Foto: Xing Guangli/Xinhua/Getty Images
Em um dia cinzento no final de fevereiro de 2017,o líder chinês Xi Jinpingse reuniu com um punhado de conselheiros próximos para pesquisar campos de cultivo e pântanos poluídos a cerca de 100 quilômetros (62 milhas) ao sul da capitalPequim.
Pouco mais de um mês depois,o futuro daquelas regiões do interior mudaria drasticamente, quando a China anunciou o plano de Xi de “importância de 1.000 anos”para transformar a área em um centro ecológico e de alta tecnologia que serviria como subcapital para o país e um novo modelo de planejamento urbano.
Na época, o plano para lançar a “Nova Área de Xiong’an” levantou questões – inclusive sobre como a nova cidade lidaria com os desafios ambientais conhecidos por assolar a área pantanosa, propensa a inundações e secas.
Seis anos depois, essas questões voltaram à medida que Pequim e a província vizinha de Hebei, onde Xiong’an está localizada, lidam com as consequências de chuvas e inundações recordes que mataram dezenas e deslocaram mais de 1,5 milhão de pessoas no final de julho e início de agosto.
As principais áreas urbanas de Xiong’an, onde escritórios de dezenas de empresas estatais estão em construção, não registraram grandes inundações.
Mas a devastação ao redor reforçou as preocupações sobre a decisão de construir uma cidade multibilionária em uma planície propensa a inundações.
Também levantou questões sobre até que ponto a cidade dos sonhos de Xi – e a pressão política para protegê-la – afetou a forma como as autoridades tomaram decisões sobre o gerenciamento das águas de uma tempestade que foi o evento de inundação mais grave da região desde a construção de Xiong’an.
O líder chinês Xi Jinping inspeciona os canteiros de obras de uma estação ferroviária e um centro de comércio internacional em Xiong’an em 10 de maio / Xinhua/Shutterstock
À medida que fortes chuvas se aproximavam da região no final de julho, os principais funcionários de controle de enchentes da China se reuniram para discutir seu plano de resposta. Entre suas prioridades estava manter as capitais Pequim e Xiong’an “absolutamente seguras” – uma demanda repetida inúmeras vezes nos próximos dias.
Os arredores montanhosos do oeste de Pequim foram atingidos primeiro, quando as enchentes desencadeadas pelas chuvas mais fortes em 140 anos destruíram carros, pontes e estradas.
As autoridades tiveram que tomar decisões difíceis sobre como administrar as águas turbulentas das enchentes que jorravam das montanhas para os rios que serpenteiam outras cidades, vilas e fazendas nas planícies de Hebei.
Em 30 de julho, foi tomada a primeira das decisões de descarregar a água em “zonas de armazenamento de enchentes” – áreas designadas para o transbordamento emergencial das enchentes, que abrigavam centenas de milhares de pessoas.
Zhuozhou, uma cidade ao sul de Pequim, foi a mais atingida, com ruas, casas e bairros inundados com metros de água turva. Nas redes sociais, alguns moradores alegaram que não receberam aviso prévio, outros disseram que os avisos de evacuação chegaram tarde demais ou não explicaram a gravidade da situação.
As águas da enchente também submergiram aldeias e fazendas em Bazhou, outra cidade em Hebei, onde dezenas de moradores protestaram do lado de fora dos escritórios do governo da cidade para exigir compensação, de acordo com vídeos nas redes sociais.
Alguns protestaram com uma faixa vermelha que dizia: “Devolvam-me minha casa. A inundação foi causada pela descarga de água da enchente, não por fortes chuvas.”
ACNNentrou em contato com os governos de Zhuozhou e Bazhou para comentar. De acordo com a lei chinesa, os residentes das áreas de armazenamento de inundações têm direito a uma compensação por 70% dos danos à habitação.
Sugestões de autoridades de que as decisões sobre liberar as águas da enchente em Zhuozhou e em outros lugares em Hebei foram feitas para minimizar o impacto na capital Pequim, Xiong’an e na cidade portuária de Tianjin também causaram uma reação.
Em particular, o chefe do partido de Hebei, Ni Yuefeng, gerou polêmica quando chamou a província de “fosso” para Pequim. Posteriormente, os censores da internet apagaram seus comentários da internet chinesa.
Informações TBN
Promotores do Estado norte-americano da Geórgia que investigam a suposta tentativa do ex-presidente Donald Trump de fraudar o resultado das eleições de 2020 começaram na segunda-feira 14 a apresentar provas a um júri que decidirá se aceita a denúncia e transforma o republicano outra vez em réu — seria a quarta acusação contra ele.
Algumas das testemunhas que estavam agendadas para segunda — como o jornalista George Chidi — foram convocadas a pedido da promotora do condado de Fulton, Fani Willis, que criou um painel de cidadãos com poderes investigativos para determinar se há provas suficientes para denunciar Trump.
Em julho, Fani deu a entender que poderia oferecer a denúncia antes do fim de agosto, por fraude e interferência eleitoral. Em sua plataforma Truth Social, Trump voltou a reiterar que foi vítima de fraude na Geórgia em 2020 em benefício de seu adversário e hoje presidente democrata, Joe Biden.
A investigação partiu de um telefonema de janeiro de 2021 — cuja gravação veio a público — no qual Trump pediu ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que encontrasse cerca de 12 mil cédulas em seu nome que faltavam para que ele pudesse ganhar os 16 delegados do Estado no colégio eleitoral.
Por essa pequena margem, Biden garantiu os delegados e se tornou o primeiro democrata a vencer no Estado, um reduto republicano desde Bill Clinton, em 1992.
Os promotores também recolheram evidências sobre um suposto esquema que envolveu eleitores falsos, uma lista alternativa de votos do colégio eleitoral que daria vitória a Trump.
Segundo a rede americana CNN e o jornal The New York Times, os investigadores obtiveram mensagens de texto e e-mails que, segundo eles, poderiam ligar integrantes da equipe jurídica de Trump a uma violação do sistema de votação no condado de Coffee, na Geórgia, em janeiro. O júri recomendou o indiciamento de uma dúzia de pessoas, mas os nomes ainda não foram revelados.
Donald Trump foi denunciado na Justiça por outros três casos: por tentativa de conspiração para alterar o resultado das eleições de 2020 (um processo do Departamento de Justiça, em Washington), por negligência na gestão de documentos confidenciais (em um tribunal da Flórida) e por pagamentos ocultos a Stormy Daniels, uma ex-atriz pornô, para supostamente comprar seu silêncio (em Nova York).
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Atual presidente, Alberto Fernandez, não irá tentar a reeleição. Sergio Massa, Patrícia Bullrich, Horácio Larreta e Javier Milei surgem como os principais nomes.
Argentinos formam fila para votar nas primárias presidenciais em Buenos Aires — Foto: Agustin Marcarian/REUTERS
A Argentina encerrou às 18h (locais; mesmo horário em Brasília) a votação que vai definir, entre outros cargos, os candidatos presidenciais que disputarão as eleições gerais de 22 de outubro.
Os centros de votação abriram neste domingo (13) para as primárias abertas e obrigatórias. As eleições começaram às 8h e terminaram às 18h. Segundo o governo do país, até às 19h, a participação dos cidadãos no processo foi de 68%, um pouco mais alta que em 2021 (67%).
Os primeiros resultados são esperados para a partir das 21h30, mas no início da noite de domingo o secretário-geral da presidência da Argentina, Julio Vitobello, pediu paciência para a divulgação da votação. “Não podemos especificar um horário”, disse ele.
O atual presidente do país, Alberto Fernandez, afirmou em abril que não irá se candidatar à reeleição.
Patrícia Bullrich e Horácio Larreta são os principais nomes da direita-conservadora.
Patricia Bullrich durante evento em Buenos Aires em 7 de agosto de 2023 — Foto: Matias Baglietto/REUTERS
Bullrich propõe remover rapidamente os controles de capital, cortar gastos para combater a inflação e reduzir os impostos sobre as exportações agrícolas, o principal motor econômico da Argentina.
Já Larreta promete a desregulamentação dos mercados e o equilíbrio do orçamento público, embora prefira uma abordagem mais gradual e liderada pelo diálogo para evitar desencadear mais crises econômicas.
Candidato às primárias da Argentina, Horácio Larreta, aparece durante evento em Buenos Aires em 7 de agosto de 2023 — Foto: Mariana Nedelcu/REUTERS
A esquerda deve ser representada por Sérgio Massa.
O atual ministro da Economia, Massa, é o principal candidato de ‘unidade’ para o grupo Union por la Patria da coalizão peronista e o distante favorito para ganhar sua nomeação.
Massa representa a ala centrista do peronismo, a principal força política da Argentina por décadas, embora tenha uma relação mista com a poderosa ala esquerda da coalizão.
Massa é o candidato mais popular na maioria das pesquisas de opinião.
Sergio Massa durante evento em Buenos Aires em 19 de julho de 2023 — Foto: Agustin Marcarian/REUTERS
Entretanto, especialistas analisam que a crise econômica (116% de inflação) deixou muitos desiludidos com os principais partidos políticos, a coalizão governista peronista e a oposição conservadora Juntos pela Mudança.
Isso abre portas para uma possível vitória de um candidato libertário de extrema direita que vem crescendo nas pesquisas, Javier Milei.
Conhecido pelos cabelos despenteados e a típica jaqueta de couro, o economista de 52 anos propõe dolarizar a economia, fechar o banco central e erradicar vários ministérios para encolher o estado.
Javier Milei durante evento político em Buenos Aires no dia 7 de agosto de 2023 — Foto: Agustin Marcarian/REUTERS
Informações G1
Autoridades ainda investigam as causas da tragédia, mas o que se sabe é que o tempo excepcionalmente seco e fortes ventos ajudaram a alimentar as chamas. Em julho, chefe da ONU alertou que a Terra está na ‘era da fervura global’ e pediu ações urgentes.
Os danos do incêndio florestal em Lahaina, no Havaí, em registro de 12 de agosto. — Foto: AP
O número de vítimas fatais dos incêndios no Havaí, os mais letais em mais de um século nos Estados Unidos, chegou a 93 pessoas neste domingo (13). A cifra, porém, ainda pode aumentar, de acordo com as autoridades locais.
O desastre ocorre depois de a América do Norte ter sofrido vários fenômenos climáticos extremos nos últimos meses, desde incêndios florestais recordes no Canadá até uma onda de calor que atingiu o sudoeste dos Estados Unidos.
A Europa e algumas partes da Ásia também sofreram com ondas de calor, inundações e grandes incêndios. Os cientistas dizem que a mudança climática causada pela ação do homem agrava os desastres naturais, tornando-os mais comuns e letais.
‘A era da fervura global chegou’, afirmou em julho o secretário-geral da ONU, António Guterres, depois da confirmação que as três primeiras semanas do mês foram as mais quentes já registradas.
No Havaí, as causas exatas das chamas ainda são desconhecidas, mas o que se sabe é que o tempo excepcionalmente seco e fortes ventos na região ajudaram a alimentar o fogo e a deixar a vegetação da ilha de Mauí altamente inflamável.
Segundo dados do governo dos EUA, cerca de14% do estado do Havaí está enfrentando uma seca severa ou moderada, o que traz condições bastante propícias para os incêndios florestais.
Pesquisadores também constataram que o Havaí está recebendo apenas uma fração da chuva que recebia há um século – cerca de 10% – e desde 2008, a região vem enfrentando um período notavelmente seco.
Entenda a crise do clima em gráficos e mapas
“A mudança climática geralmente não inicia os incêndios; mas os intensifica, aumentando a área que queimam e tornando-os muito mais perigosos”, escreveu em uma rede social a professora Katharine Hayhoe, uma das principais vozes da ciência do clima.
Aliado a isso, especialistas argumentam que a disseminação de gramíneas não nativas inflamáveis em campos agrícolas abandonados também pode ter tido um papel fundamental ao criar as condições propícias para o início e a propagação dos incêndios devastadores.
Mauí também teve problemas no fornecimento de energia, o que impediu que os habitantes recebessem alertas em seus telefones.
Os moradores de Lahaina, cidade da ilha, relataram inclusive não terem ouvido as sirenes de alerta, e muitos descobriram que o incêndio estava próximo quando viram seus vizinhos correndo e gritando.
Este é o incêndio mais mortal nos Estados Unidos desde 1918, quando 453 pessoas morreram em Minnesota e Wisconsin, de acordo com o grupo de pesquisa sem fins lucrativos Associação Nacional de Proteção contra Incêndios.
Os incêndios devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago e obrigaram à retirada de milhares de pessoas. O fogo começou na madrugada da última terça-feira (8), e seu rápido avanço colocou em risco mais de 35.000 pessoas em várias localidades da ilha do Mauí, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí.
Visão aérea de áreas queimadas em Lahaina, na ilha de Maui, no Havaí, na última sexta-feira, 11 de agosto de 2023, após a passagem de um incêndio florestal. — Foto: AP
Apenas uma pequena parte da área queimada pôde ser vasculhada em busca de vítimas.
“Nenhum de nós sabe ainda a magnitude” do desastre, reconheceu o chefe da polícia do Maui, John Pelletier.
O incêndio afetou mais de 2200 estruturas no povoado costeiro de Lahaina, no oeste do Mauí, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA (FEMA), estimando também perdas financeiras de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões na cotação atual).
O calor das chamas era tão forte que os corpos recuperados são difíceis de identificar, afirmou Pelletier, acrescentando que apenas dois deles puderam ser identificados por enquanto.
O incêndio “fundiu o metal”, relatou o chefe de polícia, que chamou os familiares dos desaparecidos para fazerem testes de DNA para tentar identificar os restos mortais encontrados.
As críticas à reação das autoridades são cada vez maiores, pois os moradores reclamam dafalta de alertas sobre a chegada do incêndio, que deixou dezenas de pessoas presas na cidade turística.
A montanha atrás de nós pegou fogo e ninguém nos disse.
— Vilma Reed, moradora de 63 anos que teve sua casa destruída.
Reed disse que sua família conseguiu fugir das chamas apenas com o tinha no carro e agora depende de doações e da gentileza de estranhos.
“Esta é a minha casa agora”, disse a mulher, ao apontar para o carro onde dormiu com sua filha, seu neto e dois gatos.
A procuradora-geral do Havaí, Anne Lopez, anunciou a abertura de uma investigação sobre como a crise foi gerenciada, com “uma revisão exaustiva da tomada de decisões críticas e das políticas em vigor” na região.
Lahaina, uma localidade de mais de 12 mil habitantes que já foi a capital do chamado Reino do Havaí, ficou em ruínas, e suas lojas, hotéis, casas e restaurantes, reduzidos a cinzas.
Membros da Guarda Nacional do Havaí auxiliam funcionários do condado e do estado de Maui nos esforços de busca e recuperação após incêndios florestais devastarem a cidade histórica de Lahaina — Foto: Guarda Nacional dos EUA/sargento mestre Andrew Jackson/Folheto via Reuters
O condado do Mauí informou pelo menos 93 mortes na noite de sábado, atualizando o balanço anterior de 89 óbitos.
O governador Josh Green alertou, entretanto, que o número oficial de mortos deve aumentar. “Vai continuar aumentando. Queremos preparar as pessoas para isso”, advertiu.
Green defendeu ainda trabalho das autoridades e disse que a situação se complicou porque vários incêndios aconteceram ao mesmo tempo, alimentados por fortes ventos.
“Com essa tempestade, duvidamos de que teríamos conseguido fazer algo mais com um incêndio tão forte e rápido como esse”, afirmou.
Informações TBN
Foto: Miguel Gutiérrez/EFE.
A Suprema Corte ordenou uma intervenção e destituiu a direção do Partido Comunista da Venezuela (PCV). A sigla, que faz oposição ao governo de Nicolás Maduro, denunciou neste sábado, 12, que é vítima de um “ataque” ao criticar a decisão da Justiça.
“O governo de Nicolás Maduro consumou um ataque ao Partido Comunista da Venezuela por meio de sentença judicial arbitrária”, afirma a nota. Ainda de acordo com a legenda, os interventores destacados para dirigir o partido são “mercenários a serviço da cúpula do PSUV [Partido Socialista Unido da Venezuela, que governa o país]”.
A Suprema Corte nomeou uma junta diretiva que deve organizar “processos democráticos internos” dentro do Partido Comunista. O grupo será liderado por Henry Parra, que apresentou um recurso contra a direção do PCV em julho do ano passado.
A partido afirma que a medida “não só cria um precedente grave na história política e jurídica do país, como deixa claro o caráter autoritário, antidemocrático e reacionário do governo”.
O PCV foi aliado do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), mas rompeu com Nicolás Maduro e é crítico da política econômica do governo. Os comunistas foram contra a flexibilização do rígido controle econômico na Venezuela e reclamam da desvalorização da moeda local, corroída pela inflação.
A ordem que destituiu a direção do Partido Comunista da Venezuela lembra a decisão que atingiu a organização Vontade Popular, dos opositores exilados Leopoldo López e Juan Guaidó, em 2020. Naquele mesmo ano, a Justiça também decretou intervenções em outros dois dos principais partidos de oposição: Ação Democrática e Justiça Primeiro.
Mais recentemente, a Suprema Corte também ordenou uma intervenção na Cruz Vermelha. O então presidente Mario Villarroel foi destituído depois de cerca de 40 anos à frente da organização humanitária. A justificativa para a intervenção foi uma acusação de intimidação e maus tratos a funcionários da ONG.
Villarroel, de 75 anos, passou a ser investigado pelo Ministério Público depois de virar alvo de governistas, acusado por Diosdado Cabello, número dois do Partido Socialista Unido da Venezuela, de “conspirar” contra Maduro.
Em outra medida controvertida, a ditadura venezuelana tornou inelegível a líder opositora María Corina Machado, que era uma das favoritas para as eleições deste ano. Da ala mais radical da oposição, ela tinha a ambição de derrotar Maduro para promover uma “transformação total” na Venezuela, mas foi inabilitada a exercer cargos públicos por 15 anos.
Com isso, Corina se junta a outros dois nomes importantes da oposição que já haviam sido barrados da disputa eleitoral: Juan Guaidó e Henrique Capriles.
Fonte: O Estadão.
A passageira Mackenzie Hill entrou na Justiça americana nesta terça (8) contra a empresa Unifi Aviation após ter testemunhado um de seus funcionários ser “engolido” pela turbina de um avião da Delta Air Lines em 23 de junho no Aeroporto Internacional de San Antonio, no Texas.
Segundo documentos judiciais obtidos pelo site Insider divulgados nesta quarta (9), o funcionário em questão era um homem de 27 anos, David Renner, que trabalhava para a Unifi como apoio às operações de solo da Delta Air Lines. Renner faleceu após o incidente.
Mackenzie Hill reclama à empresa por uma indenização de US$ 1 milhão ou R$ 4,9 milhões por “imposição intencional de sofrimento emocional”. No processo, em trânsito da Corte Distrital do Oeste do Texas, ela relata que retornava a San Antonio de Los Angeles após uma “conferência de igreja e cerimônia de graduação” de seu curso de dois anos que “preparava mulheres para o ministério” [de sua denominação religiosa].
Sentada no assento 11 A, junto à janela próxima ao motor do lado do capitão, Mackenzie presenciou o momento em que David Renner “veio caminhando desconfortavelmente perto” na direção dos motores do avião enquanto este taxeava até o portão de embarque e desembarque, por volta das 10h25, e acabou sugado pela aeronave.
Em seguida, a tripulação do voo instruiu os passageiros que fechassem suas janelas e pediu que se mantivessem sentados por 15 minutos. A passageira se ofereceu para permanecer no local e dar seu depoimento à polícia, mas foi informada de que não era necessário. De acordo com os autos do processo obtidos pelo Insider, a equipe da Delta não sabia que investigadores estavam no local procurando por testemunhas.
O legista local determinou que a causa da morte de David Renner foi suicídio devido a “lesões abruptas de força bruta”, segundo informações do Departamento de Medicina Legal de Bexar County à radio NPR. Sua herança também é alvo do processo de reparação instaurado por Mackenzie Hill, mas a família não se pronunciou ao Insider sobre o assunto.
Apesar de a ação não ter sido movida também contra a Delta, que não comentou o assunto, um representante da companhia aérea afirmou ao site em junho, logo após a morte de Renner, que seus funcionários estavam “de coração partido e de luto pela perda de um membro da família da aviação em San Antonio”. “Nossos corações e nosso apoio irrestrito estão com a família, os amigos e entes queridos durante este momento difícil”.
Segundo os documentos apresentados aos tribunais, Mackenzie Hill tem passado por “pesadelos e flashbacks” e foi diagnosticada com Transtorno de Estresse Pós-Traumático desde então. “Ela está em recuperação, mas se sente permanentemente ferida e marcada pelo que aconteceu”, relatou seu advogado, James Wood, ao Insider.Continua após a publicidade
À Justiça, a passageira alega que a Unifi tinha conhecimento do estado mental do seu funcionário e “poderia ter impedido que este incidente acontecesse”, já que David Renner teria postado “mensagens alarmantes” nas redes sociais sobre sua saúde m ental nos anos anteriores à sua morte. Os conteúdos em questão seriam de 2018.
Além disso, Renner teria sido preso em 2022 por invasão de propriedade, mas a promotoria desistiu de prosseguir com o caso. Entre as outras queixas feitas por Mackenzie Hill contra a empresa que prestava serviços à Delta estão “contratação, supervisão e retenção negligente [do funcionário], imposição intencional de sofrimento emocional e violações contra o Ato de Práticas de Comércio Enganosas”.
Ela pede indenização por “sofrimento mental passado e futuro, dano físico passado, perda de capacidade de ganhar renda passada e futura, despesas médicas razoáveis e necessárias no passado e no futuro, custos advocatícios”, entre outras acusações. A Unifi negou as alegações na Justiça e seu porta-voz afirmou à publicação que o processo não tem mérito, mas que a empresa mantém “a família e os entes queridos de David Renner em seus pensamentos e orações”.
O advogado de Mackenzie Hill ressaltou que havia cerca de 100 pessoas e que ninguém se apresentou como testemunha, o que o levou a notificar a empresa das queixas da passageira em julho. Diante da falta de contato da Unifi para um acordo, o processo foi encaminhado às cortes americanas.
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
Informações UOL
Guillermo Lasso disse que Forças Armadas serão mobilizadas para garantir as eleições e segurança nacional. Candidato à presidência foi assassinado a tiros em Quito.
Presidente do Equador, Guillermo Lasso, durante pronunciamento oficial — Foto: Reprodução/Governo do Equador
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção e garantiu que as eleições presidenciais estão mantidas para o dia 20 de agosto. Lasso fez um pronunciamento durante a madrugada desta quinta-feira (10).
A declaração foi feita horas depois de um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio, ser assassinado a tiros ao deixar um comício em Quito. Nove pessoas ficaram feridas no atentado, e seis foram presas. Um dos suspeitos foi morto em uma troca de tiros com a polícia.
Lasso afirmou que, com o estado de exceção, as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir as eleições e a segurança nacional.
“Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse o presidente.
Lasso disse ainda que o Equador não vai retroceder diante daqueles que buscam amedrontar o país. O presidente afirmou que as instituições democráticas não vão entregar o poder ao crime organizado.
O grupo criminoso “Los Lobos”, um dos maiores do país, assumiu a autoria do ataque e disse que “é isso que acontece com políticos corruptos que não cumprem suas promessas”.
Em um vídeo, propagado pelo grupo, eles dizem que o ex-candidato teria recebido milhões de dólares deles para financiar sua campanha.
O governo equatoriano também decretou luto oficial de três dias para homenagear Fernando Villavicencio.
O Itamaraty publicou uma nota transmitindo suas condolências aos familiares, ao governo e à população equatoriana.
Vídeo mostra o momento em que o candidato à presidência do Equador é assassinado
Segundo a imprensa do Equador, Fernando Villavicencio sofreu três tiros na cabeça ao deixar o comício em Quito.
Imagens que circulam pelas redes sociais mostram o candidato deixando o local onde acontecia o comício. Ele é colocado em um carro por agentes de segurança. Em seguida, é possível ouvir uma série de disparos de arma de fogo. Veja acima.
Segundo o governo do Equador, os criminosos também usaram uma granada durante o atentado, mas o artefato não explodiu.
O partido Movimiento Construye, ao qual Villavicencio pertencia, informou que também teve a sede atacada por homens armados.
Policiais fizeram buscas por bairros de Quito e conseguiram prender seis pessoas. Em um dos imóveis, os agentes encontraram armas e granadas.
Armas e granadas foram apreendidas com suspeitos de assassinato a candidato Fernando Villavicencio, no Equador — Foto: Fiscalía de Ecuador/Divulgação
Informações G1
Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça. O homicídio ocorreu na noite desta quarta-feira, 9, em Quito. A eleição será daqui a dez dias.
De acordo com a imprensa local, o assassinato ocorreu por volta das 18h20. Não há informação sobre a quantidade de feridos no atentado, mas os responsáveis pela campanha de Villavicencio afirmaram que pelo menos oito pessoas sofreram os disparos.publicidade
No momento do ataque, Villavicencio saia de um comício na capital do Equador. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o candidato sofre os tiros.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou a morte de Villavicencio. “Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial”, disse, nas redes sociais. “Minha solidariedade e minhas condolências a sua esposa e suas filhas. Pela sua memória e por sua luta, asseguro que esse crime não ficará impune.”
Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista de profissão. Foi deputado federal entre 2021 e 2023. Nas eleições deste ano, assumiu um discurso contrário ao narcotráfico — um dos problemas daquele país.
Para ter uma ideia, o narcotráfico é responsável pela morte de um prefeito e um deputado nas eleições deste ano. Outros políticos em campanha já relataram ter sofrido ameaças de morte.
Adversário do ex-presidente Rafael Correa, Villavicencio chegou a ser condenado a 18 anos de prisão. O motivo: a Justiça do Equador qualificou como “injúria” suas declarações contra Correa.
Na ocasião, Villavicencio disse que Correa tinha dado ordens para que o hospital da polícia fosse invadido por homens armados. A afirmação ocorreu na esteira de rebeliões policiais, que assolaram cidades do país naquele ano.
Informações Revista Oeste
Recentemente, o Catar e a Argentina celebraram um acordo bilateral que permitirá à nação sul-americana pagar parte de seu empréstimo com o Fundo Monetário Internacional — FMI. O país localizado na Península da Arábia, famoso pela riqueza proveniente da exploração de petróleo, concedeu um empréstimo de US$ 775 milhões a Buenos Aires.
Alberto Fernández, o presidente da Argentina, assinou o contrato na sexta-feira 4, e o acordo foi oficializado no Diário Oficial do país. Porém, a princípio o governo argentino não pretende gastar suas reservas internacionais a fim de quitar parte da dívida contraída do FMI. publicidade
O vencimento de juros do empréstimo do FMI foi pago com a ajuda do país do Oriente Médio. De acordo com o jornal portenho Clarín, a Argentina irá pagar o governo do Catar com a taxa de juros atual do FMI, que é de 4% — sem, contudo, incluir sobretaxas ou outros spreads.
O país sul-americano recebeu o empréstimo do FMI em 2018, pelo governo do então presidente Mauricio Macri; o valor do montante foi de US$ 57 bilhões. Porém, ao assumir o governo, o presidente socialista Fernández interrompeu os repasses de recursos.
No entanto, quando da posse de Fernández, a Argentina já tinha uma dívida de mais de US$ 44 bilhões com o FMI. Assim, em março de 2022, o novo governo teve de negociar novas condições para quitar a dívida. Na segunda-feira 2, Buenos Aires pagou US$ 2,7 bilhões da dívida. E, de acordo com Sergio Massa, ministro da Economia e pré-candidato à presidência do país, a Argentina não usou “um único dólar de suas reservas para pagar o vencimento”.
Um empréstimo emergencial fornecido em 28 de julho pela Corporação Andina de Fomento — CAF — possibilitou ao governo argentino efetuar o pagamento de US$ 1 bilhão da dívida. Ainda de acordo com Massa, o restante da dívida foi paga em yuans, moeda chinesa, por meio de swapscambiais.
Quem expôs as negociações entre a Argentina e a China foi o embaixador chinês em Brasília, Zhu Qingqiao. Por engano, o diplomata postou em seu perfil no WhatsApp uma mensagem que recebeu com um pedido para que a China ajudasse o país sul-americano.
Informações Revista Oeste
Foto: Volodymyr Tarasov/Ukrinform/Future Publishing/Getty Images.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou neste domingo Luiz Inácio Lula da Silva de “coincidir com as narrativas” do líder russo Vladimir Putin, após o mandatário brasileiro ter dito que nem Rússia, nem Ucrânia querem a paz, “enquanto ainda há pessoas morrendo”.
“Não sei por que é que (Lula) tem de coincidir com as narrativas de Putin”, disse Zelensky durante uma entrevista à Agência EFE e a vários veículos de comunicação latino-americanos em Kiev, quando questionado sobre as declarações feitas pelo presidente brasileiro nesta semana.
Zelensky comentou que Putin “não é diferente de nenhum colonizador”, afirmando que ele “mente e manipula constantemente” e que “está matando crianças e estuprando mulheres”.
“Espero que ele (Lula) tenha uma opinião própria. Não creio que seja necessário que os seus pensamentos coincidam com os pensamentos do presidente Putin”, acrescentou Zelensky, que afirmou que declarações como as do mandatário brasileiro “não ajudam a trazer a paz”.
O chefe de Estado ucraniano insistiu em convidar Lula a se reunir com ele para falar pessoalmente sobre o que está acontecendo na Ucrânia.
“Para ser honesto, se o presidente Lula quiser me dizer alguma coisa, que se sente (comigo) e me diga. Pensei que ele tivesse uma compreensão mais ampla do mundo”, enfatizou.
Lula já se apresentou em várias ocasiões como um possível mediador entre Ucrânia e Rússia. Enquanto o presidente brasileiro defende o início das conversas nas atuais circunstâncias, Zelensky se recusa a comparecer à mesa de negociações enquanto a Rússia não retirar as suas tropas dos territórios que ocupa na Ucrânia.
Fonte: Gazeta do Povo.