A Abin apontou especial preocupação com os cartéis Sinaloa e Jalisco Nueva Generacíon (CJNG), formado a partir de uma dissidência do primeiro. Mostrando precisão, o relatório foi produzido na mesma época em que as duas organizações criminosas firmaram parceria com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil.
A preocupação de o CJNG se instalar no Brasil chamou a atenção da Abin em especial por conta de uma característica do cartel. Ele é conhecido pelo uso extremo da violência contra rivais e forças de segurança. Foi dessa forma que expandiu sua influência da costa do Pacífico ao Golfo do México.
“Além de dedicar-se ao tráfico de drogas, [o CJNG] dedica-se também aos crimes de extorsão e sequestro, roubo de veículos e tráfico de armas (diversificação da economia criminal). Também se especializou em oferecer serviços de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais para outras facções e até para grupos empresariais”, anotou a Abin.
No ano passado, a revista Veja mostrou que a embaixada do Brasil no México foi avisada, por autoridades locais, de que o PCC estabeleceu “conexões concretas” com o CJNG e o Sinaloa, cujo famoso chefe, “El Chapo” Guzmán, foi preso e condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
Metrópoles