Governador de Minas Gerais almeja ser o candidato da direita à Presidência da República, e a esquerda o vilipendia desde já
Em janeiro deste ano, escrevi que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enfrentaria o vale-tudo petista. “Prepare-se, Romeu Zema, porque os petistas irão com o seu vale-tudo habitual contra você. O governador mineiro terá contra si aquela imprensa imparcial que justapõe verdades para dizer mentiras, os blogs sujos redivivos e os militantes virtuais que já estão à toda nas redes sociais contra quem ousa discordar de Lula. Terá também de enfrentar intimidação judicial. A guerra já começou”, disse eu.
Exemplo do vale-tudo petista é o que está ocorrendo agora. Os suspeitos de sempre estão ecoando nesta imensa Casablanca que Romeu Zema afirmou ao Estadão que a frente de governadores do Sul e do Sudeste era “contra o Brasil”. Basta ler a entrevista para verificar que ele não disse isso. Romeu Zema afirmou que a frente de governadores do Sul e do Sudeste era para dar mais peso político em Brasília aos Estados dessas regiões, assim como fazem os estados do Nordeste, que jogam juntos.
Para bater em Romeu Zema, os petistas se aproveitaram do título absurdo com o qual o jornal publicou a entrevista. Eles sabem que pouca gente leu ou se dará ao trabalho de ler a entrevista e que qualquer correção não apagará o erro anterior. O jogo é bruto, como também prova a hostilidade permanente de Jean Wyllys contra Eduardo Leite.
Romeu Zema almeja ser o candidato da direita à Presidência da República, e a esquerda o vilipendia desde já. O trabalho de destruição da reputação começou quando lhe imputaram ser de “extrema direita”. Agora, Romeu Zema também é o político “anti-Nordeste” — o que significa colocá-lo também nas hostes dos extremos burros, uma vez que um candidato ao Palácio do Planalto precisa do voto nordestino para eleger-se.
Informações Revista Oeste
Foto: Andre Borges/EFE.
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, por meio de uma nota assinada por advogados, e negou ter se apropriado ou desviado “bens públicos”. Ele disse que coloca à disposição da Justiça sua movimentação financeira. As informações são do jornal O Globo.
– O Presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária – diz o texto, assinado pelos escritórios de advocacia D.B. Tesser e Paulo Amador Cunha Bueno.
O comunicado surgiu após a Polícia Federal (PF) solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo bancário e fiscal dele, no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de venda ilegal de presentes dados por delegações estrangeiras ao governo no período em que Bolsonaro era presidente.
Segundo a defesa de Bolsonaro, ele “voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU — ainda em meados de março, p.p. —, requerendo o depósito dos itens (joias presenteadas por governo estrangeiro) naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.
Veja, abaixo, o comunicado:
Imagem: Reprodução/Pleno News.
Fonte: Pleno News.
Advogados dizem que o ex-presidente está à disposição da Justiça para mostrar suas movimentações financeiras
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre a operação da Polícia Federal (PF) que pediu a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-chefe do Executivo.
Em nota, os advogados Paulo Bueno e Daniel Tesser, além do ex-secretário-executivo de Comunicação Fábio Wajngarten, negaram a venda de presentes oficiais por Bolsonaro e informaram que o ex-presidente está à disposição da Justiça para mostrar suas movimentações financeiras.publicidade
Nota – Defesa de Bolsonaro by Edilson Salgueiro Júnior on Scribd
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acredita que Bolsonaro teria usado a estrutura do governo brasileiro para “enriquecimento ilícito”.
A avaliação consta em documento assinado em 10 de agosto, um dia antes de a PF pedir a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-chefe do Executivo. A corporação quer ouvi-lo sobre o suposto esquema de venda de joias e dos presentes que Bolsonaro teria recebido ilegalmente durante o mandato.
A decisão de Moraes teve como base a investigação da PF, que realizou buscas e apreensões contra o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; contra Lourena Cid, pai do também ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e contra o ex-advogado Frederick Wassef.
O magistrado sustenta que os presentes recebidos por Bolsonaro durante viagens internacionais eram desviados para o acervo digital privado do ex-presidente e vendido nos Estados Unidos.
Conforme Moraes, a investigação da Polícia Federal mostra que havia “uma estrutura para desviar os bens de alto valor presenteados por autoridades estrangeiras ao ex-presidente da República”.
O suposto esquema serviria para “evadir” os bens presentados por líderes estrangeiros. Bolsonaro teria usado aeronaves da Força Aérea Brasileira para vender aqueles produtos nos Estados Unidos. “Além de ilícitos criminais, demonstram total desprezo pelo patrimônio histórico brasileiro”, sustentou o ministro.
Para Moraes, os presentes de líderes estrangeiros deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica(GADH). Este último compõe a estrutura presidencial e é responsável pela guarda dos presentes.
“Na administração do ex-presidente”, ressalva o ministro, “o GADH atribuiu presentes de altíssimo valor, dados por autoridades estrangeiras, ao acervo privado do presidente, adotando uma interpretação contrária aos princípios que regem a administração pública”.
Informações Revista Oeste
As movimentações nos corredores de Brasília e da Bahia estão cada vez mais intensas com a proximidade da formação da lista quádrula para a vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), marcada para o dia 23 de agosto. O esforço é para que um baiano conquiste primeiramente um espaço na lista, entre os 57 nomes que estão na disputa, e consequentemente um assento na Corte.
Se há “briga” entre desembargadores para ver quem fica com uma das duas cadeiras de ministro, o clima não é diferente entre os conterrâneos que compõem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De um lado o ministro da Casa Civil, Rui Costa, está empenhado na campanha a favor do desembargador Roberto Maynard Frank – atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) – e do outro, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), está dedicado em consolidar o nome do desembargador Maurício Kertzman na lista.
Embora quatro desembargadores baianos estejam na disputa – ainda há os nomes de Jatahy Júnior, corregedor da Comarcas do Interior, e do atual presidente do Tribunal de Justiça (TJ-BA), Nilson Soares Castelo Branco – nos bastidores os nomes mais cotados são o de Frank e Kertzman. Mesmo o histórico familiar forte de Jatahy Júnior e a proximidade de Castelo Branco com o senador Otto Alencar (PSD) não são apontados como pontos fortes para desbancar os favoritos até então.
Fontes ligadas ao Bahia Notícias confirmam o cenário e a divisão entre os membros do governo. A expectativa é que uma das duas vagas, com a aposentadoria do ministro Jorge Mussi e a morte do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, fique com a Bahia como sinal de “gratidão” de Lula pela eleição do ano passado.
AS RELAÇÕES
Ambos advogados, tanto Roberto Maynard Frank quanto Maurício Kertzman ocupam hoje a cadeira de desembargador TJ-BA em vagas destinadas ao Quinto Constitucional da advocacia.
Frank tomou posse em outubro de 2013, tendo sido escolhido pelo ex-governador Jaques Wagner. Três anos depois ele chegou ao TRE-BA, onde está no segundo mandato como presidente.
Ao que tudo indica, as costuras para chegar ao STJ começaram lá nas eleições de 2022. Como presidente do TRE-BA, Frank foi responsável por conduzir a realização do pleito e de olho no lugar na Corte Superior, estreitou os laços com o desembargador Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro – amigo da família Costa e conterrâneo da ex-primeira-dama da Bahia e agora conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), Aline Peixoto, os dois são de Jequié.
A dupla Frank e Cafezeiro deu alguns pareceres favoráveis à chapa do Partido dos Trabalhadores na corrida eleitoral, principalmente com a retirada de inserções no rádio e na TV do então candidato ACM Neto (União).
Já Kertzman tomou posse como desembargador do TJ em junho de 2014, também nomeado por Wagner – que à época articulou a sua condução à Corte.
PONTOS NEGATIVOS
Para os dois lados, Frank e Kertzman, pode pesar o tempo de magistratura. O presidente do TRE-BA vai completar 10 anos de carreira em outubro e o colega de tribunal somente em 2024. O que poderia abrir uma possibilidade para Jatahy Júnior, como uma verdadeira “zebra”, caso os ministros do STJ levem este fator em consideração.
Outro ponto que pode contar como negativo é o histórico dos postulantes. Roberto Maynard Frank só tomou posse como desembargador do TJ-BA após o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deferir o pedido de liminar cassando a decisão do conselheiro Gilberto Valente, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), alegando que ele não reunia as condições exigidas de elegibilidade respondendo à uma investigação criminal.
Na decisão, Lewandowski afirmou que não existiam fatos seguros que pudessem confirmar o impedimento e citou ainda “não haver impedimento que o ocupante da vaga destinada aos advogados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) possa concorrer à vaga do TJ-BA”.
Para Kertzman, o peso é a Operação Faroeste. O desembargador foi citado em delação premiada da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e do filho, Vasco Rusciolelli, em 2021. Ele foi acusado de vender sentenças.
No entanto, o inquérito contra Kertzman foi arquivado por decisão do ministro do STJ, Mauro Campbell, em julho deste ano. Ao determinar o arquivamento, Campbell, segundo informações da coluna de Malu Gaspar, do O Globo, desqualificou a delação premiada – que havia sido homologada pelo próprio STJ.
TERCEIRA VAGA
Em relação à terceira vaga, destinada à classe da advocacia, fontes afirmaram ao Bahia Notícias que o nome do advogado baiano André Godinho está forte na disputa. No dia 23, o STJ também formará a lista tríplice a ser enviada para o presidente Lula.
Porém, o páreo é duro já que a mais votada na formação da lista sêxtupla da OAB, Daniela Teixeira, é próxima a alas do PT e do grupo de juristas Prerrogativas.
Ainda disputam a cadeira Luís Cláudio Allemand, Luís Cláudio Chaves, Márcio Fernandes e Otávio Rodrigues Júnior.
Informações Bahia Notícias
Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert.
O jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja Lula da Silva aos chefes de Estado e representantes dos países amazônicos em Belém contou com cerveja local, 4 tipos de peixes e releituras de comidas típicas do Pará. Assinado pelo chef paraense Saulo Jennings, o menu teve 4 etapas e foi servido no principal ponto turístico de Belém, a Estação das Docas, na 3ª feira (8.ago.2023), depois do 1º dia de Cúpula da Amazônia. Normalmente fechado às terças-feiras, o local estava reservado para os 80 convidados do casal petista. Nas bebidas havia chopp Cerpa, carveja local, Escondidinho de Maniçoba como entrada e uma seleção de peixes amazônicos como prato principal. De sobremesa, creme de cupuaçu, um clássico da região. Eis o cardápio completo:
Drink de boas-vindas
Coquetel Cuia Food
Sobremesa
Bebidas
Créditos: Poder 360.
Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo.
A Polícia Federal (PF), encabeçada agora por Flávio Dino, criou e deflagrou uma operação que fez uma alusão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizando o nome de seu versículo bíblico predileto; “Operação Lucas 12:2”, deflagrada na manhã desta sexta-feira.
Flávio Dino foi o responsável por nomear a operação como tom de provocação e ironia a Bolsonaro. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Agora sob o governo Lula (PT), a PF justifica que a operação é contra uma suposta associação criminosa que, na descrição da PF, usou a estrutura do Palácio do Planalto para enriquecimento pessoal ilícito.
“Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, descreveu a polícia em nota.
O versículo Lucas 12:2 diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”. A operação integra o inquérito da “milícias digitais”, no STF, que atinge em especial aliados de Bolsonaro. O versículo Lucas 12:2 diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
“É um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro”, escreveu Dino.
Flávio Dino ainda postou no Twitter que “muitos veem como um crime ‘seguro’” e que, por isso, era preciso investigar o assunto. Apesar de não citar abertamente a operação e nem os alvos de mandados de busca e apreensão da PF, a publicação ocorre no mesmo dia, e poucos minutos depois, dos grandes veículos de imprensa noticiarem o fato.
Com informações da Revista Ceará e Metrópoles.
Foto: Zanone Fraissat/Folhapress.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), agradeceu ao governo federal pela inclusão de obras no estado dentro do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas fez crítica velada aos governos petistas.
Zema disse que, “após meses de diálogo e muito esforço”, conseguiu incluir a concessão do metrô de Belo Horizonte dentro do PAC, mas evitou citar o programa. Ele não esteve presente na cerimônia de lançamento do novo PAC, realizada hoje.
O governador de Minas Gerais escreveu apenas “programa do Governo Federal” em sua publicação no X (antigo Twitter), e destacou que outras 11 obras de infraestrutura no estado entraram no PAC.
Por fim, Zema agradece ao governo Lula, também sem mencioná-lo, e aproveita para alfinetar as gestões petistas. “Seguimos acompanhando de perto para que [as obras do PAC] não sejam mais adiadas como no passado, em referência ao histórico de obras inacabadas ou atrasadas do programa.
UOL
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Aproveitando a oportunidade, a base governista na Câmara dos Deputados se articula para instaurar uma CPI das Joias, de acordo com Paulo Cappelli, do site Metrópoles. A busca célere por assinaturas se deu após ser deflagrada a Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal, nesta sexta-feira (11).
Nesta sexta, a Polícia Federal (PF) cumpriu diligências sobre uma suposta tentativa de venda ilegal de presentes dados por delegações estrangeiras ao governo no período em que Jair Bolsonaro era presidente.
São alvos da ação pelo menos quatro pessoas: o tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid, que é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; o general do Exército Mauro César Lorena Cid, que é pai de Mauro Cid; o tenente do Exército Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e o advogado Frederick Wassef.
Os mandados são cumpridos após autorização dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no inquérito sobre uma suposta milícia digital.
A operação é chamada Lucas 12:2, em referência a um texto bíblico, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
Pleno News
Vereador carioca, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, registrou boletim de ocorrência
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) registrou um boletim de ocorrência por ameaça em uma delegacia do Rio de Janeiro na quinta-feira 10. Nas redes sociais, o vereador publicou um vídeo de câmeras de segurança onde um homem, que veste uma camisa vermelha, atira pedras no seu gabinete, no bairro de Bento Ribeiro, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo o vereador, ele e o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão sendo vítimas de “ameaças contínuas”. Carlos disse que não sabe a intenção das ameaças. Ele teme, contudo, que possa “escalar para atentados fatais” no futuro. Nesse sentido, o vereador lembrou do ataque que o ex-chefe do Executivo sofreu durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora (MG).
Na ocasião, Jair Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo. O então candidato à Presidência da República passou por cirurgias em decorrência de ferimentos na região abdominal. Em abril deste ano, inquérito da Polícia Federal apontou para ligação entre o esfaqueador, que está preso desde o atentado, com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“São perigos muito reais, que têm lastro na realidade” (Carlos Bolsonaro)
“Preciso mencionar, também, as constantes e usuais ameaças sofridas por nós dia e noite, e que são de conhecimento de todos, inclusive daqueles que se fazem de ingênuos, seja pela internet, seja por quaisquer outros meios”, relatou Carlos Bolsonaro, em postagem nas redes sociais. “Estes são perigos muito reais, que têm lastro na realidade, como foi a tentativa de assassinato do último chefe do Poder Executivo.”
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) informou que o boletim de ocorrência de Carlos Bolsonaro foi protocolado virtualmente na 30ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro carioca de Marechal Hermes, próximo ao gabinete do vereador em Bento Ribeiro. Segundo a PCERJ, estão sendo feitas investigações para esclarecer os fatos denunciados pelo parlamentar.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribuna Federal (STF), votaram a favor do recebimento da denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Isso significa que, no que depender da dupla de magistrados, a parlamentar vai se tornar ré.
A denúncia, ajuizada pela Procuradoria Geral da República (PGR), é referente à situação registrada em 29 de outubro do ano passado, na véspera do segundo turno das eleições gerais, em São Paulo. Depois de uma suposta provocação do jornalista Luan Araújo, Carla Zambelli o perseguiu por ruas no Jardim Paulista, na região oeste da capital paulista. Ela foi filmada entrando em um bar com a arma em punho.publicidade
Gilmar, relator do processo, afirmou que “verifica-se a materialidade em relação à existência do evento, da arma (apreendida), com indicadores de realidade quanto ao porte ostensivo de arma de fogo às vésperas das eleições, em situação vedada e de risco, com a perseguição e submissão da vítima à restrição espacial”.
Por isso, para Gilmar, “do ponto de vista abstrato, os elementos angariados são suficientes ao exercício da ação penal, sem prejuízo da apuração das circunstâncias do evento durante a instrução processual”.
A votação, no plenário virtual do STF, começou nesta sexta-feira, 11, e prossegue até o dia 21. Moraes seguiu o posicionamento de Gilmar, sem apresentar um voto escrito.
Além das penas para os dois crimes, a PGR pede que Carla Zambelli seja condenada a pagar uma multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos. O órgão também solicita o cancelamento definitivo do porte de arma da deputada.
Em nota, Carla Zambelli disse que vai demonstrar, no decorrer do processo, “quem foi a vítima e o verdadeiro agressor nos eventos ocorridos”.
“A deputada reforça que possuía porte de arma legalmente autorizado pela Polícia Federal e que, durante os acontecimentos, somente sacou a arma, pois foi dada voz de prisão à pessoa que injustamente lhe agredia e a ameaçava por diversas vezes”, afirma a equipe de comunicação de Carla, em comunicado.
Por fim, a deputada federal afirmou que cooperou com as autoridades para o cumprimento de qualquer decisão a respeito do assunto.
Informações Revista Oeste