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Por volta das 4h20 desta quarta-feira, 6, o ex-presidente do Brasil encaminhou vídeo e texto a aliados com felicitações ao líder norte-americano

Encontro bilateral entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, em 20 de junho de 2019
Encontro bilateral entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, em 20 de junho de 2019 | Foto: Alan Santos/PR

Impedido de viajar aos EUA, o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro enviou uma mensagem a aliados para parabenizar Donald Trump, antes mesmo da confirmação oficial de sua vitória nas eleições norte-americanas.

Durante a madrugada desta quarta-feira, 6, às 4h20 no horário de Brasília — minutos antes de Trump conquistar o Estado da Pensilvânia —, Bolsonaro compartilhou no WhatsApp uma mensagem em que citou o salmo 30:5.

“Obrigado, meu Deus. Parabéns, Donald Trump”, escreveu Bolsonaro. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Além da mensagem de texto, o brasileiro encaminhou um vídeo com encontros com o republicano em viagens oficiais realizadas ainda enquanto presidente do Brasil. As imagens também reúnem o ataque sofrido por Bolsonaro na campanha de 2018 e elogios do líder norte-americano ao brasileiro.

Trump X Kamala: comitiva brasileira acompanha apuração

Eleições nos EUA devem ter resultado divulgado ainda nesta semana | Foto: Reprodução/Twitter/X
Trump venceu na Pensilvânia, Estado considerado muito importante para a vitória | Foto: Reprodução/Twitter/X

Já que a Justiça impediu a viagem de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, liderou uma comitiva que acompanhou a apuração. O grupo teve a participação de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, e seu filho, Gilson Filho, vereador eleito no Recife. Eles acompanharam a contagem de votos da mansão de Trump, em Mar-a-Lago.

A mensagem do ex-presidente afirmou que Trump superou adversidades para retornar à Casa Branca e expressou esperança de que o Brasil trilhe um caminho semelhante. Mencionou, ainda, a defesa da liberdade de expressão e críticas ao aborto.

Bolsonaro expressou o desejo de que, no futuro, o Brasil recupere sua liberdade e grandeza e se inspire na vitória do republicano. Ele reiterou a importância de manter valores tradicionais e a soberania nacional. Donald Trump foi um importante aliado de Jair Bolsonaro em seu governo.

Informações Revista Oeste


Senador diz estar sem salário e que gabinete só recebe 30% do orçamento para pagar as verbas de gabinete

marcos do val
Senador Marcos do Val (Podemos-ES_ fez o discurso nesta terça-feira, 5 | Foto: Pedro França/Agência Senado

Durante sessão plenária do Senado nesta terça-feira, 5, Marcos do Val (Podemos-ES) pediu “pelo amor de Deus” para que seja votado o requerimento do líder do Podemos, Rodrigo Cunha (AL) sobre decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes sobre o bloqueio das contas do parlamentar. 

Moraes determinou o bloqueio das contas de Marcos do Val em 7 de agosto. O senador é investigado por suposto ataque nas redes sociais a delegados da Polícia Federal (PF) que investigaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O requerimento de Rodrigo Cunha baseia-se no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.526 do STF. A maioria da Corte decidiu que qualquer ação que possa interferir no pleno exercício dos mandatos parlamentares deve ser submetida à apreciação das Casas Legislativas.

Durante seu discurso, Marcos do Val pediu que o requerimento seja pautado com “urgência” pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O parlamentar destacou que o documento conta com o apoio de 42 senadores “para que sejam derrubadas as liminares ilegais do ministro Alexandre de Moraes”.

O parlamentar também citou que a Organização dos Estados Americanos (OEA) “identificou como um movimento ilícito” as decisões de Alexandre de Moraes e que o tema “será levado para a Corte internacional”.

“Estou sem salário, meu gabinete só tem 30% para receber de orçamento para poder pagar as verbas de gabinete”, relatou. “Não estamos conseguindo manter, no Estado e aqui, o aluguel e tudo o mais do gabinete. Então, peço, pelo amor de Deus, que o senhor coloque na pauta com medida de urgência.”

Marcos do Val afirmou que as medidas do Judiciário invadiram “outro Poder de forma ilegal e inconstitucional”. “É questão de sobrevivência eu ter a mesma autonomia que todos os demais senadores têm de exercer o cargo com os direitos que o artigo 53 nos concede”, afirmou.

Marcos do Val descreveu a postura de Moraes como uma 'prova' de que o Brasil 'não é mais uma democracia plena' | Foto: Reprodução/Twitter
Marcos do Val também teve as redes sociais suspensas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF | Foto: Reprodução/Twitter

Pacheco pede “paciência” a Marcos do Val

Em resposta a Marcos do Val, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu “paciência” para pautar o tema. Definiu o requerimento como “inusitado”. 

“Não há tanta experiência do Senado Federal em relação a requerimento dessa natureza, de modo que peço paciência à vossa excelência e confiança nos encaminhamentos da mesa diretora”, explicou Pacheco.

O presidente da Casa disse ser necessário tratar do assunto com a mesa diretora, além da advocacia do Senado. Declarou ter conhecimento da “aflição” de Marcos do Val, mas que é preciso ter “encaminhamento assertivo, que solucione efetivamente o tema”.

“De modo que não obstante que haja as assinaturas de apoiamento, é preciso ter uma avaliação sobre o procedimento e o próprio encaminhamento de mérito sob pena de algo ser votado e não ser reconhecido sob o ponto de vista jurídico”, argumentou.

Em resposta, Marcos do Val disse não ver “necessidade dessa reunião” citada por Pacheco, uma vez que não teria mais “o que se discutir” sobre a suposta ilegalidade da decisão do STF que infringe as prerrogativas legislativas. 

“Acho que é questão de sobrevivência, de manter meu mandato, de manter o meu gabinete, receber os prefeitos que foram eleitos ou reeleitos e eu não estou podendo. Está se infringindo gravemente a Constituição”, acrescentou.

Informações Revista Oeste


Aos 73 anos, José Ronaldo (União Brasil) se prepara para assumir pela quinta vez a prefeitura de Feira de Santana, após uma disputa acirrada, mas finalizada no primeiro turno, que manteve o tabu sobre a rejeição ao PT na Princesa do Sertão. Nesse novo ciclo, ele diz que pretende oxigenar a política feirense e revelar novos quadros para a vida pública, com uma composição de secretariado que vai mesclar juventude e experiência.

Nesta longa e exclusiva entrevista ao Política Livre, José Ronaldo analisa o impacto das eleições municipais na disputa ao governo do Estado em 2026 e alerta que o campo da oposição deve marchar unido porque “ninguém conseguirá ser governador sozinho”. Ele afirma que o “projeto é apoiar ACM Neto”, mas vê com bons olhos o nome de Bruno Reis, caso o ex-prefeito recue.

O futuro prefeito também assegura que “não há nenhuma chance” de deixar a Prefeitura para ser candidato daqui há dois anos. Além disso, avalia o cenário nacional e diz que “as urnas demonstraram algumas coisas novas no Nordeste”, ao defender um representante da região na chapa presidencial.

Leia a entrevista completa:

Política Livre – Como foi o desafio dessa última eleição? Mesmo com o PT juntando a força do governo do estado e do governo federal, o senhor venceu e mais uma vez mostrou força política.

José Ronaldo – É, mais uma luta foi travada e graças a Deus com sucesso. Feira de Santana é uma cidade muito diferente, sabe? Essa história de vincular para eleger fulano porque tem o apoio de beltrano, em Feira de Santana isso nunca colou. Não é agora, isso é histórico na cidade, isso vem lá dos anos 60, 70. Era um governo militar e os governadores eram indiretos e mesmo assim Feira de Feira de Santana elegia um prefeito diferente. Foi assim com Chico Pinto, Zé Falcão, Colbert pai ao longo da história. Essa eleição também se repetiu. Nós temos uma história na cidade, minha história é Feira de Santana, minha vida é Feira de Santana. Lutamos com os amigos, que são muitos e graças a Deus vencemos mais uma eleição. Vou trabalhar arduamente para realizar tudo que eu assumi de compromisso com o povo de Feira. Já estou me reunindo, discutindo o futuro, analisando como fazer tudo isso. Já comecei a me reunir com algumas pessoas para que, ao iniciar o governo, a gente inicie realmente com os compromissos que assumimos já bem encaminhados.

A composição com Pablo Roberto para vice pareceu uma demonstração de renovação da política de Feira. Essa também vai ser a tônica da sua gestão, no sentido de revelar novos quadros, de oxigenar a política de Feira?

Estou com esse objetivo. Na nossa equipe vai ter jovens, não é só a questão de jovem na idade, jovens também que vão entrar na vida pública. Acho que tem algumas pessoas dessa natureza, eu estou pensando muito a respeito disso, estou começando a fazer esse planejamento. Mas também teremos pessoas experientes dentro do processo, vai ser uma mistura de tudo isso. Mas espero formar um governo com pessoas realmente que conheçam suas pastas, que estejam dispostas a trabalhar doze horas no mínimo por dia. Porque para a gente vencer na vida pública e fazer uma gestão boa, trabalhar três, quatro horas por dia não dá não, é impossível você fazer.

“Ele [Pablo] só não será secretário se ele não desejar”.

Já pode adiantar algum quadro do secretariado?

Não.

Seu vice, Pablo, será secretário?

Sim, esse aí eu posso falar. Ele só não será secretário se ele não desejar. Esse é o único que eu posso dizer a você que tivemos uma conversa no sentido de ele ocupar uma secretaria. Agora qual é a secretaria só no futuro para a gente falar.

O ainda prefeito Colbert terá alguma participação na sua gestão?

Colbert pretende ser candidato a deputado federal e vai disputar a eleição. Pretendemos que ele faça um trabalho junto conosco, uma pessoa que terá o direito de ser candidato e terá o meu respeito.

A gente viu no segundo turno de Camaçari que a oposição deu uma demonstração de grupo como não se via há bastante tempo. Como viu esse comportamento?

“[…] não pode ser da cabeça de uma pessoa. Isso tem de ser uma coisa mais ampla com várias pessoas pensando junto. Ninguém conseguirá ser governador sozinho, é preciso ampliar esse debate”

Falando de uma maneira geral, como é que o senhor viu a performance da oposição nas eleições municipais? Mudou o quadro para 2026?

Eu vejo da seguinte maneira: há um ar de respiração, de desejo de mudança no estado. Mas nada disso vai acontecer se você não tiver uma união da oposição. Que as pessoas realmente trabalhem com essa determinação, porque a eleição de prefeito é uma realidade e eleição de governador é outra realidade. São duas posições muito diferentes do eleitorado. A eleição de prefeito é extremamente local. É o município que decide. É naquela esfera lá dentro do seu território. Eleição de governador é esse gigantismo que é esse estado, esse estado enorme, é um continente. Então, para fazer essa política eu acho que tem algumas maneiras de se fazer. O estilo de fazer política para prefeito de Salvador é uma coisa, para prefeito de Feira é uma coisa, para prefeito lá em Chorrochó é outra coisa. Mas para governador, eu acho que é bem diferente. É um outro mundo. Então é preciso que você sente, discuta e analise esse processo de governador como fazer. E para você fazer isso, não pode ser da cabeça de uma pessoa. Isso tem de ser uma coisa mais ampla com várias pessoas pensando junto, sentando, discutindo, debatendo, ouvindo, falando. Mas ninguém conseguirá ser governador sozinho, é preciso ampliar esse debate.

O senhor aceitaria um convite para participar da majoritária em 2026?

Não, isso não. Isso não aceito, essa decisão já está tomada, não há o que pensar, o que decidir, é decisão tomada já. Eu fiz a campanha e disse ao povo de Feira de Santana que cumpriria o meu mandato, não me afastaria de hipótese alguma. Não há nenhuma chance de me afastar da Prefeitura de Feira para ser candidato. Isso aconteceu no passado, mas no presente em hipótese alguma acontecerá.

“Nosso projeto é apoiar Neto, não passou em minha cabeça algo diferente”.

Em caso de o ex-prefeito de Salvador ACM Neto ser candidato ao governo, o senhor estará com ele?

Isso é nossa ideia. Neto é uma pessoa que a gente tem uma boa relação e somos companheiros de partido, nosso projeto é apoiar Neto, não passou em minha cabeça algo diferente.

Nos bastidores, muita gente já cita o nome do prefeito Bruno Reis como um possível candidato ao governo, caso ACM Neto não concorra. O senhor considera essa possibilidade, acha que é um caminho?

Se Neto não sair, ele pode ser esse quadro sim. Bruno é uma pessoa que saiu extremamente bem da eleição, foi muito bonita a sua vitória. Bruno é um político nato, gosta de política, come política com farinha. Não tenho a menor dúvida que tem um futuro muito bonito na política. Quando é que vai ser, não sei, mas é um futuro muito bonito.

“As urnas demonstraram algumas coisas novas no Nordeste”

Há quem ventile a possibilidade de ACM Neto ser o nome do Nordeste para compor a chapa presidencial. Para o senhor, esse cenário é razoável?

Não, porque se eu responder isso eu já estou querendo tirar ele de governador. Então, como ele não conversou comigo ainda essa questão de governador, que dirá de vice-presidente, então isso é uma coisa que tem que ser analisada, discutida. Eu não gosto de colocar o carro adiante dos bois, eu quero fazer as coisas com respeito a todo mundo. Ele seria um nome muito bom para o Nordeste, mas deve ter outros nomes. Recentemente em Fortaleza apareceu aí um jovem que eu nem conhecia, nunca tinha ouvido falar desse rapaz, e o camarada disputou uma eleição com 36 anos. Perdeu por 11 mil votos no eleitorado de um 1,7 milhão de eleitores. Esse cabra é um fenômeno. Soube que a governadora de Pernambuco está fazendo uma boa gestão. Tem prefeito de Maceió, que também é um fenômeno. As urnas demonstraram algumas coisas novas no Nordeste. Em Aracaju, elegeu uma mulher. Em Mossoró, a maior cidade do Rio Grande do Norte elegeu também um prefeito do União Brasil, Campina Grande é um prefeito do União Brasil, Teresina também. São coisas que saíram muito diferentes das urnas.Eu acho que as pessoas que têm esses pensamentos precisam descer da cadeira, do trono e sentar e ouvir pessoas que estão em cadeiras comuns e discutir esse assunto. Eu acho que é importantíssimo sentar quem é do Sul, Sudeste, do Centro, Norte, Nordeste. Nós temos um político muito bem avaliado que é o governador do Mato Grosso. É um estado pequeno, mas ele pode contribuir muito naquela região ali. Agora, se você quer deixar para discutir isso em 26, eu acho que fica muito atrasado. Precisa ser agora no início de 2025, o ano bom para fazer isso é 25.

O que o senhor está falando de Brasil também se aplica à Bahia?

Eu acho que a Bahia precisa ampliar essa discussão. Quanto mais você amplia uma discussão, você cresce, você evolui. Venha cá, você é um cidadão que não é político, mas é jornalista. Um jornalista é um meio político. A natureza do jornalista é parecida com a do político. Você adora receber um telefonema de uma pessoa que você gosta, não adora? Você se sente bem em receber um telefonema, não é? Eu me sinto bem em receber um telefonema de alguém. ‘Parabéns por sua vitória aí, vamos trabalhar juntos’. Isso é bom, isso alimenta a alma de quem está recebendo um telefonema. Se algum ser humano falar que não gosta disso, ele não está expressando a verdade, ele está mentindo. Eu conheço modestamente a política do interior da Bahia. Eu fui deputado muitos anos, convivi com o governos por muito tempo, convivi na oposição, então eu sinto que nós que somos do interior adoramos receber uma ligação. ‘Oi, Zé Ronaldo… oi meu amigo Tiago, de Santo Estevão… oi meu amigo Tarcísio, de São Gonçalo dos Campos… e por aí vai. Nós gostamos, nós queremos isso. Eu acho que isso é uma coisa que precisa acontecer com uma frequência muito maior por todos nós.

A falta de perspectiva de grupo foi um ponto evidente na campanha de ACM Neto em 2022. Até hoje sobram reclamações nesse sentido, inclusive pela falta de telefonemas. O senhor vê algum sinal de mudança para 2026?

Não, eu não sei se isso aconteceu ou não aconteceu. Eu saí do segundo turno no final de outubro e em dezembro de 2022 eu comecei a rodar por Feira, fiz isso em 2023 e em 2024 todinho. Então, eu me concentrei muito, me situei totalmente dentro de Feira de Santana. Depois, no segundo turno, andei um pouquinho em Camaçari e comecei a me concentrar para os meus projetos, as nossas ideias para colocar em prática. O que eu estou dizendo aqui serve para todo mundo, é algo que é importante para todo ser humano que deseja viver na política. Isso eu escuto, eu ouço, eu vejo e eu pratico. Sempre fiz isso e eu entendo que foi isso que foi o meu sucesso na política. Então, se eu tive algum sucesso na política, como vereador mais votado, deputado bem votado, prefeito bem votado, eu fiz sempre isso respeitando as pessoas, ouvindo as pessoas, sendo ouvido por elas. Então eu acho que isso no mundo da política que nós vivemos e principalmente no interior, isso é fundamental para ganhar uma eleição. Isso é fundamental.

Sobre a eleição da UPB, o senhor tem intenção de ser candidato a presidente? Defende o nome de alguém? Como está analisando a corrida?

Não está em meus planos me envolver na eleição da UPB, a não ser como eleitor. Eu não sei quantos candidatos têm, mas não fui procurado por nenhum candidato. Eu acho que esses candidatos estão tentando a benção de alguém para ser presidente, mas pode ser que tenha dois candidatos e tendo dois candidatos tem que procurar todo mundo. Não sei se é porque eu estou por fora, estou afastado, mas eu estou achando esse assunto muito morno, muito frio […] Não sei quem é que vai ser candidato, mas eu vou comparecer para votar, é uma instituição que eu respeito, tenho um prazer, seja lá quem for candidato, eu vou lá dar o meu voto espontaneamente, livremente para o novo presidente da UPB para ele representar os prefeitos, defender os interesses dos municípios. É isso que eu espero de qualquer um que venha ser presidente da UPB.

“Eu nunca li uma entrevista de Jerônimo falando da gestão, eu só leio entrevista de Jerônimo falando de política”.

Como está a relação com o governador Jerônimo depois do embate municipal, como o senhor avalia a gestão dele e como é que vai ser essa parceria institucional governo-prefeitura?

Nunca estive com o governador Jerônimo após eleito. Eu conheci Jerônimo professor da Uefes, conheci Jerônimo sendo assessor de um ministério em Brasília. Eu nunca estive com Jerônimo governador. Eu acho que Jerônimo ele faz política, política, política, política e política como governador. Eu nunca li uma entrevista de Jerônimo falando da gestão, eu só leio entrevista de Jerônimo falando de política. Não estou criticando, não estou dizendo nada, eu estou comentando. Eu já dei algumas entrevistas e vou abordar esse assunto aqui agora com você também. Segurança pública é uma atribuição do Estado, você não pode querer envolver o município. Bom, se o município tem câmeras instaladas na cidade, essas câmeras estarão hoje, amanhã, depois e sempre à disposição da segurança pública do estado cem por cento. Se você quer o apoio do município para ampliar esse número de câmeras, o município está aí para sentar, discutir, debater e ajudar em tudo isso. Mas o município não vai ser chamado nunca para discutir como é que aquela segurança está sendo feita ou como vai deixar de ser feita. Eles não vão chamar para isso nunca, nunca chamaram e não vão chamar, isso é uma política de segurança, eles têm que fazer lá a política de segurança dele, dos policiais, da Polícia Militar, da Polícia Civil, etc. Mas eu tenho dado umas entrevistas dizendo o seguinte, na saúde eu acho que é preciso conversar muito. Morre por ano em Feira 300, 400 pessoas na fila da regulação, aguardando uma vaga no hospital para poder ser transferido. De quem é a responsabilidade dos hospitais regionais? É do estado […] Eu entendo que o investimento que o estado fez no anexo do Hospital Clériston Andrade foi muito pequeno para a grandeza de Feira de Santana e da sua importância regionalmente falando. É preciso que Feira tenha um novo hospital regional como é o Clériston Andrade. E esse novo hospital regional tratar de ortopedia e neurologia.

Esses dois itens são muito importantes. Hoje continua lá no Clériston Andrade pessoas com fraturas internadas esperando 15, 20, 30 dias para ser transferido. No hospital particular, o paciente entra em um dia e sai dois dias depois para casa para fazer uma cirurgia ortopédica. No estado, ele leva 15, 20, 30 dias ocupando um leito. Ora, aquele leito não tem rotatividade e isso não amplia, não adianta você fazer mais cinco leitos dentro do hospital, se você não dá rotatividade àquele leito. Eu quero dizer o seguinte: o município tem as responsabilidades dele, o estado tem as responsabilidades do estado. Eu estou disposto a sentar com o governador, a pessoa que vai ser meu secretário de saúde me acompanhando, é a pessoa que vai entender bem disso mais do que eu, mais do que o governador, com a secretaria de Saúde do estado, sentar, discutir a saúde em Feira de Santana. O que é da responsabilidade do município, nós vamos fazer. O que é da responsabilidade do estado, o estado vai fazer. Vamos fazer isso? Estou aberto para fazer isso tranquilamente sem nenhuma dificuldade. Eu disse isso na campanha política, estou repetindo as mesmas palavras que eu disse no horário de televisão, no rádio, na rua e nas dezenas e dezenas de entrevistas que eu dei. Estou repetindo aqui as mesmas coisas do meu período eleitoral. Eu estou fora da eleição, estou falando a mesma coisa. Uma pessoa que está com câncer não pode esperar seis meses, oito meses, um ano para fazer uma ressonância magnética. Isso é um absurdo. Vamos resolver essas coisas? Vamos sentar, discutir e cada um cumprir o seu papel. Estou às ordens.

Fonte: Política Livre


Com a chegada de novembro, a campanha Novembro Azul ganha destaque em todo o país, incentivando o cuidado com a saúde masculina e a prevenção de doenças que afetam principalmente os homens. Dados do Ministério da Saúde indicam que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, representando cerca de 29% dos diagnósticos oncológicos no Brasil. Estima-se que um em cada seis homens desenvolverá a doença ao longo da vida, e cerca de 65 mil novos casos são diagnosticados a cada ano.

De acordo com o Dr. Rodrigo Serapião, médico urologista credenciado à Rede União Médica, consultas regulares com um urologista são essenciais para a identificação precoce de diversas condições de saúde. “Doenças como câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna e disfunção erétil podem ser detectadas em consultas periódicas, permitindo um tratamento mais eficaz e aumentando as chances de cura”, explica Dr. Serapião. A prevenção é uma das principais aliadas na saúde masculina, e o Novembro Azul visa justamente reforçar a importância da conscientização sobre esse tema.

Além das doenças mais conhecidas, o urologista destaca que outras condições de saúde, igualmente comuns entre os homens, também podem ser identificadas e tratadas durante as consultas. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial e o diabetes, doenças que afetam milhões de brasileiros, são frequentemente diagnosticadas em consultórios de urologia. “A hipertensão arterial, o diabetes e as alterações de colesterol, hormonais são exemplos de patologias prevalentes no sexo masculino que também devem ser diagnosticadas e acompanhadas por um especialista”, complementa.

A integração entre o cuidado urogenital e outras áreas da saúde torna as consultas ainda mais completas e essenciais para o bem-estar dos homens. Na opinião de Dr. Rodrigo, a orientação aos jovens também é um aspecto relevante da atuação do urologista, conforme explica: “Um dos principais papéis do médico urologista está na orientação de jovens que estão iniciando ou prestes a iniciar sua vida sexual. É fundamental que esses jovens sejam bem informados para reduzir o índice de infecções sexualmente transmissíveis”, destaca. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre os jovens, as infecções sexualmente transmissíveis têm uma incidência crescente, o que reforça a importância da educação e da conscientização sobre o tema.

Para Dr. Rodrigo, a campanha Novembro Azul, além de promover a prevenção e o diagnóstico precoce, incentiva os homens a priorizarem a própria saúde e a buscarem ajuda médica sempre que necessário. “Ações de conscientização como essa ajudam a derrubar barreiras culturais que, por vezes, fazem com que os homens negligenciem o cuidado com sua saúde”, pontua.

Cuide da sua Saúde com a União Médica

A União Médica oferece planos de saúde que contemplam diversas especialidades, incluindo urologia, com preços acessíveis e uma rede de especialistas de excelência. Com mais de 20 anos de experiência no mercado e presente em quase 50 municípios, a União Médica proporciona a seus clientes acesso a consultas, exames e tratamentos com comodidade e qualidade.
Para saber mais sobre os planos e opções oferecidas, acesse o site da União Médica e encontre o cuidado que você merece.

Fonte: Assessoria de Comunicação União Médica


O presidente do PL Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, admitiu que não está distante o momento em que manterá diálogos políticos com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), com vistas a definições de cenários para as eleições de 2026. Em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (4), Roma destacou ainda que o pleito estadual será fortemente marcado pela disputa nacional e enfatizou que o plano A do PL é apresentar a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

“Não voltamos ainda a ter conversa política. Tive entendimentos com Bruno Reis, com Zé Ronaldo, com Sheila Lemos, mas não cheguei a sentar e tratar de política com Neto durante o período eleitoral. Nos encontramos algumas vezes no palanque em Camaçari, em Cruz das Almas, em Feira de Santana, em Itamaraju, no extremo sul”, disse Roma, após ser questionado sobre um retorno das conversas.

O presidente do PL Bahia, entretanto, ressaltou que uma conversa com ACM Neto não está distante. “Não ocorreu ainda uma aproximação nesses termos, o que eu acho que não vá demorar a ocorrer até porque vai chegar a sucessão de 2026 e certamente vamos ter que sentar e buscar entendimentos e pensar como vai ser o desfecho, como será a sucessão na Bahia de 2026”, apontou o ex-ministro da Cidadania.

Ao ser questionado sobre a candidatura a governador de ACM Neto, Roma disse: “Ele é um nome forte, mas não podemos também entregar o destino à vontade de ACM Neto até porque não sabemos se ele vai topar até o final. já ocorreu de ele identificar um cenário e desistir da disputa. Naturalmente eu já apresentei meu nome para a sucessão do governo do Estado da Bahia”.

O presidente do PL, ao comentar uma possível candidatura do União Brasil, comentou que Bruno Reis demonstra ter mais condições para agregar apoios em torno do nome dele. “Bruno Reis hoje reúne mais condições que ACM Neto, mas não sei se ele está disponível ou se tem interesse em deixar a gestão municipal”, declarou Roma, que completou: “Sendo Bolsonaro o candidato a presidente da República, difícil ACM Neto topar apoiar Bolsonaro”, avaliou na entrevista à Metrópole.

João Roma comentou o resultado das eleições municipais e salientou que foi seguida a estratégia de fazer oposição ao PT, evitando que o grupo liderado pelos petistas conquistasse os maiores municípios baianos. “Na Bahia, partidariamente, o PL não apresentou um bom resultado enquanto número de prefeitos e vereadores. Nós tínhamos um prefeito na Bahia e reelegemos Jânio Natal em Porto Seguro”, apontou.

Apesar de os números terem ficado aquém do esperado, Roma comentou que, “politicamente, foi um resultado muito positivo, pois freou o avanço petista sobre cidades-chave como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus, Lauro de Feitas e Salvador. “Isso gera para nós uma boa perspectiva para 2026 uma vez que isso vai ocasionar também um fortalecimento de nossas chapas para deputado estadual e deputado federal”, explicou.

Roma disse que a decisão estadual do PL foi amparada nacionalmente. “Tivemos naturalmente uma posição estratégica, opção validada tanto pelo presidente Bolsonaro quanto por Valdemar de fazer enfrentamento ao PT. Isso resultou no sacrifício de várias outras candidaturas”.

Roma afirmou que, em 2026, o plano nacional do PL é a candidatura do presidente Bolsonaro. “Apesar de alguns julgarem impossível a candidatura de Jair Bolsonaro, nós observamos muita viabilidade até pela maneira como essa inelegibilidade foi posta. Esse é projeto número 1 do PL, e o que ocorrer em 2026, vai gerar consequências na Bahia”.


Ex-presidente exalta norte-americano como ‘maior líder conservador da atualidade’

Trump Bolsonaro
Ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump | Foto: Reprodução/Redes sociais

Jair Bolsonaro divulgou um vídeo neste domingo, 3, em apoio a Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos. O ex-presidente afirmou que Trump é o “maior líder conservador da atualidade” e que seu retorno garantiria “um mundo melhor”.

O ex-presidente norte-americano e a candidata democrata Kamala Harris chegam tecnicamente empatados às vésperas da eleição presidencial, tanto no cenário nacional quanto nos Estados-pêndulo, que vão decidir o pleito.

Líder da direita no Brasil, Bolsonaro afirmou no vídeo: “Em seu governo [de Trump], os Estados Unidos projetavam poder, não tivemos guerras, e a paz se fez presente em todo o globo”.

Ele continuou: “Hoje, vemos guerras, a volta do terrorismo e a censura aprisionando a todos. A volta de Trump é a certeza de um mundo melhor, sem guerras, terrorismo e o retorno da liberdade em toda a sua plenitude”.

‘Torne a América grande novamente’, diz Bolsonaro a Trump 

No vídeo, legendado em inglês, Bolsonaro reforça que é um ex-presidente da República que se tornou inelegível “sem cometer um crime sequer”. Ele vestiu um boné com o slogan de Trump: “Make America great again”, ou “Torne a América grande novamente”, em tradução livre.

“Em nome dos brasileiros que amam a Deus, amam o Estado de Israel, respeitam a família, a propriedade privada, o livre-comércio e liberdade de expressão, os nossos votos de sucesso; estamos juntos”, finalizou Bolsonaro.

Assista ao vídeo de Jair Bolsonaro no Twitter/X:

Lula declara apoio a Kamala Harris

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou apoio a Kamala Harris, em entrevista à TV francesa TF1, na sexta-feira 1º. “Acho que Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”, disse Lula.

lula
Lula diz que Kamala é melhor para a ‘democracia’ | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Informações Revista Oeste


Sanções, mudança de ambiente político, cassação de vistos de ministros do STF, nova agenda programática para Bolsonaro, as expectativas de bolsonaristas radicados nos EUA

Trump recebeu camisa do Brasil com seu nome em visita de Bolsonaro aos EUA em 2019 — Foto: Getty Images via BBC

Trump recebeu camisa do Brasil com seu nome em visita de Bolsonaro aos EUA em 2019 — Foto: Getty Images via BBC 

O retorno do republicano Donald Trump ao salão oval da Casa Branca — de onde tradicionalmente despacham os presidentes americanos — poderá ter efeitos políticos de ordens práticas e filosóficas a quase sete mil quilômetros de Washington, a capital dos Estados Unidos. 

Ao menos é o que acreditam expoentes da direita bolsonarista radicados atualmente no país, como o ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, e o ex-chanceler de Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo. Ambos conversaram com a BBC News Brasil poucos dias antes das eleições americanas, agendadas para 5/11, e indefinidas entre Trump e sua adversária, a democrata e atual vice-presidente Kamala Harris, segundo as pesquisas de intenção de votos. 

Em diferentes graus, Araújo e Figueiredo estão convencidos de que, no poder, Trump exerceria pressão — direta ou indiretamente — no Brasil de modo a colocar em evidência o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível até o fim de 2030, alterar o modo como o país combate fake news em mídias sociais, especialmente à luz do caso do bloqueio pelo Supremo Tribunal Federal do X (ex-Twitter) e impulsionar um retorno do foco do bolsonarismo a uma agenda mais programática de direita radical, com a chance de retomar e aprofundar intercâmbios com outros grupos políticos da mesma vertente internacionalmente, impulsionados pela força política e econômica do trumpismo instalado na Casa Branca. 

A avaliação, no entanto, não é exclusividade de simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro. “Se o Trump vencer, (…) muda (o cenário doméstico brasileiro). Se o Trump perder, desinfla muito o (líder argentino Javier) Milei, a extrema direita mundial. Se ele ganha, sempre dá um incentivo (ao bolsonarismo)”, disse o líder petista José Dirceu em entrevista à Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, no fim de setembro passado. 

Já o ex-subsecretário do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, que serviu também como embaixador dos EUA no Brasil, vê a possível volta de Trump ao poder como o provável início de um novo capítulo da recente história espelhada que Brasil e EUA têm escrito. 

Nos últimos dez anos, os dois países viveram o desgate dos políticos tradicionais, a ascensão ao poder de modelos populistas de direita, a derrota nas urnas dos representantes desse modelo (Trump e Bolsonaro), as contestações ao modelo democrático que culminaram em ataques físicos às instituições pelos apoiadores desses líderes, como a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. 

“Se o Trump for reeleito agora, isso deve ajudar Bolsonaro, porque mostra que é possível perder e ainda assim voltar ao poder quatro anos depois”, disse Shannon à BBC News Brasil.

No 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília 

Influencers junto à diáspora brasileira nos EUA

Paulo Figueiredo teve suas redes sociais bloqueadas no Brasil — Foto: BBC News Brasil

Paulo Figueiredo teve suas redes sociais bloqueadas no Brasil — Foto: BBC News Brasil 

Tanto Figueiredo quanto Araújo se juntam, com diferente intensidade, a um esforço de brasileiros na campanha online pró-Trump. Fazem também a interface entre representantes da direita dos dois países e têm consolidado sua influência com a diáspora brasileira nos EUA. 

Araújo soma quase 900 mil seguidores em sua conta do X e, atualmente licenciado do Itamaraty, vende cursos online de formação política à direita, que ele admite ter criado sob “inspiração” do guru Olavo de Carvalho, morto há dois anos. 

Já Figueiredo, cuja conta do X está atualmente bloqueada no Brasil por determinação do STF, reúne 1,3 milhão de seguidores ali. Nos EUA, ele consegue operar seu perfil normalmente, sem restrições legais. Figueiredo é alvo de investigação da Polícia Federal, que o acusa de ter participação na tentativa de golpe de Estado arquitetada por expoentes do governo de Bolsonaro depois da derrota eleitoral de 2022. 

Segundo o relatório do Ministro Alexandre de Moraes, que determinou medidas contra Figueiredo (como o cancelamento de seu passaporte brasileiro) no começo deste ano, ele fazia parte de uma ação coordenada para expor e pressionar comandantes militares que não concordaram em aderir aos planos golpistas. À época, ele mantinha um influente programa na emissora Jovem Pan. Figueiredo nega que tenha cometido crime, diz que realizou trabalho meramente jornalístico junto às suas fontes das Forças Armadas, que jamais tomou parte em conversas cujo objetivo fosse declaradamente um golpe de Estado e que tem sido vítima de censura prévia, já que seus perfis em redes sociais estão bloqueados. 

No conteúdo produzido por Figueiredo e Araújo, o Brasil é atualmente descrito como um país “com déficit democrático”, sob o jugo de ordens que ambos veem como abusivas do STF contra a liberdade de expressão. Quando o X foi bloqueado no Brasil, depois que o bilionário Elon Musk, dono da plataforma, optou por descumprir decisões anteriores do STF, esta rede de opinião bolsonarista nos EUA passou a impulsionar uma narrativa de que, se Kamala Harris vencesse o pleito de 2024, o X viria a ser bloqueado nos EUA também. A candidata democrata jamais comentou o assunto. “Não acho que a Kamala esteja ouvindo o Alexandre (de Moraes), mas ambos tem essa visão, que foi fomentada em boa parte por profissionais desse ‘Deep State’, nas universidades, nos veículos de mídia, uma visão de que esse movimento Nacional-Populista (de Trump e Bolsonaro) precisa ser freado, e isso é feito através da censura”, argumenta Figueiredo, usando o termo em inglês adotado por Trump e por conspiracionistas de grupos como QAnon para descrever uma suposta burocracia financiada por multimilionários para impulsionar agendas de esquerda. 

Em parte foi esse o argumento que Figueiredo apresentou a um grupo de congressistas americanos durante audiência no Capitólio em maio passado. Diante de nomes da direita brasileira, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o blogueiro Allan dos Santos, o ex-comentarista da Jovem Pan Rodrigo Constantino e o deputado federal cassado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, Figueiredo ouviu da deputada democrata Sydney Kamlager-Dove, co-presidente da Comissão sobre Brasil, que aquela “audiência é uma tentativa de minar a democracia brasileira ao dar uma plataforma para os mesmos indivíduos que espalharam mentiras sobre as eleições” . 

Há ecos dos argumentos de Figueiredo e seu grupo na manifestação de uma brasileira que parou seu carro diante da janela de drive through da lanchonete McDonalds na qual Trump servia batatas, em um ato de campanha recente. “Senhor presidente, por favor, não deixe os Estados Unidosvirarem o Brasil”, disse ela. 

Em suas redes, Figueiredo a endossou: “É sequer controverso que nós da diáspora brasileira não queiramos que os EUA se tornem um Brasil? É sequer controverso que a eleição da Kamala Harrisempurraria a América nesta direção? Esta não é nem a primeira nem a última brasileira a dizer isso ao Trump, posso garantir”, escreveu o comentarista, sugerindo que ele mesmo já teria feito apelo semelhante ao republicano. Figueiredo afirmou à reportagem que mantém proximidade com Trump, Musk e integrantes da campanha democrata. 

Afeto a Bolsonaro e cassação de vistos ao STF

Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da plataforma X, do bilionário Elon Musk — Foto: Rosinei Coutinho/STF, Getty, Reuters 

“O ex-presidente Donald Trump tem um enorme carinho pessoal pelo ex-presidente Bolsonaro, eu já testemunhei interlocução entre os dois, conheço pessoalmente razoavelmente bem Donald Trump, talvez não tão bem quanto conheço o presidente Bolsonaro, e vejo a forma afetuosa como eles lidam um com o outro. Há também uma relação de afeto grande da família do Trump com a família do Bolsonaro, especialmente com o Eduardo Bolsonaro, então há uma simpatia, há um carinho pessoal. Algumas conversas que eu testemunhei eu não posso reportar, mas posso dizer a impressão que eu tive de carinho e de preocupação com o Brasil”, afirmou Figueiredo quando questionado sobre como um governo Trump poderia alterar a situação da direita brasileira. Tanto Jair Bolsonaro quanto Eduardo Bolsonaro foram procurados para comentar, mas suas assessorias não responderam à reportagem da BBC News Brasil até a publicação desta reportagem. 

Para ele, essa proximidade naturalmente transbordaria para ações de Trump na direção cara ao grupo de Bolsonaro. Ainda no argumento de Figueiredo, some-se ao afeto de Trump não apenas os interesses de Musk, atualmente o maior doador de campanha do republicano, que cerrou embates públicos com Moraes, como o histórico do assessor de Trump Jason Miller, interrogado por ordem de Moraes no aeroporto de Brasília, onde foi mantido por agentes da PF ao longo de quase 4 horas, no âmbito do inquérito das Fake News, em setembro de 2021. 

À época, Miller, que era CEO de uma rede social usada majoritariamente pela direita, chamou os agentes da Polícia Federal de “Gestapo”, a polícia secreta da Alemanha Nazista. 

“Musk vai ter influência no governo Trump e o Brasil está no mapa mental do Musk, então eu acho que ele vai influenciar a percepção sobre Brasil num novo governo Trump”, concorda Ernesto Araújo. “ O grande tema do momento no mundo é a liberdade de expressão e o Musk vê o Brasil como uma das principais frentes de batalha no assunto, por tudo o que aconteceu com o X. Então é alguém que pode influenciar a administração do Trump em medidas que sejam, de certa forma, mais críticas da ausência de liberdade de expressão no Brasil, mais favoráveis a uma pressão”, diz Araújo.

Como ex-chanceler do Brasil, ele disse não querer “entrar tanto em especulação sobre essa coisa de sanções”. “Porque isso depende, há coisas que são da alçado do Executivo, alguma investigação do Departamento de Justiça, mas é preciso ver se essa mudança de entendimento ficará só na Casa Branca, porque nem tudo depende só do presidente”, explicou Araújo, que como chanceler empreendeu alinhamento total do Brasil com a gestão Trump, mas não conseguiu aprovar um acordo de livre comércio com os EUA, uma meta da gestão Bolsonaro, travada no Congresso americano. 

O mesmo congressista republicano que levou Figueiredo para a audiência no Congresso americano, o deputado Chris Smith, introduziu em setembro um projeto de lei que tem feito brilhar os olhos dos bolsonaristas nos EUA. Batizado de No Censors on our Shores Act, ou algo como Ato sem censores em nossa área de jurisdição, o projeto prevê a cassação de vistos ou mesmo a deportação de “qualquer autoridade estrangeira envolvida em atos de censura” contra cidadãos americanos que, se estivessem nos EUA, violariam a primeira emenda da Constituição (que garante liberdade de expressão). Tanto Figueiredo como Ernesto admitem que o alvo da lei são os ministros do STF

“O projeto já está pronto para ser votado agora depois das eleições, a gente vai trabalhar para que seja votado ainda por essa legislatura na Câmara (de maioria republicana) e na próxima legislatura pelo Senado (quando a expectativa é que a maioria seja republicana). Não só os ministros ficariam impedidos de entrar nos Estados Unidos, mas também os delegados da Polícia Federal, juízes auxiliares, outras figuras que certamente a gente tem trabalhado para identificar. E aí a gente vai depender da sanção presidencial, e eu sou muito mais otimista com uma sanção presidencial do Donald Trump”, diz Figueiredo, para quem Trump exerceria pressão sobre a base republicana em prol do projeto de lei. “É um otimismo informado”, acrescenta. 

Um segundo projeto de lei, que prevê a proibição de que agências governamentais americanas financiem ações ou deem assistência com dinheiro público a entidades estrangeiras que “promovam censura” de entes americanos poderia seguir o mesmo caminho legislativo e foi igualmente criada pensando em punir o Brasil pelo caso com o X. 

Já Ernesto Araújo se mostra menos seguro de um caminho legislativo tão certo para as medidas – embora as considere também as medidas mais duras disponíveis. E tenta também reduzir expectativas: “não é que o Trump vai invadir o Brasil, precisa ver a estratégia que eles terão pro país, que instrumentos táticos estarão disponíveis, mas eu não espero nada dramático.” 

Ele aposta que Trump poderia exercer algum protecionismo econômico e constranger empresas brasileiras ao abrir investigações por corrupção via Departamento de Justiça, como aconteceu com a Lava-Jato. Ou mesmo focar em empresas chinesas atuando no Brasil. O republicano tem prometido distribuir tarifas a produtos importados pelos EUA, o que também poderia afetar o Brasil. 

Tanto Araújo como Figueiredo são categóricos em dizer que Trump “não se envolveria na política interna do Brasil” quando perguntados sobre como o governo do republicano poderia influenciar a aprovação de um projeto de anistia ao ex-presidente Bolsonaro e a seus aliados, que tem sido discutido no Congresso brasileiro. Mas não descartam que Trump seja capaz de promover uma mudança de atmosfera que faça as autoridades brasileiras repensarem suas ações. 

Em setembro, no auge da batalha judicial com o STFElon Musk tuitou: ”Espero que Lula goste de voo comercial. A menos que o governo brasileiro devolva os bens ilegalmente apreendidos do X e da SpaceX, buscaremos a apreensão recíproca dos ativos do governo também”. 

Naquele momento, o governo americano de Biden tinha recém confiscado um avião do líder venezuelano Nicolás Maduro, que havia descumprido acordos eleitorais e reprimia a oposição. Para Figueiredo, a reação de Musk foi apenas uma “brincadeira de um cidadão”, e não a antecipação de ações que Trump poderia tomar. Apesar disso, Figueiredo ressalva: 

“É plenamente possível (sanções) e eu acho até que este é o rumo natural caso o Brasil insista nas políticas que está insistindo, inclusive a prisão do presidente Bolsonaro que está sendo projetada. Acho que se o Brasil continuar violando os acordos internacionais do qual é signatário, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, se o Brasil continuar nessa flagrante violação (do direito à liberdade de expressão), a política externa americana, que eles são soberanos pra decidir, pode ser que leve a administração Trump ao ponto de, se necessário, aplicar sanções diretamente ao Brasil”, opina Figueiredo. 

Trump sem Valdemar e Foro de Madrid

Ernesto Araújo vende cursos online de formação política de direita inspirado em Olavo de Carvalho — Foto: BBC News Brasil 

Araújo e, em menor grau, Figueiredo, expressaram certa expectativa de que o retorno de Trump ao poder pudesse levar Bolsonaro a retomar uma agenda mais ideológica e programática em direção à direita radical. 

“Se o Trump vier com determinadas políticas que seriam semelhantes provavelmente às do mandato anterior, isso nos anima no Brasil, quem acredita nessas políticas de ideário conservador, até porque mostra que há viabilidade eleitoral nelas”, diz Araújo.

Para ele, “o Bolsonarismo se aproximou do Centrão, não o Centrão que se aproximou do Bolsonarismo, mas o exemplo de Trump, que volta ao poder sem ter se aliado a um Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL), faz também ressurgir programas e discussões que estavam enterradas”. 

Trump foi capaz de colonizar completamente o Partido Republicano, enquanto que Bolsonaro falhou em criar o seu Aliança Brasil e acabou abrigado na legenda de Valdemar. “Eu acho um erro”, diz Figueiredo. 

“Nos EUA foi a liderança que absorveu o partido, no Brasil foi o contrário”, critica Araújo, que diz que a emergência de Pablo Marçal é exemplo da “demanda que existe por um líder populista de direita”.

O ex-chanceler, que atualmente trabalha na assessoria internacional do partido de direita radical espanhol Vox, diz esperar que a chegada de Trump ao poder possa impulsionar o Foro de Madrid, uma espécie de internacional dos ideários conservadores e anticomunista criada em 2020. 

Ele se entusiasma com as ideias de gestão que Musk possa trazer para o grupo, imagina que os países possam replicar as estratégias de rede do bilionário e demonstra a expectativa de que a chegada de Trump ao poder signifique injeção de dólares a esse intercâmbio internacional, que também contaria com a participação dos húngaros ligados ao governo de Viktor Orban, italianos do grupo de Georgia Meloni, poloneses ligados ao presidente do país Andrzej Dudah, além de latinos dos movimentos de Javier Milei, na Argentina, e José Antônio Kast, no Chile.

Informações G1


A nota venezuelana afirma que o Itamaraty tenta enganar a comunidade internacional ao se fazer de vítima e que pratica agressão descarada e grosseira contra Maduro.

O governo venezuelano de Nicolás Maduro voltou a subir o tom e fez novas críticas governo brasileiro nas redes sociais.

A nota do governo venezuelano afirma que o Itamaraty tenta enganar a comunidade internacional ao se fazer de vítima e que pratica agressão descarada e grosseira contra Nicolás Maduro. O governo venezuelano também acusa o Brasil de se intrometer em assuntos eleitorais e políticos do país. O texto foi postado nas redes sociais do chanceler da Venezuela, Yván Gil Pinto. 

A mensagem veio em resposta à nota de sexta-feira (1º) do Itamaraty que, em um tom ameno, condenou ataques pessoais e escaladas retóricas de autoridades venezuelanas contra o Brasil e seus símbolos nacionais.

Na quinta-feira (31), em uma publicação da Polícia Nacional Bolivariana, apareciam a bandeira do Brasil e uma silhueta semelhante à do presidente Lula com a seguinte mensagem: “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”. A publicação foi posteriormente apagada. 

Lula e Nicolás Maduro — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Lula e Nicolás Maduro — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução 

Um dia antes, o regime de Nicolás Maduro convocou o embaixador do país em Brasília para consultas. 

A recente crise diplomática entre Brasil e Venezuela teve início em julho. O governo brasileiro não reconheceu a autoproclamada vitória de Maduro na eleição do país por falta de transparência na divulgação dos resultados das urnas. A comunidade internacional chegou a falar em fraudes. 

A relação se deteriorou ainda mais depois que o Brasil se opôs à entrada da Venezuela no Brics, grupo fundado por Brasil, ChinaRússiaÍndia e África do Sul e que passou a aceitar novos países-membros em 2024. 

O Itamaraty ainda não se manifestou sobre a nova nota da Venezuela. 

Informações G1


A Fundação Índigo e o partido União Brasil realizarão o evento “Prefeito de Sucesso” nos dias 6 e 7 de novembro, em Brasília, para capacitar 150 dos cerca de 600 prefeitos eleitos em 2024. O encontro contará com a presença de lideranças partidárias, como ACM Neto, Bruno Reis, Ronaldo Caiado e Antonio de Rueda, além de especialistas em gestão pública.

O primeiro dia será voltado para 100 prefeitos de primeiro mandato, com foco no processo de transição municipal. No segundo dia, além dos iniciantes, mais 50 gestores com experiência prévia receberão capacitação em planejamento estratégico para a administração de ações e programas municipais.

Entre os prefeitos baianos confirmados no evento estão Otoniel Nascimento Teixeira (Barreiras), Murillo Ferreira Viana (Coribe), Débora Regis dos Santos Filha (Lauro de Freitas), Monalisa Gonçalves Tavares (Ibicaraí) e Bruno Reis (Salvador). Eles terão acesso a palestras que abordarão desde a Lei de Responsabilidade Fiscal até técnicas de equilíbrio financeiro e administração pública eficiente.

O evento contará com a participação de renomados nomes da área pública, como o consultor Mauro Ricardo e o secretário da Casa Civil de Salvador, Luiz Carrera, além de servir como lançamento do Guia de Transição e Planejamento Estratégico, desenvolvido pela Fundação Índigo para orientar os gestores eleitos.

Serviço
O quê: Evento “Prefeito de Sucesso” e lançamento do Guia de Transição e Planejamento Estratégico
Quem: Fundação Índigo e União Brasil
Quando: 6 e 7 de novembro – 9h
Onde: Centro de Convenções Brasil 21, Sala Mundo Novo, Brasília-DF


Ânimos entre os países se acirraram depois do veto à entrada de Caracas no Brics

Governo Maduro provoca Lula: 'Não dependemos nem do Brasil nem de ninguém' | Foto: Reprodução/Redes sociais
Governo Maduro provoca Lula: ‘Não dependemos nem do Brasil nem de ninguém’ | Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Nacional Bolivariana, órgão gerido pela ditadura de Nicolás Maduro, publicou na madrugada desta quinta-feira, 31, uma imagem com a silhueta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bandeira brasileira, com a mensagem “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”. Embora a imagem publicada não mostre Lula explicitamente, é perceptível que se trata de uma foto adulterada do petista.

“Nossa pátria é independente, livre e soberana”, diz a legenda da postagem. “Não aceitamos chantagens de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer.”

A publicação também foi divulgada no perfil Con el Mazo Dando, mesmo nome do programa de entrevistas conduzido desde 2014 por Diosdado Cabello, ministro do Interior do país, na rede estatal de televisão Corporación Venezolana de Televisión. Horas depois, esse mesmo perfil foi mais explícito em sua crítica: “Não dependemos nem do Brasil nem de ninguém”.

As relações entre Brasil e Venezuela se enfraqueceram em julho deste ano, depois das eleições na Venezuela terem supostamente sido vencidas por Nicolás Maduro, acusado internacionalmente de fraudar o processo eleitoral. A situação se agravou quando o Brasil vetou a entrada de Caracas nos Brics, no último encontro do bloco.

Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e figura importante no governo de Maduro, anunciou que solicitará ao Legislativo que declare o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, “persona non grata” no país. Ele também criticou sua “posição absolutamente subserviente aos interesses do império agressor” contra a Venezuela.

Maduro retira embaixador no Brasil

A Venezuela convocou seu embaixador em Brasília, Manuel Vadell, para consultas, nesta quarta-feira, 30. A ditadura de Maduro demonstrou descontentamento com o que descreveu como “grosserias” do governo brasileiro e utilizou como argumento a postura do assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim.

Ao se referir a Amorim como uma voz autorizada pelo governo, em nota, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano o definiu como “um mensageiro do imperialismo norte-americano”. Também foi chamado, para uma conversa com autoridades do ministério, o encarregado de negócios da embaixada do Brasil na Venezuela, Breno Hermann.

Nicolás Maduro e Lula de mãos dadas | Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/Presidência da República
Ditador Nicolás Maduro e presidente Lula | Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/Presidência da República

Na sexta-feira 25, o governo da Venezuelana havia denunciado que o Brasil bloqueou a entrada da Venezuela no bloco do Brics durante a cúpula realizada em Kazan, Rússia. O ato foi considerado uma “agressão” e um “gesto hostil” contra o país.

O Brasil justificou a decisão com base em um “rompimento de confiança” com o governo de Nicolás Maduro, em decorrência das eleições realizadas na Venezuela em 28 de julho. Segundo o governo venezuelano, o país obteve “apoio e respaldo dos participantes da cúpula para formalizar sua adesão ao bloco de integração”.

Informações Revista Oeste

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