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Foto: Secom

Nas últimas 24h, Feira de Santana registrou mais 131 pacientes recuperados da Covid-19 e atingiu a marca de 21.757 curados da doença desde o início da epidemia, índice que representa 94,8% dos casos confirmados. Enquanto isso, 299 exames foram negativos e 68 positivos.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 51 pacientes internados no município e 764 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. O informativo também confirma mais quatro mortes. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde nesta terça-feira (26).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTA TERÇA-FEIRA

26 de janeiro de 2021

Casos confirmados no dia: 68
Pacientes recuperados no dia: 131
Resultados negativos no dia: 299
Total de pacientes hospitalizados no município: 51
Óbitos comunicados no dia: 4
Datas dos óbitos: 11/01, 21/01, 22/01 e 25/01

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 764
Total de casos confirmados no município: 22.932 (Período de 06 de março de 2020 a 26 de janeiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 713
Total de recuperados no município: 21.757
Total de exames negativos: 32.585 (Período de 06 de março de 2020 a 26 de janeiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 497
Total de óbitos: 411

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 21.065 (Período de 06 de março de 2020 a 26 de janeiro de 2021)
Resultado positivo: 3.737 (Período de 06 de março de 2020 a 26 de janeiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 16
Resultado negativo: 17.328 (Período de 06 de março de 2020 a 26 de janeiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Foto: Jorge Magalhães

A vacinação contra a Covid-19 em Feira de Santana será realizada nesta terça-feira, 26, oitavo dia de imunização, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural – manhã e tarde.

Conforme cronograma da Secretaria de Saúde, serão imunizados pela manhã, no auditório da SMS, os profissionais que trabalham no NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família) e os vacinadores. Já à tarde, a vacinação contempla os profissionais que atuam nas UPAs, policlínicas e hospitais.

A Secretaria de Saúde reforça que a população não procure as unidades de saúde, porque neste momento será vacinado somente o público-alvo da primeira fase – além dos profissionais de saúde, os idosos residentes em asilos e abrigos.


Um prestigioso estudo internacional prova que um medicamento anticâncer bloqueia a multiplicação do coronavírus em células humanas e em ratos. Dados completos do estudo não foram publicados

Técnicos de laboratório trabalham na empresa PharmaMar.
Técnicos de laboratório trabalham na empresa PharmaMar.EFE

El País- Uma das batalhas mais desesperadas na luta contra o novo coronavírus é encontrar tratamentos eficazes contra a infecção para ajudar as pessoas já contagiadas que estão em alto risco de sofrer de uma doença grave ou morrer de covid-19. Até o momento, a busca por tratamentos tem sido decepcionante. Apenas a dexametasona mostrou reduzir a mortalidade por covid-19 e, na realidade, não combate o vírus, mas a reação inflamatória desenfreada sofrida pelos infectados com o pior prognóstico.

Nesta segunda-feira, uma equipe internacional de pesquisadores publicou os primeiros dados científicos comprovados sobre a eficácia de um novo tratamento que pode se tornar o antiviral mais poderoso contra o novo coronavírus: a plitidepsina. Os cientistas, liderados pelo virologista espanhol Adolfo García-Sastre, do Hospital Monte Sinai, em Nova York, explicam que esse medicamento é cerca de 100 vezes mais potente que o remdesivir, o primeiro antiviral aprovado para tratar a covid-19 e que até agora não demonstrou uma eficácia contundente, como eles mesmos lembram no estudo.

A plitidepsina é uma droga sintética à base de uma substância produzida por uma espécie de ascídias do Mar Mediterrâneo: animais invertebrados e hermafroditas que vivem fixados em pedras ou cais. A empresa PharmaMar desenvolveu o medicamento com o nome comercial de Aplidina para tratar o mieloma múltiplo —um câncer do sangue—, embora por enquanto só tenha sido aprovado na Austrália.

Depois do início da pandemia, a empresa começou ensaios clínicos com o uso desse fármaco contra a covid-19. O composto reduz a carga viral em pacientes hospitalizados, segundo a empresa, apesar de ainda não terem sido publicados dados científicos devidamente revisados para confirmar isso.

A equipe de García-Sastre e especialistas da Universidade da Califórnia em San Francisco, do Instituto Pasteur de Paris e da empresa PharmaMar, rastrearam todas as proteínas do novo coronavírus que interagem com as proteínas humanas. Eles então analisaram drogas já conhecidas que pudessem interferir nessas interações e identificaram 47 promissoras. Entre elas, a plitidepsina parece ser uma das mais viáveis. É entre nove e 85 vezes mais eficaz na prevenção da multiplicação do vírus do que duas outras drogas promissoras do mesmo grupo, de acordo com o estudo, publicado nesta segunda-feira na revista hermafroditas.

Os pesquisadores compararam os efeitos desta droga com os do remdesivir em dois exemplares de ratos infectados com SARS-CoV-2. Os resultados mostram que a plitidepsina reduz a replicação do vírus cerca de 100 vezes mais e que também combate a inflamação nas vias respiratórias.

O trabalho detalha como a droga funciona. A molécula não ataca diretamente o vírus, mas uma proteína humana de que ele precisa para sequestrar o maquinário biológico das células e usá-la para fazer centenas de milhares de cópias de si mesmo. A plitidepsina bloqueia uma proteína humana conhecida como eEF1A, sem a qual o maquinário de replicação do vírus é incapaz de funcionar. “Nossos resultados e os dados positivos dos ensaios clínicos da PharmaMar sugerem que é necessário priorizar novos ensaios clínicos com a plitidepsina para o tratamento de covid”, concluem os autores.

As terapias não dirigidas contra o vírus, mas contra uma proteína específica do paciente são mais resistentes ao aparecimento de novas variantes do vírus. A genética do paciente muda muito menos depressa do que a do vírus, então esse tipo de tratamento não seria tão afetado pela chegada de novas variantes mutantes do coronavírus. A equipe de García-Sastre acaba de publicar outro estudo, neste caso ainda preliminar, no qual mostra que dois desses tratamentos —plitidepsina e ralimetinibe, outra molécula usada contra o câncer— têm eficácia semelhante contra a variante britânica do coronavírus. O mesmo ocorre com o remdesivir, que é diretamente direcionado contra o vírus, mas a plitidepsina é 10 vezes mais potente contra o SARS-CoV-2 do que o remdesivir.

“O mecanismo molecular contra o qual este fármaco é dirigido também é importante para a replicação de muitos outros vírus, incluindo a gripe e o vírus sincicial respiratório”, explicou García-Sastre em um comunicado. Isso sugere que tem potencial para criar antivirais genéricos contra muitos outros patógenos, acrescenta.

Especialistas independentes alertam que ainda há um longo caminho a percorrer. “Estamos diante de um estudo pré-clínico muito bom realizado por um grupo de pesquisadores muito confiável”, comentou Marcos López, presidente da Sociedade Espanhola de Imunologia. “Ainda há pela frente a parte dos ensaios clínicos em pacientes e esclarecer em que momento da infecção esse medicamento poderia ser mais eficaz”, destaca.

Elena Muñez, principal pesquisadora do ensaio Solidarity no hospital Puerta de Hierro, em Madri, alerta que esses resultados “são muito preliminares”. “Esse tipo de dados pré-clínicos se baseia em experimentos com ratos totalmente controlados, situação muito diferente da realidade que vemos com pacientes em um hospital”, destaca.

“É um estudo muito promissor porque nos fornece um novo possível tratamento contra a infecção, algo que infelizmente ainda afeta muita gente”, destaca a virologista do CSIC Isabel Sola. Sua equipe fez um estudo anterior com esse medicamento e constatou que era eficaz na prevenção da replicação de um coronavírus que causa um resfriado e outro que pode provocar uma doença fatal, o SARS de 2002. “Vimos que tinha muito mais potência do que o remdesivir”, explica Sola. A plitidepsina atua contra a proteína N do coronavírus, essencial para proteger sua sequência genética e para reunir novas cópias de si mesmo nos estágios iniciais da infecção. Esta droga bloqueia temporariamente uma proteína humana crucial para que o vírus possa realizar essas funções. “Tanto a plitidepsina como o remdesivir teriam efeito apenas nas fases iniciais da infecção, durante as quais ainda há replicação viral, mas não nos estágios posteriores e mais graves, quando já há uma inflamação generalizada”, acrescenta.

Um dos pontos fortes a favor desse novo medicamento é que há evidências abundantes de que não é tóxico em doses moderadas. Parte da informação vem de estudos realizados para medir seu efeito contra o mieloma, mas também de outros ensaios em que estava sendo testada uma dose desse medicamento muito semelhante à usada contra a covid-19 em combinação com a dexametasona, o corticosteroide que hoje é o único tratamento contra covid que demonstrou salvar vidas. Nesses estudos, a plitidepsina não teve efeitos colaterais graves. “O mecanismo de ação deste fármaco é novo”, afirma Ana Fernández Cruz, assistente de doenças infecciosas do Hospital Puerta de Hierro, em Madri. “Por ser direcionado às células da pessoa infectada e não ao vírus, poderia ser usado em combinação com o remdesivir, o que é positivo”, destaca.

A PharmaMar está finalizando o documento oficial para solicitar o início de um ensaio de fase III, no qual será estudada a eficácia do medicamento em pacientes hospitalizados por covid-19. “Este trabalho confirma tanto a poderosa atividade como o alto índice terapêutico da plitidepsina e que, por seu especial mecanismo de ação, inibe o SARS-CoV-2, independentemente de qual for sua mutação em sua proteína S, como as das cepas britânicas, sul-africanas, brasileira ou as novas variantes que surgiram recentemente na Dinamarca”, explica José María Fernández, presidente da PharmaMar. “Estamos trabalhando com as agências do medicamento para iniciar o teste de fase III que será realizado em vários países”, afirma.


Foto: Divulgação

Nas últimas 24h, Feira de Santana registrou mais 46 pacientes recuperados da Covid-19 e atingiu a marca de 21.626 curados da doença desde o início da epidemia, índice que representa 94,5% dos casos confirmados. Enquanto isso, 121 exames foram negativos e 102 positivos.


O boletim epidemiológico contabiliza ainda 51 pacientes internados no município e 831 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. O informativo também confirma mais três mortes. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde nesta segunda-feira (25).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTA SEGUNDA-FEIRA
25 de janeiro de 2021

Casos confirmados no dia: 102
Pacientes recuperados no dia: 46
Resultados negativos no dia: 121
Total de pacientes hospitalizados no município: 51
Óbitos comunicados no dia: 3
Datas dos óbitos: 17/01, 23/01 e 25/01

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 831
Total de casos confirmados no município: 22.864 (Período de 06 de março de 2020 a 25 de janeiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 780
Total de recuperados no município: 21.626
Total de exames negativos: 32.268 (Período de 06 de março de 2020 a 25 de janeiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 659
Total de óbitos: 407

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 21.047 (Período de 06 de março de 2020 a 25 de janeiro de 2021)
Resultado positivo: 3.734 (Período de 06 de março de 2020 a 25 de janeiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 14
Resultado negativo: 17.313 (Período de 06 de março de 2020 a 25 de janeiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Informação foi confirmada por um dos diretores do instituto indiano Serum

Vacinas de Oxford e da Astrazeneca são negociadas pela Fiocruz Foto: Reprodução

10 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 devem chegar ao Brasil no mês de fevereiro. Segundo Suresh Jadhav, um dos diretores-executivos do Instituto Serum, a Índia vai providenciar toda a quantidade de imunizantes que o Brasil precisar em “um curto período de tempo”. As informações são da CNN.

Jadhav explica que a prioridade é fornecer as doses para nações vizinhas, mas que, assim que o processo estiver concluído, levará uma semana para as doses chegarem aos brasileiros. Ele garante que um novo atraso deve ocorrerá, tal como houve com as primeiras 2 milhões de doses. Isso porque o governo indiano já deu início à sua própria campanha nacional de imunização.

– Não vejo mais obstáculos do lado do governo e obteremos todas as permissões necessárias para garantir o produto para o Brasil, uma vez que as negociações com o governo brasileiro estiverem finalizadas – disse.

O diretor considera que o processo de negociação está avançado e prevê planejamentos de distribuição e transporte. De acordo com ele, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pelos estudos do imunizante no Brasil, está em contato direto e diário com o departamento de exportação.

Na sexta-feira passada (22), desembarcaram no aeroporto de Guarulhos (SP) 2 milhões de doses da vacina. Os carregamentos foram conduzidos ao Rio de Janeiro e entregues à Fiocruz.

Pleno News


Em texto publicado no “The Conversation”, especialista em evolução microbiana detalha o que se sabe sobre variante brasileira, sul-africana e britânica do novo coronavírus

coronavirus sars-cov-2 covid-19 (Foto: NIH/NIAID)
O que são e como surgiram as variantes do Sars-CoV-2 (Foto: NIH/NIAID)

Revista Galileu- Quando o suprimento de oxigênio nos hospitais de Manaus, no Brasil, acabou recentemente, a força aérea foi chamada para evacuações de emergência enquanto os profissionais de saúde tentavam freneticamente salvar vidas com ventilação manual. Para aqueles que não puderam ser salvos, havia apenas morfina e um aperto de mão final.

Por mais calamitosa que seja a situação para os afetados, o aumento devastador de casos de Covid-19 em Manaus nas últimas semanas fez soar o alarme cada vez mais alto para governos e agências em todo o mundo que lutam para controlar a pandemia. Os casos continuam a aumentar no Reino Unido e na África do Sul e, como em Manaus, parecem ser principalmente devido ao surgimento de novas variantes do coronavírus.

Três variantes causando preocupação
A denominação dessas “variantes de interesse”, como os cientistas as chamam, é um tanto confusa. Para simplificar, elas serão chamadas aqui de variantes brasileira, sul-africana e britânica. Todas surgiram recentemente e todas sofreram várias mutações que marcam uma mudança distinta na evolução do vírus. Variantes semelhantes estão quase certamente espalhadas por aí. É provável que mais evoluam.

Apesar de surgirem independentemente em três continentes diferentes, as três variantes compartilham semelhanças impressionantes. Cada um sofreu várias mutações em um curto período de tempo, com muitas no gene que fornece as instruções para a produção da proteína spike do Sars-CoV-2.

A proteína spike é onde as principais batalhas entre humanos e vírus estão sendo travadas, incluindo as vacinas. É a chave de como o patógeno interage com o corpo humano, tanto em relação à resposta imune quanto na ligação e entrada nas células das vias aéreas humanas.

Não apenas várias mutações afetaram essa proteína, mas mutações idênticas surgiram independentemente tanto nas variantes de interesse quanto em outras linhagens virais. Na verdade, o vírus “tropeçou” repetidamente nas mesmas soluções evolutivas para desafios específicos. Esse fenômeno é conhecido como convergência evolutiva – um exemplo é a evolução independente de asas em morcegos, pássaros e insetos.

É difícil entender como essas mutações podem afetar o comportamento do novo coronavírus em nível molecular. O trabalho para preencher a lacuna entre o “genótipo” de cada variante (as mutações) e seu “fenótipo” (a rapidez com que se espalha) está sendo acelerado no Reino Unido e em outros lugares, mas exigirá um grande esforço multidisciplinar.

Constelações de mutações
A tarefa se torna mais difícil porque várias mutações se acumularam nessas variantes (as chamadas constelações). A variante do Reino Unido, por exemplo, tem 23 mutações separadas, representando um salto evolutivo notável, sem variantes intermediárias conhecidas, como se houvessem “elos perdidos” na cadeia evolutiva.

Embora nem todas as mutações sejam consideradas importantes, o efeito de qualquer mudança individual pode ser alterada pela presença de outras mutações (um efeito chamado epistasia). Isso complica muito os problemas que são descobrir precisamente o que essas alterações fazem e avaliar o risco de novas variantes emergentes apenas a partir dos dados de sequenciamento genético.

Apesar dessas complexidades, uma combinação de análise computacional e experimentos de laboratório rendeu evidências valiosas do efeito dessas mutações. Por exemplo, uma mudança encontrada nas três variantes é a N501Y. O nome se refere a uma alteração na proteína spike, onde o tipo de molécula de aminoácido localizada na posição 501 mudou de asparagina (N) para tirosina (Y).

A posição 501 está no local em que o vírus se liga ao receptor celular (parte da proteína spike se une a um receptor específico (ACE2) nas células do corpo humano) e essa mudança parece fortalecer a ligação entre o patógeno e as células humanas. No entanto, por razões que permanecem obscuras, o efeito da N501Y é muito amplificado quando combinado com outras mutações.

Outras mudanças na proteína spike oferecem ao Sars-CoV-2 alguma proteção contra a resposta imune. Os exemplos incluem a E484K (encontrado nas variantes brasileiras e sul-africanas, mas não na variante do Reino Unido) e uma mutação na variante do Reino Unido em que dois aminoácidos são deletados (del69-70), que é repetidamente encontrada em conjunto com mutações no domínio de ligação ao receptor.

Pressão de seleção
Desafios evolutivos específicos e pressões de seleção que favorecem a sobrevivência de algumas variantes do vírus em detrimento de outras podem estar impulsionando o surgimento de variantes preocupantes. Isso ajudaria a explicar por que eles adquirem várias mutações tão rapidamente, ou por que essas variantes estão começando a surgir agora.

Uma explicação plausível para o aparecimento da variante do Reino Unido é que ela surgiu em uma única pessoa cronicamente infectada com um sistema imunológico enfraquecido que estava sendo tratada com plasma convalescente (anticorpos de um paciente recuperado). Isso teria dado uma grande vantagem a qualquer variante que pudesse resistir aos anticorpos terapêuticos. Mas continua sendo uma teoria.

Uma segunda possibilidade diz respeito ao surgimento da variante brasileira. A atual onda de infecção em Manaus é apenas o mais recente desastre da Covid-19 a atingir essa cidade. Ondas anteriores podem ter levado à infecção de 76% da população. O alto nível de imunidade resultante na população pode ter dado vantagem às mutações na proteína spike.

Embora essas variantes estejam causando preocupação, devemos permanecer confiantes de que as vacinasterão sucesso em acabar com a pandemia e permitir o retorno à normalidade. Atualmente, não há evidências de que as vacinas sejam menos eficazes contra as novas variantes. Embora seja impossível ter certeza se ou como o vírus dará mais saltos evolutivos quando confrontado com as vacinas, as modificações no imunizantes devem garantir que estejamos um passo à frente disso.

*Ed Feil é professor de evolução microbiana na Universidade de Bath, no Reino Unido.

(Texto publicado originalmente em inglês no The Conversation.)


Foto: Jorge Magalhães

Feira de Santana recebeu na manhã desta segunda-feira, 25, 8 mil doses da vacina de Oxford. Com esse quantitativo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai estender a imunização contra a Covid-19 para profissionais da Atenção Primária à Saúde – UBS (Unidade Básica de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família), a partir de hoje. 

A vacina será destinada para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, dentistas, além dos agentes de endemias e comunitários de saúde. 

Até o momento, Feira já recebeu 16.200 doses de vacina contra a Covid-19 – 6 mil doses da CoronaVac; 2.200 através da rede estadual e 8 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

A Secretaria de Saúde reforça que a população não procure as unidades de saúde, porque neste momento será vacinado somente o público-alvo da primeira fase – além dos profissionais de saúde, os idosos residentes em asilos e abrigos.


Foto Secom

Bom Dia Feira- Até as 18h deste domingo (24), aeronaves da Polícia Militar (PM) e da Casa Militar do Governador (CMG) distribuirão as 119.500 doses da vacina Astrazeneca/Oxford, contra o novo coronavírus, para cidades da Região Metropolitana de Salvador e do interior do estado. Todas as regiões estão sendo contempladas.


Onze aeronaves, sendo seis aviões e cinco helicópteros, iniciaram as decolagens às 13h30. Os imunizantes chegaram à Bahia, no final da manhã.


“Vamos com força máxima para mais essa etapa da luta contra a covid-19. As vacinas para capital foram escoltadas por via terrestre e o mesmo acontecerá com as doses que foram enviadas para outras cidades”, destacou o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino.


Em Feira de Santana, um lote chegou as 15h e outro deve chegar até 17h. 


Foto: Divulgação/ PMFS

Nas últimas 48h, Feira de Santana não registrou nenhum óbito por Covid-19. Até agora, são exatamente 21.580 pacientes curados, índice que representa 94,8% dos casos confirmados. Além disso, foram registrados 76 exames negativos para o vírus e 55 casos positivos.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 55 pacientes internados no município e 667 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde neste domingo (24).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTE DOMINGO
24 de janeiro de 2021

Casos confirmados no dia: 55
Pacientes recuperados no dia: 42
Resultados negativos no dia: 76
Total de pacientes hospitalizados no município: 55
Óbito comunicado no dia: 0

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 667
Total de casos confirmados no município: 22.762 (Período de 06 de março de 2020 a 24 de janeiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 612
Total de recuperados no município: 21.580
Total de exames negativos: 32.165 (Período de 06 de março de 2020 a 24 de janeiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 641
Total de óbitos: 404

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 20.998 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)
Resultado positivo: 3.722 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 13
Resultado negativo: 17.276 (Período de 06 de março de 2020 a 22 de janeiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Medicamento colchicina reduz o risco de complicações por covid-19, aponta estudoPaciente com covid-19 recebe tratamento com oxigênio em um hospital em Yaba, Lagos, 22 de janeiro de 2021 – AFP

Instoé- Um importante teste clínico mostrou que um medicamento anti-inflamatório chamado colchicina é eficaz no tratamento da covid-19 e reduz o risco de complicações da doença, revelaram médicos no Canadá.

Os resultados do estudo são uma “grande descoberta científica” e fazem da colchicina, medicamento usado no tratamento da gota, “o primeiro medicamento oral do mundo que poderia ser usado para tratar pacientes de covid-19 fora do hospital”, afirmou o Montreal Heart Institute (MHI) em um comunicado publicado na sexta-feira à noite.

Os resultados do estudo mostram que a colchicina reduziu o risco de morte ou hospitalização em pacientes com covid-19 em 21% em comparação com um placebo, disse o instituto.

O estudo foi realizado no Canadá, Estados Unidos, Europa e América do Sul entre uma população de 4.488 pacientes.

A investigação concluiu que em 4.159 desses pacientes, nos quais o diagnóstico de covid-19 foi confirmado por um teste de PCR nasofaríngeo, o uso de colchicina reduziu as hospitalizações em 25%. A necessidade de ventilação mecânica foi reduzida em 50% e as mortes em 44%.

A colchicina é eficaz na prevenção de síndromes inflamatórias perigosas chamadas “tempestades de citocinas” e na redução de complicações associadas à covid-19, explicou Jean-Claude Tardif, diretor do Centro de Pesquisa MHI e pesquisador-chefe deste estudo.

“Temos o prazer de oferecer o primeiro medicamento oral do mundo cujo uso pode ter um impacto significativo na saúde pública e potencialmente prevenir complicações da covid-19 para milhões de pacientes”, disse Tardif.

O estudo foi conduzido entre pacientes de covid-19 que não estavam hospitalizados no momento da inscrição no estudo. Eles também tinham pelo menos um fator de risco para complicações do vírus.

“Este é o maior estudo do mundo testando um medicamento administrado por via oral em pacientes de covid-19 não hospitalizados”, concluiu o instituto.

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