Um homem de 39 anos e uma mulher de 33 foram detidos, na madrugada desta terça-feira (13), após serem flagrados fazendo sexo dentro de uma igreja católica em São José dos Quatro Marcos, no Mato Grosso. A cena foi presenciada por moradores que passavam pela igreja e pelos policiais que foram ao local.
Ao tentar alertar o casal sobre a situação, um morador foi ameaçado de morte pelos dois. Ao chegar ao recinto, a PM flagrou os dois no ato com as roupas abaixadas.
Eles foram levados à delegacia da Polícia Civil por ato obsceno.
A empresária Luiza Helena Trajano, dona da rede de lojas Magazine Luiza, é a mulher mais rica do país e passou a ocupar a 8ª posição no ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes Brasil. Ela é também a única mulher do top 10 da lista de 2020.
Segundo a Forbes Brasil, Luiza Helena viu seu patrimônio crescer 181% no último ano e subiu 16 posições no ranking de bilionários, em meio à valorização das ações da Magazine Luiza. O patrimônio dela foi estimado em R$ 24 bilhões. Antes, o título de mulher mais rica do Brasil pertencia à Miriam Voigt, da Weg.
Na semana passada, a rede Magazine Luiza anunciou que seu programa de trainee aceitará somente candidatos negros em 2021. Escritores, personalidades e instituições elogiaram iniciativa.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou de forma unânime, por 69 votos a favor e nenhum contra, o relatório que pede o impeachment do governador afastado Wilson Witzel. A sessão, realizada nesta quarta-feira (23), reuniu 69 deputados, presencialmente ou de forma remota. Um deputado está afastado por problema de saúde.
O projeto precisava de um mínimo de 47 votos para ser aprovado. A resolução será publicada em Diário Oficial nesta quinta-feira (24) e o Tribunal de Justiça (TJ) será comunicado para dar início à formação do Tribunal Misto. O tribunal é formado por cinco deputados eleitos pela Alerj e cinco desembargadores eleitos por sorteio pelo TJ. A partir da formação do tribunal, o governador é afastado por até 180 dias enquanto os seus membros analisam a questão.
Witzel, que desistiu de comparecer presencialmente à Alerj, falou por videoconferência ao final dos discursos de 28 deputados, todos com críticas a ele. O governador afastado falou por cerca de 60 minutos. Ele se defendeu, dizendo que foi um julgamento injusto: “Estou sendo linchado moral e politicamente, sem direito de defesa. A tirania escolhe suas vítimas. Felizmente a história mostra que mártires nunca morrem”. Citou o Sermão da Montanha, “bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque eles serão fartos”.
Witzel também falou sobre a democracia, criticando a forma como ele foi afastado pela Justiça: “Estamos matando a nossa democracia. O bem maior é o voto. O respeito e a força do voto estão sendo solapados. Eu fui afastado sem o direito de falar, sem inquérito prévio. Estou sendo afastado por 180 dias, em pleno exercício do mandato, outorgado pela população. Não pude exercer o meu amplo direito de defesa”.
Witzel adotou um tom forte, por vezes com ataques ao Legislativo: “Eu jamais fui omisso em ouvir e procurar corrigir. Quantos deputados foram investigar as OSs [organizações sociais]? Se tinha pagamento irregular, os senhores e as senhoras também foram omissos. Muitos aqui jamais me procuraram. Só falam da tribuna, só reclamam, mas não trazem solução nenhuma. Só fazem projetos autorizativos, atos politiqueiros”.
O governador afastado encerrou dizendo que não se importava de ser julgado, porque tinha a convicção que jamais havia praticado ato ilícito: “Não encontraram um centavo na minha conta. Eu não tenho milhões. Só tenho a minha casa no Grajaú. Eu já estou julgado, previamente condenado. Estou sendo amputado do meu cargo. Estou sendo linchado politicamente, de uma forma muito triste. Eu não vim aqui para roubar, vim aqui para mudar a política. E a política não vai me mudar”.
Agência Brasil*
O Departamento Penitenciário Nacional (DPN) divulgou nesta terça-feira (22) a morte do traficante Elias Pereira da Silva, mais conhecido como Elias Maluco, na Penitenciária Federal de Catanduvas, a 476 quilômetros de Curitiba, no Paraná. Segundo o DPN, o detento se matou.
“O local foi preservado até a chegada da Polícia Federal, que foi acionada para fazer a perícia.
A família foi comunicada pelo Serviço Social da unidade. O Depen informa, ainda, que preza pelo irrestrito cumprimento da Lei de Execução Penal e que todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”, afirmou o departamento em nota.
Elias Maluco foi um dos maiores traficantes de drogas do Rio de Janeiro. Ele fazia parte da facção criminosa Comando Vermelho e chefiava o narcotráfico em trinta favelas do Complexo do Alemão e da Penha.
O criminoso foi preso em setembro de 2002. Mesmo encarcerado, ele era apontado como mentor de ataques de facções, que geraram duas grandes ondas de violência no Rio de Janeiro, uma em 2006, outra em 2010.
Em 2002, foi condenado a 13 anos de prisão por tráfico. Em 2003, mais uma condenação – 18 anos – em outra acusação de narcotráfico. Em maio de 2005, após ser julgado pelo sequestro e morte do jornalista Tim Lopes, pegou mais 28 anos de cadeia.
Elias ganhou o apelido de “maluco” por causa dos métodos utilizados para torturar e matar suas vítimas.
A Justiça do Rio de Janeiro autorizou Aoi Berriel, de 24 anos, a registrar “sexo não especificado” em sua certidão de nascimento. Aoi se reconhece como um indivíduo não-binário, ou seja, alguém que não se identifica como sendo do sexo feminino nem masculino ou se identifica com ambos.
– Geralmente, quando estou debatendo essa questão de gênero com alguém, a primeira coisa que a pessoa faz é dizer que devo me identificar da forma que consta dos meus documentos. Só que tudo ligado ao gênero masculino me remete a algo opressivo. Fui pressionada a vida inteira a ter uma masculinidade com a qual não me identificava.
A Defensoria Pública reconhece que o caso pode abrir precedentes para que outros não-binários recorram à Justiça. Apesar de ser considerado uma situação pioneira no país, a questão não foi vista com bons olhos por muitas pessoas, que julgaram o caso como absurdo. O deputado federal Carlos Jordy foi um dos que se posicionaram contra a decisão do Judiciário nas redes.
– O sujeito diz que não se identifica como sendo do “gênero” feminino nem masculino, mas adotou para si pronomes femininos. Outra incoerência é pedir que o sexo não seja especificado. Sexo é biológico e nada tem a ver com o “gênero” escolhido pela pessoa. Negar a biologia é o auge da imbecilidade do ser humano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (19), que indicará na próxima semana o novo nome para a Suprema Corte do país. O líder afirmou ainda que a vaga, aberta com a morte da juíza Ruth Bader, será ocupada também por uma mulher.
Mais cedo, Trump se dirigiu aos republicanos no Twitter, afirmando que preencher o cargo era uma obrigação que deveria ser cumprida “sem atraso”. Contudo, o presidente começa a enfrentar discordância dentro do próprio partido.
A senadora republicana Susan Collins, do Maine, disse hoje que a decisão deveria ser tomada pelo presidente eleito em novembro. Ao falar com repórteres na saída da Casa Branca, Trump rebateu afirmando “discordar completamente” da fala de Collins.
A campanha do democrata Joe Biden, opositor de Trump na disputa presidencial, afirmou que o candidato não pretende apresentar uma lista de possíveis nomes para o cargo. Os democratas argumentam que Trump está violando precedente de 2016, quando Barack Obama foi impedido de preencher uma vaga em aberto por se tratar de ano eleitoral.
Informações: Estadão
Uma mulher que trabalha como camelô nas ruas onde é gravada a novela Amor de Mãe, da Rede Globo, no Rio de Janeiro, foi ao programa A Tarde É Sua, de Sônia Abrão, para denunciar que a produção da novela não pagou o valor combinado pelo aluguel de sua barraca. Ela luta há mais de um ano para receber o dinheiro.
Em um vídeo, Ineilde Santos contou que a produção da emissora entrou em contato com ela oferecendo R$ 350 pela diária do aluguel de sua barraca. A princípio, a barraca seria alugada na sexta, no sábado e no domingo de um fim de semana de agosto de 2019. Às vésperas da gravação, no entanto, a produção ligou para ela afirmando que precisaria do equipamento só na sexta.
Mesmo tendo trabalhado conforme o combinado, das 18h de sexta às 5h de sábado, Ineilde não viu o dinheiro até hoje.
– Procurei o programa A Tarde É Sua para divulgar. Estou à disposição, moro na Rua Bela [onde acontece parte das gravações], tenho testemunhas do que estou falando. […] Sou uma mulher de 50 anos e nunca dei golpe em ninguém. Se fosse ao contrário, eu teria que pagar tudo com multa e juros. Eu vou entrar na Justiça – disse a vítima.
De acordo com Alessandro Lo-Bianco, colega de Sônia no programa, Ineilde prestou o serviço para receber os R$ 350, o que não aconteceu. Com o dinheiro, ela planejava levar o filho de táxi para uma sessão de hemodiálise. O filho da vendedora é paciente renal crônico e está em fase terminal.
– Para sobreviver, ele precisa fazer três sessões de hemodiálise semanais. Por coincidência, a hemodiálise dele é terça, quinta e sábado, às 6h da manhã. Era numa fase em que o filho dela estava muito debilitado. Ela estava acostumada a levar e trazer ele de ônibus após as sessões, mesmo quando ele ficava baqueado da hemodiálise. E naquele dia ele estava muito debilitado, então ela falou: “vou cumprir isso [novela] para levar ele de táxi”. Ela falou para mim que esse dinheiro daria para levar e trazer o filho da hemodiálise por umas 30 sessões – disse o jornalista.
Ele continuou, contando as dificuldades de Ineilde, que acabou chegando atrasada na clínica.
– [Naquele dia] Ela amanheceu virada. Deu 5h e ela não recebeu, então ela foi correndo, pegou o filho em meia-hora e levou ele de ônibus, mas chegou atrasada na hemodiálise. As pessoas precisam ter atenção, porque não são só os R$ 350 – apontou Lo-Bianco.
Nas redes sociais, o desabafo da mulher não passou despercebido e internautas se revoltaram com a situação, sobretudo porque a camelô vive sob condições dramáticas por causa da saúde do filho. Como forma de protesto, a internet levantou a tag #GloboCaloteira, reforçando a denúncia feita por Ineilde e exigindo que a emissora pagasse a mulher.
Reportagem extraída do site Pleno News
Com mais de 563 mil participantes inscritos, a Nota Premiada Bahia, campanha de cidadania fiscal do Governo do Estado, coordenada pela Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA), já premiou 280 participantes que moram no interior baiano desde o início dos sorteios. A campanha, que sorteia mensalmente 91 prêmios, dos quais 90 de R$ 10 mil e um R$ 100 mil, já fez a alegria de 768 pessoas no total. Foram 70 municípios contemplados, além da capital, que segue como líder isolada em premiações no Estado, com 488 moradores premiados desde o início da campanha.
No interior, Feira de Santana é a campeã, com 39 contemplados. Na sequência, aparecem Lauro de Freitas, com 30, Camaçari, com 24, Itabuna com 16 e Vitória da Conquista com 13 ganhadores. A lista de agraciados pela sorte traz ainda premiados nos municípios de Simões Filho e Teixeira de Freitas, com 12 ganhadores respectivamente; Ipiaú (11), Barreiras (10), Jequié e Ilhéus, com nove cada, Porto Seguro e Eunápolis, cada qual com cinco, Luís Eduardo Magalhães (4), e, com três cada, Cruz das Almas, Brumado, Santo Antônio de Jesus, Candeias, Guanambi, Amélia Rodrigues e Amargosa. Outros 38 municípios tiveram um ganhador cada, até agora.
O resultado do último sorteio incluiu entre os ganhadores Edizia Silva, moradora de Lauro de Freitas. Inscrita desde o início da campanha, ela se diz feliz com os R$ 10 mil ganhos na Nota Premiada. “Me inscrevi a partir da dica de um amigo que foi sorteado anteriormente, e desde então criei o hábito de inserir o CPF na nota”, conta. Ela relata que foi surpreendida com o contato da Secretaria da Fazenda e ficou radiante com o prêmio. “Veio em boa hora, no final de uma pandemia que nos maltratou muito. O prêmio foi bem vindo e vai me ajudar na aquisição de um terreno que há muito penso em comprar”, completou.
Alegria e surpresa que foram compartilhadas por Klebson Santos, de Teixeira de Freitas, município do extremo sul baiano. Ele conta que a sorte bateu pela primeira vez à sua porta e num momento de aperto financeiro. Operador de máquinas na indústria de celulose, Klebson diz que não esperava ganhar, mas inseria o CPF todas as vezes que efetivava uma compra. “Participar não me custava nada, não tinha nada a perder, então pensava sempre, se ganhar ganhei”. O prêmio, segundo ele, vai pagar os equipamentos adquiridos para a academia que montou para a esposa, no bairro de Nova América.
A lista de ganhadores pode ser consultada no site da campanha, assim como ainda no Instagram (@notapremiadabahia) e nas redes sociais da Secretaria da Fazenda da Bahia (Instagram @sefazbahia, Facebook @sefaz.govba e Twitter @sefazba).
Um funeral diferente deu o que falar nas redes sociais nesta semana. A cerimônia fúnebre, regada a música sensual, ocorreu em Manta, província de Manabí, no Equador. Em vídeo publicado nas redes sociais, a cena é de festa.
Apesar desse tipo de comemoração ser comum em algumas culturas, a cena que viralizou foi a de uma mulher, que, de acordo o jornal El Universo, seria viúva do morto, identificado como Marlon Mero Quijie, de 38 anos. Ela subiu no caixão e rebolou ao som de reggaeton, estilo de música caribenha.
No vídeo, também é possível ver o caixão semiaberto. A moça ainda deu um beijo nos lábios do defunto e simulou uma cena de sexo enquanto era acompanhada por um grupo em volta, que se despediam com alegria do homem.
Ainda segundo o jornal El Universo, Quijie morreu após ser atingido por três tiros no bairro de San José. Sem ficha criminal, a polícia acredita que o homem tentou reagir a um assalto.
Investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) concluíram que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e algumas autoridades chavistas foram responsáveis por diversos abusos dos direitos humanos, como assassinatos, tortura e até estupro. Em relatório de 411 páginas, divulgado nesta quarta-feira, 16, os profissionais da ONU afirmaram que esses métodos são consideradas crimes contra a humanidade. Eles, no entanto, recomendaram apurações mais detalhadas sobre os casos relatados no documento. Uma missão de três membros nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU disse que “havia motivos razoáveis para acreditar” que Maduro, os ministros do Interior, Néstor Reverol, da Defesa, Vladimir Padrino López, e os diretores dos serviços de segurança e inteligência da Venezuela “ordenaram ou contribuíram para detenções arbitrárias, desaparecimentos forçados, tortura de opositores e execuções extrajudiciais”.
De acordo com a missão da ONU, a cúpula do regime chavista não fez nada para evitar os abusos, embora tivesse poderes para isso. O relatório lista pelo menos 3 mil casos, que ocorreram desde 2014, quando a oposição ganhou força e as autoridades chavistas recorreram a táticas cada vez mais brutais para permanecer no poder. Opositores, parentes e amigos foram perseguidos, afirmaram os investigadores. Os serviços de segurança também mataram pessoas como parte da repressão antes das eleições para a Assembleia Nacional, em 2015. “Longe de serem atos isolados, esses crimes foram coordenados e cometidos de acordo com as políticas do Estado, com o conhecimento ou apoio direto de comandantes e altos funcionários do governo”, disse Marta Valiñas, jurista portuguesa que presidiu a missão.
Os investigadores afirmaram que as informações recebidas demonstram que Maduro, Reverol e Padrino López, durante o período examinado, sabiam dos crimes e “deram ordens, coordenaram atividades e forneceram recursos para a execução dos planos”. “A extensão do envolvimento nesses crimes deve ser investigada e a determinação de responsabilidade criminal individual – seja na jurisdição nacional ou internacional – deve ser feita pelas autoridades judiciais competentes”, diz o texto. O relatório, que será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra na próxima semana, faz uma crítica devastadora a Maduro no momento em que ele tenta estabelecer pontes com o restante do mundo, como forma de melhorar a sua imagem e a sua legitimidade e, assim, diminuir a pressão das sanções americanas sobre a Venezuela.
Em agosto, o governo chavista libertou 50 opositores e disse que encerraria os processos contra dezenas de políticos e ativistas, em uma tentativa de evitar um boicote da oposição às eleições legislativas planejadas para dezembro. Entre os que foram libertados estava Juan Requesens, acusado de envolvimento em uma fracassada conspiração para o assassinato de Maduro, em 2018. Ele foi para prisão domiciliar. O governo também intensificou a cooperação com a ONU no ano passado, permitindo que os investigadores visitassem várias prisões e entrevistassem detidos, prometendo investigar as alegações de execuções extrajudiciais e de manifestantes. Michelle Bachelet, a alta-comissária da ONU para os direitos humanos, disse que sua equipe visitou, na semana passada, os principais centros de detenção do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin) e da Diretoria Geral de Contrainteligência Militar. O governo, porém, não cooperou com a missão, um órgão independente que se reporta ao Conselho de Direitos Humanos. Os investigadores disseram que não tinham permissão para visitar a Venezuela e não receberam resposta a pedidos de reuniões e de informações.
As conclusões tiveram como base 274 entrevistas com vítimas, parentes, advogados, membros do Judiciário e ex-funcionários dos serviços de segurança, bem como vídeos certificados, imagens de satélite e conteúdo de mídia social. A missão também informou que ativistas e opositores presos foram levados para a sede do Sebin e para outros prédios de Caracas, onde foram torturados, espancados, asfixiados com sacos plásticos, mutilados e receberam choques elétricos. Em sete casos, os interrogadores usaram violência sexual, incluindo estupro, contra detidos – homens e mulheres – para obter confissões. Um funcionário do Sebin disse que as ordens vinham de Maduro e Diosdado Cabello, o líder do partido governista. A tortura era praticada na presença ou sob a supervisão de altos funcionários, incluindo o chefe da Diretoria de Investigações Estratégicas e outros comissários.
A missão colocou Maduro, Reverol e Padrino López em uma lista de 45 pessoas que deveriam ser investigadas e processadas por cometer crimes ou por dar ordens, definir políticas ou fornecer recursos para as execuções. “Os oficiais comandantes, incluindo autoridades de alto nível dentro do Sebin e contraespionagem militar, tinham pleno conhecimento desse padrão de crimes”, diz o documento. A missão investigou 140 casos ligados à repressão, que resultaram na morte de 413 pessoas, a maior parte jovens, muitos deles baleados à queima-roupa. “A ONU concluiu que os assassinatos eram parte de uma política para eliminar membros indesejados da sociedade sob o disfarce do combate ao crime”, disse Valiñas. “As execuções extrajudiciais não podem ser atribuídas à falta de disciplina das forças de segurança. Oficiais tinham comando e controle sobre os perpetradores e conhecimento de suas ações.” O governo encerrou oficialmente as operações de combate ao crime em 2017, mas as execuções extrajudiciais cometidas pelas Forças de Ação Especial (Faes) continuam. “A unidade deve ser desmontada”, disse a missão. “Os que estão no controle das agências de segurança devem ser responsabilizados”, disse Valiñas. Segundo ela, instâncias como o Tribunal Penal Internacional (TPI) “deveriam considerar a possibilidade de empreender ações legais” contra as autoridades identificadas pela missão.
Fonte: JovemPam