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Nesta segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a importância da “autonomia parlamentar” durante a cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos. Em um gesto de conciliação em direção à oposição, afirmou que, mais do que nunca, é crucial fortalecer os mandatos parlamentares, especialmente em um momento em que alguns congressistas enfrentam investigações da Polícia Federal e o grupo político alega ser alvo de “perseguição”.

“Mais do que nunca se faz necessário o fortalecimento da autonomia parlamentar. Proteger os mandatos parlamentares é proteger as liberdades. Liberdade de consciência, liberdade religiosa, liberdade de imprensa. Proteger a tão necessária liberdade de expressão – que não se confunde com liberdade de agressão”, afirmou.

*Terra Brasil Notícias
Foto: Pedro França


Conforme editorial do jornal, o STF faz ‘parecer que o maior esquema de corrupção de que o país já teve notícia foi um delírio coletivo’

Dias Toffoli
Ministro Dias Toffoli já suspendeu a multa da Odebrecht e da J&F | Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Em um editorial intitulado “Orfandade institucional”, o Estadão questionou o silêncio da Procuradoria Geral da República (PGR) diante das “canetadas” do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para riscar dos autos as provas que foram entregues voluntariamente às autoridades pelos implicados na Operação Lava Jato.

Toffoli anulou as provas que foram apresentadas por diretores e gerentes da Petrobras durante os governos do PT e por executivos das maiores empreiteiras do país, entre elas, a Odebrecht.

Apontando como um “silêncio ensurdecedor”, o Estadão afirma que o STF não é a “única instituição que tem provocado o “sentimento misto de abandono e indignação em muitos cidadãos que acompanham os desdobramentos da Lava Jato nos últimos anos”.

O editorial acusa o Ministério Público (MP), em particular a PGR, como tendo “grande parcela de responsabilidade na espécie de orfandade institucional”.

A Constituição de 1988 e o MP

Fazendo uma retrospectiva, o jornal ressalta que a PGR cometeu muitos erros na questão da Operação Lava Jato, quando Rodrigo Janot à frente fez a instituição agir “orientada politicamente e imbuída de um espírito salvacionista”, recusando críticas aos métodos do MP sob alegação de que isso seria uma “ameaça à Lava Jato”.

Tais atitudes, segundo o Estadão, têm reflexos no presente quando “criminosos confessos chegam a debochar da sociedade posando de injustiçados”.

A gestão de Augusto Aras e o fim da Lava Jato

A gestão de Augusto Aras também foi mencionada no texto como uma “adesão ao chamado antilavajatismo”, sendo apontada como o oposto de Janot e enterrando de vez a Operação.

“A Lava Jato acabou por seu maior vício: ter se movido politicamente. Logo, quando mudaram os ventos da política nacional, uma nova visão sobre a operação, chamemos assim, se impôs”, afirma o Estadão.

Gonet Lula
Paulo Gonet foi o indicado pelo presidente Lula para assumir a PGR | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Considerando que o novo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, está no cargo há apenas dois meses, o Estadão destaca que ainda é desconhecida a marca que ele imprimirá à PGR.

“Mas causa calafrios o silêncio do procurador-geral diante dessa série de decisões monocráticas do ministro Dias Toffoli livrando a Odebrecht e a J&F do pagamento das multas bilionárias com o qual as empresas se comprometeram ao assinar seus acordos de leniência”, conclui.

O editorial termina lembrando que, embora estejam surgindo informações de que a PGR vai recorrer das decisões, até o momento, nenhuma ação foi tomada.

Informações Revista Oeste


Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Vídeo pornográfico do padre e relatos de possíveis abusos sexuais motivaram a continuação do procedimento investigativo

A recente denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, envolvendo um vídeo pornográfico, continua em análise pela Cúria Metropolitana da Arquidiocese de São Paulo, conforme confirmado pela Revista Oeste nesta segunda-feira, 5. A investigação está em curso desde 22 de janeiro, apesar de boatos de arquivamento após a denúncia chegar à arquidiocese. Laudos periciais e relatos de possíveis abusos motivaram uma nova investigação, esclarecendo que o arquivamento mencionado pela imprensa refere-se à denúncia de 2020, não à de 2024.

Entenda o caso envolvendo o padre Júlio Lancellotti: Em 20 de janeiro, a Revista Oeste publicou uma reportagem exclusiva sobre o padre Júlio Lancellotti, indicando que peritos atestaram a veracidade do vídeo em que o pároco se masturba para um menor de idade, datado de 2019. Os peritos Reginaldo e Jacqueline Tirotti divulgaram um laudo completo, com 81 páginas, confirmando a integridade do vídeo.

Na sequência, a Revista Oeste revelou, em 21 de janeiro, que a nova perícia ratifica a análise do perito Onias Tavares de Aguiar realizada em 2020. O texto trouxe à tona o histórico de Reginaldo, já contratado por veículos como a Folha de S.Paulo e a Veja em outras ocasiões. As denúncias impactaram a política, levando a Arquidiocese de São Paulo a receber a denúncia contra Júlio Lancellotti devido à gravidade do caso.

Em 22 de janeiro, a Revista Oeste informou que o vídeo e a perícia foram encaminhados ao Ministério Público, à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e ao Vaticano, aguardando informações sobre o andamento nos três órgãos. Três dias depois, a reportagem trouxe a informação de que o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, estaria trabalhando para blindar Júlio Lancellotti.

Em 30 de janeiro, a Revista Oeste entrevistou com exclusividade o jornalista Cristiano Gomes, vítima de assédio sexual do padre em 1987, quando tinha 11 anos. A reportagem de 3 de fevereiro revelou que o perito Mario Gazziro, contratado pela revista Fórum, mudou sua versão sobre o caso, descartando a validade da perícia anterior, que apontava indícios de deepfake. A nova conclusão sugere a possibilidade de criminosos terem usado um sósia do padre para gravar as cenas, minimizando a exposição do impostor no vídeo.

Com informações da Revista Oeste


Ministro do STF mandou investigar a Transparência Internacional

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O ministro Dias Toffoli, durante a sessão plenária | Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

A Transparência Internacional rebateu o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 5, após o juiz do STF autorizar uma investigação contra a ONG, na manhã de hoje.

Conforme a organização, ela “jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil”.

“A organização tampouco teria — e jamais pleiteou — qualquer papel de gestão de tais recursos”, observou a ONG. “Através de acordos formais e públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a Transparência Internacional — Brasil produziu e apresentou estudo técnico com princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a destinação de ‘recursos compensatórios’ (multas e recuperação de ativos) em casos de corrupção.”

Na decisão, Toffoli determinou uma apuração dos serviços prestados pela Transparência Internacional ao Ministério Público Federal, à época da Lava Jato.

“Reações hostis ao trabalho anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns, em diversas partes do mundo”, revelou a ONG. “Ataques às vozes críticas na sociedade, que denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem, no enfatizar, ser naturalizados. Seguiremos cumprindo nosso papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo.”

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, durante a 2ª edição do Fórum Esfera, evento organizado pelo grupo Esfera Brasil – 26/7/2023 | Foto: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo

Leia a nota completa da ONG, sobre a decisão de Toffoli

“Em resposta à decisão do ministro Dias Toffoli divulgada hoje, a Transparência Internacional — Brasil esclarece, mais uma vez, que são falsas as informações de que valores recuperados através de acordos de leniência seriam recebidos ou gerenciados pela organização.

A Transparência Internacional jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil. A organização tampouco teria — e jamais pleiteou — qualquer papel de gestão de tais recursos. Através de acordos formais e públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a Transparência Internacional — Brasil produziu e apresentou estudo técnico com princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a destinação de “recursos compensatórios” (multas e recuperação de ativos) em casos de corrupção.

O relatório incluía recomendação de que o Ministério Público não deveria ter envolvimento na gestão destes recursos. O estudo e as recomendações não tiveram e não têm qualquer caráter vinculante ou decisório. O Memorando de Entendimento que estabeleceu esta cooperação expirou em dezembro de 2019 e não foi renovado, encerrando qualquer participação da Transparência Internacional. Tais alegações já foram desmentidas diversas vezes pela própria Transparência Internacional e por autoridades brasileiras, inclusive pelo Ministério Público Federal.

Apesar disso, essas fake news vêm sendo utilizadas há quase cinco anos em graves e crescentes campanhas de difamação e assédio à organização. Reações hostis ao trabalho anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns, em diversas partes do mundo. Ataques às vozes críticas na sociedade, que denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem, no enfatizar, ser naturalizados. Seguiremos cumprindo nosso papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo”.

Informações Revista Oeste


Foto: Divulgação Volkswagen

Nesta segunda-feira, 5, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 500 milhões destinado aos projetos da Volkswagen voltados para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de carros híbridos e elétricos. O suporte financeiro faz parte da linha BNDES Mais Inovação e está em sintonia com a nova política industrial, especialmente em relação aos objetivos de mobilidade sustentável. O custo financeiro desse financiamento está atrelado à taxa referencial (TR). O anúncio ocorre três dias após a montadora aumentar seu plano de investimentos para o período de 2022 a 2028, ampliando-o para um total de R$ 16 bilhões, um acréscimo de R$ 9 bilhões.

*Terra Brasil Notícias


O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, deu prazo de 5 dias para que a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia prestem informações sobre irregularidades em um contrato da empresa com o Grupo Unigel para o fornecimento de fertilizantes

De acordo o TCU, o contrato poderá gerar prejuízos de R$ 487 milhões. “[Há] diversos problemas verificados na qualificação dos riscos e na quantificação do valor econômico esperado das alternativas avaliadas”, completa o despacho.

Além disso, de acordo com o TCU, o contrato, assinado no fim de dezembro do ano passado, apresenta indícios de afronta aos princípios da eficiência, da economicidade, da razoabilidade e da motivação. Em nota, a Petrobras alegou “que todos os contratos e projetos são elaborados e executados seguindo todos os padrões e requisitos de governança, hierarquia decisória e responsabilidade operacional da companhia”.

“A contratação junto à Unigel do serviço de processamento do gás da Petrobras como matéria prima e a entrega/comercialização dos fertilizantes para a contratante, na forma de contrato de serviço (tolling agreement), não representa um empreendimento definitivo e autônomo”, complementou a Petrobras.

*Metro1
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


Reprodução/Redes Sociais

Na tarde deste domingo (4), uma tragédia ocorreu em um Parque Aquático em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), resultando na morte de três pessoas, incluindo uma mulher grávida. O Corpo de Bombeiros está investigando as circunstâncias do incidente, sem confirmar se foi causado por um raio ou um fio de alta tensão.

Além das vítimas fatais, duas pessoas foram gravemente feridas e receberam atendimento emergencial em hospitais de Curitiba. As identidades das vítimas ainda não foram oficialmente divulgadas.

O incidente levanta preocupações sobre a segurança em parques aquáticos, e as autoridades estão empenhadas em esclarecer os detalhes do ocorrido. A comunidade local está de luto diante da tragédia, aguardando informações adicionais sobre o caso.

Com informações do portal RIC Mais.


Jornal criticou decisão de Dias Toffoli de suspender multas de empresas envolvidas na Lava Jato

Plenário do STF Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Em um editorial crítico ao Supremo Tribunal Federal (STF) publicado neste sábado (3) com o título “O STF insulta os brasileiros”, o jornal O Estado de São Paulo questionou as decisões recentes do ministro Dias Toffoli de suspender multas aplicadas às empresas envolvidas na Operação Lava Jato.

No texto, o veículo declarou em tom irônico que, no que depender da Suprema Corte e do ministro Toffoli, “falta muito pouco para que milhões de brasileiros passem a acreditar que, talvez, no auge da Operação Lava Jato, tenham vivido uma espécie de surto coletivo”. O jornal afirmou ainda que Toffoli parece estar em uma “missão de mostrar à sociedade” que a Lava Jato não passou de “conspiração”.

– Toffoli parece seguir imparável no que se revela como uma autoatribuída missão de mostrar à sociedade que as investigações da Operação Lava Jato, as revelações da imprensa profissional e as confissões de centenas de executivos envolvidos em tramoias com agentes públicos (…) não passaram de uma conspiração urdida nos corredores do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal em Curitiba – disse o editorial.

O Estadão ainda chama de “exótica” a interpretação feita pelo ministro da suposta coação sobre os executivos da Odebrecht já que, para o jornal, seriam “necessárias doses generosas de candura ou boa vontade para acreditar que uma das maiores empresas privadas do país, assessorada, portanto, por uma equipe de advogados de primeira linha, poderia ser forçada a assinar o que quer que fosse”.

– Que constrangimento ilegal ou abuso de autoridade seriam esses que, ora vejam, só serviriam para sustar os ônus do acordo de leniência, mantendo íntegros os bônus do pacto? Não faz sentido – indaga o veículo.

O jornal encerra questionando o fato de que, até agora, nenhuma das decisões monocráticas de Toffoli sobre as multas tenham sido submetidas ao Plenário do Supremo e diz esperar que “os outros dez ministros” possam dar “ao menos dar um sinal à sociedade de que o Supremo ainda é um tribunal colegiado” derrubando a decisão do magistrado, apesar disso raramente acontecer no STF.

SOBRE AS DECISÕES DE TOFFOLI
Toffoli suspendeu na última quinta-feira (1°) o pagamento das multas do acordo de leniência da Novonor (antiga Odebrecht) no âmbito da Operação Lava Jato e autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) a renegociarem os termos do acordo.

Na decisão, Toffoli afirmou que, diante das conversas que mostram o suposto “conluio” entre autoridades e procuradores da Lava Jato, há “dúvida razoável” sobre o requisito de voluntariedade da Novonor ao firmar o acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF).

– A declaração de vontade no acordo de leniência deve ser produto de uma escolha com liberdade – ressaltou o ministro.

Em setembro do ano passado, Toffoli já havia anulado todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht. Na ocasião, o ministro disse que a Lava Jato foi um erro histórico e que promoveu um “pau de arara do Século 21”. Na decisão desta quinta, Toffoli apontou semelhanças entre as premissas adotadas então e no presente caso.

– Deve-se oferecer condições à requerente para que avalie, diante dos elementos disponíveis coletados na Operação Spoofing, se de fato foram praticadas ilegalidades – disse o ministro.

Em dezembro, também com base na Spoofing, Toffoli suspendeu o pagamento da multa de mais de R$ 10 bilhões prevista no acordo de leniência da J&F, até que a empresa conseguisse analisar o conteúdo de todos os diálogos apreendidos.

*Com informações AE


O jornalista Cristiano Gomes teria sofrido a violência em 1987, quando tinha 11 anos

Júlio Lancellotti | Cristiano acredita que chegou a hora de falar publicamente sobre o caso, que guardou em segredo até da própria família, em razão das recentes denúncias contra Júlio Lancellotti | Foto: Reprodução/Instagram
Cristiano acredita que chegou a hora de falar publicamente sobre o caso, que guardou em segredo até da própria família, em razão das recentes denúncias contra Júlio Lancellotti | Foto: Reprodução/Instagram

A Arquidiocese de São Paulo quer ouvir o jornalista Cristiano Gomes, de 48 anos, que afirmou ter sofrido assédio sexual do padre Júlio Lancellotti. A cena teria ocorrido em 12 de maio de 1987, quando o então coroinha da Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca (SP), tinha 11 anos.

A decisão segue as normas da Igreja Católica, que determina a investigação de possíveis abusos cometidos por seus líderes. A Cúria Metropolitana de São Paulo é o órgão responsável por analisar esse tipo de denúncia.

Em documento obtido com exclusividade por Oeste, o padre Everton Fernandes Moraes, chanceler do Arcebispado de São Paulo, manifesta interesse em ouvir Cristiano. No texto, o líder religioso considera “tomar as medidas pertinentes”.

A reportagem apurou que o ex-coroinha deve relatar sua história para a Cúria Metropolitana nas próximas semanas. Em 23 de janeiro, a arquidiocese levou menos de 24 horas para arquivar a mais recente denúncia contra o padre.

Leia o relato sobre o padre Júlio Lancellotti

Na missa de sétimo dia da avó, Cristiano estava com familiares na Paróquia São Miguel Arcanjo, na zona leste de São Paulo. Depois da celebração fúnebre, o então jovem foi à sacristia para chorar. Num primeiro momento, foi acolhido pelo pároco de plantão. Depois, no entanto, percebeu que aquilo não era apenas um mero consolo fraternal.

“O religioso passou a pressionar seu corpo contra o de Cristiano, a fazer carícias e a encostar a sua barba no rosto do garoto”, descreve o editor-assistente Anderson Scardoelli. “Assustado e percebendo a excitação do algoz, conseguiu escapar e saiu da igreja para nunca mais voltar. Jamais esqueceu o que passou, muito menos o autor do assédio: o padre Júlio Renato Lancellotti.”

Quase 37 anos depois do ocorrido, Cristiano resolveu tornar público o episódio do qual foi vítima. Em conversa exclusiva com Oeste, reforça não ter interesse em fama nem em “se dar bem”. Antes de qualquer acusação, adianta-se para avisar que não é “bolsonarista” nem que foi motivado por questões político-partidárias.

Cristiano acredita que chegou a hora de falar publicamente sobre o caso, que guardou em segredo até da própria família, em razão das recentes denúncias contra Júlio Lancellotti. Mesmo com medo de pôr sua segurança em risco, Cristiano demonstra indignação com a rede de apoio ao padre, que reúne setores da imprensa e da esquerda. Para ter uma ideia, o Partido dos Trabalhadores (PT) quer premiar o pároco como Nobel da Paz.

Informações Revista Oeste


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Imagem: Arte/UOL

O aumento do número de sites de apostas online tem apresentado um efeito colateral: apostadores cada vez mais jovens estão procurando ajuda para tratar a compulsão por jogos.

O que aconteceu

Grupo J.A. (Jogadores Anônimos) reúne pessoas que contam os problemas ocasionados pelas apostas. O UOL esteve em um encontro virtual, com cerca de 60 participantes de diversas regiões do Brasil, e ouviu histórias de jogadores que perderam contato com familiares, assumiram grandes dívidas e até pensaram em suicídio.

“Conheci [o jogo] por um influencer”, diz um deles. “Com todos esses influenciadores é difícil manter a distância”, comenta outro.

O perfil mais frequente em apostas online é jovem e masculino. Segundo o Datafolha, 30% dos jovens de 16 a 24 anos e 25% das pessoas entre 25 e 34 anos relataram já ter feito alguma aposta pela Internet. 

15% de toda a população diz ter apostado pelo menos uma vez. A média de gastos do brasileiro com esse tipo de atividade corresponde a 20% do salário mínimo.

Perdi o contato com meu filho por causa disso. Parei de pagar pensão e assumi dívida com agiota, que me cobra até hoje. Me vi numa situação que era melhor me matar e tentei suicídio.
R., 27 anos, em depoimento ao grupo

R. enviou o filho, de 8 anos, para morar com parentes em outro estado por conta do seu vício. Ele conta que, “quando aceitou que era fraco perante o jogo, tudo mudou” e passou a frequentar o J.A..

Diariamente, de duas a três pessoas procuram ajuda do J.A. por vício em jogo —a ludopatia. Segundo o grupo sem fins lucrativos, com a expansão dos sites de apostas online, o número de jogadores que enfrentam o vício também cresceu. 

Houve uma explosão no número de pessoas com problemas com jogo. Já aconteceu até de menores de idade, de forma isolada, procurarem o grupo.
Grupo J.A. (Jogadores Anônimos)

Média de idade inferior a 35 anos

Pessoas cada vez mais jovens estão procurando tratamentos. A média está agora abaixo de 35 anos; antes passava dos 40. Isso se deve principalmente às bets, as apostas fáceis na Internet.
Hermano Tavares, psiquiatra especializado em Transtorno do Jogo

Eu acredito que o número de casas de apostas na internet influencia muito. Os jogos de maquininha e bingo geralmente atingem outro tipo de jogadores, mais velhos. Agora está vindo uma nova onda, esses jogadores mais jovens que têm mais contato com o meio digital, a internet.
Rachel Takahashi, psiquiatra do IPq

Os relatos anônimos no grupo de ajuda

“Difícil não é parar, mas manter a abstinência”. Entre a maioria dos depoimentos, um padrão se repetiu: quem estava ali diz que se perdeu graças à facilidade oferecida pelas apostas online, atraído por famosos da internet. 

T., 35 anos, conta que perdeu emprego, se afastou dos filhos e teve que morar de favor após viciar na ‘roletinha’ online. “Sigo alguns influencers, e vi uma influenciadora fazendo propaganda. Eu fiz aposta online movida por uma necessidade financeira. Achava que seria tranquilo, várias promessas de ganhos altos… E depois que vi os influencers, falei: ‘cara, é uma oportunidade’.”

Jogadores com mais idade (em relação à média registrada) também são atraídos.

Durante a época da pandemia, como não tinha nada para fazer, eu jogava online. Antes eu jogava fisicamente. O que eu perdia, none
W., 40 anos

Para a irmandade, cada história é única. Na reunião do J.A. — que durou duas horas e meia, numa noite de terça-feira — códigos e formalidades são importantes para lembrar a particularidade de cada caso. Uma breve apresentação, uma oração da serenidade e instruções de como se posicionar marcaram o encontro: “O segredo está sempre na próxima reunião”.

Perdi todos os meus amigos. Até minha namorada se afastou de mim, devido ao descontrole. Depois que decidi entrar para o J.A., nossa relação melhorou. Hoje o meu dinheiro fica com ela.
L., 28 anos

No encontro, jovens com menos de 30 anos foram os que relataram maior dificuldade e vergonha em pedir ajuda. Com agradecimentos a padrinhos e madrinhas —pessoas próximas que incentivam mais pessoas a procurar auxílio—, os participantes se sentem acolhidos na roda virtual. Nesse ambiente não há julgamento. Todo mundo ali já enfrentou problemas por conta de apostas.

Trabalho com confeitaria, e todo o dinheiro que tinha acabava gastando. Quando não tinha mais, ia para os cartões de crédito, estourei todos. Aí ia atrás de dinheiro emprestado. Devo até hoje. Ecomo eu ia contar isso para alguém? E a vergonha?
H., 24 anos

“Só por hoje, mais 24h”. O lema do J.A. indica como deve ser o tratamento para o transtorno. Especialistas, consultados pelo UOL, explicam que o processo é semelhante ao trabalho feito com dependentes químicos. É preciso buscar psicoterapia e fortalecer laços em grupo, com pessoas que passaram pelas mesmas dores.

Compulsão é doença, diz psiquiatra

A compulsão por jogo é considerada uma doença. De acordo com Hermano Tavares, coordenador do Programa Ambulatorial do Transtorno do Jogo do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), o viciado acaba perdendo o controle da vida, prejudicando suas relações sociais, o trabalho e a saúde.

Você tem de estabelecer uma ética de publicidades das apostas. Tem influencers dizendo que o jogo é complemento de renda. Não é. ”

Jogo, na melhor das hipóteses, é uma diversão, e você paga para isso. Eventualmente, você tem um retorno. Mas o mais provável é você perder dinheiro.
Hermano Tavares, psiquiatra especializado em Transtorno do Jogo

Membros do J.A. (no grupo, chamados de irmãos) e psiquiatras explicam que a presença da família é essencial. Segundo eles, estar sozinho dificulta ainda mais o processo. Familiares também podem participar das reuniões.

Os especialistas em Transtorno do Jogo sugerem que mais recursos sejam direcionados ao SUS para tratar as pessoas com o transtorno. Com a Lei 4.790/2023, há a expetativa de arrecadação na casa dos R$ 12 bilhões aos cofres públicos. Desse total, 1% deve ser direcionado ao Ministério da Saúde. 

Tavares comenta que o dinheiro deve ser conduzido para criação de um setor específico para o problema do jogo. 

O SUS tem o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), que tem subtipos: geral, infantil, álcool e drogas… Deveria ter um Caps ADJO: Álcool, Drogas, Jogos e outros. Se vai legalizar mesmo e favorecer ainda mais o acesso, então precisa muito mais dessa renda para investir no Ministério da Saúde para a capacitação da atenção primária a saúde, na rede pública.
Hermano Tavares, psiquiatra especializado em Transtorno do Jogo

A gente tem serviços como no IPq, mas não tem estrutura no SUS para receber essas pessoas. O sistema não tem a expertise. Precisaria de um serviço especializado.
Psiquiatra Rachel Takahashi, psiquiatra do IPq

O que dizem os órgãos públicos de saúde

O Ministério da Saúde explica que, por se tratar de um problema atual, ainda não há dados precisos sobre o aumento do número de pessoas buscando ajuda na rede pública. No entanto, por ser uma questão de saúde mental, o SUS recepciona casos através da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).

O tratamento para dependência em jogos de azar não tem uma política específica no âmbito do SUS. No entanto, essa questão pode ser abordada no contexto mais amplo da saúde mental, uma vez que o referido hábito pode estar relacionado a causas como compulsões e depressão, por exemplo. Como o hábito pode estar ligado a outras condições de saúde mental, não é possível calcular o número de pessoas tratadas exclusivamente por esse motivo.
Ministério da Saúde

A secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informa que não faz registro desses casos, pois geralmente os pacientes com Transtorno de Jogo também carregam sintomas de outras doenças, como depressão e ansiedadeCom isso, a pessoa não é catalogada numa ficha para a compulsão, e sim para outras comorbidades. Já Secretaria de Saúde de SP disse que os casos que chegam são registrados na rede municipal, através da atenção básica.

Informações UOL

1 89 90 91 92 93 745