Os advogados e os defensores públicos dos manifestantes presos por causa do 8 de janeiro solicitaram a rejeição das denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os defensores se manifestaram nos inquéritos que investigam a depredação da Praça dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com eles, as denúncias são genéricas e não indicam ações concretas que configurem crime, incluindo a descrição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.
Em documentos encaminhados à Corte, os advogados argumentam também que o STF não tem competência para processar e julgar os envolvidos.
“O que nós observamos é justamente um padrão nas denúncias, sem qualquer individualização de conduta e apresentação de materialidade da conduta delitiva perpetrada pelos acusados de forma individual”, sustentou o advogado Diego Keyne Santos. Ele afirmou que não houve comprovação de autoria, materialidade ou indícios na denúncia contra o seu cliente.
O defensor público federal Robson de Souza disse que, em defesa do Estado Democrático de Direito, não se pode aceitar uma denúncia genérica, conforme manda a legislação penal. “Não se trata somente de descrever o fato de forma genérica, mas também de dizer o que foi feito pela pessoa concretamente”, justifica.
Outra defensora pública da União alegou incompetência do STF para julgar a ação. Geovana Scatolino Silva afirma que a Constituição não prevê que crimes comuns sejam analisados pela Corte.
“No caso em apreço, o investigado não tem prerrogativa de função, não foi preso praticando qualquer conduta no interior de um dos prédios da Praça dos Três Poderes”, sustenta. “É uma pessoa comum que estava apenas acampada em frente ao QG do Exército. Portanto, deve a denúncia ser remetida à instância federal competente”, disse.
O STF começou nesta terça-feira, 18, o julgamento de cem manifestantes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos atos de 8 de janeiro. Os ministros têm até o dia 24 para depositar o voto no sistema eletrônico da Corte.
O primeiro a voto foi o ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos. O magistrado votou para tornar os cem denunciados réus. Moraes afirmou que as condutas dos denunciados são gravíssimas, classificando a atitude de “inconstitucional”.
Informações Revista Oeste
Clauber Cleber Caetano/PR
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro(PL) afirmou neste domingo, 16, que os móveis que foram retirados do Palácio do Alvorada são seus. Em stories no Instagram, ao responder um seguidor que questionou sobre os supostos móveis desaparecidos, a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o mobiliário está guardado em depósito e reforçou que os objetos e móveis retirados após o fim do mandato do marido eram seus. “Eu tenho como provar”, disse Michelle. “Fiquei seis meses dormindo na cama do Alvorada, que outros presidentes dormiram. No segundo semestre de 2019, a minha mudança chegou. Os móveis que saíram do quarto e da sala eram móveis da minha casa”, explicou a ex-primeira-dama. De acordo com ela, a escolha por trazer sua mobília pessoal do Rio de Janeiro para o Alvorada aconteceu após pedido da filha Laura. “Então nós tiramos os móveis [do Alvorada], esses móveis foram para o depósito e eu coloquei os móveis do meu quarto e da sala”, acrescentou. A fala de Michelle Bolsonaro e os questionamentos de seguidores sobre o tema acontece após a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que 83 mobílias ainda não foram localizadas após a troca de governo.
Com a repercussão do assunto, a atual presidente do PL Mulher usou as redes sociais para responder onde os móveis devem estar. “Estão ou no depósito 5 do Palácio da Alvorada, ou no depósito da Presidência. Existe esse depósito com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros. Você pode fazer esse rodízio. Quando a Marcela Temer me apresentou o Alvorada, ela me falou dessa possibilidade. Trazer os móveis da minha casa e poder utilizá-los no Alvorada”, disse Michelle, que criticou o presidente Lula. “Infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples. Zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte. (…) Nós ficamos por quatro anos no Alvorada. Não tinha toalha, não tinha roupa de cama decente. Eu usei os meus lençóis na minha cama e na [cama] de visitas para não fazer licitação, porque eu entendi o momento que nós estávamos vivendo. Agora, eu sugiro a CPI dos móveis do Alvorada”, concluiu. O site da Jovem Pan procurou a Secom para mais informações sobre os 83 móveis não localizados, mas não teve retorno até a publicação desta notícia.
Jovem Pan
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ex-presidente rebateu a declaração do ministro da Fazenda sobre o gigante chinês
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por supostamente desconhecer a varejista chinesa Shein. O militar fez suas considerações neste sábado, 15, nas redes sociais.
Nesta semana, Haddad declarou que desconhece a Shein. O ministro ainda afirmou que só conhece a Amazon — onde compra, “ao menos, um livro por dia”. Bolsonaro rebateu essa declaração.
“Haddad diz desconhecer a Shein, mas o governo Lula já havia recebido a empresa”, lembrou o ex-presidente. “O compromisso do governo Jair Bolsonaro foi anunciar a não taxação desses serviços, visto que milhares de humildes no Brasil sobrevivem deste setor. Foi o que cumprimos!”
O ex-presidente falou ainda sobre a reunião que os representantes da varejista chinesa tiveram com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.
“Apesar de o ex-prefeito de São Paulo e ministro da principal pasta econômica de Lula afirmar que não conhece o gigante, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços encontrou, no mês passado, vários representantes da Shein”, afirmou Bolsonaro. “Segundo o ministro da Economia de Lula, até repercutir a medida da Receita Federal para acabar com a isenção de imposto das encomendas internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas, no início da semana, ele desconhecia a empresa.”
Haddad não se manifestou sobre o assunto.
Revista Oeste
Trabalho de conservação foi realizado pelo Projeto Extramuros. Obra será devolvida à comunidade de Cipotânea, na Zona da Mata, no dia 19 de abril.
Escultura de São Francisco de Assis restaurada — Foto: Cláudio Nadalin/ Cecor
A escultura de São Francisco de Assis, da Capela de Bom Jesus da Paciência, distrito de Cipotânea, na Zona da Mata mineira, foi restaurada e será devolvida à comunidade na próxima quarta-feira (19).
O trabalho de restauração foi realizado pelo Projeto Extramuros, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além dos reparos, foram desenvolvidas pesquisas que concluíram que a cabeça da escultura foi criada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
A obra estava guardada em uma sala no subsolo da casa paroquial, em Cipotânea, e foi levada para o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), da Escola de Belas Artes da UFMG, em 2016. Ela foi escolhida para a restauração justamente por causa da possibilidade de atribuição a Aleijadinho – não há nenhuma documentação sobre origem e autoria.
A imagem chegou ao Cecor vestida com uma túnica preta, um cordão de fibra natural amarrado à cintura, um terço preto pendurado no pescoço, um resplendor na cabeça e uma caveira na mão. Apoiada em uma base, a peça tem altura total de 127 cm e pesa 16,10 kg.
Imagem de São Francisco de Assis antes e depois da restauração no Cecor/ UFMG — Foto: Cláudio Nadalin/ Cecor
No trabalho de restauração, foram removidas duas camadas de repintura que descaracterizavam a obra. Também foi necessário desmontar a escultura para restaurar as articulações, que estavam emperradas e com pinos quebrados. O resultado final valorizou os traços de Aleijadinho na cabeça, e toda a obra ficou em um mesmo momento histórico.
“Essa peça estava totalmente esquecida, e nós conseguimos com esse processo de restauração recuperar todos os atributos de uma peça que, além de ter uma importância histórica muito grande, por ser de autoria do Aleijadinho, tem importância artística por sua beleza e um aspecto devocional muito importante”, afirmou o promotor de Justiça da Coordenadoria de Patrimônio Cultural do MPMG Marcelo Maffra.
Imagem de São Francisco de Assis antes e depois da restauração — Foto: Cláudio Nadalin/ Cecor
Para a investigação de autoria, os pesquisadores compararam as características da imagem de São Francisco de Assis com obras documentadas de Aleijadinho.
Eles também consideraram documentos que comprovam que o artista esteve em Rio Espera de 1790 a, possivelmente, 1792, trabalhando no retábulo da Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto – a cidade de Rio Espera já foi responsável administrativamente por Cipotânea.
“Pode-se concluir, pelo exposto neste documento, que a cabeça da escultura São Francisco Penitente, de Cipotânea, possui todos os estilemas do mestre, portanto é atribuída a Antonio Francisco Lisboa – O Aleijadinho”, diz um trecho do relatório do Cecor.
A escultura restaurada de São Francisco de Assis será entregue à Igreja Matriz de Cipotânea, onde poderá ser visitada por fiéis.
Informações G1
Ação contra as companhias responsáveis pelo navio quer ressarcimento por danos ambientais, operacionais e morais. Embarcação foi rebocada durante meses no litoral, até ser afundada.
Porta-aviões aposentado São Paulo — Foto: Reuters
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal contra quatro empresas pelo abandono do porta-aviões desativado São Paulo no litoral de Pernambuco. A instituição pede que elas sejam obrigadas a pagar R$ 322 milhões por “danos ambientais, operacionais e morais”.
No dia 3 de fevereiro, o casco do navio foi afundado pela Marinha a 350 quilômetros da costa de Pernambuco, após passar meses vagando no mar.
O naufrágio da embarcação, que continha substâncias tóxicas como o amianto, pode gerar sérios impactos ao meio ambiente, segundo especialistas.
A ação, protocolada na sexta (14) na Justiça Federal de Pernambuco, tem como alvo as seguintes empresas:
⏯️ Sök, companhia turca que adquiriu o navio do governo brasileiro;
⏯️ MSK, que fazia o transporte da embarcação para a Turquia;
⏯️ Oceans Prime Offshore Agenciamento Marítimo, a exportadora nacional do porta-aviões;
⏯️ Thomas Miller Specialty, empresa britânica responsável pelo seguro P&I (Proteção e Indenização, em inglês), que cobria os riscos do transporte.
Procuradas, a Sök e a MSK disseram que, “por enquanto”, não vão se pronunciar.
O g1 também entrou em contato com a Oceans Prime e a Thomas Miller, mas, até a publicação da reportagem, não obteve retorno.
Segundo a AGU, o valor de R$ 322 milhões que as empresas devem arcar incluem:
🔃 compensação pelos danos ambientais causados a partir da exposição, na natureza, dos materiais tóxicos presentes no navio, calculada em R$ 177,8 milhões;
🔃 os gastos da Marinha com a operação de manutenção e afundamento do navio, calculados em R$ 37,2 milhões;
🔃 dano moral coletivo, estimado em R$ 107,5 milhões – valor que corresponde à metade da quantia cobrada pelos danos ambientais e operacionais (R$ 215 milhões).
Ainda de acordo com a AGU, que representa o governo federal, caso o pedido seja acatado pela Justiça, o montante deve ser destinado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos para custear medidas de proteção ao ambiente marinho.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o navio não transportava carga tóxica, mas os materiais perigosos faziam parte “indissociável” de sua estrutura.
Um desses materiais é o amianto, uma fibra mineral considerada tóxica, proibida em mais de 60 países.
A AGU afirma na ação que o afundamento do porta-aviões “foi provocado” pelas ações e omissões das companhias citadas.
Segundo a instituição, quando adquiriu o navio, a Sök assumiu o compromisso de dar a destinação correta ao casco da embarcação, mas não conseguiu autorização do governo da Turquia para entrar no país asiático com o material náutico.
Ainda de acordo com a instituição, na tentativa de trazer o porta-aviões de volta ao Brasil para fazer os reparos na embarcação de forma segura, a empresa falhou em atender às exigências da Marinha para atracar o navio no país.
O documento cita “inconsistências” identificadas na documentação apresentada pelas empresas, como “a necessidade de uma inspeção subaquática detalhada que permita aferir real extensão de avarias e as providências a serem adotadas para garantir que o casco não oferecesse risco à navegação”.
Outra inconsistência mencionada no texto foi a falta do seguro P&I (Protection and Indemnity Insurance, ou “seguro de proteção e indenização”, em inglês), que, de acordo com a AGU, não foi renovado pela seguradora Thomas Miller Specialty.
No dia 25 de fevereiro, a organização não-governamental Instituto BiomaBrasil também ingressou com uma ação civil pública pelo naufrágio do antigo porta-aviões São Paulo.
A entidade notificou não apenas as empresas Sök e MSK, como também a Marinha e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo afundamento do navio que continha materiais tóxicos.
Na ação, a organização pede que sejam tomadas medidas de mitigação para conter os danos ambientais provocados pelo naufrágio do navio.
Ao g1, a Justiça Federal de Pernambuco informou que o processo segue tramitando no Judiciário e, até o momento, não foi publicada qualquer decisão sobre o caso.
O g1 questionou a AGU sobre a responsabilização da Marinha e do Ibama nos episódios que culminaram no naufrágio da embarcação.
Por meio de nota, a instituição respondeu que os órgãos federais não são partes legítimas “para figurar no polo passivo” da ação, porque “atuaram no episódio rigorosamente conforme as normas que disciplinam o assunto”.
➡️ O São Paulo era o único porta-aviões da Marinha brasileira, até ser desativado;
➡️ Ele foi vendido num leilão, em 2021, para a empresa turca Sök, por R$ 10 milhões;
➡️ O navio desativado começou a ser rebocado em agosto de 2022, saindo do Rio de Janeiro em direção a Turquia, onde seria desmanchado de forma ecologicamente correta;
➡️ Quando a embarcação se aproximava do Mar Mediterrâneo, a Turquia revogou a concessão de atracação e o antigo porta-aviões foi trazido de volta para o Brasil;
➡️ Os proprietários queriam que o navio desativado atracasse no Porto de Suape, no Grande Recife, mas o governo de Pernambuco negou o acesso, alegando riscos ambientais e à segurança portuária;
➡️ Em novembro de 2022, a Justiça Federal proibiu a atracação em portos brasileiros e o navio ficou vagando próximo ao litoral de Pernambuco até o dia 20 de janeiro de 2023;
➡️ A Marinha assumiu o controle da operação, depois que a MSK – que transportava o navio desativado – ameaçou abandoná-lo no oceano;
➡️ A Marinha do Brasil rebocou o navio desativado para longe do litoral e afundou a embarcação no início de fevereiro.
Informações G1
Foto: Divulgação/Grupo Petrópolis
Empresa informou que está em crise há 18 meses
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, na quinta-feira 13, o pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis. A decisão é da juíza Elisabete Longobard, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A companhia afirma ter dívidas que chegam a R$ 4,2 bilhões. Desse total, R$ 2 bilhões fazem parte do déficit observado em operações financeiras e R$ 2,2 bilhões dizem respeito a dívidas com fornecedores e terceiros, de acordo com o pedido encaminhado à Justiça.
O Grupo Petrópolis afirma estar em crise há mais de um ano — 18 meses no total —, em decorrência da queda do volume de vendas que ocorre desde 2021. A produção da cervejaria também teve forte redução, passando de pouco mais de 31 milhões de hectolitros de bebida vendidos em 2020 para 24 milhões em 2022.
Outro ponto destacado pelo Grupo Petrópolis está no aumento da taxa Selic, hoje em 13,75%, que gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa da empresa.
A Cervejaria Petrópolis, dona de marcas como Itaipava e Crystal, afirmou que conseguiu a penhora de R$ 70 milhões contra o Banco Santander. A medida ocorreu no âmbito da recuperação judicial da fabricante de bebidas.
Em um comunicado à imprensa, a Cervejaria Petrópolis afirmou que o Santander “reteve indevidamente cerca de R$ 65 milhões, impedindo que os empregados da empresa recebessem seus salários nesta quinta-feira”. De acordo com a empresa, o bloqueio impediu o pagamento de 24 mil colaboradores, cujo processamento é feito pelo próprio banco.
A penhora, segundo a fabricante de bebidas, determina que o Santander realize os pagamentos devidos aos trabalhadores. A Justiça ainda determinou que estão “vedadas novas apropriações sobre os valores destinados pelas recuperadas para essa finalidade”.
Revista Oeste
Foto: Tv Brasil
A defesa do governo brasileiro na adoção de moedas alternativas ao dólar para realizar o comércio entre os países emergentes está causando pesadelos nos EUA, segundo fontes diplomáticas em Washington, Brasília e Pequim.
Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a posse de Dilma Rousseff no NDB (o banco dos Brics) para defender o uso de moedas locais entre as economias do bloco. Há uma semana, o governo brasileiro anunciou que começou a permitir que o comércio com a China ocorra em moeda local.
Além disso, os dois países fecharam um acordo para que bancos no Brasil possam usar o sistema financeiro de pagamentos criado pela China, uma alternativa ao swift.
Mas a preocupação da Casa Branca não é apenas o impacto que isso teria para o comércio. No centro do debate na diplomacia americana está seu temor de que, se o plano do Brics vingar, o dólar não apenas deixará de ser hegemônico. Mas, acima de tudo, o mundo terá uma alternativa para driblar eventuais sanções financeiras impostas pelos americanos.
Hoje, quando o governo dos EUA decide pressionar um governo estrangeiro, uma de suas maiores armas não está nos armazéns das Forças Armadas, mas no Tesouro dos Estados Unidos: o dólar e o sistema financeiro que a moeda americana estrutura.
Na prática, o governo sob sanções americanas não consegue usar a moeda americana, gerando graves problemas para suas contas públicas ou qualquer relacionamento com o exterior. Isso envolve desde abastecer uma aeronave num aeroporto estrangeiro ou pagar pela importação de alimentos.
Sanções neste estilo foram implementadas contra a Rússia, Coreia do Norte, Cuba, Irã, Síria e Venezuela, além de terem sido adotadas contra personalidades em Belarus, Eritreia, Libéria, Mali, Nicarágua e tantos outros.
Na China, sanções existem contra indivíduos que, segundo os americanos, estariam relacionados com violações de direitos humanos.
Hoje, por exemplo, uma parcela da economia russa apenas existe por conta do comércio com a China, usando as moedas locais e evitando o dólar.
Para a China, portanto, contar com um sistema alternativo é também uma medida geopolítica de enorme impacto internacional e com a meta de reduzir a hegemonia americana no mundo.
O UOL apurou que, nos think-tanks americanos e na diplomacia em Washington, enquanto a manobra parecia ser apenas da China e Rússia, a preocupação se limitava aos impactos mais imediatos com a guerra.
Mas a sinalização por parte do Brasil de que apoia tal projeto causou mal-estar na capital americana. O tema poderá ser discutido na cúpula dos Brics, planejada para agosto na África do Sul.
Entre os republicanos, a movimentação dos emergentes seria ainda um sinal de debilidade do atual presidente Joe Biden. A outra preocupação americana é de que a iniciativa não ficará restrita aos países que atualmente compõem o bloco. Pequim defende que governos como o saudita, o iraniano e outros aliados regionais também sejam considerados para uma adesão ao bloco.
Informações UOL
Fraudes envolviam inserção de dados falsos no sistema da União para que faculdades recebessem dinheiro do FNDE de forma irregular. Lista de instituições não foi divulgada.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12) uma operação contra supostas fraudes praticadas por criminosos usando títulos públicos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Segundo a corporação, 77 policiais cumprem 20 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
Há, ainda, autorização judicial para o bloqueio de quase R$ 21,3 milhões de reais – valor estimado dos prejuízos causados à União com as fraudes.
Os envolvidos no esquema, de acordo com a Polícia Federal, inseriam informações falsas no sistema usado pela União para gerenciar as instituições de ensino vinculadas ao Fies.
Essas informações falsas levavam o governo federal a recomprar títulos públicos do Fies que estavam com as faculdades e entidades mantenedoras – injetando dinheiro em instituições que, na verdade, não cumpriam os requisitos mínimos para essa operação (entenda abaixo).
Há, ainda, casos em que os suspeitos cadastraram financiamentos estudantis fora do prazo regimental, beneficiando estudantes de modo individual.
Segundo as investigações, a fraude envolvia:
Informações G1
(crédito: Reprodução/Twitter/@inter_fatos)
Um adolescente de 15 anos foi apreendido depois de explodir uma bomba de efeito moral dentro de um ônibus escolar, na manhã desta terça-feira (11/4), em João Monlevade, na Região Central de Belo Horizonte. Uma das janelas do veículo quebrou e um carro que passava pelo local também foi danificado.
O motorista do ônibus acionou a Polícia Militar e informou que, ao passar pela Avenida Getúlio Vargas, no bairro Satélite, ouviu um barulho alto vindo dos fundos do veículo. Ao virar para trás, o homem viu que havia uma grande quantidade de fumaça e os alunos estavam em pânico.
Os estilhaços da janela do ônibus atingiram um carro e arranharam a pintura. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Ao chegar no local, os militares conseguiram identificar o suspeito de ter estourado a bomba. Ele foi apreendido em flagrante por dano ao patrimônio privado.
O jovem afirmou que não tinha intenção de machucar ninguém e só queria fazer uma “brincadeira”. Ele ainda informou que encontrou o artefato no lote em que sua mãe morava, e que pensava que era apenas para “espantar gatos”.
A reportagem procurou a Polícia Civil para saber se um inquérito foi instaurado, mas até a publicação dessa matéria não obteve resposta.
O fato da manhã de hoje em João Monlevade causou pânico entre os alunos que estavam no veículo. Além do susto causado pela explosão da bomba, o medo foi engatilhado pelos recentes ataques às instituições de ensino pelo país.
Com o avanço do número de casos de suspeitas de massacres em instituições de ensino e supostas ameaças sendo divulgadas nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que as aulas nas escolas estaduais mineiras estão mantidas normalmente. Porém a pasta reforçou que tem investigado todos os casos e pediu que a comunidade acadêmica mantenha a calma.
“Ressaltamos a importância de que todos colaborem no enfrentamento às fake news no ambiente escolar e não compartilhem conteúdos de violência relacionados às escolas – principalmente as informações de cunho duvidoso, sem confirmações de fontes oficiais”, diz a nota da Secretaria.
Correio Brasiliense
Uma história para lá de inusitada chamou atenção de moradores da Asa Norte, bairro nobre de Brasília (DF). Após tentar vender um filhote de cachorro por R$ 70 e mobilizar diversas pessoas para abrigar o pet, um mendigo decidiu trocá-lo por sexo com uma garota de programa.
Tudo começou em um grupo de compra e venda de roupas e acessórios no WhatsApp, onde foi anunciado que um filhote de cachorro havia sido encontrado na comercial da 402 Norte. “Se vocês souberem de alguém que queira adotar ou de um abrigo que esteja aceitando, por favor, compartilhem”, escreveu uma das participantes.
Algum tempo depois, quando um lar temporário para o filhote já havia sido encontrado, a integrante do grupo comunicou o fato de um rapaz em situação de rua estar reivindicando o pet, com um cartão de vacinação como prova. O mendigo, que é cadeirante e foi identificado apenas como Marcos, no entanto, demonstrou o interesse de vender o cão por R$ 70.
Comovida com a situação e preocupada com o bem-estar do bichinho, uma participante do grupo se prontificou a pagar o valor e ficar com ele. Para isso, ela pediu a um amigo que buscasse o animal e cuidasse dele até ela sair do trabalho. Contudo, quando o jovem foi buscar o pet, a surpresa: ele já não estava mais com Marcos. O motivo? O rapaz em situação de rua, no fim das contas, optou por trocar o filhote por um programa com uma prostituta.
“Quando o encontrei, perguntei se era ele mesmo que mais cedo estava com o cachorro. Ele respondeu: ‘Sim, mas já troquei por um programa com uma p*ta. Até ganhei um banho’”, relata Arthur Oliveira, amigo da possível nova tutora do pet, ao Metrópoles. O mendigo ainda confirmou a troca do cão por sexo com outros dois moradores, a fim de convencer Arthur.
A garota de programa que ofereceu os serviços em troca do filhote não foi identificada, mas uma coisa é certa: de uma forma ou de outra, Bombril (nome do pet, conforme consta no cartão de vacinação) agora tem um lar para chamar de seu.
Informações Metrópoles