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Foto: Fred TANNEAU/AFP (Getty Images)

Mesmo depois de morrermos, algumas de nossas células cerebrais podem experimentar uma última e grande explosão momentânea de vida, sugere uma nova pesquisa divulgada na terça-feira (23). O estudo encontrou evidências de que certos “genes zumbis” em nossas células cerebrais são ativos com mais frequência logo após a morte, o que faz com que algumas células se expandam imensamente por horas. As descobertas não mudarão radicalmente nossos conceitos de vida e morte, mas podem conter algumas implicações importantes para o estudo do tecido cerebral obtido após a morte.

Não é nenhum segredo que nossas células podem permanecer vivas e funcionar por um tempo, mesmo depois de estarmos clinicamente mortos, antes de finalmente ficarem inativas. Mas embora quase todas carreguem as mesmas informações genéticas, diferentes tipos de células expressam essas informações de maneira diferente, com vários genes sendo ativados ou desativados. E quando os pesquisadores analisaram a expressão gênica de diferentes células dentro de um “cérebro em degeneração”, eles encontraram alguns padrões distintos.

Para o estudo, publicado na Scientific Reports na terça-feira (23), a equipe analisou amostras de tecido cerebral doadas por pacientes que haviam se submetido recentemente a cirurgia cerebral para epilepsia (tratamentos cirúrgicos podem remover com segurança partes do cérebro envolvidas no distúrbio convulsivo). Eles então imitaram o processo de morte cerebral, deixando de fora as amostras recém-removidas em temperatura ambiente por vários períodos de tempo, sendo o máximo 24 horas. Durante esses intervalos, a equipe coletou informações sobre a atividade celular e genética das células.

Na maioria dos genes estudados caracterizados como “genes domésticos” que mantêm a função celular básica, os cientistas descobriram que eles permaneceram no mesmo nível de atividade por todo o período de 24 horas. Nos genes “neuronais”, genes que são ativados nas células neuronais e responsáveis ​​por funções cerebrais como pensamento e memória, sua atividade começou a cair após 12 horas.

Imagens das células gliais “pós-morte” à medida que aumentavam de tamanho e se desenvolviam. Imagem: Jeffrey Loeb/UIC

Mas em um terceiro grupo de genes, ligado à função das células gliais – o sistema imunológico e de suporte do cérebro – a expressão do gene realmente aumentou após a “morte” e continuou a aumentar até 24 horas depois. As próprias células gliais também se expandiram de forma massiva em tamanho e até criaram novos “braços”, ao mesmo tempo em que os neurônios nessas amostras estavam se degenerando.

Os resultados não provam que zumbis sejam teoricamente possíveis, e não é nem uma grande surpresa que as células gliais estejam especialmente ativas após a morte. As células provavelmente estão respondendo à lesão e à inflamação que ocorrem no cérebro quando ele é privado de oxigênio após os momentos finais de uma pessoa. Mas as descobertas apresentam uma pista potencial para a forma como muitas pesquisas sobre o cérebro humano são conduzidas, de acordo com os autores, uma vez que muitos estudos baseiam-se em exames post-mortem do órgão.

“A maioria dos estudos presume que tudo no cérebro para quando o coração para de bater, mas não é bem assim”, disse o autor do estudo Jeffrey Loeb, chefe de neurologia e reabilitação da Universidade de Illinois na Faculdade de Medicina de Chicago, em um comunicado divulgado pela universidade. “Nossas descobertas serão necessárias para interpretar pesquisas em tecidos cerebrais humanos. Nós apenas não quantificamos essas mudanças até agora.”

Um problema é que a pesquisa de doenças como o Alzheimer e outras degenerativas geralmente depende de amostras de cérebro post-mortem que são coletadas 12 ou mais horas após a morte. Se as descobertas aqui forem válidas, então muitos desses estudos podem ter deixado passar pistas importantes dentro das células mortas que podem desaparecer mais tarde.

Loeb e sua equipe esperam que os estudos futuros possam explicar melhor as mudanças que ocorrem em um cérebro em degeneração. Uma solução potencial, por exemplo, pode ser coletar amostras cerebrais para pesquisa ainda mais cedo ou confiar mais em amostras de pacientes voluntários que serão submetidos a cirurgia cerebral de qualquer maneira.

“A boa notícia de nossas descobertas é que agora sabemos quais genes e tipos de células são estáveis, quais se degradam e quais aumentam com o tempo para que os resultados de estudos cerebrais post-mortem possam ser melhor compreendidos”, disse Loeb.


Foto: Raylle Ketlly

Pessoas de 35 a 49 anos são as mais acometidas pela Covid-19 em Feira de Santana. Foram 9.905 registros. Em seguida estão jovens de 20 a 34 anos, acumulando 9.566 casos diagnosticados até esta quarta-feira, 24. Os dados são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.

Apesar de serem os mais infectados, a faixa etária de 35 a 49 anos é a terceira menor entre os índices de morte. Foram 59 óbitos provocados pela doença comunicados à Vigilância Epidemiológica.

Jovens de 20 a 34 anos também ocupam a menor taxa de mortes, acumulando dez registros – o menor índice é entre 15 a 19 anos, com uma morte.

O aumento de casos entre jovens pode ser atribuído a exposição que pessoas nestas idades são submetidas. Algumas delas, propositalmente, desrespeitam as medidas de segurança e participam de festas clandestinas, sendo infectadas e levando a doença para casa.

Os que moram com os pais, familiares idosos, ou os visitam frequentemente, acabam transmitindo a doença e podem ser responsáveis pela morte de pessoas queridas. Cerca de 77% dos óbitos por covid foram pessoas com comorbidades. 

Idosos de 65 a 79 anos, apesar de ocuparem o quarto lugar entre os mais infectados (1.766), ficam em primeiro quando se trata do maior número de mortes. Foram 168 óbitos pela doença.

Abaixo estão pessoas de 50 a 64 anos. 139 delas perderam a vida. Este grupo ocupa terceiro lugar entre os mais infectados.

Já os idosos de 80 anos ou mais são os mais vulneráveis. Mais de 24% das pessoas diagnosticadas nesta faixa etária morreram.

A menor incidência da infecção é entre crianças menores de um ano, com apenas quatro casos. Não há registro de mortes em Feira de Santana nesta faixa etária. 

Secom


Distúrbio faz que pessoas se interessem apenas por conquistar o outro, sem se engajar verdadeiramente em relacionamentos

Síndrome de Don Juan: quando o flerte e a sedução se tornam doentios
Foto: Reprodução/ Tv Globo

“Outro dia um amigo meu me perguntou quantas mulheres eu tinha amado. Foram 234, fora as minhas professoras do curso primário”. A frase é do arquiteto Paulo, protagonista da série “Todas as Mulheres do Mundo”, que estreou no ano passado no serviço de streaming Globoplay e que atualmente está na grade de programação da Rede Globo. Inspirada e prestando homenagem à obra do dramaturgo Domingos de Oliveira, em cada um dos 12 episódios da produção, o personagem se relaciona com uma figura feminina, sendo que, em geral, as narrativas são sobre novos enlaces amorosos. Galanteador e um convicto apaixonado pelo próprio ato de se apaixonar, Paulo, interpretado pelo ator Emílio Dantas, não apenas seduz, como também se deixa seduzir. “Deus inventou o sexo e a paixão. O amor é um delírio para compensar a morte, e quem o inventou foram os homens”, diz a certa altura.

Diante do enredo, é tentador classificar o personagem dentro do arquétipo de “Don Juan”, como são chamados os personagens sedutores, em alusão à obra do espanhol Tirso de Molina, que registra esse traço de comportamento em um livro ainda no século XVII. Contudo, aos olhos da psicologia, Paulo é apenas evidência de como fatores socioculturais podem dificultar o diagnóstico preciso de uma síndrome que vem sendo investigada há anos e que tem como principal característica “a compulsão por seduzir outra pessoa em um jogo repetitivo e sem o propósito de uma construção de relação”, como explica o psiquiatra Rodrigo D’Angelis. 

“Apesar de (na série) haver essa busca por novas relações, esse prazer pela paixão, que são características da síndrome de Don Juan, o personagem também se engaja na construção de relacionamentos, tanto que, em alguns, ele até cresce com aquela troca e, em outros, se frustra. Nisso, ele se difere de pessoas com o diagnóstico, pois, para elas, apenas o prazer pela conquista interessa, e o que vem depois perde o sentido”, observa.

Nesse sentido, D’Angelis adverte que é preciso cuidado para não se banalizar o termo. Ele situa que a sedução e o flerte, quando partem de uma pessoa com donjuanismo, possuem particularidades. No caso desses indivíduos, os mecanismos de conquista não estão associados a um desejo legítimo de troca e de construção com o outro, mas sim pela ânsia de suprir demandas relacionadas a traços de egocentrismo, à necessidade de autoafirmação, às alterações de autoestima e à compulsão. O psiquiatra lembra que a troca de parceiros e a infidelidade são comuns a esses sujeitos, “já que, ao seduzir e conquistar o amor do outro, perde-se o sentido da relação, assim como a motivação (para se manter nela). A partir disso, a necessidade de buscar aquele prazer novamente acomete o portador da síndrome”, expõe.

Em resumo: “O foco não é o outro mas o efeito psicológico compulsivo de troféu a partir da concretização da sedução”, assinala D’Angelis, acrescentando que, “em ações compulsivas e na busca de prazer, há fatores neuroquímicos envolvidos”. Outra característica dos portadores da síndrome é que estes, comumente, parecem mais motivados se a vítima oferece alguma dificuldade para a relação, como quando ela está em outro relacionamento ou se tem uma postura independente. 

Tratamento. Na avaliação de Rodrigo D’Angelis, a psicoterapia é a melhor indicação de tratamento para essas pessoas. Mas, para que o processo seja efetivo, “é muito importante que o sujeito perceba o sofrimento causado por um prazer fugaz que não lhe promove construções saudáveis”. O apelo, portanto, está associado ao desejo de conter danos causados a si próprio, pois “não se pode contar com a possibilidade de motivação para a psicoterapia daquele com donjuanismo, a partir de uma preocupação com o sofrimento que ele promove nos outros”, avalia.

Origem. O mito de Don Juan baseia-se em três principais obras literárias: a peça El Burlador de Sevilla, de 1620, do espanhol Tirso de Molina; a peça Don Juan, de 1665, do dramaturgo francês Moliere; e a ópera Don Giovanni, de 1787, do compositor austríaco Mozart.

Mais frequente em homens, síndrome também acomete mulheres

“O Don Juan é visto como alguém com uma dependência patológica, semelhante ao alcoolismo”, indica a psicóloga social Heloísa Bárbara Cunha Moizéis em um dos artigos que compõem a sua dissertação de mestrado. No texto, apresentado à Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em março do ano passado, ela expõe que o distúrbio é mais vezes associado a homens, mas que também pode ocorrer em mulheres, quando o desvio comportamental passa a ser chamado de síndrome de Afrodite. A estudiosa também informa que, segundo a literatura científica disponível até agora, o distúrbio está associado predominantemente a relações heterossexuais.

“O sedutor ama todas as mulheres e, portanto, não ama nenhuma mulher; ele seduz para destruir o poder da figura materna que projeta nas mulheres. Por isso, seu comportamento sedutor é uma verdadeira estratégia contraposta, que visa negar seus aspectos femininos”, escreve, completando que estudiosos também têm procurado demonstrar uma extensa tradição donjuanesca feminina, que é raramente estudada. “Assim, levando em consideração o que já foi exposto, essas mulheres são aquelas que rompem com o estereótipo do virtuoso feminino, indo contra os comportamentos a exemplo da pureza, castidade, fidelidade, pudor e inércia erótica”, anota a autora.

Heloísa observa que o único traço aparente que diferencia o donjuanismo feminino do masculino refere-se à estratégia manipuladora utilizada pela mulher para seduzir o outro. Nelas, a opção mais recorrente passa por uma conquista de forma mascarada. Já neles, em contrapartida, “o donjuanismo é praticado às claras e quase sempre é recebido positivamente no meio social, que considera esse comportamento uma prova de virilidade”, sinaliza.

Sofrimento. Embora a pessoa que tenha a síndrome possa não cometer crimes, “ela causa danos psicológicos sérios em suas vítimas, que costumam ficar traumatizadas a ponto de evitarem novos relacionamentos”, expõe Heloísa Bárbara Cunha Moizéis.

Transtornos associados. A estudiosa pontua que pessoas donjuanescas, tanto masculinas como femininas, apresentam atributos que podem estar associados a alguns tipos de transtornos de personalidade, como borderlinenarcisismo e histriônico antissocial. Cabe ressaltar que a compulsão pela sedução não será necessariamente uma característica de pessoas com esses diagnósticos.

Classificação. Com relação à classificação dessa síndrome, o Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-V) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID-10) não oferecem denominações específicas para pacientes que possam apresentá-la.

Características marcantes

Recorrendo a estudos capitaneados pelo psicólogo e psiquiatra italiano Michele Novellino, a pesquisadora Heloísa Bárbara Cunha Moizéis aponta as principais características do distúrbio em um dos artigos apresentados na dissertação “Síndrome de Donjuanismo: Conceitos, Medidas e Correlatos”.

Compulsão à conquista sexual. A vida psíquica dos indivíduos com donjuanismo gira em torno da necessidade e satisfação em seduzir, algo que é experimentado como uma obsessão.

Obtenção do prêmio. Uma vez que a satisfação tenha sido alcançada, esse sujeito toma muito cuidado para evitar que o encontro sexual se transforme em um vínculo emocional. Não se deve deixar enganar pela aparência de relações “oficiais”, como o casamento, que serve como camuflagem social.

Problemas sexuais frequentes. Essas pessoas usam suas conquistas para perseguir a ilusão da virilidade, que desaparece, no entanto, assim que o ato é consumado. Elas também costumam ter um número maior de parceiros e se expor mais a situações de risco, como o sexo sem proteção.

Recorrer ao engano. Um Don Juan usa o engano com o fim exclusivo da sedução e, se necessário, para cobrir seus rastros. 

Onipotência. Suas convicções o levam a acreditar que só ele compreende plenamente a verdadeira essência de homens e mulheres, entendendo que as relações entre os sexos são apenas um exercício de conquista, sem espaço para sentimentos.

Homofobia. Em termos psicodinâmicos e psicanalíticos, eles têm secretamente medo de ser homossexuais, e isso os leva a ridicularizar e estigmatizar qualquer tipo de condição ligada à homossexualidade.

Rivalidade. O Don Juan, secretamente, sente outros homens como hostis, mas essa hostilidade está realmente situada em sua própria projeção, porque é o Don Juan quem é hostil a eles. Ele compete com todos os homens, a menos que, é claro, esse outro homem assuma o papel de admirador de suas “façanhas”.

Infantilismo. Outra característica é a dificuldade marcante em seguir com compromissos e planos para o futuro.

Estado depressivo latente. Esses indivíduos lutam constantemente com o risco de perceber sua própria inadequação e se defendem tentando constantemente confirmar seu valor como indivíduo. São mais propensos ao abuso de álcool e jogos de azar, por exemplo. 

Informações O Tempo


Ministro descartou opção por lockdown e adiantou novos nomes na Saúde

O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, reuniu hoje (23) a imprensa para divulgar as novas ações e estratégias do governo federal no combate à covid-19

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (24), durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios, que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação – hoje na casa das 300 mil doses por dia – para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente.

“O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga.

A posição reforça o compromisso feito em rede nacional ontem (23), pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o governo fará de 2021 o “ano da vacinação dos brasileiros”. “Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la”, afirmou o presidente.

O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, reuniu hoje (23) a imprensa para divulgar as novas ações e estratégias do governo federal no combate à covid-19

Sem lockdown, mas com distanciamento

Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento.

“Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse.

Medicamentos off-label

Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label – o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula -, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu.

Queiroga afirmou que Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar sua equipe e mencionou alguns nomes. Para a Secretaria Executiva foi indicado o servidor de carreira Rodrigo Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde foi escolhido o Dr. Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. 

Uma secretaria especial será criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado.

Durante a entrevista, Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e municipais de saúde sobre o sistema para registrar mortes por covid-19. Mas não deu resposta sobre se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por enquanto.

Informações Agência Brasil


Leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com um dispositivo de respiração artificial.
Foto: Reuters

O Ministério da Saúde autorizou nesta quarta-feira (24) a abertura de 631 leitos de UTI Covid adultos e 54 pediátricos e para isso destinou R$ 32,88 milhões.

Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União, o valor será repassado mensalmente a 12 unidades da federação e municípios beneficiados. As despesas autorizadas valem para o primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o ministério, a portaria considera solicitações dos gestores estaduais e municipais de Saúde, encaminhadas por meio do Sistema de Apoio a Implementação de Políticas de Saúde, analisadas e aprovadas tecnicamente pela Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar.

“Fica estabelecido recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde – Grupo Coronavírus (covid-19), a ser disponibilizado aos estados e municípios”, diz a portaria. A verba será repassada aos estados e municípios em parcelas mensais.

Pela portaria, o Paraná será o estado com mais leitos de unidade de terapia intensiva abertos: 186 para adultos. Em seguida, aparecem os estados de Santa Catarina, com 172 leitos adultos, e de Mato Grosso, com 105 leitos adultos e 10 pediátricos. O Distrito Federal terá 50 leitos adultos e São Paulo, 50 para adultos e nove pediátricos.

Agência Brasil


Foto: Thiago Paixão

Feira de Santana vem apresentando redução nos casos de tuberculose. Em 2020, foram diagnosticados 114 casos – 61 a menos do que o ano anterior, o que representa uma redução de 34%.

A doença ainda é preocupante, estando entre as dez principais causas de morte no mundo segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Apesar disso, tem cura. Nesta quarta-feira, 24, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, ações educativas sobre os sintomas, prevenção e tratamento estão sendo reforçadas.

Em Feira, um dos grandes aliados no combate à doença é a descentralização dos atendimentos aos casos suspeitos, sendo possível a notificação em todas as unidades básicas de saúde. Os casos confirmados contam com tratamento gratuito oferecido no Centro Referência Dr. Leone Coelho Lêda (CSE).

Gilca Lessa, enfermeira referência em tuberculose, acredita que a redução dos diagnósticos pode estar associada à pandemia. “É possível que tenha ocorrido subnotificação dos casos ou que, por medo de se expor ao vírus da Covid-19, os pacientes tenham evitado procurar ajuda médica”, avaliou.

Em 2019 foram 88,5% dos casos confirmados tratados e acompanhados que evoluíram para cura.

Sobre a doença

A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através secreções expelidas durante a fala, espirro ou tosse. Atualmente estão em tratamento 88 pessoas. Depois de duas semanas de iniciado, ela não transmite mais a doença.

O teste rápido molecular, a cultura e a baciloscopia de escarro são os métodos principais para o diagnóstico e controle do tratamento da doença pulmonar, por permitir a descoberta das fontes de infecção. O diagnóstico também é feito através de exame radiológico, histopatológico, prova tuberculínica e avaliação clínica.

Pessoas com tuberculose podem apresentar tosse por mais de três semanas, febre vespertina, falta de apetite, perda de peso, suor noturno, cansaço e dor no peito. Nestes casos é necessário procurar o quanto antes a unidade de saúde mais próxima de casa.

Secom


Especialistas apontam necessidade de ação federal coordenada e de quadros técnicos no Ministério da Saúde

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Gestores públicos e privados, médicos e outros profissionais da saúde ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo afirmam que só com coordenação nacional, autonomia para tomar decisões técnicas, união da sociedade civil e ajuda internacional haverá alguma chance de o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfrentar a crise de Covid-19, que deve continuar nos próximos meses.

Queiroga assume o comando da pasta em meio ao pior momento da pandemia, com situações de colapso na rede de saúde em diferentes estados, lista de espera para obter vagas em UTIs e crise na oferta de medicamentos essenciais a pacientes graves.

Além desses problemas, o novo ministro deve ter como missão acelerar o plano de vacinação contra o coronavírus e lidar com o impacto já presente no sistema de saúde por atendimentos represados.

Um ponto crucial levantado pelos gestores entrevistados pela Folha é a necessidade de o Ministério da Saúde voltar a ter técnicos experientes em seus principais quadros.

“Essa militarização baixou dramaticamente a qualidade e a capacidade de intervenção. O ministério está ocupado por gente que nunca trabalhou com política pública de saúde, não sabe o que é SUS”, disse ao jornal José Carlos Temporão, ex-ministro da Saúde, médico sanitarista e pesquisador da Fiocruz.

Para ele, se a pasta tivesse uma equipe técnica competente com bons gestores, muitas das crises, como falta de oxigênio e de drogas para intubação, já estariam sanadas.

Francisco Balestrin, presidente do SindHosp (sindicato paulista dos hospitais privados, clínicas e laboratórios), vai na mesma linha. “É preciso que retornem a competência técnica operacional do ministério. Sem isso, teremos um novo ‘vice ministro da Saúde’ sem ação, sem equipe e sem resultados.”

De acordo com a Folha, a ausência de coordenação nacional das ações de enfrentamento da epidemia é apontada por secretários municipais e estaduais de Saúde como um dos principais problemas enfrentados nos últimos meses.

Sem apoio e diretriz federal, estados e municípios tiveram que tomar boa parte das decisões por conta própria.

Informações Bahia.ba


Dados sobre estoque devem ser avaliados pela capacidade de cada estado

Foto: Ministério da Saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou na internet informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil. Os dados podem ser acessados em um painel específico.

Segundo a agência, ainda faltam informações de empresas, o que inclusive dificulta visualizar uma totalização nacional. Os primeiros dados, relativos ao período de 13 a 17 de março, trazem um universo de 100 empresas atuando na produção de oxigênio. Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.

São Paulo é o estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,3 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3). Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. O estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de m3.

Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3. Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3). Assim como na fabricação, nos cilindros, o Amazonas detém o maior estoque, com 1,17 milhões de m3.

Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado. “Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel”, explica o informe.

Plano nacional

O Ministério da Saúde anunciou hoje (23) o Plano Oxigênio Brasil, com o intuito de dar auxílio a estados e municípios no abastecimento deste insumo. Segundo a pasta, os estados com mais dificuldade são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.

De acordo com a pasta, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades. Serão deslocados 120 concentradores para o Rio Grande do Norte e 200 para o Paraná. Também serão enviadas duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, foi feita requisição de envio a partir de São Paulo de 400 cilindros para Rondônia, 240 para o Acre, 160 para o Rio Grande do Norte, 100 para o Ceará e 100 para a Região Sul.

Informações Agência Brasil


Foto: Divulgação/FHFS

As atitudes comprometem a assistência às parturientes 

Sem avisar, gestantes de outros municípios são transferidas para o Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) para serem atendidas. Algumas delas são transportadas em ambulâncias e são orientadas a sair do veículo, a fim de dificultar o reconhecimento do município de origem. Isso porque o hospital tem percentual destinado à demanda espontânea.

Somente de janeiro a início de março foram atendidas quase mil gestantes de outras localidades, sendo realizados 360 partos. Entre os municípios de origem, Conceição do Jacuípe, Amélia Rodrigues, Coração de Maria, São Gonçalo dos Campos e Santo Estevão.

O problema é recorrente e compromete a assistência. “São atitudes que desrespeitam as regras estabelecidas pelo Sistema de Regulação da Bahia, e que tem potencializado a superlotação”, afirma a presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilberte Lucas.

A gestora salienta que devido as pacientes serem encaminhadas sem regulação, não são fornecidas as informações clínicas necessárias para recebê-las com segurança, a exemplo da oferta do leito.

Gilberte Lucas considera a situação preocupante e afirma que vai comunicar aos órgãos competentes os motivos que levam a superlotação no Hospital da Mulher.

“Todos os municípios sabem como funciona a regulação de pacientes e estão desobedecendo as regras. É proposital, e não por desconhecimento”, considera. A maternidade conta com 120 leitos de obstetrícia e a média são 25 partos diários por demanda espontânea, sem regulação.


Testes preliminares foram apresentados nesta segunda-feira

Coronavac

A CoronaVac, vacina da Sinovac Biotech contra a covid-19 parece ser segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, conforme resultados preliminares de testes iniciais a intermediários.

A empresa informou nesta segunda-feira (22) que os dados preliminares são de testes clínicos iniciais a intermediários com mais de 500 crianças e adolescentes com idades entre 3 e 17 anos, que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo.

A maioria das reações adversas foi branda, disse Zeng Gang, pesquisador da empresa, em uma conferência acadêmica em Pequim.

Segundo relatos, duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, disse pesquisador, sem dar detalhes ou especificar as temperaturas.

Os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina CoronaVac foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas em testes clínicos anteriores, disse Zeng na apresentação.

Para crianças de 3 a 11 anos, a dose menor conseguiu induzir reações de anticorpos favoráveis, e a dose média funcionou bem nos jovens de 12 a 17 anos, acrescentou o pesquisador.

Os dados preliminares ainda não foram publicados em um periódico científico analisado pela comunidade científica.

Os testes de estágio avançado da Sinovac no exterior, que avaliam a capacidade da vacina para impedir a covid-19, ainda não incluíram menores de idade.

A empresa também está testando uma terceira dose como mais um reforço em ensaio clínico na China, com os participantes recebendo esta dose cerca de oito meses após receber a segunda.

A Sinovac já forneceu 160 milhões de doses de vacina a 18 países e regiões, incluindo a própria China. Mais de 70 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas.

Informações Agência Brasil

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