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Foto: MS/Ailton de Freitas

O governo federal garantiu nesta sexta-feira (30) que toda a população brasileira estará totalmente imunizada contra a Covid-19 até o final do ano, como resultado de uma campanha, que garantiu, avança bem e a um ritmo constante.

– Nossa palavra em relação à imunização é esperança. Já temos doses suficientes para os próximos meses e é possível garantir que até o final de 2021 teremos toda a população totalmente vacinada – disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Ele afirmou que até ao início desta semana foram inoculadas 16 milhões de doses e lembrou que este número é superior ao da população total de muitos países.

Em entrevista coletiva virtual organizada em Genebra pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Queiroga disse ser iminente que o governo fechará um novo contrato com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech para receber mais 100 milhões de doses da vacina.

O Brasil, que ontem ultrapassou a marca de 400 mil mortes por Covid-19, é o segundo país com mais vítimas da doença, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos – mais de 14,5 milhões -, também atrás dos EUA e da Índia, agora o principal foco global da pandemia.

Além da vacinação, o ministro disse que o Brasil continua monitorando as variantes do vírus que existem ou que podem surgir.

– Estamos investigando se as variantes são suscetíveis às vacinas – afirmou.

Queiroga também lamentou as informações recebidas pela população que acabam questionando a eficácia ou segurança de certas vacinas, o que desestimula algumas pessoas de irem receber sua dose.

O ministro da Saúde argumentou que tais atitudes não fazem sentido e, referindo-se à vacina fabricada pela AstraZeneca, garantiu se tratar de um medicamento comprovadamente eficaz e seguro.

EFE


Foto: Jorge MagalhãesÉ necessário apresentar RG, CPF e comprovante de residência

Nesta sexta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde intensifica a vacinação contra a Covid-19. Idosos com 60 anos ou mais podem receber a primeira dose em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Feira de Santana, inclusive nas Unidades de Saúde da Família (USFs) nos distritos. A aplicação será por ordem de chegada, das 8h às 17h, e não precisa de agendamento.

Os trabalhadores da Saúde também podem ser vacinados com a primeira dose no estacionamento do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), das 8h às 12h. Para ser vacinado é necessário comprovar o vínculo de trabalho em uma instituição de saúde, apresentando algum documento. Os autônomos devem levar uma autodeclaração que comprovem sua atuação na área.

Além disso, outros documentos como identidade original com foto, CPF e comprovante de residência também são essenciais.  São considerados trabalhadores da saúde aquelas pessoas que atuam em clínicas, consultórios e entre outros locais que oferecem serviços de saúde.

Quem são os trabalhadores que podem tomar a vacina?
Trabalhadores da Assistência: Agentes Comunitários de Saúde; assistentes sociais; enfermeiros; farmacêuticos; fisioterapeutas; fonoaudiólogos; médicos; nutricionistas; odontólogos; psicólogos; técnicos e auxiliares de enfermagem e de saúde bucal e terapeutas ocupacionais.
Trabalhadores da Vigilância em Saúde:profissionais da vigilância sanitária, epidemiológica, saúde ambiental, saúde do trabalhador e dos laboratórios.
Trabalhadores da Gestão: secretários de saúde, diretores, coordenadores, gerentes, administradores, demais gestores.
Trabalhadores do apoio: auxiliares administrativos; almoxarifes; trabalhadores da copa e fornecimento de alimentação. 
Trabalhadores da Conservação:trabalhadores da conservação predial e trabalhadores da limpeza.

Confira os locais da vacinação:
 
Unidades Básicas de Saúde:
UBS Cassa
UBS Subaé 
UBS Caseb 1
UBS Caseb 2
UBS Baraúnas
UBS Irmã Dulce
UBS Mangabeira
UBS Serraria Brasil
UBS Jardim Cruzeiro
UBS Dispensário Santana
UBS CSU (Centro Social Urbano)Unidades de Saúde da Família nos distritos:
Bonfim de Feira
Maria Quitéria (São José)
Humildes
Tiquaruçu
Jaíba
Jaguara
Matinha

Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA)
Estacionamento


Foto: Thiago Paixão

São 13.050 doses da vacina de Oxford e 590 da CoronaVac 

Mais 13.640 doses da vacina contra a Covid-19 foram recebidas pela Secretaria Municipal de Saúde, nesta quinta-feira, 29. São 13.050 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, para aplicação em primeira dose em idosos entre 60 e 64 anos, quilombolas, trabalhadores das forças de segurança pública e salvamento, além de pessoas com comorbidades.

Também foram enviadas ao município 590 doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, para aplicação em segunda dose de idosos entre 65 e 69 anos, bem como trabalhadores das forças de segurança pública e salvamento. Segundo o secretário de Saúde, Marcelo Brito, as doses começarão a ser distribuídas nesta sexta-feira (30).

“Começa a distribuição das doses para todas as Unidades Básicas de Saúde, respeitando o cronograma de vacinação e fazendo as devidas modificações para atingir todos os grupos. Tudo requer planejamento para evitar aglomerações. Assim que o cronograma for reajustado, a vacinação será retomada com força total”, afirma o secretário.


Ministério da Saúde irá distribuir a vacina entre as 27 capitais, de forma igualitária, entre sexta-feira (30) e sábado (1º)

Foto: Reprodução/Vanderlei Duarte/EPTV
Foto: Reprodução/Vanderlei Duarte/EPTV

O avião que trazia 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech comprada pelo Brasil pousou na noite desta quinta-feira (29) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas-SP. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanhou o desembarque do primeiro lote de um contrato para 100 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19.

De acordo com o G1, o voo que trouxe as doses saiu da Bélgica, fez escala em Miami, nos Estados Unidos, e chegou a Viracopos com um atraso de 22 minutos da previsão inicial. O esquema montado para realizar o desembarque envolveu pelo menos 120 profissionais e forte esquema de segurança da Polícia Federal.

Ainda segundo a publicação, de Campinas, as doses serão encaminhadas para o centro de distribuição do governo federal em Guarulhos-SP, onde serão armazenadas em câmaras frias a uma temperatura de -70ºC.

O Ministério da Saúde informou que, por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, irá distribuir a vacina entre as 27 capitais do país de maneira proporcional e igualitária entre sexta-feira (30) e sábado (1º).

Informações Bahia.ba


Carregamento chegou a Montevidéu, no Uruguai, e depois será distribuído aos países da América do Sul

Vacinas serão aplicadas em seleções da Copa América, e torneios internacionais como a Copa Libertadores e a Sul-Americana Foto: Reprodução 

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, confirmou que as 50 mil doses de vacinas contra a Covid-19, doadas pelo laboratório chinês Sinovac, foram recebidas pela entidade. O lote chegou a Montevidéu, no Uruguai, e depois será distribuído para os países da América do Sul.

– As vacinas para o futebol sul-americano já chegaram à América do Sul. A Conmebol se tornará a primeira organização civil do mundo a realizar uma vacinação que beneficiará milhares de famílias nos 10 países e representará uma valiosa cooperação com as campanhas de imunização promovidas pelos governos. A vacinação é um grande avanço em direção ao que todos almejamos: a volta plena do futebol, com sua explosão de cor, alegria e paixão, no campo e nas arquibancadas. A Conmebol está trabalhando incansavelmente e nos orgulhamos dos grandes passos que demos até agora. – publicou o dirigente nas redes sociais, com uma foto sua ao lado da taça da Copa América e na carga das vacinas.

As vacinas serão aplicadas nas seleções que disputarão a Copa América e nas equipes que participam de torneios internacionais da Conmebol, como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana. A entidade também pretende imunizar times masculinos e femininos da primeira divisão dos dez países filiados, assim como árbitros e todos os envolvidos na organização dos eventos.

No Brasil, a CBF precisa de uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber as doses. Seguindo a Lei nº 14.125/2021, que autoriza a importação de vacinas contra o novo coronavírus em território nacional, os imunizantes terão de ser repassados primeiro ao SUS, para que sejam incorporados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A pandemia afetou principalmente torneios de seleções organizados pela entidade. No ano passado, a Copa América precisou ser adiada. Em 2021, foi a vez de as Eliminatórias sentirem o impacto. As rodadas previstas para março acabaram desmarcadas. Entre competições de clubes, a Libertadores permaneceu paralisada em 2020 por cerca de seis meses.

*Estadão


Um milhão de doses devem chegar às 19h ao Aeroporto de Viracopos

Mulher segura frasco rotulado como de vacina contra Covid-19 em frente a logo da Pfizer em foto de ilustração
Foto: Reuters/Dado Ruvic/ Direitos Reservados

O primeiro lote de 1 milhão de doses de vacinas da Pfizer chega hoje (29) ao Brasil. O voo está previsto para aterrissar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h.

As doses serão distribuídas aos 26 estados e ao Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais devido às condições de armazenamento da vacina, que exige temperaturas muito baixas.

Conforme o Ministério da Saúde, os entes federados receberão de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.

Por essa razão, o ministério informou que enviará duas remessas diferentes. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, à primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber.  

O Ministério da Saúde comprou 100 milhões de doses do imunizante. Em março, em reunião com a farmacêutica, a pasta apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões. 


São Paulo – A decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de negar o pedido de importação da vacina Sputnik V, imunizante russo contra a covid-19, recebeu apoio de membros da comunidade científica. Cientistas e especialistas de diferentes áreas usaram as redes sociais para elogiar a agência.

Ontem, os cinco diretores da Anvisa seguiram as recomendações das três áreas técnicas que analisaram o pedido e encontraram falhas nos estudos e processos produtivos da vacina, além da falta do relatório técnico da vacina. A análise feita pela agência era referente ao pedido de importação de 29,6 milhões de doses por dez estados, entre eles, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso, Acre e Rondônia.

“Verificamos a presença de adenovírus replicante em todos os lotes. Isso é uma não-conformidade grave e está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral. A presença de um adenovírus pode ter impacto na nossa segurança quando utilizamos a vacina”, destacou Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da agência durante a audiência extraordinária.

No Twitter, a médica epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin, dos Estados Unidos, Denise Garrett classificou o trabalho do corpo técnico da Anvisa como “exemplar”.

“Fizeram um trabalho meticuloso e bem respaldado. Não significa que a vacina não venha a ser boa. Significa que faltam dados. A pressão não deve ser na Anvisa, deve ser no Instituto Gamaleya para enviar os dados”, escreveu.

O médico e advogado sanitarista Daniel Dourado também usou a rede social e afirmou que a avaliação da agência foi “criteriosa e correta, semelhante à que foi feita com todas as outras vacinas, inclusive as aprovadas” e que, com os dados disponíveis, não seria possível aprovar a importação da vacina.

“É totalmente compreensível a pressa de governadores, mas a Anvisa tem obrigação de garantir a qualidade vacina e não há como fazer isso hoje”, disse.

O médico epidemiologista Paulo Lotufo, professor da USP (Universidade de São Paulo), alertou que a aprovação em outros países não significa garantia de que uma substância é segura.

“A talidomida indicada para enjoo na gravidez nos anos 50 foi proibida em um único país, os Estados Unidos. Europa e Brasil a aprovaram e o resultado é conhecido até agora com pessoas que nasceram mutiladas. O que importa é a qualidade da avaliação, não o número de aprovações”, escreveu no Twitter.

Informações UOL


Foto: reprodução/Vaticano

Após aprovar um projeto de lei que incluiu as atividades religiosas no rol das práticas essenciais durante a emergência da Covid-19, os deputados da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) poderão apreciar, em breve, o PL 24.153/2021, que eleva os líderes religiosos à categoria de grupos de risco da doença pandêmica, passando a ter prioridade na vacinação. A proposta é de autoria do deputado estadual Tum (PSC) e foi publicada no Diário Oficial do Legislativo desta terça-feira (27).

“Conceitua-se líder religioso como condutor, como guia, o que comanda. É aquele que facilita a relação entre o homem e o seu ambiente de vida. É aquele que tem uma visão global, é aquele que sabe ensinar e também aprender. É a pessoa que ocupa uma posição social de destaque e de liderança dentro das igrejas batista, católica, evangélica, presbiteriana e de matriz africana, espírita e judaica”, diz o texto.

Na justificativa, o parlamentar afirma que as atividades religiosas “têm se mostrado imprescindível como forma de apoio as bases sociais, e têm se mostrado ainda mais importantes no amparo à familiares e pessoas acometidas pelo covid-19, quando fomenta o suporte espiritual e social de toda à sociedade”.

Proposta semelhante também tramita na Assembleia Legislativa de Goiás. Os líderes religiosos não integram nenhum dos grupos expressos pelo Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde.

Informações: Bahia Notícias


Foto: Thiago Paixão

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizará nesta quinta-feira (29), a vacinação contra a Covid-19 dos agentes da segurança pública. Essa categoria foi incluída no plano de imunização, seguindo determinação do Ministério da Saúde (MS), que definiu o público como prioritário nesta etapa da campanha.

A imunização será realizada das 8h às 17h, no Primeiro Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (1º BEIC), próximo à UEFS. A ação segue uma lista de profissionais que atuam na linha de frente em combate a Covid-19, disponibilizada pelas corporações.

A aplicação vai ser distribuída por turno. Das 8h às 12h, serão vacinados com a segunda dose os policiais militares, civis e federais, guardas municipais, bombeiros e agentes de trânsito, acima de 50 anos, que receberam o imunizante em 1º de abril.

Das 13h às 17h, a vacinação será apenas para aplicação da primeira dose dos profissionais das forças de segurança e salvamento de 45 a 49 anos que estejam em pleno exercício das atividades.

Secom


Compra da vacina foi solicitada por estados e municípios

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foto: Marcelo Camargo

Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (26). O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião. 

“Para os pleitos ora em deliberação, o relatório técnico da avaliação da autoridade sanitária ainda não foi apresentado, os aspectos lacunosos não foram supridos, conforme as apresentações técnicas. Portanto, diante de todo o exposto, verifica-se que os pleitos em análise não atendem, neste momento, às disposições da Lei 14.124 e da Resolução da Diretoria Colegiada 476, de 2021, razão pela qual eu voto pela não autorização dos pedidos de importação e distribuição da vacina Sputnik V solicitados pelos estados que já relacionamos”, afirmou o diretor-relator. O voto do relator foi seguido pelos outros relatores da agência.

A deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela Lei n º 14.124/21, e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Caso não houvesse essa análise por parte da Anvisa, a vacina poderia ser importada. 

Os estados que tiveram seus pedidos avaliados pela Anvisa foram: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Além desses, também estão com pedidos pendentes de avaliação, ainda dentro do prazo, os estados de Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá e Pará, e os municípios de Niterói (RJ) e Maricá (RJ). Ao todo, esses pedidos somam 66 milhões de doses, que poderiam vacinar cerca de 33 milhões de pessoas, por meio de duas doses.      

Antes da votação dos diretores, gerentes de três departamentos da Anvisa apresentaram seus pareceres técnicos contra a compra da Sputnik V. Os relatórios foram incorporados ao voto do diretor-relator, Alex Machado Campos.

Vírus replicante  

Em sua apresentação, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune. 

O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.    

“Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave”, disse Mendes. “Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik”, 

Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins. 

Documentação 

Em outra avaliação, dessa vez sobre as empresas que fabricam a vacina, a Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização da Anvisa informou que não foi apresentado o relatório técnico de aprovação do imunizante russo para verificar o controle de qualidade na fabricação. 

Por causa disso, a Anvisa analisou documentos próprios e de outras autoridades regulatórias internacionais e solicitou a realização de uma inspeção presencial em duas das empresas que fabricam a vacina na Rússia, a Generium e a UfaVITA. A inspeção no Instituto Gamaleya, que é o desenvolvedor da vacina, foi negada pelo governo russo. Essa inspeção foi realizada ao longo da semana passada por três técnicos enviados pela agência. Na visita, de acordo com a gerente de inspeção, Ana Carolina Merino, foram constadas não conformidades na fabricação da vacina, que impactam, entre outras, na garantia de esterilidade do produto. 

“Neste momento, o risco inerente à fabricação não é possível de ser superado, tanto para o insumo fabricado pela Generium quanto pelos produtos acabados fabricados pela Generium e pela UfaVITA, então a nossa gerência não recomenda a importação da vacina”, afirmou. 

Em outro parecer, a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, Suzie Marie Gomes, afirmou haver falta de informações conclusivas sobre eventos adversos de curto, médio e longo prazos decorrentes do uso da vacina, o que prejudica a avaliação do produto. “Eu chamo a atenção também para que a ausência de dados também é informação. A ausência de comprovação é considerada uma evidência, e uma evidência forte, sobretudo quando temos uma estimativa de população exposta ao risco que beira os 15 milhões de cidadãos”, afirmou.

Informações Agência Brasil

1 50 51 52 53 54 62