Para qualificar e garantir maior precisão diagnóstica na assistência ao público do Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem Dr. Eugênio Laurine (CMDI), a Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS) vem promovendo avanços significativos na agilidade do diagnóstico e entrega de resultados dos exames realizados na unidade de saúde. Com um compromisso voltado ao atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes já saem da unidade com os resultados de ultrassonografias em mãos.
O CMDI, reconhecido por sua excelência em diagnóstico por imagem, registrou, somente de janeiro a junho deste ano, um total de 45.819 exames realizados, o equivalente a uma média diária de 450 procedimentos. Entre os exames mais demandados, destacam-se as ultrassonografias, que alcançaram a marca de 30 mil exames realizados no primeiro semestre pelo público atendido pelo SUS. No mesmo período, foram realizados 7.962 raios-X, 3.545 mamografias, 4.163 eletrocardiogramas, 533 densitometrias e 438 punções de mamas.
A diretora-presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, ressaltou a importância da troca do mamógrafo analógico para o digital, que possibilitou uma entrega mais célere dos exames, contribuindo para o aumento no número de procedimentos realizados no centro.
“Estamos oferecendo o que há de melhor em tecnologia para os nossos pacientes, com o aparelho de ultrassom digital, que possibilita a entrega de exames na hora e outros em até 10 dias, oferecendo mais elementos para se chegar a um diagnóstico mais preciso”, enfatizou Gilberte Lucas.
A agilidade na entrega dos exames tem beneficiado pacientes como dona Sônia Maria, de 56 anos, moradora do bairro Queimadinha. Ela passou por exames de ultrassom quando esteve em observação na Policlínica do Parque Ipê, devido a uma hemorragia. Sônia ressalta a relevância dos exames para que os médicos pudessem adotar a conduta mais adequada para seu total restabelecimento.
Para Madalena Sobral, coordenadora do CMDI, a brevidade na entrega dos exames tem proporcionado uma maior rapidez no diagnóstico e tratamento das doenças.
“É muito importante para o paciente a eficiência do nosso atendimento, pois com o resultado dos exames mais rápido, facilita o retorno da consulta médica no prazo previsto, evitando assim um novo agendamento de consulta e agilizando o atendimento em casos de cirurgia”, explica.
SÉRIE HISTÓRICA
Ao longo dos últimos 10 anos, de acordo com a série histórica da Fundação Hospitalar, já foram realizados 795.299 mil exames no CMDI. Somente no ano passado, foram executados 66.309 procedimentos. Outro dado relevante é que mais de 6 mil exames por mês são agendados pela Central de Regulação, e para o mês de agosto, já estão previstos mais de 10 mil agendamentos.
Caneta foi aprovada no começo de 2023 pela Anvisa. O Wegovy tem a semaglutida como princípio ativo, mesma substância usada no Ozempic, indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, mas usado off label (fora da bula) para obesidade.
Aprovado no começo de 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Wegovy – primeiro medicamento injetável de uso semanal para sobrepeso e obesidade – só deve começar a ser comercializado em 2024. O medicamento já é vendido nos Estados Unidos, Dinamarca e Noruega.
Na época da aprovação, a expectativa era que as canetas para o tratamento de obesidade chegassem ao paciente ainda em 2023, no segundo semestre. No entanto, Priscilla Mattar, endocrinologista e diretora médica da Novo Nordisk, explicou ao g1 que a procura pelo medicamento aumentou em todo o mundo.
Existe uma demanda global aumentada por todos os resultados positivos que o Wegovy apresentou. Vamos lançar quando tivermos certeza de que conseguimos atender os pacientes do Brasil. Estamos acertando as linhas de produção para aumentar a capacidade.
— Priscilla Mattar, diretora médica da Novo Nordisk
Nova aposta entre famosos e anônimos, o uso de medicamentos injetáveis a base de semaglutida tem se tornado cada vez mais comum no Brasil e no mundo por quem quer perder peso.
A chegada do Wegovy ao país pode ser importante para que as pessoas com obesidade deixem de lado o Ozempic, indicado para diabetes tipo 2, e fiquem com o novo medicamento, recomendado especificamente para a doença.
💲 E quanto vai custar? Segundo a Novo Nordisk, a caneta de Wegovy 1 mg deve seguir o mesmo preço da caneta de 1 mg do Ozempic (o g1 consultou o preço em algumas drogarias e o Ozempic está custando cerca de R$ 1 mil).
Segundo estimativa da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o preço máximo poderá chegar a R$ 2.484 dependendo do estado. No entanto, a Novo Nordisk afirma que não necessariamente é o preço que vai chegar nas farmácias.
🏥 Tem no SUS? Por enquanto, não há expectativa de que o Wegovy esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
🔞 Quem pode tomar? O medicamento foi aprovado para adultos com obesidade ou sobrepeso com alguma comorbidade associada, mas a farmacêutica já solicitou a extensão do uso também para adolescentes. O Saxenda, também indicado para obesidade, mas de uso diário, já está aprovado no Brasil para adolescentes acima dos 12 anos.
Wegovy: Anvisa aprova injeção para tratar obesidade Medicamento é aplicado com a ajuda de uma caneta. Ainda não há uma data definida para que a semaglutida chegue ao mercado brasileiro. — Foto: Reprodução
O Wegovy tem o mesmo princípio ativo (a semaglutida) de outros dois medicamentos já aprovados no Brasil, o Ozempic e o Rybelsus. A diferença está na indicação de uso. Tanto Ozempic (injetável) quanto Rybelsus (oral) são recomendados para pacientes com diabetes tipo 2. O uso para o tratamento de obesidade e sobrepeso é off label (fora da bula).
🔎 O que é a semaglutida? É um análogo do hormônio GLP-1, que temos no intestino. Toda vez que uma pessoa se alimenta, ele sinaliza para o cérebro que é hora de reduzir a fome, retardar o esvaziamento do estômago e aumentar a produção de insulina, que promove a absorção da glicose nas células.
A aprovação da Anvisa foi baseada nos resultados do programa de ensaios clínicos STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity). Nele, os pacientes que utilizaram o Wegovy conseguiram uma perda de peso corporal média de 17% em 68 semanas (1 ano e 4 meses), contra 2,4% do grupo placebo.
Além disso, um em cada três pacientes perdeu 20% do seu peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do medicamento contra 31,1% do grupo placebo.
O Wegovy (semaglutida) é o primeiro injetável SEMANAL aprovado para o tratamento de obesidade, mas existe outro medicamento que já é comercializado no Brasil, o Saxenda. A diferença está no princípio ativo (liraglutida) e frequência de aplicação (o uso é diário).
Além do princípio ativo, a principal diferença está no tempo de ação (diário x semanal). Mas ambos são análogos do hormônio original, o GLP-1, que é o mais importante. Se você pega uma molécula muito diferente da original, ela induz seu corpo a formar anticorpos, pode interferir na eficácia. As duas [liraglutida e semaglutida] têm mais de 90% de homologia de semelhança com o GLP-1.
— Priscilla Mattar
Se combinar as duas substâncias, terei um resultado melhor então? Não. Os dois medicamentos pertencem à mesma classe, de análogos do GLP-1. Não há indicação para o uso conjunto da liraglutida com a semaglutida, pois elas agem de forma semelhante.
Tipos de caneta — Foto: Luisa Rivas | Arte g1
Informações G1
No último sábado (22) o Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC) promoveu um mutirão de exames visando desafogar a fila de espera do órgão. Durante o evento, diversos procedimentos importantes foram realizados, incluindo exames preventivos, transvaginal, aferição de pressão arterial e medição de glicemia para o público presente.
A diretora do CMPC, Kênia Araújo Lassi, enfatizou que a instituição pretende realizar ações contínuas para melhorar a oferta de exames especializados. A iniciativa volta a ser realizada no próximo sábado (29).
“Nós pretendemos realizar ações para melhorar a oferta de exames de especialidade. No próximo sábado realizaremos novo mutirão para poder ir diminuindo essa quantidade de pacientes, e provavelmente nos próximos meses, vamos estar se organizando para realizar mais atendimentos”, pontuou.
Para participar dos próximos mutirões, os interessados precisam agendar os exames junto as unidades de saúde de seus respectivos bairros. As vagas são enviadas para a central de regulação, que, por sua vez, repassa para as unidades de saúde realizarem os agendamentos.
A expectativa é que, ao longo dos dois finais de semana de mutirão, aproximadamente 300 mulheres sejam atendidas. A presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilberte Lucas, destacou a importância do evento para a assistência aos exames de especialidade. “As unidades da Fundação Hospitalar estão dedicando ao menos dois sábados para esse atendimento essencial”, observou.
A fisioterapia é uma forma de tratamento essencial na reabilitação de pacientes que sofrem de condições debilitantes. Como é o caso da manicure Vânia Moraes. Ela ficou com sequelas após ser infectada pelo Coronavírus e há mais de um ano é acompanhada pelo Centro Pós-Covid de Feira de Santana.
“Eu sentia dor em todo movimento que fazia com o corpo. Era quase impossível fazer as atividades domésticas e estava afetando também o meu psicológico. Quando iniciei o tratamento aqui no Centro foi um alívio e uma salvação. Consegui evoluir e consigo me locomover com mais facilidade, ainda sinto dores mas estou muito melhor do que antes”, relatou.
Desde sua inauguração em 2021, o Centro Pós-Covid realizou mais de 5.150 atendimentos de fisioterapia. A unidade é referência no tratamento de pacientes com sequelas graves, moderadas e leves que necessitam de um acompanhamento especializado.
Na avaliação da fisioterapeuta Tailla Borges, a cada sessão o paciente tem a funcionalidade do seu corpo desenvolvida.
“O paciente chega debilitado e corre o risco de ficar acamado. Juntos realizamos exercícios que também podem ser feitos em casa e desenvolvem a funcionalidade para que ele possa voltar a sua rotina normal, e contribuir na melhoria da qualidade de vida e no bem-estar dessas pessoas”, destacou.
A unidade também oferece atendimento especializado com pneumologista, urologista, nutricionista, fonoaudiólogo, médico clínico, cardiologista, urologista, dermatologista, gastroenterologista, psiquiatra, hematologista, endocrinologista, ginecologista, pediatra e proctologista.
O Centro de Tratamento Pós-Covid funciona no Centro Social Urbano (CSU), localizado na rua Tostão, bairro Cidade Nova. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Para ser atendido é necessário agendamento prévio nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros – via Central Municipal de Regulação.
A gerente de RH Edneide Melo, 44, acordou de uma cirurgia sem se lembrar de onde estava nem do próprio marido, com quem era casada há anos. O ano era 2017 e ela tinha sofrido um AVC. Para ela, porém, o mundo ainda estava em 2003.
Com apoio da família e de uma psicóloga, Edneide começou a se readaptar à vida que havia construído na última década —e até hoje não sabe se um dia vai retomar os 14 anos de memória que se apagaram.
A VivaBem, ela, que já havia falado ao podcast Histórias de terapia, disse que resolveu contar sua história para apoiar outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes.
“Em 2017, fiz uma cirurgia para tirar pólipos no nariz. Quando acordei no pós-operatório, sentia muita dor de cabeça. Parece que reclamei com a médica, mas não lembro. Tudo o que sei é o que me contaram.
A dor de cabeça persistiu até eu ir para o quarto. Meu marido, Thiago, chamou o suporte diversas vezes. Me medicaram até aparecer um neurologista, mudaram a medicação e apaguei.
Quando acordei [no mesmo dia], não lembrava mais de nada. Estranhei o ambiente e não reconhecia meu marido. Ele era uma pessoa de quem eu tinha vaga lembrança de um processo seletivo de que a gente participou.
Minha primeira reação foi perguntar: ‘Bati o carro?’. Ele disse que não e explicou o que estava acontecendo.
Tive um surto, gritei, coloquei ele para fora do quarto. Dizia para ele não colocar a mão em mim, que ele era louco. Foi uma situação de terror. Olhava sem ter referência nenhuma sobre ele.none
Eu tinha voltado para 2003. Estranhei o ambiente em que estava. Morava antes em São Paulo e, depois do meu casamento, vim para Santo André. Não reconhecia o hospital.
Pedi meu celular, que na época [em 2003] era um Nokia azul, com aquele jogo de cobrinha. Então me deram um telefone fino, em que conversava com a pessoa por imagem. Não sabia o que era aquilo. Fiquei assustada e disse que não era meu, mas acabei ligando para meus pais.
Quando eles entraram no quarto, estavam grisalhos e diferentes do que 14 anos atrás. Questionei por que estavam assim e eles sem saber o que estava acontecendo.
Um médico me fez algumas perguntas. Disseram que eu estava com uma alergia da anestesia geral, uma disfunção cognitiva pós-operatória, que meu organismo ia expelir e tudo ficaria bem.
Só que o Thiago não aceitou esse resultado e pediu para vir um neurologista. Fizeram uma angiorressonância, que estuda o sistema vascular, e veio o diagnóstico de que eu tinha sofrido um AVC isquêmico. E, em decorrência disso, teria fragmentado a memória.
Quando tive alta, a esperança era retomar a memória em 30 dias, mas já são 6 anos. Era uma mulher de 38 anos que voltou a ter 25. Tinha atitude de 25, estava casada com uma pessoa que não sabia quem era, com uma filha de 12 anos sem nenhuma memória da maternidade.none
Exercia uma profissão que nem sabia por onde começar porque não era da minha área. Tive de conviver com pessoas que faziam parte do meu círculo social e eu não sabia quem eram.
Tive várias crises de ansiedade. Me culpava porque as pessoas diziam: ‘não é possível que ela não se lembra’. Mas eu não me lembrava de nada mesmo.
E, durante essa fase, ainda tive um segundo AVC, que atingiu a parte motora. Fiquei quase dois anos na reabilitação, mas os movimentos voltaram.
Não queria morar com o Thiago, e a casa onde eu morava, com meus pais, já não era mais deles. O médico disse que eu deveria ficar na minha casa, entender que essa era minha vida. Meus pais, então, foram para minha casa ficar comigo.
Quando entrei no apartamento, meu pai falou: ‘Filha, essa é a sua casa’. Me desesperei tanto que ajoelhei no pé do meu pai, dizendo que não reconhecia nada.
Me doía ver as pessoas chegando e eu sem saber quem eram. As pessoas choravam e eu entrava em desespero.none
Entrei em depressão e comecei a fazer terapia. Tinha de aprender a conviver com meu marido. Durante dois anos, ele acordava na esperança de eu me lembrar dele — o que não acontecia.
Muitos amigos o aconselharam a me largar. Eu ainda tinha surtos dizendo que não gostava dele, que não queria estar casada com ele. Mas ele sempre dizia que ficaria até o fim comigo.
E 99% da minha recuperação eu devo a ele e à Natália, minha filha.
A Natália tinha 12 anos quando tudo aconteceu. Ela viveu a adolescência com uma mãe que não se lembrava dela.
Uma coisa que me dói muito é que a primeira vez que a vi, virei o rosto. Disse que ela não tinha nada a ver comigo e que as pessoas estavam loucas de dizer que era minha filha.
Eu ainda nem sabia me comportar como mãe. Assistia a vídeos meus como mãe, mas não sentia nenhuma emoção.
Entendi que ela era minha filha na sua festa de 15 anos. O fato de vê-la ensaiar, conviver com amigos, dançar a valsa… entendi que minha família estava ali, embora eu não conhecesse nada deles.
Em uma das consultas médicas, me orientaram a ter um animal de apoio emocional. Então, veio o Conan [cachorro], em 2018. Ele é o meu equilíbrio.
Também tive problemas no trabalho. Em 2003, trabalhava com suporte técnico e informática. Quando me casei com o Thiago, fui para a área contábil. Tiveram paciência de me ensinar, explicar. Gente que eu ensinei e que, agora, estava me ensinando.
Tinha perdido as referências. Uma vez, estávamos na mesa de jantar, falando sobre política, e disse brincado: ‘Agora, o negócio é votar no Enéas [Carneiro, que foi deputado federal]’. Então descobri que ele já estava morto… há mais de dez anos.
Isso foi acontecendo várias vezes. Adorava assistir a Hebe Camargo. Fui procurá-la, mas não a encontrava na televisão. Então o Thiago disse que ela também tinha morrido.
E entrou outro problema — a dos familiares que já tinham morrido. Sofri o luto de novo, e de uma vez. Um amigo muito querido, por exemplo, teve um câncer e morreu. Quando o Thiago me deu a notícia, enlouqueci. Me contaram que fiquei ao lado dele, mas não me lembrava de nada.
Não nos atentamos, mas de 2003 para cá muita coisa mudou. A tecnologia avançou. Não sabia o que era WhatsApp, via as casas com design diferente. Para mim, era uma coisa meio futurista.
Comecei a ter medo de conversar com as pessoas e acabar soltando ‘pérolas’. Isso ainda é algo que acontece, ainda me deparo com surpresas.
E a coisa que mais me incomoda é a desconfiança das pessoas. Cheguei a questionar minha psicóloga se posso estar fingindo que estou esquecida e ela me falou que ninguém poderia sustentar uma mentira por tanto tempo. Realmente não lembro das coisas.
Já tentei fazer terapia de regressão, cirurgia espiritual, até ritual de ayahuasca — e minha memória não voltou. É uma sequela.
Tenho esperança de ter a memória de volta, especialmente pela maternidade, que é algo que me dói muito.
Me faz falta o sentimento de carregar aquele ser dentro de mim. Choro pela tristeza de não lembrar.
Ouvi dizer que era extremamente apaixonada pelo Thiago antes. Aprendi a amá-lo. Especialmente por ter tanto cuidado comigo. Existe maior prova de amor que essa? Ele foi resiliente por todos esses anos e me apaixonei de verdade. Ele diz que se casou por amor e que não vai abrir mão disso, mesmo que eu não lembre dele.
Foram 6 anos construindo um amor mais maduro — e em cima de sofrimento. Hoje, amo o Thiago de maneira mais concreta e madura. Não me reapaixonei por ele porque não lembro do outro amor. O que aconteceu é que eu me apaixonei por esse homem de coração tão bom.none
Para o futuro, quero manter minha família, para seguirmos juntos. Minha família está unida na ausência, passando pelo luto de uma pessoa viva e é isso que não quero mais.
Quero cuidar deles também e ser uma referência para pessoas que tenham passado pela mesma coisa.
Espero que, quando leiam minha história, as pessoas tenham um momento de empatia. Não que tenham dó de mim. Isso aconteceu, infelizmente. Por muito tempo achei que era castigo divino, mas hoje entendo que só foi um acontecimento. Perdi várias referências, mas estou aqui e tenho oportunidade de viver muitas coisas ainda.”
De forma geral, o AVC (acidente vascular cerebral) é a interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, que provoca a morte de células na região atingida. Entre as sequelas, o paciente pode perder a memória a curto e longo prazo.
A memória envolve várias áreas cerebrais, mas as principais estão no sistema límbico, no qual os hipocampos são muito relevantes. Um AVC pode interromper a conexão entre as áreas e, assim, impedir o acesso às memórias ali registradas. Se uma memória não é acessível (como um arquivo que não é possível de se abrir no computador), é como se ela não existisse. Paulo Bertolucci, médico e professor em neurologia pela Unifespnone
Muitas vezes, há possibilidade de recuperação de parte da memória por meio de reabilitação.
O AVC ocorre de forma súbita. Aos primeiros sintomas é necessário procurar atendimento, para diagnóstico e tratamento rápido. Alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incapacidade de movimentar parte do corpo e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes do AVC.
Informações Viva Bem UOL
A Santa Casa de Feira de Santana, realizou três transplantes renais em menos de 60 horas.
A Santa Casa, chegou ao número 373 cirurgias deste serviço que representa muito para toda a macrorregião centro-leste da Bahia.
A coordenadora de Nefrologia Fernanda Albuquerque, falou sobre a importância de ser doador de órgãos: “O transplante renal tem um trabalho social muito importante, reabilitando pacientes que sofrem tanto com a doença renal, para votar a ter uma vida normal”, destacou a coordenadora.
Confira o vídeo:
A estreia do filme ‘Barbie’ fez o comércio de alimentos entrar na “onda” da boneca mais famosa e desejada do mundo, e o corante rosa passou a fazer parte de algumas receitas, entre elas, do nosso tradicional acarajé. A brincadeira tomou conta de diversos estabelecimentos alimentícios, mas ao consumidor, vale o alerta: o uso excessivo do corante pode trazer malefícios à saúde.
O professor e pesquisador de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp Maurício Rostagno, falou ao Portal G1, e destacou que é preciso ficar atento à forma de usar o corante. “O problema dessa onda do rosa é o excesso, não só o excesso pontual, uma exposição aguda a esses corantes artificiais, que podem causar uma reação também aguda, mas uma exposição frequente e acima desses níveis seguros que pode provocar doenças sérias”, disse.
O professor alertou, ainda, que existem estudos que apontam a substância como cancerígena e que ligam o uso do produto com possíveis alergias e hiperatividade, quando utilizado acima das quantidades recomendadas. A substância que mais tem sido utilizada para dar o tom da “Barbie” aos alimentos é a eritrosina – um corante rosa-cereja produzido a partir de uma reação química, derivado de um sal sódico.
De acordo com o pesquisador, a melhor alternativa para dar cor aos alimentos são os corantes naturais, que podem ser obtidos de diversas formas e, além de serem mais saudáveis, não afetam ou poluem o meio ambiente, como é o caso dos sintéticos.
“Corantes naturais, como o carmim cochonilha, feito a partir de um inseto e utilizado por várias indústrias grandes e até em maquiagens, é uma boa opção. Existem pesquisas para desenvolver outros corantes naturais, a partir de casca de uva e jabuticaba, para substituir esses corantes sintéticos que são muito preocupantes, a fim de reduzir o consumo dos mesmos”, pontuou.
*Metro1
Foto: Reprodução/The New England Journal of Medicine
Pesquisa mostrou que medicamento consegue manter os níveis de pressão controlados por 24 semanas e pode revolucionar vida de hipertensos
Para facilitar o tratamento depacientes com hipertensão, um novo medicamento que seria usado apenas uma vez por semestre está sendo testado. Cerca de 25% dos adultos brasileiros têm pressão alta, presente em 60% dos maiores de 65 anos. Todos eles devem tomar um remédio diariamente para manter a pressão controlada.
O Zilebesiran é um medicamento injetável experimental que pode manter, segundo os estudos iniciais,a pressão altacontrolada por até 24 semanas. A pesquisa, porém, ainda está na primeira fase, ou seja, faltam outras duas para que os responsáveis possam pedir autorização de comercialização. Por isso, o remédio pode demorar a chegar às prateleiras.
A maior dose, porém, após seis meses da aplicação, conseguiu diminuir em cerca de 10 pontos a pressão sistólica e em 5 pontos a diastólica dos voluntários. Isso quer dizer que uma pessoa compressão altadescontrolada de 22 por 14, por exemplo, chegaria a até 12 por 9 com o uso do medicamento.
A inovação criada por médicos de universidades do Reino Unido e dos Estados Unidos foi anunciada em um artigo publicado nessa quinta-feira (20/7) no The New England Journal of Medicine. A primeira fase do estudo foi dividida em três etapas.
Somando todos os pacientes que completaram as três partes do estudo, foram analisados os resultados de 107 indivíduos. Entre eles, 72% dos usuários do Zilebesiran tiveram algum efeito adverso, enquanto 88% daqueles que tomaram placebo relataram ter tido algum problema. Cinco pacientes relataram dores leves e inflamação no local da injeção do remédio.
Na fase 1, se mostraram eficientes apenas as doses acima dos 200 mg. Na fase 2, os médicos descobriram que dietas com muito sal são capazes de atenuar ou até anular os efeitos do remédio. Por fim, ao ser combinado com outro remédio de controle de pressão alta, o Zilebesiran melhorou o desempenho do medicamento tradicional.
O estudo ainda teve algumas fases descartadas: uma etapa que dava doses múltiplas do remédio, por exemplo, foi cancelada pelos efeitos adversos observados, que apareceram muito rapidamente. Já o uso do remédio em pacientes obesos seguia sendo realizado até a publicação preliminar do estudo.
Entre as limitações anunciadas pelos investigadores, está que a quantidade de pessoas pesquisadas é pequena. O número de participantes é condizente com a fase 1 de estudos, mas é incapaz de garantir a segurança do tratamento.
Informações TBN
Em Feira de Santana, a vacina contra a gripe influenza continua disponível para a população acima dos seis meses de vida. Até o momento, 95.104 pessoas já foram imunizadas contra a doença. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
Para receber a dose, o interessado deve apresentar documento de identidade, cartão SUS e caderneta de vacinação. O imunizante é aplicado de segunda a sexta-feira, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de Saúde da Família (USF). É válido destacar que crianças e adolescentes serão atendidos somente na presença dos pais ou responsável.
Quem trabalha durante o dia ou não tem disponibilidade para ir no horário comercial, pode ser vacinado à noite nas seis USFs vinculadas ao Programa Saúde na Hora, com funcionamento ampliado das 8h às 20h30. São elas: Campo Limpo I, V e VI, Liberdade I, II e III, Queimadinha I, II e III, Parque Ipê I, II e III, Videiras I, II e III e Rua Nova II, III e Barroquinha.Confira o endereço das unidades que funcionam até 20h30:USF Campo Limpo I, V e VI: Rua Hosita Serafim, S/N, bairro Campo Limpo.USF Liberdade I, II e III: Rua El Salvador, S/N, bairro Feira VII.USF Queimadinha I, II e III: Rua Pernambuco, S/N, bairro Queimadinha.USF Parque Ipê I, II e III: Rua Ilha do Retiro, S/N, bairro Parque Ipê.USF Videiras I, II e III: Rua Iguatemi, S/N, bairro Mangabeira.USF Rua Nova II, III e Barroquinha: Rua Juvêncio Erudilho, 35, bairro Rua Nova.
A obesidade é uma doença crônica que causa grande preocupação no mundo todo. No Brasil, a projeção para os próximos 12 anos é alarmante: de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2023, 41% da população adulta terá a doença.
Especialistas explicam que um tratamento individualizado para cada paciente seria o ideal —mesmo ainda não sendo a realidade de muitos, principalmente devido ao preço de alguns medicamentos e à não disponibilidade na rede pública.
A classificação dos fenótipos (conjunto de características de uma pessoa) não é algo ainda utilizado formalmente na prática. A definição foi feita baseada em um estudo da Mayo Clinic(EUA), em 2021, com 450 pessoas dos Estados Unidos.
Em entrevista a VivaBem, Andres Acosta, autor principal do estudo e médico gastroenterologista, explica que os pesquisadores resolveram estudar “tudo sobre os pacientes com obesidade” para chegar à seguinte conclusão:
O que acontece, geralmente, é que, para perder peso, as pessoas tentam dietas, medicações, cirurgias. Algumas têm bons resultados com isso e, outras, não. Ao mesmo tempo, há uma tendência em pensar que todo mundo tem o mesmo tipo de obesidade. Na realidade, há vários tipos de obesidade. Andres Acosta, gastroenterologista da Mayo Clinic e autor do estudonone
Com uso de machine learning, tecnologia que permite que algoritmos aprendam padrões e façam previsões, os autores encontraram 4 tipos de obesidade:
1. Cérebro faminto (32%): pessoas que não têm saciedade, que fazem mais refeições —geralmente mais calóricas— e demoram para ficar satisfeitas.
2. Intestino faminto (32%): não necessariamente fazem muitas refeições, mas sentem fome rapidamente após comer algo (dentro de 1 h e 2 h).
3. Fome emocional (21%): pacientes que comem de acordo com as emoções, ou seja, se estão tristes, felizes ou estressados, a pessoa procura sempre a comida como um “refúgio”.
4. Metabolismo lento/combustão lenta (21%):o metabolismo não funciona da forma que deveria; o grupo não consegue queimar as calorias correspondentes ao seu peso, altura, idade e gênero.
Os pesquisadores não conseguiram identificar um fenótipo em 15% dos participantes; 25% dos pacientes foram classificados em dois ou mais fenótipos.
Depois da definição dos tipos de obesidade, os pacientes foram acompanhados por um ano em um centro de controle de peso.
Os participantes passavam por um plano de dieta específico para o “tipo de obesidade” no qual foram classificados, assim como uma medicação que mais se encaixava no perfil e outras intervenções no estilo de vida.
Na fome emocional, por exemplo, o foco é controlar a alimentação vista como recompensa para o paciente, então a medicação mais indicada é o Contrave —e não um remédio que reduza o apetite.
O plano de dietas é fruto de outro de estudo realizado também pela Mayo Clinic e publicado no Lancet este ano.
Quando os pacientes tinham dois ou mais fenótipos, os pesquisadores selecionaram a medicação com base no tipo mais predominante.
Cérebro faminto
Medicação sugerida: fentermina com topiramato, que não está disponível no Brasil. Aqui, uma substituição seria a sibutramina.
Dieta pouco calórica e rica em fibras, com 1 a 2 refeições por dia.
Não há necessidade de fazer atividade física. É possível atingir 10 mil passos, pelo menos, por dia.
Intestino faminto
Medicação sugerida: liraglutida (Saxenda) ou semaglutida (Wegovy).
Dieta com pouco carboidrato (low carb) com shakes de proteína antes das refeições e snakes saudáveis com proteína. De 3 a 5 refeições por dia.
Não há necessidade de fazer atividade física. É possível atingir 10 mil passos, pelo menos, por dia.
Fome emocional
Medicação sugerida: bupropiona + naltrexona (Contrave).
Dieta low carb, com escolhas alimentares de acordo com a preferência do paciente. Sugestão de 3 refeições ao dia.
Terapia comportamental com sessões semanais.
Metabolismo lento/combustão lenta
Medicação sugerida: os pesquisadores pensaram na fentermina, que não está disponível no Brasil, mas como só pode ser utilizada por três meses nos EUA, eles não consideraram seu uso —já que a obesidade é uma doença crônica.
Dieta low carb, com shake de proteína após o treino, com 3 refeições ao dia.
Plano de exercícios intensos (HIIT + treino de resistência + 10 mil passos por dia).
Sobre a questão da atividade física não estar presente em todas os tipos, Acosta explica que pode ser difícil incluir a prática logo de cara.
É fácil dizer: ‘Faça dieta, exercícios e terapia’. Na realidade, às vezes, é difícil os pacientes fazerem tudo. A maioria das pessoas que pratica atividade física, no dia seguinte, sente muita fome. Se você segue dieta e faz exercícios, as duas coisas fazem você sentir fome. Com isso, pode ser difícil se manter nela. Por isso, talvez, a pessoa possa não fazer exercícios no começo do tratamento. Andres Acosta, gastroenterologista da Mayo Clinic e autor do estudonone
Importante ressaltar que todo tratamento de obesidade exige acompanhamento de um profissional.
Principais resultados
A abordagem guiada pelo fenótipo foi associada a uma perda de peso 1,75 vez maior após 1 ano.
A perda de peso média no grupo dos fenótipos foi 15,9% em comparação ao grupo que seguiu as orientações “padrões”, que teve 9%.
A proporção de pacientes que perderam mais que 10% em 12 meses foi de 79% em comparação com 34% no grupo de tratamento não guiado por fenótipo.
A obesidade é um problema mundial. Todos nós devemos estar juntos nessa. Precisamos de educação em obesidade e, principalmente, fazer com que os pacientes recebam o tratamento adequado para que eles não percam tempo. Andres Acosta, gastroenterologista da Mayo Clinic e autor do estudonone
Apesar de ter limitações, os médicos consultados explicam que a individualização no tratamento dos pacientes, com definições de fenótipos, é um caminho que realmente pode trazer melhores resultados.
Não é algo fácil de replicar, mas já estamos em treinamento. Desta forma, é possível delinear os tratamentos —e já dá para perceber que é o que mais funciona no consultório. Andressa Heimbecher, endocrinologista e metabologista, membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia)none
O grande achado do estudo foi a questão de tentar medicamentos mais assertivos, com mais chance de dar certo com o paciente. Até um tempo atrás —e no SUS ainda é assim—, a gente sugeria o que o paciente poderia comprar. Respeitando as contraindicações, o estudo mostrou que terapias mais direcionadas aumentam a chance de o paciente perder peso. Fábio Moura, diretor da SBEM e endocrinologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuconone
Sim, de acordo com Acosta. “O jeito que nós classificamos nossos pacientes com fenótipos é bem complicado, mas temos uma companhia dentro da Mayo Clinic, que possui testes genéticos que qualquer pessoa pode fazer [para descobrir o tipo de obesidade que tem]. Com base nisso, podemos replicar isso em outros lugares e oferecer esse tratamento específico para o fenótipo do paciente”, explica.
Para além de questões estéticas, no geral, o tratamento da obesidade envolve:
Informações UOL