campanha, disponibilizando a solicitação do exame laboratorial PSA (Antígeno Prostático Específico) – capaz de detectar precocemente o câncer de próstata e outras condições – nas unidades de saúde municipais para homens de 50 a 75 anos. Nos casos de histórico familiar, pode ser feito entre 45 e 49 anos.

*Secom


Foto: : Fátima Brandão

A campanha Outubro Rosa, de prevenção ao câncer de mama, foi encerrada no último domingo, 31, em Feira de Santana. Durante o mês, 2.084 mamografias e 944 exames preventivos de colo de útero foram agendados pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

Os encaminhamentos foram feitos nas unidades de saúde municipais, marcados pela Central Municipal de Regulação, destinados a mulheres entre 50 a 69 anos.

Na avaliação da enfermeira referência técnica em Saúde da Mulher, Alessandra Magalhães, a adesão das mulheres à campanha foi positiva este ano.

“Disponibilizamos diariamente a marcação do exame de mamografia, mesmo assim, durante a campanha a procura tem uma proporção maior em comparação aos outros meses”, destacou Alessandra Magalhães.

Aquelas que perderam a oportunidade de realizar os exames durante o mês podem se dirigir à unidade de saúde mais próxima da residência para realizar o agendamento. Os exames são feitos no Centro Municipal de Diagnóstico Por Imagem (CMDI) e Centro Pesquisa Assistência Reprodução Humana (CEPARH), que seguem sendo intensificados até dezembro.

*Secom


Participantes nostálgicos apresentaram níveis de felicidade maiores - iStock
Participantes nostálgicos apresentaram níveis de felicidade maiores Imagem: iStock

Sentir nostalgia — ou lembrar vivências que deixaram saudade — pode ter efeitos genuinamente positivos, inclusive para lidar com a pandemia 😷 sda covid-19, de acordo com estudo feito por pesquisadores das Universidades de Southampton, na Inglaterra, e de Zhejiang, na China.

A partir de um questionário, 3,7 mil participantes dos Estados Unidos, Reino Unido e China descreveram os níveis de solidão, nostalgia e felicidade que sentiam em uma escala de 1 (“de jeito nenhum”) a 7 (“muito”). Os dados foram coletados durante os primeiros dias da pandemia, com o início do isolamento social.

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Na análise, os pesquisadores observaram que, nos três países, os voluntários com uma taxa relativamente alta de solidão apresentavam uma média mais baixa de felicidade. O que chamou atenção, no entanto, foi que a solidão também conduzia às memórias nostálgicas que, por sua vez, aumentavam a sensação de felicidade e combatiam a influência negativa da solidão.

Cultivar a nostalgia leva à felicidade

Para complementar os resultados do questionário, os pesquisadores testaram a ideia em outros três experimentos, com cerca de 200 pessoas em cada. Os voluntários foram divididos em dois grupos:

Os resultados mostraram que, na comparação com o grupo controle, os participantes nostálgicos apresentaram níveis de felicidade maiores — igual aos dados obtidos na primeira etapa da pesquisa. Ainda, após o experimento original, os voluntários do grupo da nostalgia foram induzidos a pensarem novamente em suas memórias e esse “impulsionador” levou, mais uma vez, a pontuações mais altas do sentimento.

“A nostalgia aumenta a felicidade imediatamente após a manipulação e, com um impulsionador, até dois dias depois. É um recurso psicológico que pode ser aproveitado para aumentar a felicidade e ajudar a combater a solidão”, destacam os autores no artigo publicado no periódico Social Psychological and Personality Science.

Benefícios para a saúde mental

Mesmo não sendo o primeiro estudo sobre o assunto, as descobertas trazem impactos principalmente para o campo da saúde mental, segundo Milena Fernandes Mata, neuropsicóloga da Vibe Saúde, pós-graduada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.

“A nostalgia aparece como um neutralizador e elemento protetivo, uma vez que estimula o aumento da felicidade e a permanência desta por até 48 horas. Com isso, pontuam a importância do conhecimento e discussões de tais resultados”, explica.

Para Mata, nutrir momentos nostálgicos é uma forma de mantermos a própria história e existência vivas, especialmente no caso da pandemia, que impôs uma barreira social extensa. “Passamos a preencher as lacunas com experiências passadas de afeto, na tentativa de lidar ou suportar essa falta”, diz a neuropsicóloga.

Nostalgia pode ser ruim?

Embora não seja o mais comum, vivenciar sentimentos nostálgicos também pode ser nocivo em alguns casos. Isso ocorre principalmente diante de idealizações que se tornam insuperáveis.

O sentimento pode limitar a sensação de prazer nas relações e experiências presentes, e as lembranças passam a ser vistas com dor e desconforto. Em longo prazo, pode causar prejuízos, inclusive para a saúde mental.

Quando isso ocorre, é fundamental buscar ajuda de profissional capacitado, que pode indicar sessões de psicoterapia, remédios ou outras atividades que auxiliam no processo.

Informações UOL


Foto: Jorge Magalhães

Homens serão sensibilizados a promover a saúde 

A fim de facilitar o acesso a exames e possibilitar o diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai intensificar os serviços de promoção à saúde do homem a partir da próxima  sexta-feira, 5, quando dará início à campanha Novembro Azul. 

Neste período, homens de 50 a 75 anos terão acesso ao exame laboratorial PSA (Antígeno Prostático Específico), que é capaz de detectar precocemente o câncer de próstata e outras condições. Nos casos de histórico familiar, pode ser feito entre 45 e 49 anos. 

Nas unidades também serão realizados encaminhamentos para consulta com urologista e outras especialidades, caso seja necessário.

O público masculino também terá acesso a aferição de pressão arterial, teste de glicemia, atualização do cartão de vacina, solicitação de exames laboratoriais.

Ações nas rodovias e na zona rural 

A programação prevê ainda uma ação para os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, na sede do órgão, no dia 5. Já no dia 12 serão levados serviços de saúde ao Shopping Popular Cidades das Compras e nos dias 24 e 26 nos Pontos de Parada dos Caminhoneiros (PPD), BR 324 e BR 116.

A zona rural não fica de fora da programação, que contempla o distrito de Humildes no dia 6; São José (Maria Quitéria) dia 20; Jaguara no dia 27; Jaíba em 4 de dezembro e Bonfim de Feira no dia 5 de dezembro.

No Brasil, somente ano passado, 65 mil casos de câncer de próstata foram diagnosticados, sendo a descoberta tardia a principal causa de morte pela doença – segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).


O incômodo é passageiro, mas permite o diagnóstico da Covid-19. Com um pequeno bastonete, que lembra um cotonete, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde colhem a amostra para o exame RT-PCR – que analisa secreções respiratórias. Somente este ano, 48.184 exames foram realizados pelo órgão em Feira de Santana.

Pessoas que apresentam sintomas da doença podem realizar o exame com mais comodidade, em sistema drive in na avenida Noide Cerqueira, na estação do BRT. As coletas são realizadas por ordem de chegada ou agendamento (feito nas unidades de saúde), entre segunda e sexta-feira, das 14h30 às 17h. Aos sábados, domingos e feriados, das 8h30 às 11h30.

Além do drive in, duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e sete policlínicas municipais oferecem o serviço 24h. Nas Unidades de Saúde da Família Rua Nova I e II, Barroquinha, e Campo Limpo I, V e VI o atendimento é por ordem de chegada, das 9h às 11h30. Já no turno da tarde, é possível fazer na Unidade de Saúde da Família Liberdade I, II e III, das 14h30 às 17h.

Todas as orientações para isolamento domiciliar, cuidados respiratórios e entre outros são prestadas nas unidades.

Secom


Órgão de defesa do consumidor enviou pedido à ANS

Carteirinha de Plano de Saúde

O Procon de São Paulo encaminhou um pedido à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que os planos de saúde aumentem a transparência com relação às cobranças e valores de reajustes. O órgão de defesa do consumidor quer que as empresas divulguem os cálculos para se chegar aos percentuais de aumento dos planos.

Essas informações ficariam disponíveis nas páginas das operadoras e da ANS. Além disso, o Procon pede que as empresas discriminem nos boletos mensais as cobranças feitas dos usuários.

“O consumidor deve ter a noção do que ele está pagando – o que é seguro saúde, o que é taxa de administração, de corretagem etc. Essa informação deve ser fornecida de forma transparente pelas operadoras”, defende o diretor do Procon, Fernando Capez.

O pedido se baseia, de acordo com o Procon, em uma resolução do Conselho Nacional de Saúde Suplementar publicada em setembro.

Em abril, o órgão de defesa do consumidor entrou com uma ação civil pública para questionar os aumentos de cinco operadoras de planos de saúde. As empresas já haviam sido multadas pelo Procon pelos reajustes.

Informações Agência Brasil


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o lançamento do Programa SOS de Ponta - Capacitação nas Urgências e Emergências do Brasil.
Foto: Marcelo Camargo

O Ministério da Saúde anunciou hoje (18) que investirá R$ 14 milhões na criação de 10 mil vagas para o Programa SOS de Ponta, visando a qualificação de profissionais da saúde para realizarem atendimentos de urgência e emergência em suas unidades de saúde.

“Vivemos hoje situação de emergência na saúde pública internacional. Nosso país teve mais de 600 mil óbitos decorrentes da covid 19. A grande lição dessa pandemia é o fortalecimento do sistema de saúde no Brasil”, disse o ministro Marcelo Queiroga durante a cerimônia de lançamento do Programa SOS de Ponta-Capacitação nas Urgências e Emergências do Brasil.

Segundo ele, o sistema de saúde tem, atualmente, “posição confortável” para atender aqueles que, com síndrome respiratória grave, necessitam de unidades de terapia intensiva (UTIs). “Hoje trazemos essa ação SOS de Ponta porque sabemos que, nas urgências e emergências, é que existe o risco maior de morte, e precisamos qualificar melhor aqueles que estão na ponta para atende a essas situações”, disse o ministro.

Médicos pelo Brasil
Queiroga antecipou que, até o final do ano, sua pasta lançará o Médicos pelo Brasil, programa que, segundo ele, “terá edital para a contratação dos médicos de uma maneira diferente da do passado, que inclusive traziam cidadãos de outros países, em regime muito impróprio para trabalhar em nosso país. Queremos mudar esse cenário”.

O ministro classificou como “ativo precioso” os profissionais da saúde que vêm atuando na linha de frente para o combate à pandemia, e reforçou a importância da relação de confiança entre médicos e pacientes. Segundo Queiroga, “telesaúde e e telemedicina nunca vão substituir, mas reforçar, as relações médico-paciente, ampliando acessos”.

*Agência Brasil


INTP, ESTJ, ESFP… O questionário que classifica pessoas em categorias demarcadas por quatro letrinhas é tratado como algo sacrossanto por departamentos de recursos humanos e parte dos psicólogos. Mas, afinal: ele funciona mesmo?

Ilustração das 8 letras que formam as 16 personalidades do teste Myers-Briggs: E, N, T, P, I, S, J e T.
 Henrique Petrus/Superinteressante

Ilustração Henrique Petrus Design Natalia Sayuri Lara

Carl Gustav Jung e Sigmund Freud eram grandes amigos no começo do século 20. Os pesos-pesados da psicologia moderna se conheceram pessoalmente em 1907, em Viena. O austríaco Freud, 19 anos mais velho, encantou-se com a genialidade do suíço Jung, que, aos 32, trabalhava como psiquiatra e professor universitário. 

Eles continuaram a se encontrar e a trocar centenas de cartas. Pelo trabalho de Jung, Freud o considerava seu sucessor na recém-criada psicanálise: ele seria o jedi; Jung, o padawan.

Mas não foi bem assim. Jung não concordava que as motivações da mente partiam da sexualidade, enquanto Freud (ateu convicto) se opôs completamente ao misticismo que há na psicologia de Jung. Essas divergências teóricas levaram, em 1912, a um rompimento digno de música sertaneja. O suíço passou os três anos seguintes na sofrência: recluso, sem ler, escrever ou dar aulas. 

Nesse período dark, Jung refletiu sobre a sua relação com Freud. E chegou a uma conclusão: as divergências rolaram porque os dois tinham personalidades diferentes. Concluiu que Freud era um extrovertido – alguém que se sente à vontade em uma multidão, e que prefere compartilhar com outras pessoas os seus problemas para resolvê-los; e que ele, Jung, seria introvertido – alguém que opta pelo mundo interior, que usa a solidão como combustível para recarregar as energias.

A relação extroversão versus introversão foi a base para o livro Tipos Psicológicos (1921). Ali, Jung destrincha essa e outras duas supostas duplinhas de tipos funcionais da nossa personalidade: sensação  x  intuição (relacionadas à maneira como percebemos e buscamos informações); sentimento  x  pensamento (a base para as tomadas de decisão). 

Do outro lado do Atlântico, a americana Katharine Briggs se encantou pelo livro de Jung e passou anos estudando formas de aperfeiçoar a teoria do suíço, e de torná-la mais acessível. Mesmo sem formação em psicologia, ela criou (com a ajuda da filha, Isabel Briggs Myers) um questionário de personalidade para ajudar as pessoas no trabalho e na vida de modo geral.

Nascia ali o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI). Registrado em 1943, ele fornece 16 tipos de personalidade. Cada uma mistura quatro letrinhas, com base em quatro eixos: introversão (I) e extroversão (E), sensação (S) e intuição (N), pensamento (T) e sentimento (F), julgamento (J) e percepção (P). Este último par foi uma adição de Myers e Briggs à teoria junguiana e tem a ver com o modo que levamos a vida (se é num estilo mais regrado ou mais espontâneo, respectivamente).

No fim, você ganha um conjunto de quatro letras que supostamente descreve sua personalidade. Você pode terminar “diagnosticado” como ESFJ (extrovertido, sensorial, sentimental, regrado), INTP (introvertido, intuitivo, racional, espontâneo) ou qualquer outra das 16 combinações possíveis.

No final da Segunda Guerra, a família Briggs conseguiu que o MBTI fosse aplicado em agentes do Escritório de Serviços Estratégicos dos EUA, que antecedeu a CIA. Em 1975, Mary McCaulley, professora de psicologia da Universidade da Flórida, juntou-se a Isabel (Katharine morreu em 1968) e ajudou a popularizar o teste em empresas e instituições.

Hoje, existem mais de 2 mil testes de personalidade – uma indústria que pode valer US$ 500 milhões (há quem estime US$ 2 bilhões). Motivo não falta. “Os seres humanos gostam de obter informações sobre si mesmos”, diz Gabriel Gaudencio Rego, membro do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social do Mackenzie. “Quando um teste nos coloca um rótulo de algum jeito, sentimos que nos conhecemos um pouco melhor.”

O MBTI segue como um dos testes mais populares: traduzido para 29 idiomas, cerca de 2 milhões de pessoas realizam, todos os anos, a versão oficial do questionário – é preciso pagar por isso. Ele é usado, sobretudo, por departamentos de recursos humanos, inclusive em 88% das empresas do S&P 500, o clube das companhias mais valiosas dos EUA.

Tudo isso sem que dê para saber ao certo se funciona mesmo. Mas, calma, já discutiremos isso. Primeiro, vamos entender como ele funciona.

O provão

Desde a sua primeira versão, o MBTI já passou por várias atualizações, nomeadas por letras. A mais usada hoje é a M, que tem 93 questões. Mas há outras mais extensas (como a Q, com 144 perguntas). Quanto mais longo o questionário, mais detalhado será o resultado final.

Há dois tipos de questões no MBTI – sempre com apenas duas alternativas de resposta. O primeiro tipo pergunta como você normalmente agiria ou se sentiria em determinada situação (uma festa com muita gente, um prazo apertado no trabalho, um fim de semana todo planejado). Já o segundo é mais direto: entre duas palavras (“abstrato” ou “concreto”, “fazer” ou “criar”), você deve escolher apenas uma.

Devo confessar que é um tanto cansativo completar o teste (fiz o de 144 questões). Certas perguntas soam parecidas, e várias palavras se repetem. E às vezes fica difícil se ater às alternativas que o teste dá. Na questão “O que te dá mais energia? Ficar sozinho ou em grupo?”, parece faltar a terceira via: um sonoro “depende”.

Mas há uma razão para essa estrutura polarizada. “Em testes do tipo, nós temos o impulso de tentar controlar o resultado, então algumas questões são placebo – estão ali só para confundir”, explica a psicóloga Tania Casado, diretora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP (ECar). Nos anos 1980, ela foi uma das primeiras a estudar o Myers-Briggs no Brasil. “A versão F do MBTI, por exemplo, tem 166 perguntas, mas só 90 são levadas em conta.”

Ao final do teste, eu recebo o meu resultado (deu ESFJ), além de uma extensa explicação sobre os quatro elementos (e seus opostos). O MBTI é cuidadoso: ele diz que essas não são características definitivas, mas sim as que, provavelmente, aparecem com mais frequência na sua vida.

Há outros cuidados, como reforçar o tempo todo que não há personalidades “certas” e “erradas” – todos os elementos seriam igualmente valiosos. Durante a explicação, o MBTI se preocupa também em esclarecer algumas concepções equivocadas, como dizer que pessoas espontâneas não podem ser organizadas, ou que introvertidos não conseguem assumir cargos de liderança.

Toda essa experiência tem um preço: US$ 50 – mais de R$ 270. Salgado. Não à toa, a versão mais famosa do MBTI, na verdade, não é o MBTI, mas sim o 16Personalities, um teste rápido, disponível na internet – e gratuito.

O 16Personalities tem 60 questões e leva poucos minutos para ser feito. Ao contrário do MBTI, as respostas para perguntas de situação estão em uma escala (de “concordo totalmente” a “discordo totalmente”). E, sim, dá para ficar no meio do muro – um alívio para os indecisos.

Depois da experiência com o MBTI oficial, você percebe que o 16Personalities talvez seja menos completo – e preciso. Mas é divertido: cada personalidade possui a sua respectiva cor e personagem (ENFJs são “Protagonistas”, ISFJs são “Defensores”, ENTPs são “Inovadores”). Junto ao relatório final, o teste mostra celebridades e figuras históricas que, de acordo com os organizadores do teste, carregariam uma sigla igual à sua. Puro chute, claro. Meu teste deu que estou no mesmo clube da Beyoncé, da Rainha Elizabeth e do Vin Diesel. 

Em suma, não passa de diversão. Para evitar processos, o 16Personalities não menciona em nenhum momento o MBTI nem a família Briggs. 

Quem quiser aplicar o MBTI para valer não pode colocar o teste na internet, já que é preciso pagar direitos autorais à família Briggs. No Brasil, o único autorizado a traduzir e vender o teste é a consultoria Fellipelli, que começou a aplicá-lo por aqui em 1996. 

“Foi feita toda uma validação, sobretudo com a tradução, para ver se o conteúdo estava de acordo com a realidade sociocultural brasileira”, conta a psicóloga Adriana Fellipelli. É como um trabalho de dublagem: às vezes, é mais negócio mudar a piada (em vez de traduzi-la ao pé da letra) para preservar o sentido original. A Fellipelli também capacita consultores, que podem aplicar e explicar os resultados do MBTI em empresas, escolas e consultórios. Não é preciso ser psicólogo para obter essa certificação.

Testando os testes

Um hemograma não tem erro. A agulha entra, o sangue sai e, em poucos dias, você descobre se o seu colesterol está alto ou baixo. Avaliações psicológicas, contudo, são mais complicadas. Afinal, como medir precisamente conceitos abstratos como felicidade, criatividade – ou, nesse caso, personalidade?

O campo que se encarrega disso é a psicometria, que usa a estatística para tentar compreender o nosso funcionamento psicológico. E pode acreditar: construir um teste leva bastante tempo.

Primeiro, deve-se partir de alguma teoria relativamente consagrada; no caso do MBTI, a junguiana. Depois, é preciso aplicá-lo em diversas pessoas, para criar uma base de dados consistente. Isso será vital para a fase de validação, que acontece em duas etapas. A primeira é a de conteúdo: avaliar se o teste mede, de fato, o que ele se propõe a medir; por exemplo: se um paciente que diversos profissionais descrevem como “extrovertido” obtém de forma consistente “introvertido” como resultado do teste, talvez seja preciso recalibrá-lo. 

A segunda parte analisa se é possível fazer alguma inferência ao resultado do teste – no caso do MBTI, contextualizar as quatro letrinhas que você recebeu. “Essa é uma etapa importante. Imagine receber uma pontuação em um questionário que mede ansiedade, mas não saber se você está acima ou abaixo da média”, esclarece Josemberg Andrade, membro da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP), grupo criado em 2003 pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

O CCAP é o órgão responsável por aprovar testes do tipo no Brasil. Uma equipe de especialistas, escolhida por edital público, analisa se eles atendem aos critérios científicos mínimos de precisão. A aprovação vale por 20 anos.

Tudo fica registrado no site do Satepsi (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos), que mantém duas listas: testes favoráveis e não favoráveis para o uso de psicólogos. Em 2008, ele foi reprovado por falta de dados estatísticos suficientes. Em 2013, a Fellipelli realizou uma nova submissão – e o teste foi aprovado.

Mas e aí? O MBTI funciona mesmo?

Pontos fracos

Faz décadas que se questiona a eficácia do MBTI. Entre os anos 1970 e 1980, estudos analisaram voluntários que se submeteram ao teste. Cinco semanas depois, eles refizeram o questionário – o resultado foi diferente em 50% dos casos (em seu site oficial, o MBTI argumenta que essas pesquisas dizem respeito a uma versão antiga do teste, que não é mais usada). Por essas, a Associação Americana de Psicologia destaca que o MBTI tem pouca credibilidade entre psicólogos e pesquisadores.

Eu mesmo fiz dois testes MBTI, a versão em português e a em inglês. E obtive duas personalidades diferentes (ENFJ e ESFJ). Normal. Como dissemos aqui, há diferenças entre os dois, e o em português seria mais adequado para quem vive no Brasil. Mas a coisa complica quando leio a descrição dos dois tipos e, bingo, me identifico (em algum nível) com ambos. Isso também aconteceu com o meu resultado no 16Personalities (ISFJ). 

Uma possível explicação para isso está no Efeito Forer, que acontece quando nos identificamos com descrições vagas e gerais, que poderiam ser aplicadas a qualquer pessoa – o segredo do sucesso do horóscopo.

Isso não quer dizer que o MBTI seja pseudociência. Significa que a psicologia não é uma ciência exata. “Nenhum instrumento psicológico é capaz de descrever o todo de uma pessoa”, ressalta Andrés Antúnez, professor do departamento de psicologia clínica da USP. “Cada teste se baseia em uma das diversas teorias da psicologia – e nenhuma delas é dona da verdade.”

Ilustração de uma pessoa com várias facetas diferentes.
Henrique Petrus/Superinteressante

Conhece-te a ti mesmo

Em 2017, a Universidade de Oklahoma revisou uma série de estudos sobre o MBTI (a maioria conduzida em estudantes de idade universitária) e concluiu que os resultados referentes às duplas introversão/extroversão, sensação/intuição e pensamento/sentimento apresentaram 75% de confiabilidade (considerado satisfatório). Já o eixo julgamento/percepção, justamente o criado pela família Briggs, alcançou só 61%.

Décadas de discussão sobre a sua eficácia tornaram o MBTI cauteloso. Hoje, o teste é apresentado, sobretudo, como uma ferramenta de desenvolvimento pessoal – a Myers-Briggs Company, empresa que administra o teste, desaconselha que ele seja usado como um funil para selecionar, contratar (e demitir) funcionários.

Ao descrever os tipos psicológicos, Carl Jung defendeu que a plenitude da vida não se resumia a simples dicotomias, mas sim em balancear os traços. Extrovertidos podem tirar proveito de momentos de introversão e vice-versa. Para Jung, é indispensável aprender a dominar a sombra – o lado reprimido da nossa personalidade.

Ou seja: o MBTI, aplicado sob orientação de um bom profissional, pode ser um bom ponto de partida para o autoconhecimento. Só não pode ser a linha de chegada. 

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