Ataque ocorreu na região de Kherson, no sul, em área controlada pela Rússia. Cerca de 22 mil pessoas podem ser afetadas, segundo a agência estatal russa RIA. Moscou e Kiev se acusam mutuamente pela autoria do ataque.
Imagem de satélite mostra trecho onde barragem foi rompida após explosão em Nova Kakhova, no sul da Ucrânia, em 6 de junho de 2023. — Foto: Reuters
Um ataque no sul da Ucrânia rompeu nesta terça-feira (6) a barragem de uma usina hidrelétrica, inundando a cidade de Nova Kakhovka e ameaçando o funcionamento da usina de Zaphorizhzhia, a maior central nuclear da Europa.
A cidade e toda a região são controladas atualmente pela Rússia. Os dois países trocaram acusações sobre a autoria do ataque.
A explosão aconteceu na barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson. Segundo a agência estatal russa RIA, 22 mil pessoas podem ser afetadas. Já o governo da Ucrânia disse que 80 povoados podem ser inundados.
A barragem alvo do ataque foi construída em 1956 e possui um reservatório de 18 km³. Esse reservatório fornece água para a península da Crimeia e para a usina de Zaporizhzhia – a maior central nuclear da Europa – ambas em territórios ucranianos controlados pela Rússia.
O nível da água subiu 5 metros depois da explosão, e moradores do entorno do rio Dnipro, por onde passa a barragem, já deixaram suas casas, que ficaram alagadas.
Barragem é atingida durante ataque à Ucrânia; moradores estão sendo retirados do local
Imagem de câmera de segurança mostra rompimento de barragem em Nova Khakova, no leste da Ucrânia, após uma explosão, em 6 de junho de 2023. — Foto: Reprodução via Reuters
O governador de Kherson, ligado ao governo da Ucrânia, disse que a água pode atingir níveis críticos nas próximas horas.
Imagem aérea mostra inundação após barragem ser explodida na Ucrânia — Foto: Reuters
A agência estatal de energia atômica da Ucrânia disse que a explosão da barragem coloca em risco a usina nuclear de Zaporizhzhia, que usa a água do reservatório para segurança da operação. No entanto, segundo a agência, a situação está sob controle.
De acordo com a agência estatal de energia hidrelétrica da Ucrânia, a usina de Kakhovka foi totalmente destruída depois de uma explosão na sala de máquinas, não podendo ser restaurada.
Imagens de satélite mostram dano em barragem de usina da Ucrânia — Foto: Maxar Technologies/Reuters
Após a Ucrânia anunciar que a barragem havia sido alvo de um bombardeio russo, o prefeito da cidade onde fica a usina, ligado ao governo russo, negou a explosão e disse que tudo estava “quieto e calmo”.
No entanto, o prefeito mudou a versão momentos depois, afirmando que a barragem tinha sido alvo de um bombardeio. Ele classificou o caso como um “sério ato terrorista”, acusando a Ucrânia.
Agências de notícias da Rússia afirmam que a barragem foi destruída por uma série de bombardeios ucranianos.
Já as autoridades ucranianas afirmaram que o presidente Volodymyr Zelensky convocou uma reunião de emergência para discutir a destruição da barragem.
A inteligência militar da Ucrânia disse que o caso é um crime de guerra.
“Os ocupantes explodiram a represa do reservatório de Kakhovka em pânico – este é um ato óbvio de terrorismo e um crime de guerra, que será provado em um tribunal internacional”, disse em comunicado.
Informações G1
Concebido em meio à Guerra Fria, o Tupolev Tu-144 voou antes mesmo do famoso Concorde. Mas uma carreira de mistérios, problemas operacionais e até suspeitas de espionagem levaram o modelo, apelidado de ‘Concorski’, ao esquecimento.
Tupolev Tu-144, apelidado de ‘Concordski’, com as bandeiras da Rússia e dos EUA pintadas na cauda, é exibido em aeroporto em Moscou, em 17 de março de 1996 — Foto: AP/Arquivo
No dia 31 de dezembro de 1968, em um aeroporto nos arredores de Moscou, um grupo de engenheiros soviéticos estava em êxtase: pela primeira vez, um avião de passageiros mais rápido que a velocidade do som havia saído do chão. Eles haviam largado à frente no que imaginavam ser a próxima fronteira da aviação.
Essa aeronave era o que de mais moderno havia em seu tempo. Alguns de seus feitos jamais foram superados – e, no entanto, o Tupolev Tu-144 fez pouco mais de 100 voos oficiais antes de ser aposentado, caindo no esquecimento em seguida.
Por que uma das máquinas mais pioneiras da história é tão desconhecida? E por que ela provou ser um fracasso retumbante?
A história do Tu-144 se mistura com a da Guerra Fria e envolve suspeitas de espionagem, propaganda e mistérios até hoje não esclarecidos.
“A gente pode afirmar que o Tu-144 foi usado como uma tremenda de uma ferramenta de propaganda”, define o consultor em aviação Gianfranco Beting.
Nos anos 1960, havia uma disputa entre a União Soviética e as potências ocidentais pela supremacia tecnológica. Enquanto EUA e Moscou tomavam a frente na corrida espacial em direção à conquista da Lua, engenheiros também desenvolviam aviões de passageiros maiores e mais velozes.
“Havia duas correntes de pensamento”, afirma Beting. “Uma que apontava para o incremento da velocidade, enquanto outra dizia que o futuro estava no incremento de tamanho [dos aviões].”
Os EUA tentaram, mas fracassaram em criar um avião de passageiros mais rápido que o som. Na Europa, as empresas British Aircraft Corporation e a francesa Sud Aviation uniram esforços para desenvolver o que seria o Concorde.
No bloco soviético, os engenheiros da Tupolev tomaram as rédeas do projeto – e, para a surpresa dos ocidentais, conseguiram fazer um protótipo levantar voo cerca de dois meses antes dos europeus. A semelhança motivou o apelido jocoso do modelo: ‘Concordski’.
O sucesso até hoje motiva debates sobre o possível roubo de informações do projeto do Concorde por espiões russos – algo que Beting, autor de diversos livros sobre aviação, contesta.
“Até por uma questão de guerra mesmo, de propaganda entre nações, foi muito conveniente dizer que o Tupolev 144 era uma cópia do Concorde”, ele diz.
“Mas quando a gente analisa os projetos de perto, a gente vê que não é bem assim. O 144 era mais rápido, maior, tinha uma série de soluções de engenharia muito diferentes”, explica Beting, apontando para pontos cruciais, como a posição dos motores na asa.
Tupolev Tu-144 é exibido nas cores da Aeroflot à frente de Concorde, da Air France, em museu na Alemanha — Foto: Daniel Maurer/AP/Arquivo
Em 1970, ainda em fase de testes, o Tu-144 se tornou o primeiro avião de passageiros a superar Mach 2 – ou seja, duas vezes a velocidade do som (para fins de comparação, isso seria o equivalente a quase 2.500 km/h a nível do mar). Atualmente, um avião em velocidade de cruzeiro raramente ultrapassa os 1.000 km/h.
Os avanços no projeto do Tupolev, porém, escondiam uma série de problemas que iriam se tornar fatais mais adiante.
Para Beting, as inovações de um avião supersônico estavam muito à frente das capacidades tecnológicas e industriais da União Soviética na época. A vontade política de mostrar pioneirismo fez com que o Tupolev levantasse voo com um desenho menos refinado e motores mais “beberrões” que o Concorde. Até a qualidade da borracha soviética impedia que um trem de pouso mais leve fosse instalado, por exemplo.
Para a opinião pública, a defasagem do Tupolev foi atestada com uma tragédia durante um voo de exibição em frente aos olhos do Ocidente.
Durante o Paris Air Show de 1973, no aeroporto francês de Le Bourget, Concorde e Tupolev ficaram lado a lado. Nenhum deles havia entrado em operação regular, mas a expectativa era grande no setor.
No dia 3 de junho – há exatos 50 anos -, pouco após a demonstração do Concorde, o Tupolev Tu-144 decolou, fez um rasante sobre a pista e, em seguida, entrou em uma série manobras bruscas, que fizeram a aeronave se desintegrar em pleno ar.
Vilarejo de Goussainville, na França, em meio a escombros após a queda do Tupolev Tu-144, em 1973 — Foto: Michel Lipchitz/gk/AP/Arquivo
Todos os seis ocupantes morreram, além de outras oito pessoas em solo, no vilarejo de Goussainville.
Nem as autoridades francesas, nem as soviéticas foram completamente transparentes quanto à fatalidade. Especula-se que a França tenha posicionado um caça Mirage para voar perto do Tupolev – possivelmente para coletar informações do projeto, resultando em manobras evasivas do piloto russo.
“Isso é uma questão muito difundida. O fato é que foram excedidos os limites estruturais do avião, levando à ruptura da asa. Isso está filmado, muita gente viu, muita gente testemunhou o acidente”, conta Gianfranco Beting.
Uma vez em operação, também antes do Concorde, os pontos fracos do Tu-144 ficaram claros até para as autoridades soviéticas e os operadores da aeronave.
O risco era tal que, antes de levar passageiros, o primeiro avião comercial supersônico do mundo passou anos levando somente carga e correspondência entre Moscou e a cidade de Almaty, que fica no atual Cazaquistão. A rota, inclusive, foi a única em que o modelo operou em toda a sua vida útil.
Para Beting, “o 144 foi sendo produzido e testado num ritmo alucinante em relação ao desenvolvimento tecnológico. Muita coisa ficou pelo caminho e, quando o avião ficou pronto pra voar, ele começou a mostrar uma série de problemas”.
Segundo o pesquisador, foram feitos somente 55 voos com passageiros entre 1977 e 78. Contando os voos de carga, foram 103 no total: “Um projeto completamente fracassado, sob vários aspectos”.
“Isso é uma coisa incrível”, completa. “Foram 181 horas voadas e, dentro delas, foram registradas 226 falhas – oitenta delas em voo. Isso é o que está, pelo menos, guardado nos livros. Esse número pode ser ainda maior.”
Isso é o suficiente, segundo Beting, para colocar o Tu-144 no topo da lista de aviões de passageiros mais perigosos para se voar.
O voo supersônico não era nem ao menos agradável: a fricção do ar com a fuselagem criava um barulho ensurdecedor dentro da cabine. Passageiros relataram que não era possível sequer conversar com quem estava na poltrona do lado.
Depois de outros dois acidentes com mortos, o Tu-144 jamais voltou a ser usado na aviação civil. Ele conseguiu uma sobrevida como aeronave de teste no programa espacial soviético, nos anos 80 – e, por ironia, os americanos usaram o modelo para testes para um novo avião supersônico, na década seguinte. Mais uma vez, este acabou não saindo do papel.
Enquanto o Tupolev permanecia no chão, o Concorde permaneceu em operação até 2003, antes de ser aposentado por seus altos custos operacionais. Caso sirva de consolo para os engenheiros soviéticos, porém, ele não chegou nem perto de fazer o sucesso que se esperava.
“A despeito da qualidade dos projetos”, afirma Beting, “quando esses aviões estavam sendo projetados, o preço do petróleo era um, e quando entraram em serviço, era outro”.
Com o preço do combustível nas alturas e pressões de ambientalistas por conta do ruído e do gasto energético, a operação do Concorde também ficou muito restrita. Para que desse lucro para as empresas aéreas, os supersônicos tinham passagens caríssimas, e ficaram famosos por transportar magnatas e voos regados a champanhe – principalmente entre Londres e Nova York, num trecho que durava cerca de três horas.
Hoje, com o Concorde e o Tu-144 parados em museus, fica claro que estavam certos aqueles que, lá nos anos 1960, apostaram que o futuro estava nos grandes aviões de passageiros – mesmo que eles cruzem os céus um pouco mais devagar.
Informações G1
Foto: Reprodução
O bilionário Elon Musk revelou que vai ajudar financeiramente para que a transição de gênero entre menores de idades seja proibida e criminalizada.
“Prisão a longo prazo, sem liberdade condicional, sem piedade, tanto para os ‘terapeutas’ quanto para os açougueiros que fazem [a cirurgia]”.
Informações TBN
Pesquisa monitorou cerca de 2 mil lagos e reservatórios e descobriu que cerca de 53% deles registram declínio no armazenamento de água de 1992 a 2020.
Fotos: NASA Earth Observatory via AP
Mais da metade dos maiores lagos e reservatórios do mundo estão secando, pondo em risco o futuro hídrico da humanidade, afirma um estudo publicado na quinta-feira (18) na revista Science.
🎯 Motivos: os principais responsáveis por isso são o consumo insustentável e as mudanças climáticas.
💥 População impactada: cerca de dois bilhões de pessoas, ou 25% da população mundial, que vivem em uma bacia lacunar com tendência de declínio.
👉 Importância: lagos e reservatórios armazenam 87% da água doce do planeta.
❗ Alerta: lagos também perderam volume em áreas úmidas, como na Amazônia.
Uma análise detalhada de quase 2.000 dos maiores lagos do mundo revelou uma alarmante tendência: eles estão perdendo cerca de 21,5 trilhões de litros anualmente.
“Os lagos estão em dificuldades em todo o mundo e isso tem implicações por toda parte”, disse à AFP Balaji Rajagopalan, professor da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, e coautor da pesquisa.
“Realmente, chamou nossa atenção que 25% da população mundial viva em uma bacia lacunar que está com tendência de declínio”, acrescentou, o que significa que cerca de dois bilhões de pessoas são impactadas por estas descobertas.
Ao contrário dos rios, que tendem a monopolizar a atenção dos cientistas, os lagos não são bem monitorados, apesar de sua importância crítica para a segurança hídrica, disse Rajagopalan.
Mas desastres ambientais de grandes proporções em corpos hídricos vastos, como o mar Cáspio e o mar de Aral, mostraram aos cientistas uma crise mais ampla.
📋 Como foi feita a pesquisa? Para acompanhar a questão sistematicamente, a equipe de pesquisadores, que inclui cientistas dos Estados Unidos, França e Arábia Saudita, observou os maiores 1.972 lagos e reservatórios da Terra, usando dados de satélites de 1992 a 2020.
Eles se concentraram em vastos corpos de água doce por causa da maior precisão dos satélites para registrar escalas maiores, e também por sua importância para os seres humanos e os animais selvagens.
A base de dados reuniu imagens do Landsat, o programa de observação da Terra mais antigo em atividade, com informações sobre a altura da superfície da água, obtidas por altímetros via satélite, para determinar como o volume lacunar variou ao longo de quase 30 anos.
O resultado foi que 53% dos lagos e reservatórios registram declínio no armazenamento de água a uma proporção de aproximadamente 22 gigatoneladas (uma gigatonelada equivale a um milhão de toneladas) por ano.
Ao longo do período estudado, foram perdidos 603 quilômetros cúbicos de água, 17 vezes o volume de água do Lago Mead, o maior reservatório dos Estados Unidos.
Homem observa barco até que estava submerso no Lago Mead, reservatório nos estados de Arizona e Nevada (EUA) que fornece água potável para 20 milhões de pessoas. — Foto: AP Photo/John Locher, Arquivo
🔎 Como se chegou nas causas? Para descobrir as causas desta perda, a equipe de pesquisadores usou modelos estatísticos incorporando tendências climatológicas e hidrológicas para identificar fatores naturais e os provocados pelo homem.
No caso dos lagos naturais, grande parte da perda líquida foi atribuída tanto ao aquecimento global quanto ao consumo de água pelos humanos.
🥵 As temperaturas mais altas provocadas pelo aquecimento global levaram à evaporação, mas também podem ter diminuído a precipitação em alguns lugares.
“O sinal climático permeia todos os fatores”, disse Rajagopalan.
Fangfang Yao, principal autor do estudo e membro visitante da Universidade do Colorado, acrescentou em nota: “muitos dos impactos humanos e das mudanças climáticas na perda de água dos lagos já eram conhecidos anteriormente, como a dessecação do Lago Good-e-Zareh no Afeganistão e do Mar Chiquita, na Argentina”, que, apesar do nome, é um lago em Córdoba (centro-norte).
Um aspecto surpreendente foi que tanto lagos em regiões secas quanto nas úmidas estão perdendo volume, sugerindo que o paradigma “o seco fica mais seco e o úmido, mais úmido”, frequentemente usado para resumir como as mudanças climáticas afetam as regiões, nem sempre se mantém.
Mas, embora a maioria dos grandes lagos no mundo esteja secando, quase um quarto teve um aumento significativo em seu armazenamento hídrico. O motivo? O degelo de geleiras.
Entre eles está o Planalto Tibetano, “onde o recuo das geleiras e o degelo do permafrost foram parcialmente responsáveis pela expansão do lago alpino”, ressaltou o artigo.
Hilary Dugan, cientista que estuda sistemas de água doce na Universidade do Wisconsin em Madison e que não participou do estudo, disse à AFP que a pesquisa avançou na compreensão cientifica sobre a variabilidade do volume lacunar, o que é de “suma importância”.
É “única ao se concentrar em lagos específicos e registrar a quantidade de água como volume”, afirmou.
Mas também ponderou: “é importante ter em mente que muitas fontes de abastecimento de água são lagos e reservatórios pequenos” e que novas pesquisas precisam considerá-los também.
Globalmente, lagos e reservatórios armazenam 87% da água doce do planeta, o que reforça a urgência de se adotar novas estratégias para o consumo sustentável e a mitigação das mudanças climáticas.
“Se boa parte dos lagos de água doce estão morrendo, então vamos ver o impacto chegar de um jeito ou de outro, se não agora, no futuro não muito distante”, afirmou Rajagopalan.
“Então, cabe a todos nós sermos bons administradores”, concluiu.
Informações G1
Foto: Reuters
Os partidos de direita venceram a eleição para o Conselho Constituinte do Chile, com mais de 95% dos votos apurados. O país foi às urnas neste domingo (7). O novo conselho contará com 50 pessoas e será responsável por redigir a nova Constituição chilena.
Os dados são do órgão de eleições do país. Com mais de 95% dos votos contados, o Partido Republicano, considerado de extrema-direita e liderado pelo ex-candidato presidencial conservador José Antonio Kast, ficou na liderança, com 35,5% dos votos.
Com isso, o partido de Kast conseguiu mais de dois quintos das cadeiras disponíveis no Conselho. Somados aos votos conquistados pelo Chile Seguro – coalização da direita tradicional, que conseguiu 21,1% dos votos – os partidos de direita conseguiram o controle sobre a discussão do novo regimento.
“Hoje é o primeiro dia de um futuro melhor, um novo começo para o Chile”, disse Kast.
Em segundo lugar, veio o Unidad para Chile, coalizão de esquerda do presidente chileno, Gabriel Boric, com pouco mais de 28%. Os demais votos foram para partidos centristas.
g1
Vitória da mulher transgênero sobre as mulheres biológicas gerou críticas nas redes sociais
A mulher trans Austin Killips, 27 anos, ganhou uma competição de ciclismo feminino no Novo México, nos Estados Unidos. O jornal The Telegraph publicou a informação nesta terça-feira, 2.
Austin é a primeira mulher trans a vencer o Tour of the Gila, corrida que tem a chancela do órgão regulador mundial do ciclismo, o Union Cycliste Internationale (UCI).
“Foi o resultado mais significativo até agora para Killips, um homem biológico de Chicago, que também ganhou uma medalha no ciclocrossfeminino no Campeonato Nacional dos Estados Unidos e que agora está cotado para disputar uma vaga no Tour de France Femmes e nas Olimpíadas de Paris no próximo verão”, detalhou o The Telegraph.
A vitória de Austin sobre as mulheres gerou críticas nas redes sociais. “Se os homens forem excluídos da classificação feminina, Marcela Prieto é a vencedora feminina”, disse um usuário do Twitter, referindo-se à mulher que ficou em segundo lugar na competição.
O surgimento da trans Austin Killips nas competições foi a razão para Hannah Arensman, 35 vezes campeã no circuito nacional de ciclocross, ter se aposentado completamente do esporte, segundo a Fox News.
“Nasci em uma família de atletas”, contou Hannah. “Incentivada por meus pais e irmãos, competi no esporte desde muito jovem e segui os passos de minha irmã, subindo na classificação para me tornar uma ciclista de ciclocross de elite.”
E continuou. “Nos últimos anos, tive de competir diretamente com ciclistas masculinos em eventos femininos. À medida que isso se tornou mais uma realidade, ficou cada vez mais desanimador treinar tanto quanto eu apenas para perder para um homem com a vantagem injusta de um corpo androgenizado que intrinsecamente dá a ele uma vantagem óbvia sobre mim, não importa quanto eu treine.”
Informações Revista Oeste
As forças armadas de Israel atacaram a região de Gaza depois de foguetes terem sido disparados de lá.
Explosão em Gaza, em 2 de maio de 2023 — Foto: Mohammed Salem/Reuters
As forças armadas de Israel afirmaram nesta terça-feira (2) que atacaram a região de Gaza, na Palestina. De fato, a agência de notícias Reuters conversou com testemunhas que ouviram explosões na área.
Veículos de comunicação ligados ao Hamas, o grupo que controla Gaza, afirmam que aviões israelenses jogaram foguetes em dois pontos da cidade de Gaza.
Um prisioneiro palestino morreu em uma prisão israelense nesta terça-feira depois de uma greve de fome de 87 dias.
Explosão em Gaza, em 2 de maio de 2023 — Foto: Mohammed Salem/Reuters
Khader Adnan, o prisioneiro em questão, aguardava julgamento, mas foi encontrado inconsciente em sua cela e levado a um hospital, onde foi declarado morto após tentativas de reanimá-lo, informou o Serviço Prisional de Israel.
Quando a notícia da morte chegou a Gaza, centenas de pessoas foram às ruas para protestar. Também houve protestos em outro território palestino, a Cisjordânia.
Depois disso, foguetes foram lançados a partir de Gaza em direção ao território israelense. Dois caíram na cidade de Sderot, no sul de Israel, ferindo três pessoas, incluindo um estrangeiro de 25 anos que, segundo o serviço de ambulâncias de Israel, sofreu graves ferimentos por estilhaços.
Em Gaza, grupos armados, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica, reivindicou a responsabilidade pelos disparos de foguetes contra Israel.
Informações G1
Foto: Daniel Duarte/AFP
O economista Santiago Peña, de 44 anos, do Partido Colorado, foi eleito presidente do Paraguai neste domingo (30). Ele assumirá o cargo no dia 15 de agosto, e o mandato é de cinco anos.
Com 99,89 % das urnas apuradas, o resultado é o seguinte:
As informações são da Justiça Eleitoral do país. Mesmo antes da definição, quando a apuração apontava a liderança do vencedor, o atual presidente, Mario Abdo Benitez, do mesmo Partido Colorado de Peña, afirmou em uma rede social que seu colega tinha sido eleito.
O jornal “ABC Color” afirma que a eleição está decidida. O próprio Peña também já afirmou que é o vencedor, de acordo com a agência Reuters.
Esperava-se que a disputa fosse concorrida, pois o candidato da esquerda, Efraín Alegre, havia conseguido formar uma coalizão ampla e aparecia bem nas pesquisas.
Santiago Peña e a mulher em 30 de abril de 2023 — Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Peña disse que manteria laços com Taiwan.
Nos eventos finais da campanha, Alegre começou a falar mais das acusações de corrupção feitas contra o líder do Partido Colorado, Horacio Cartes, um ex-presidente que foi colocado sob sanções dos EUA em janeiro. Alegre o chamou de “Pablo Escobar do Paraguai”, referindo-se ao notório narcotraficante colombiano morto em 1993. Cartes nega as acusações.
Peña reconheceu as divisões partidárias em seu discurso de encerramento da campanha e prometeu ser “um símbolo da unidade partidária”.
Em sua conta no Twitter, o presidente Lula deu os parabéns ao presidente eleito.
Alberto Fernández, da Argentina, também parabenizou Peña pelo Twitter. Os dois já conversaram pelo telefone depois do resultado da votação.
Santiago Peña é um economista com formação nos Estados Unidos e uma passagem pelo Fundo Monetário Internacional.
Ele foi ministro da Fazenda do Paraguai durante o governo de Horácio Cartes (2013 a 2018) e, durante seu tempo no ministério, ele se filiou ao Partido Colorado, o mais tradicional do Paraguai.
Cartes foi condenado na Justiça e deve ser extraditado dos EUA para o Paraguai. Durante a campanha, Peña teve que dar explicações sobre seu antigo chefe.
O atual presidente, Mario Abdo Benítez, também é do Partido Colorado, mas os dois não são aliados próximos.
Peña foi pai adolescente, ele teve um filho aos 17 anos, quando ainda estava na escola.
Depois de voltar do trabalho no FMI, ele incialmente foi trabalhar em um cargo no Banco Central. Depois, foi para o Ministério da Fazenda e, quando acabou o governo de Cartes, ele foi trabalhar no banco do antigo chefe.
Essa é a segunda vez que ele se candidatou: em 2018, ele perdeu as primárias do Partido Colorado para o atual presidente, Mario Abdo Benítez.
G1
Índia tem potencial para aproveitar a mesma vantagem que a China tem: muita mão de obra. No entanto, especialistas afirmam que dificilmente o país vai conseguir crescer a taxas tão altas como as da China nas últimas décadas.
Rua de Nova Deli em novembro de 2020 — Foto: Adnan Abidi/Reuters
Nas últimas décadas, a China aproveitou o tamanho da sua população para expandir sua economia: o país se posicionou como um produtor que consegue entregar bens a baixos preços porque tem baixos custos — os salários chineses eram muito mais baixos quando a China começou a crescer a taxas muito altas, na década de 1990 e de 2000.
As projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) previam que até o fim de abril – portanto, neste fim de semana -, a Índia, um vizinho da China, se tornaria o país mais populoso do mundo, com 1,428 bilhão de pessoas. A China tem 1,425 bilhão, também segundo as estimativas da ONU.
A Índia tem potencial para aproveitar a mesma vantagem que a China tem: muita mão de obra. Isso, em alguma medida, já aconteceu, o PIB foi quadruplicado em uma geração. O país vai crescer economicamente, e em alguns anos, a taxa será maior até mesmo que a da China —Sanghamitra Singh, do Instituto de População da Índia, afirma que, no último ano, a Índia cresceu 7%, e a China, 3% (um dos piores desempenhos da China em muitos anos).
Mas, de acordo com analistas, a Índia dificilmente terá um longo período de crescimento “chinês”. De 1990 para cá, a China foi o país que mais cresceu economicamente na história, de acordo com o “New York Times”. A economia chinesa, hoje, é cerca de cinco vezes maior que a indiana.
Projeção mostra quais devem ser os tamanhos da populações de Índia e China e o PIB per capita dos dois países — Foto: Kayan Albertin/g1
Veja abaixo três diferenças significativas que fazem com que a Índia tenha mais dificuldade para ter um “boom” econômico semelhante ao que a China teve:
Nas últimas décadas, as indústrias que poderiam se instalar na Índia foram desencorajadas por uma infraestrutura deteriorada e regulamentações antiquadas, de acordo com o “Financial Times”.
A indústria é 15% do PIB da Índia, uma porcentagem relativamente baixa.
Estação de trem em Mumbai, em janeiro de 2023 — Foto: Niharika Kulkarni/Reuters
Os empregos em indústria, tradicionalmente, geram mais renda do que nos outros setores (agricultura e serviços). Sem um aumento significativo da participação da indústria no total do PIB, dificilmente a Índia terá um crescimento a taxas muito elevadas.
O primeiro-ministro Narendra Modi tem se esforçado para alterar essas condições porque quer que o país se torne um concorrente da China. O país tem tido algum sucesso nessa tentativa, por exemplo, em poucos anos, a Índia passou a produzir 7% dos smartphones no mundo, de acordo com o “New York Times”.
Sanghamitra Singh, do Instituto de População da Índia, aponta que a pirâmide etária dos dois países favorece a Índia: “Tanto a China como a Índia têm uma população de cerca de 1,4 bilhão de pessoas. A população jovem da China, agora, está em declínio, e em um prazo médio isso pode ter um impacto na indústria chinesa, que eles conseguiram instalar a duras penas. Isso vai implicar em desafios e oportunidades para a Índia”.
Sanghamitra Singh, do Instituto de População da Índia, diz que “dado que as mulheres são cerca de 50% da população, é necessário investir mais para que as mulheres entrem na força de trabalho e contribuam para o progresso da nação”.
O motivo pelo qual ele diz isso é que, na Índia, a participação das mulheres na força de trabalho é muito baixa.
Mulheres em Bangalore, na Índia, em outubro de 2006 — Foto: Jagadeesh Nv/Reuters
Neste ano, 24% das mulheres em idade de trabalho (15 anos ou mais) do país de fato trabalham. Já na China, essa porcentagem é de 61,3%.
Ou seja, o grande potencial da Índia, que seria o tamanho da população economicamente ativa, é torpedeado pela baixa participação de mulheres no mercado de trabalho.
Há vários motivos que explicam isso, entre eles:
Narendra Modi e Xi Jinping durante troca de presentes em outubro de 2019 — Foto: Divulgação/Via AFP
A Índia e a China têm governos diferentes: o primeiro é uma república parlamentarista, e o segundo, uma república comunista de um partido só.
Isso permitiu que os governos da China desde a revolução pudessem consolidar poder e unificar políticas no país inteiro, e a Índia é mais descentralizada.
Rio Ganges em Varanasi, em 7 de março de 2023 — Foto: Joseph Campbell/Reuters
A partir da década de 1970, o foco desse governo chinês mais centralizado foi crescer economicamente, com foco em exportações. A China fez isso antes. A Índia abriu mais a economia dela cerca de dez anos mais tarde, e é uma democracia na qual os conflitos de interesse (por exemplo, de capital versus classe trabalhadora) não são decididos por um governo não eleito.
Informações G1
Washington prepara envio de 31 blindados à frente de batalha contra a Rússia. Os Estados Unidos iniciarão nas próximas semanas o treinamento de militares ucranianos com os tanques de combate Abrams, que devem enviados no segundo semestre do ano para a frente de batalha contra os russos na guerra da Ucrânia.
Ganhou o nome em homenagem ao general Creighton Abrams, comandante das forças dos EUA durante a Guerra do Vietnã;
Lançado em 1980, passou por várias atualizações desde então; sua última versão é o M1A2 SEPv3, lançado em 2015.
Ele tem um canhão de 120 mm, duas metralhadoras de 7,62 mm e uma metralhadora antiaérea de 12,7 mm.
O M1A2 SEP pesa 63 toneladas, tem velocidade máxima de 68 km/h e pode rodar por 425 quilômetros. O motor tem 1.500 cavalos com turbina a gás.
Já o M1 Abrams pesa 54 toneladas, atinge até 72,4 km/h e roda por quase 500 quilômetros;
A blindagem é reforçada com camadas de urânio empobrecido, proteção contra armas antitanque, minas terrestres e é considerado um dos melhores do mundo neste aspecto;
Foi usado pelas tropas dos EUA na Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991, e também nas invasões feitas ao Iraque, em 2003, e ao Afeganistão, a partir de 2011;
O maior problema é o custo de manutenção, já que o combustível usado nele é semelhante ao utilizado na aviação e requer treinamento longo.
É um sistema caro de se operar e se manter.
John Kirby, do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, à CNN.
Informações UOL